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Um prefácio a povos da Guiné-Bissau: o Boletim Cultural da Guiné Portuguesa (1946-1973)Leister, Fátima Cristina 25 May 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-05-25 / In spite of the publication of Law 10.369 in 2003, which made the teaching of the history and culture of Africa and African Brazilians compulsory, there is still much to be done to reduce the defects in the national curriculum and offer better guidance for the study of the Africas and of Africans. There are still many avenues that need to be explored in order to fill the gaps that the colonial legacy has left. To this end, in order to broaden historical horizons and contribute to the historiographical debate already under way, the focus of the present work is directed at the area occupied by current Guinea-Bissau, especially during the period of the Imperial Colonial Portuguese Empire. This area has been almost totally neglected in Brazil, but the culture of Guinean people has been described in the annals of the Boletim Cultural da Guiné Portuguesa. This colonial periodical, published between 1946 and 1973 is now available online as the Projeto Memória de África e Oriente. Coordinated by the Fundação Portugal-Africa, the aim of this project is to collect, collate and digitalize documents at present scattered among the documentation centers of various Portuguese-speaking countries and make them available to researchers on the internet. The Boletim Cultural is a varied source made up of 110 editions published uninterruptedly three times a year. There are over 20,000 pages, whose main emphasis is on articles concerning ethnographics, which, although often seen from an undesirably European perspective, offer the opportunity to study these little-known cultures, which have been mostly handed down by oral tradition, and despite the cultural bias they display, these articles are nevertheless well worth reading. In fact, paradoxically, this alien perspective serves to highlight certain cultural features and the very characteristic language used in them expresses quite pointedly the colonial logic upon which political and scientific studies were based. In this way, this scientific knowledge, despite its subtexts, has enabled a dialog to take place with various actors who made their own history, despite this remaining restricted even until today, by others who sought to control it. Thus, despite being strongly influenced by scientific colonial attitudes, these studies published in the pages of Boletim Cultural, did allow the first approaches to be made to Guinea-Bissau and its constituent elements in the 20th century / Não obstante a promulgação da Lei 10.639, que desde 2003 tornou obrigatório o ensino de História, Cultura Africana e Afro-Brasileira, ainda há muito que avançar para minimizar deficiências curriculares nacionais e reorientar reflexões sobre as Áfricas e os africanos. Há, ainda, um vasto campo a ser explorado para preencher os vazios que a marca colonial legou. Nesse sentido, a fim de ampliar horizontes históricos e contribuir com debates historiográficos já formulados, o foco do presente trabalho dirige-se para a região da atual Guiné-Bissau, especialmente no período em que compunha o Império Colonial Português. Praticamente ausente da historiografia disponível no Brasil, as culturas de povos guineenses foram destacadas dos registros contidos no Boletim Cultural da Guiné Portuguesa. Esta revista colonial, publicada entre 1946 e 1973, encontra-se hoje disponibilizada através da página eletrônica do Projeto Memória de África e Oriente. Coordenado pela Fundação Portugal-África, este projeto tem como objetivos coletar, tratar, digitalizar documentos espalhados pelos centros de documentação de países lusófonos, disponibilizando-os aos pesquisadores através da internet. O Boletim Cultural é uma fonte variada composta por 110 edições publicadas quadrimestralmente de forma ininterrupta. São mais de 20 mil páginas, das quais foram priorizados os artigos de cunho etnográfico, os quais, embora permeados pelos filtros desqualificadores europeus, ofereceram a oportunidade de fazer contato com culturas pouco conhecidas, majoritariamente constituídas na tradição oral. A intermediação realizada pelos articulistas não inviabilizaram o processo. Ao contrário, através de seus estranhamentos, a diferença foi evidenciada e ganhou uma linguagem escrita publicada nas páginas da revista, que expressava, materialmente, a lógica colonial construída sob a interação entre política e ciência. Nessa medida, esse conhecimento científico proporcionou, apesar de intenções subjacentes, um canal de diálogo com vários atores que construíram histórias próprias, contudo encapsuladas, até hoje, por outras que lhes foram impostas. Assim, orientados pela política colonial científica , os trabalhos publicados nas páginas do Boletim Cultural permitiram as primeiras aproximações com a Guiné-Bissau e seus elementos constituintes de meados do século XX
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