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Excesso de peso e alterações de glicemia capilar de jejum: fatores associados em população de baixa renda no nordeste brasileiroBARBOSA, Janine Maciel 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O presente trabalho objetivou estudar a prevalência e os fatores associados ao excesso de peso
e à glicemia capilar de jejum alterada (GCJA) em população urbana de baixa renda residente
em assentamentos subnormais (favelas) de Maceió-AL. Para tais fins, foram utilizados os
dados de um inquérito de base populacional conduzido entre os anos de 2004 e 2006 com
amostra de 8.382 indivíduos de ambos os sexos e em todas as faixas etárias. Esses dados
subsidiaram a elaboração de dois artigos originais. O primeiro, intitulado Fatores
socioeconômicos associados ao excesso de peso em população de baixa renda do Nordeste
brasileiro , cuja amostra foi composta por 3.214 indivíduos de 20 a 69 anos. Os resultados
evidenciaram 41,2% de excesso de peso (46,2% mulheres vs 32,6% homens, p<0,001) e no
geral, pequenas melhorias nas condições socioeconômicas associaram-se a maior risco de
excesso de peso. Por outro lado, o nível educacional se comportou como fator protetor no
sexo feminino e a renda como fator de risco no sexo masculino. O segundo artigo foi
denominado Alterações de glicemia capilar de jejum e fatores associados: um estudo em
população de baixa renda do Nordeste Brasileiro , e entre os 582 indivíduos de 20 a 69 anos
analisados encontrou-se 28,7% de hipertensos (PAS>140 e/ou PAD>90) e 19,0% de
indivíduos com glicemia alterada (>100mg/dl). Na análise final, obtida por regressão
logística, dos fatores de risco para alteração na glicemia, seis permaneceram
independentemente associados: sexo masculino, idade mais avançada (50-60 anos), renda
inferior a um salário mínimo, procedência urbana, circunferência da cintura na faixa de risco
(CC>80cm no sexo feminino e >94cm no sexo masculino) e pressão arterial diastólica
elevada (>90 mmHg). Diante do exposto, os resultados do presente estudo indicam que a
população de baixa renda de Maceió apresenta prevalência elevada de sobrepeso/obesidade,
estando mais susceptível ao desenvolvimento de outras condições crônicas, tais como
hipertensão e diabetes mellitus. Esses achados suportam ainda a hipótese de que ações no
sentido de aumentar a escolaridade podem influenciar positivamente sobre os indicadores de
sobrepeso e obesidade. Espera-se então que os resultados aqui descritos possam contribuir
para futuras discussões sobre os aspectos de saúde na população de baixa renda, pois entender
a influência que os diversos fatores exercem sobre o excesso de peso e as doenças crônicas
associadas se constitui em um dos primeiros passos para prevenção primária e promoção da
saúde
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