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Tecnologia (d)e gênero: vetores interseccionais para a análise das feminilidades brasileiras

Balestieri, Camille Roberta 01 September 2017 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-10-11T13:57:18Z No. of bitstreams: 1 camillerobertabalestieri.pdf: 1208767 bytes, checksum: f0eeddac45e74a0b5268abd4c45327c4 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-10-16T13:35:35Z (GMT) No. of bitstreams: 1 camillerobertabalestieri.pdf: 1208767 bytes, checksum: f0eeddac45e74a0b5268abd4c45327c4 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-16T13:35:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 camillerobertabalestieri.pdf: 1208767 bytes, checksum: f0eeddac45e74a0b5268abd4c45327c4 (MD5) Previous issue date: 2017-09-01 / A presente pesquisa se debruça sobre os estudos de gênero e a história dos feminismos no Brasil com o objetivo de propor vetores para a análise das feminilidades brasileiras, consideramos como vetores as marcas de identidade que, ao se interseccionarem, produzem uma complexificação da experiência do gênero (como a raça, a orientação sexual, a classe social, territorialidade, etc.). Acreditamos que a adoção da concepção do gênero como uma tecnologia (PRECIADO, 2002) somada às premissas dos feminismos pós-coloniais oferta a possibilidade de elaboração de um método analítico complexo de maneira que a leitura das feminilidades leve em consideração a situação colonial em sua totalidade. Ademais, consideramos que o projeto de corpo colonial perpassa fatores como a raça, classe, orientação sexual, territorialidade, etc., ou seja, possui caráter interseccional. Nesse percurso, exploramos como a teoria feminista ocidental exclui um contingente de mulheres cujas identidades diferem daquela proposta pelo colonialismo, percepção que abrange o feminismo brasileiro. A suposição da cumplicidade do feminismo ocidental com os ideais de dominação colonial nos motiva a revisitar a historiografia feminista brasileira de forma a reconhecer a existência de narrativas marginalizadas que concorrem com a história legitimada pela academia, além disso, desconstruímos as teorias sobre o gênero de viés construtivista que embasam essa perspectiva feminista apelando para a questão da materialidade dos corpos e denunciando que, ao reproduzir imperativos da filosofia ocidental, o construtivismo do gênero demonstra um potencial de emancipação limitado. Sugerimos, portanto, que a abertura da categoria mulher pode proporcionar leituras mais precisas e não totalizantes da realidade dos diferentes grupos de mulheres brasileiras. Para cumprir com os objetivos da pesquisa, adotamos como proposta metodológica a revisão bibliográfica de textos sobre a história do feminismo no Brasil, estudos de gênero, teoria da interseccionalidade e contribuições que abordam a confluência dos feminismos e pós-colonialismos. / This research focuses on gender studies and the history of the brazilian feminism aiming to propose vectors for the analysis of Brazilian women, we consider that vectors are identities’ marks that produce a complex gender’s experiences (such as race, sexual orientation, social class, territoriality, etc.). We propose that the conception of gender as a tecnology (PRECIADO, 2002) and the postcolonial feminisms offer the possibility of building a complex method to examine womanhood that takes into consideration the colonial situation in its totality. We also consider that the colonial body project crosses factors as race, class, sexual orientation, territoriality, etc., perpassa fatores como a raça, classe, orientação sexual, territorialidade, etc., in other words, it has a intersectional quality. In this order, we explore how Western feminist theory excludes a contigent of women whose identities differ from the one intended by the colonialismo, this perception includes Brazilian feminism. The assumption of the complicity of Western feminism with the ideals of colonial domination motivates us to go through Brazilian feminist historiography in order to recognize the existence of marginalized narratives the existence of marginalized narratives wich are parallel to the history legitimized by the academy. In addition, we desconstruct constructivist gender theories that support this feminist bias appealing to the question of the materiality of bodies and evidencing that gender constructivism has a limited potential for emancipation because of the reproduction of Western philosophy’s imperatives. Therefore, we suggest that the opening of women’s category may provide more accurate non-totalizing analysis of the reality of different Brazilian women’s groups. To accomplish the research objectives we adopt as a methodology the bibliografic review on the history of feminism in Brazil, gender studies, intersectional theory and texts that address the confluence of feminisms and postcolonialisms.

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