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A relação entre a percepção dos estilos parentais de socialização e o posicionamento moral de adolescentes

Freire, Sandra Elisa de Assis 28 April 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T13:16:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 725990 bytes, checksum: 6ee49dff0efec34d5f1a6f143e9b444b (MD5) Previous issue date: 2009-04-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Society expects family prepare their children to the social life, because family is the environment where the child learn to notice the social environment and the way of participating in it. Then, the parental stile which parents adopt in the upbringing of their children is important because allow the child to develop feelings of unfairness and responsibility. In this direction, the present dissertation aimed to verify the relation among the perception of the adolescents about the socialization styles of their parents and the feelings of unfairness and responsibility which they showed facing aggressive situations which involved victim and aggressors. In this perspective, two empiric studies were performed. In the Study 1, it was researched whether the participants would demonstrate some difficult in the comprehension of the semantic content of the survey s questionnaires. 56 students at the mean age of 14,52 years old participated of the study. They answered the Parental Styles Questionnaire (PSQ), the Aggressive Situations Questionnaire (ASQ), and sociodemographic questions. The results revealed the necessity of replace some expressions or words belonged to the PSQ for others which could be more understandable; and they suggested the relevance of reducing the ASQ. After the effectiveness of the respective adaptations and changes performed in the questionnaires, it was realized the Study 2, being performed the definitive research. In this step, 330 adolescents participated of the research, being 145 of the male sex (43,9%) and 185 of the female sex (56,1%), with ages varying from 12 to 18 years old (M=15,37), of public (38,5%) and private schools (61,5%) in the João Pessoa city, being 39,1 % in the elementary school and 60,9% in the high school. The analysis demonstrated it is possible to use the PSQ with adolescents from Paraíba, confirming the adequacy of the multifactorial model according to was theoretically expected. Results revealed that in the stories with aggressive situations, adolescents who had realized themselves raised by authoritative parents demonstrated more social and personal responsibility facing the victims of aggression, differently from what was observed in the authoritarian style, in which the adolescents who had realized themselves raised by authoritarian parents showed more feelings of prejudice related to victims. And those who had realized themselves raised in a permissive style, were the adolescents who demonstrated a more favorable posture to the aggression against the victim. Concerning the perception of unfairness, content analysis results highlighted that adolescents, in a general way, had seen the unfairness as a violation of the human rights. It was also considered that this perception was not free of biases; but, independently of the cognitive development level in which the subject was found, their position was no dissociated from their social relations, and from the social pertinence of the victim. / A expectativa que a sociedade possui em relação à família é que esta prepare seus filhos para a convivência social, uma vez que é na família que a criança aprende a perceber o meio social e a forma de participar dele. Assim, o estilo parental que os pais adotam na educação de seus filhos tem importância relevante por possibilitar à criança o desenvolvimento dos sentimentos de injustiça e responsabilidade. Nesta direção, a presente dissertação buscou verificar a relação entre a percepção dos filhos adolescentes sobre os estilos de socialização de seus pais e os sentimentos de injustiça e responsabilidade que apresentaram frente às situações de agressão que envolveram vítima e ofensores. Neste sentido, realizaram-se dois estudos empíricos. No Estudo 1 verificou-se se os respondentes apresentariam alguma dificuldade na compreensão do conteúdo semântico dos questionários da pesquisa. Participaram 56 estudantes com idade média de 14,52 anos. Estes responderam o Questionário de Estilos Parentais (QEP) e o Questionário de Situações Agressivas (QSA), além de perguntas sociodemográficas. Os resultados revelaram a necessidade de substituir algumas expressões ou palavras do QEP, por outras que fossem mais bem compreendidas; e sugeriram a pertinência de reduzir o QSA. Após a efetivação das respectivas adaptações e alterações efetuadas nos questionários, realizou-se o Estudo 2, procedendo-se a pesquisa definitiva. Nesta etapa, participaram da pesquisa 330 adolescentes, sendo 145 do sexo masculino (43,9%) e 185 do sexo feminino (56,1%), com idade variando de 12 a 18 anos (M = 15,37), de escolas públicas (38,5%) e particulares (61,5%) da cidade de João Pessoa PB, sendo 39,1% do ensino fundamental e 60,9% do ensino médio. As análises demonstraram a possibilidade de utilização do QEP com os adolescentes paraibanos, confirmando a adequação do modelo multifatorial de acordo com o que era esperado teoricamente. Os resultados revelaram que nas histórias que continham situações de agressão, os adolescentes que se perceberam criados por pais autoritativos foram os que mais demonstraram responsabilidade social e pessoal frente às vítimas de agressão, ao contrário do que foi observado no estilo autoritário, em que os adolescentes que se perceberam criados por pais autoritários apresentaram mais sentimentos de preconceito em relação às vítimas. E os que se perceberam criados em um estilo permissivo, foram os adolescentes que apresentaram uma postura mais favorável à agressão contra a vítima. Em relação à percepção de injustiça, os resultados da análise de conteúdo evidenciaram que os adolescentes de um modo geral, perceberam a injustiça como sendo uma violação dos direitos humanos. Considerou-se ainda que essa percepção não se encontrava livre de vieses; pelo contrário, independente do nível de desenvolvimento cognitivo em que o sujeito se encontrava, seu posicionamento não estava dissociado de suas relações sociais, e da pertinência social da vítima.

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