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Desenvolvimento cultural da criança na Educação Infantil: contribuições da Teoria Histórico-CulturalAssis, Muriane Sirlene Silva de 09 April 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-04-09 / The main issue in this dissertation is the process of child s cultural development in primary school (from 0 to 5 years old). We aimed at identifying whether the school and family contribute to children s cultural development, and how this process occurs, through the analysis of concepts from the children themselves, the teachers, the school director, the educational staff, school officials and students parents. The methodological procedures used were based on a qualitative approach; we collected data through semi-structured interviews and questionnaires. Cultural-Historical Theory served as the theoretical foundation for our work; therefore, we believe that cultural development results from appropriations and objectifications made by individuals from their social relations throughout life. Cultural development is a condition for individuals humanization. The data analyzed stated that the school and the family contribute to children s cultural development; however, this contribution was not so intentional or systematic. The social function of Primary School expressed by different participants in the survey was very similar and emphasized the role of school in children s preparation for Intermediate school (6-13 years old), and in the development of values and rules for living together. We realized that playing was appreciated both by children and adults, but children valued this activity by itself while adults often considered playing as a resource for learning school subjects, or simply as a way of occupying child s free time. Children s and adult s access to culture was restricted and limited, particularly to television, and that impoverished their possibilities of cultural development. Artistic and cultural activities were interpreted as didactical and pedagogical resources, and were rarely associated with leisure, fun, broadening of worldview, and thus, with cultural development. We hope, with the analysis undertaken in this research, to contribute to the thinking on the democratic and revolutionary dimension of the school in what concerns its role as an institution that should offer opportunities of access to increasingly sophisticated knowledge and experience, so that all children perform appropriations and objectifications that could result in their growing and continuous cultural development aimed at building a fairer and more equitable society. / O problema central desta tese é o processo de desenvolvimento cultural da criança na Educação Infantil. Buscamos identificar se a escola e a família contribuem para o desenvolvimento cultural das crianças e de que forma esse processo ocorre, a partir da análise das concepções das próprias crianças, das professoras, da diretora, das agentes educacionais, dos funcionários da escola e dos pais de alunos. Os procedimentos metodológicos utilizados se fundamentaram em abordagem qualitativa, coletamos os dados por meio de entrevistas semiestruturadas e questionários. A Teoria Histórico-Cultural serviu de fundamentação teórica para nosso trabalho, deste modo, concebemos que o desenvolvimento cultural resulta das apropriações e objetivações realizadas pelos indivíduos a partir das relações sociais que estabelecem ao longo de sua vida. O desenvolvimento cultural é condição de humanização dos indivíduos. Os dados analisados enunciaram que a escola e a família contribuíam para o desenvolvimento cultural das crianças, todavia, essa contribuição ocorria de forma pouco intencional e sistematizada. A função social da Educação Infantil expressa pelos diferentes participantes da pesquisa foi bem semelhante e enfatizava o papel de preparação da criança para o Ensino Fundamental e o desenvolvimento de valores e regras de convivência. Verificamos que a brincadeira era valorizada tanto pelas crianças como pelos adultos, porém, as crianças valorizavam essa atividade por ela mesma e os adultos, muitas vezes, consideravam a brincadeira como um recurso para a aprendizagem de conteúdos escolares ou simplesmente uma forma de ocupar o tempo livre da criança. O acesso das crianças e dos adultos aos bens culturais era restrito e limitado, em especial à televisão, e isso empobrecia as possibilidades de desenvolvimento cultural deles. As atividades artísticas e culturais eram interpretadas como recurso didático-pedagógico e raramente se vinculavam ao lazer, ao divertimento, a ampliação da visão de mundo e consequentemente ao desenvolvimento cultural. A partir das análises empreendidas nesta pesquisa, esperamos contribuir para a reflexão sobre a dimensão democrática e revolucionária da escola no sentido de que cabe a essa instituição oferecer oportunidades de acesso a conhecimentos e experiências cada vez mais sofisticados para que todas as crianças realizem apropriações e objetivações que resultem em seu crescente e continuo desenvolvimento cultural com vistas à construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
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