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Nas veias do jornal : a terra

Borges, Agueda Aparecida da Cruz, 1957- 18 December 2000 (has links)
Orientador: Monica Graciela Zoppi-Fontana / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-27T00:23:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Borges_AguedaAparecidadaCruz_M.pdf: 18150629 bytes, checksum: cf538c2d6df2a9299f83793967563160 (MD5) Previous issue date: 2000 / Résumé: À partir de Ia répercussion et de Ia polémique crées dans Ia presse à travers Ia publicationde Ia Letire de Mandement:: "Uma Igreja da Amazônia em Conflito com o Latifúndio e a MarginalizaçãoSocial" (Une Église en Amazonie en lutte avec le latifundium et Ia marginalisation sociale) de I'évêque O.Pedra Casaldáliga, de Ia juridiction de São Félix do Araguaia-MT, dans I'année de 1971, ce travail a comme theme: le choc pour Ia terre comme il est présenté au journal. En trouvant Ia Lettre de Mandement comme un évênement discursif (Pêcheux, 1983), qui a bouleversé les filiations de mémoireque produissent les plusieurs sens que signifient Ia région amazonique du Brésil, nous nous sommes adressés à Pêcheux (op. cit.), pour dire que travailler avec I'évênement dans Ia mémoire discursive c'est être en observant des reprises etlou des impositions. Pour I'organization des découpages selectionnés aux journaux nous avons utilisé le mot d'ordre des mouvements populaires de Ia décennie de 70: TERRA PARA QUEM NELA TRABALHA (TERRE POUR AUXQUELS QUI TRAVAILLENTÀ LA TERRE). Nous pouvons dire que I'énoncé en rôle fonctionne, dans I'histoire des conflits pour Ia terre, en se apuyant dans les effets d'évidence qui signifient dans le discours: terre, hommeet travail. De cette façon nous montrons avec les analyses comme le discours fonde les interpretations que traversent les discours qu'interferent dans les chocs pour Ia terre. Comment on défine TERRA (TERRE); comment se rempli I'espace significatif ouvert pour le pranom rélatif intérrogatif QUEM (QUI); comment se caractérisent les activités appélées pour le verbe TRABALHAR (TRAVAILLER), se sont analisés comme des désignations, espace ouvert de signification, comme noeud sémanthique, dont un mot en glissent I'autre construit d'une maniére métaphorique les sens à Ia série des substituitions / Resumo: A partir da repercussão e polêmica criadas na imprensa pela publicação da Carta Pastoral: "Uma Igreja da Amazônia em Conflito com o Latifúndio e a MarginalizaçãoSociar, do Bispo D. Pedro Casaldáliga,da Preiaziade São Félixdo Araguaia, MT, no ano de 1971, este trabalho traz como tema: o conflito da terra tal como representado no jornal. Considerando a Carta Pastoral como acontecimento discursivo (Pêcheux, 1983), que agitou as filiações de memória que produzem os diversos sentidos que significam a região amazônicado Brasil, recorremos a Pêcheux (op. cit.), para dizer que trabalhar com o acontecimento na memória discursiva é estar observando retomadase/ou injunções. Para a organização dos recortes selecionados nos jornais, utilizamos a palavra de ordem dos movimentos populares da década de 70: TERRA PARA QUEM NELATRABALHA. Podemos dizer que o enunciado em pauta funciona, na história dos conflitos pela terra, se apoiando nos efeitos de evidência que significam no discurso: terra, homem e trabalho. Dessa maneira, mostramos com as análises como ele funda as interpretações que perpassam os discursos que interferem nos conflitos pela terra. Como se define TERRA; como é preenchido o espaço significativo aberto pelo pronome relativo interrogativo QUEM; como se caracterizam as atividades nomeadas pelo verbo TRABALHAR, são analisados enquanto designações, espaço de significação aberto, como nó semântico, em que uma palavra deslizando em outra vai constituindo metaforicamente os sentidos na série de substituições / Mestrado / Mestre em Linguística
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O Papel dos mediadores nos conflitos pela posse da terra na região Araguaia Paraense: o caso da fazenda Bela Vista / The role of support groups in the agrarian conflicts in the Araguaia region of the State of Pará: the case of the Bela Vista ranch

Pereira, Airton dos Reis 18 February 2004 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2017-03-29T14:09:03Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 2088058 bytes, checksum: a3b88380851c64b49f862a4a458fb4bf (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-29T14:09:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 2088058 bytes, checksum: a3b88380851c64b49f862a4a458fb4bf (MD5) Previous issue date: 2004-02-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Procuramos, neste trabalho, por meio de um estudo de caso, o da fazenda Bela Vista (1980-1988), demonstrar que os conflitos pela posse da terra ocorridos na região Araguaia Paraense-PA, na Amazônia Oriental, entre 1975 e 1990, não aconteceram apenas por causa da expulsão de posseiros que ocupavam as terras devolutas, pelas grandes empresas privadas que se instalaram na região, estimuladas e apoiadas financeiramente pela SUDAM. Estes conflitos ocorreram também devido ao processo de ocupações de grandes propriedades, sobretudo de empresas rurais, por posseiros expulsos de alguns imóveis da região e por trabalhadores rurais imigrantes do Nordeste e do Sudeste. Estas ocupações aconteceram “espontaneamente”, isto é, partindo sempre do interessado e não de um movimento, de um partido político, do Estado ou de qualquer instituição civil ou religiosa. Em contraposição, os proprietários e empresários rurais, com o apoio de organismos e pessoal do Estado, passaram a resistir a estas ocupações e às desapropriações de seus imóveis, pois sentiram-se ameaçados de perder não só a renda da terra, mas também o poder e a autoridade que a propriedade da terra lhes conferiam. Por meio de seus pistoleiros, com a participação direta da Polícia Militar e de oficiais de justiça, apoiados pelas autoridades locais e estaduais despejaram e destruíram casas de posseiros. Mas estes conflitos que eram dispersos, heterogêneos e localizados adquiriram dimensões mais abrangentes, politizados, históricos, devido ao papel desempenhado pelos segmentos progressistas da Igreja Católica, sobretudo a CPT, e pelo STR de Conceição do Araguaia, na mediação desses conflitos. O trabalho político-pedagógico desenvolvido por estes mediadores, fortaleceu ainda mais a resistência dos trabalhares rurais em suas terras, possibilitando-os despontar na cena pública como iguais, portadores de direitos e com capacidade de se fazer ouvir. Assim, a problemática da terra, nesse período (1975-1990), não foi apenas o lócus do conflito entre os trabalhadores rurais e os grandes proprietários de terras, mas também a arena de acirrados confrontos entre os mediadores e os aparelhos de Estado na condução desses conflitos de terra na região. Devido à intensidade e abrangência da violência praticada contra os trabalhadores rurais, e em razão da presença e do envolvimento desses agentes externos nos conflitos, cada qual apoiando um segmento em disputa, foram desencadeados acirrados confrontos entre ambos. Estavam em jogo não só os interesses imediatos dos trabalhadores rurais, que era a posse da terra, mas também a possibilidade de efetivação da reforma agrária em todo o Brasil. As ocupações e desapropriações de terras, com o apoio dos mediadores, colocavam em dificuldade o direito de propriedade tido como absoluto e incontestável, o poder, o status e o prestígio social e político da classe patronal, bem como o modelo de desenvolvimento, para a região, assentado na grande propriedade privada da terra. Eis o significado do caso da Fazenda Bela Vista. Mas a força da classe patronal, em torno da UDR, esvaziou a possibilidade de realização efetiva da reforma agrária no País. No entanto, não se pode considerar que os trabalhadores rurais foram politicamente derrotados. Apesar das dificuldades e dos impasses, diversas áreas em situação de conflito na região foram desapropriadas, inúmeras outras foram ocupadas e milhares de famílias de trabalhadores rurais foram assentadas. / This case study of the Bela Vista ranch (1980-1988) attempts to show that during the period 1975-1990, agrarian conflicts in the Araguaia region of Pará State, in the Eastern Amazon, occurred not only as a result of the expulsion of squatters from public lands by large, private companies who had acquired large tracts of land with subsidies from the parastatal regional development agency SUDAM. These conflicts also were a result of the occupation of large, rural establishments by squatters expelled from other rural properties in the region and by farmworkers who had migrated from the Northeast and Southeast regions. These occupations occurred “spontaneously”; that is, they were initiated by the squatters or farmworkers themselves, rather than by a social movement, civil society institution, political party or government agency. The traditional oligarchy and more recent large, commercial landowners, feeling threatened with the loss not only of land rent but also power and authority which land ownership provided, resisted these occupations and the expropriation of their properties. They resorted to a variety of violent practices, carried out by their gunmen, aided by military police and judicial officials who, in turn, were supported by local and state government authorities. However, these localized conflicts acquired broader political and historical significance as a result of the role played by progressive segments of the Catholic Church in the course of these conflicts, particularly the Land Pastoral Commission (CPT) and the Farmworkers Union of Conceição do Araguaia. The political education activities conducted by these support agents strengthened the resistance of squatters on their lands, enabling them to publicly assert their rights and be heard. Thus the agrarian question during this period (1975-1990) involved not only conflicts between farmworkers and large landowners but also confrontations between these movement support groups and the State in the handling of these conflicts. Both of these conflicts we re a result principally of the variety and intensity of the violence perpetrated against squatters and farmworkers, as well as the presence, involvement and interaction of these external agents, themselves, each supporting one of the parties in dispute. At stake was not only the squatters ́ interest in access to a small piece of land, but also the prospect of enacting and implementing a broad agrarian reform in all of Brazil. The occupations and expropriations, which took place with help from these support groups, threatened the right of private property, until then assumed, by large landowners, to be absolute and unquestionable, and the power, status and social and political prestige of their class, as well as the model of regional development. That is the larger significance of the Bela Vista conflict. At the national level, the large landowners ́ class, with major support from the ultraconservative producers ́ association, UDR, thwarted the agrarian reform movement in the late 1980s. Nevertheless, squatters and farmworkers did not suffer a total political defeat. Despite a variety of obstacles, many areas in the region where conflict existed were expropriated, many others were occupied and thousands of squatter and farmworker families were resettled. / Dissertação importada do Alexandria
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O Lago Grande do Curuai: história fundiária, usos da terra e relações de poder numa área de transição várzea-terra firme na Amazônia

FOLHES, Ricardo Theophilo 07 December 2016 (has links)
Submitted by Socorro Albuquerque (sbarbosa@ufpa.br) on 2018-05-29T18:50:59Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_LagoGrandeCuruai.pdf: 11457619 bytes, checksum: 990b2ccbaed334916216eaa1036a4391 (MD5) / Approved for entry into archive by Socorro Albuquerque (sbarbosa@ufpa.br) on 2018-05-29T18:53:08Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_LagoGrandeCuruai.pdf: 11457619 bytes, checksum: 990b2ccbaed334916216eaa1036a4391 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-29T18:53:08Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_LagoGrandeCuruai.pdf: 11457619 bytes, checksum: 990b2ccbaed334916216eaa1036a4391 (MD5) Previous issue date: 2016-12-07 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo geral desta pesquisa foi compreender como fatores de ordem social e ambiental influenciaram o povoamento, a apropriação e o uso conjugado dos recursos naturais em uma região de transição entre os ecossistemas de várzea e de terra firme na Amazônia brasileira. Adotei uma abordagem histórica e etnográfica para examinar como relações de poder e práticas sociais mediaram a articulação da vida social ao regime de cheias e vazantes. A área eleita para a realização da pesquisa foi a região do Lago Grande, localizada no município de Santarém-PA. Questionei se seria possível, na atualidade, enxergar nas relações entre os segmentos sociais que coabitam a região do Lago Grande continuidades e rupturas com as relações de poder herdadas do período colonial e como tais relações poderiam estar intervindo na circulação humana entre os dois ecossistemas. Conclui-se que as várzeas ainda são controladas por segmentos das elites locais, formadas por proprietários de terras e gado. Estes fundaram seu poder no período colonial e lentamente comandaram o processo de ampliação dos sistemas de uso da terra para os interiores da terra firme. Desde 1950, a principal atividade econômica a impulsionar esta expansão tem sido a pecuária, por meio da prática da transumância. Entre os diversos fatores que sustentam a circulação sazonal entre a várzea e a terra firme pela população local, a transumância recebeu atenção especial da pesquisa. Três instituições comandam a atividade pecuária e logo sustentam a transumância: as ―sociedades‖, as permissões e os arrendamentos. As ―sociedades‖ entre grandes e pequenos criadores sustentam o crescimento da pecuária, atividade que muito mais do que uma simples poupança é sinônimo de prestígio e oportunidade de acesso regular a várzea. A criação de um projeto de assentamento agroextrativista em 2005, o PAE Lago Grande, anexou apenas a faixa de terra firme da região do Lago Grande, deixando as várzeas de fora. Por fim, considera-se que a circulação realizada entre as populações regionais entre os dois ecossistemas, de maneira geral, e a transumância, em particular, não vem sendo levada em consideração nas políticas de ordenamento territorial na Amazônia. / The aim of this study is to understand the role of the social and environmental order influenced the peopling, land appropriation and the seasonal use of natural resources between floodplains (várzea) and firm land (terra firme) ecosystems in the Brazilian Amazon. I follow an historical and ethnographical approach to examine how social practices and the local power relations influenced the interrelated dynamic between social life and water movements (floods and droughts). The study area is Lago Grande, located in the city of Santarem, Pará State bordering the towns of Óbidos and Juruti. The main question is to investigate if power relations among social groups established and inherited during the colonial living in Lago Grande region are still operating in current times, and how this situation affects the control of transhumance between várzea and terra firme ecosystems. I conclude that the Amazon floodplains are still controlled by local elites, represented by land and livestock owners. The local elite established their socio-political power during colonial times, dominating an increasing process of entering from várzea to terra firme areas (i.e. deforestation). Since 1950, the main economical activity responsible for the expansion of land use from várzea to terra firme was cattle raising through transhumance between both ecosystems. Transumance has received a specific attention in this study, for it is among the main factors encouraging the circulation of local population between várzea and terra firme environments. From 1970‘s, large farmers started the transhumance which was later followed by smaller farmers, and intensified through the 1990‘s. Cattle ranching builds on three local practices which promote transhumance: ―societies‖, ―permissions‖ and land rentals (arrendamentos). A joint analysis allowed me to demonstrate that ―societies‖ between large and small farmers sustain the cattle ranching growth. In 2005, an Agro-extractivist Settlement was created (PAE Lago Grande) to favor land distribution and better economical opportunities among local populations. Though, the territorial unit included terra firme but not the areas of the várzea ecosystem, vital for the local economy part of the year. Additionally, the PAE also did not alter the land tenure, keeping the same historically constructed power structures it aimed to deconstruct. / L‘objectif de cette recherche est de comprendre comment des facteurs d‘ordre social et environnemental ont influencé, en Amazonie brésilienne, le peuplement, l‘appropriation et l‘usage conjugué des ressouces naturelles, dans une région de transition entre des écosystèmes de plaines d‘inondation et de terre ferme. L‘approche adoptée est historique et ethnographique, afin d‘examiner comment les relations de pouvoir et les pratiques sociales sont articulées au régime hydraulique de crues et d‘étiages. Le lieu de l‘étude est la région du Lago Grande do Curuai, dans la commune de Santarém (État du Pará). Je me suis interrogé sur de possibles continuités et ruptures entre les relations de pouvoir actuelles et celles de l‘époque coloniale – relations qui influencent la circulation des hommes entre ces deux écosystèmes. Je conclue que les plaines d‘inondation (várzeas) sont, aujourd‘hui encore, contrôlées par des segments sociaux issus de l‘élite locale, formés de propriétaires terriens et d‘éleveurs de bovins. Ceux-ci ont construit leur pouvoir pendant la colonie portugaise et ont graditativement impulsé un mouvement vers des terres situées de plus en plus loin dans la terre ferme, avançant sur la forêt. Depuis 1950, l‘élevage est la principale activité économique à l‘origine de cette expansion, au moyen des pratiques liées à la transhumance du bétail. Parmi les facteurs qui induisent la circulation saisonnière entre la várzea et la terre ferme, la transhumance a reçu une attention particulière dans ce travail. L‘élevage transhumante repose sur trois pratiques locales qui favorisent la transumance : les « sociétés », les « permissions » et les locations de terrain (arrendamentos). Les « sociétés » entre grands et petits éleveurs sont à l‘origine de l‘expansion de l‘élevage. Lors de la création, en 2005, d‘un projet d‘établissement agro-extractiviste – le PAE Lago Grande – afin de régulariser l‘occupation foncière des populations régionales, seuls les terrains de terre ferme ont été intégrés dans la nouvelle unité territoriale. Enfin, la circulation des populations régionales entre ces deux écosystèmes ainsi que les pratiques de transhumance n‘ont pas été prises en compte lors de la mise en oeuvre des politiques de gestion territoriale en Amazonie.

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