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Denervação simpática renal percutânea para tratamento da hipertensão arterial resistente / Renal sympathetic denervation for the treatment of resistant hypertension

Moura Neto, Dario Gonçalves de 29 August 2015 (has links)
The resistant hypertension is a disease difficult to diagnose and is associated with higher risk of cardiovascular events such as heart attack, stroke and sudden death. A considerable number of patients do not get effective control of the disease, despite the use of multiple drugs and high doses. Hyperactivation of the sympathetic nervous system is the pathophysiological basis for the ablation of afferent fibers, by applying radiofrequency energy in the renal arteries. This procedure, known as percutaneous sympathetic denervation has been shown to be a promising therapy and in recent years the results, with limited number of patients showed significant drop in blood pressure levels and cardiovascular risk. However, much of the reduction in risk can not be explained only by lowering blood pressure, emerging questions about treatment outcomes (use of multiple drugs / high doses) and assigning any failure of medication on independent effect vascular properties pressure. Vascular changes in micro and macrocirculation can not be fully observed by the peripheral measures, which required the understanding of endothelial dysfunction. The vascular endothelium is considered an active, dynamic tissue, so this dysfunction, in cases of high blood pressure, contributes to the development of atherosclerosis by promoting thrombosis, arterial stiffness and reduce tone and in the regulation of arterial flow. The identification of endothelin as a vasoconstrictor and the discovery of his release from the vascular endothelium suggested their involvement in the pathogenesis of hypertension and vascular disease, currently the most potent vasoconstrictor agent ever identified. We evaluated the reduction of blood pressure by sympathetic denervation in resistant hypertensive and one correlated their levels of endothelin of patients with cardiovascular disease. There were no complications, and at 18 months the average drop was 18 mmHg in systolic 24-ABPM and 19mmHg in central pressure. These two methods were shown to be equal in the assessment of therapeutic success. Higher levels of endothelin were present in cardiovascular disease may be a new marker of endothelial damage in heart disease. / A hipertensão arterial resistente é uma doença de difícil diagnóstico e está relacionada ao maior risco de eventos cardiovasculares, como infarto, acidente vascular cerebral e morte súbita. Uma parcela considerável dos pacientes não obtém controle efetivo da doença, a despeito do uso de múltiplos fármacos e doses elevadas. A hiperativação do sistema nervoso simpático constitui a base fisiopatológica para a ablação das fibras aferentes, através da aplicação de energia por radiofrequência nas artérias renais. Esse procedimento, conhecido como denervação simpática percutânea, tem se mostrado uma terapia promissora e nos últimos anos os resultados, com número limitado de pacientes, mostraram queda significativa dos níveis tensionais e do risco cardiovascular. No entanto, boa parte da redução do risco não pode ser explicada apenas pela redução da pressão arterial, surgindo questionamentos sobre os resultados dos tratamentos (uso de múltiplos fármacos/doses elevadas) e atribuindo-se eventuais falhas da medicação sobre propriedades vasculares independentes do efeito pressórico. As alterações vasculares da micro e macrocirculação não podem ser totalmente observadas pelas medidas periféricas, sendo necessário o entendimento da disfunção endotelial. O endotélio vascular é considerado um tecido ativo e dinâmico portanto, a disfunção deste, em casos de hipertensão arterial, contribui para o desenvolvimento da aterosclerose, promovendo trombose, rigidez arterial e redução da regulação do tônus e fluxo arteriais. A identificação da endotelina como um vasoconstritor e a descoberta da sua liberação a partir do endotélio vascular sugeriu seu envolvimento na patogênese da hipertensão e da doença vascular, sendo atualmente o agente vasoconstritor mais potente já identificado. Avaliou-se a redução dos níveis pressóricos através da denervação simpática em um hipertenso resistente e correlacionou-se seus níveis de endotelina com pacientes portadores de doenças cardiovasculares. Não houve complicações, sendo que aos 18 meses a queda média foi de 18mmHg na PAS da MAPA 24h e 19mmHg na pressão central. Estes dois métodos mostraram-se iguais na aferição do sucesso terapêutico. Níveis maiores de endotelina estiveram presentes na doença cardiovascular, podendo ser um novo biomarcador de lesão endotelial na doença cardíaca.

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