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Emergências discursivas: negociações entre documentos e produções culturais surdas

Medeiros, Daniela 08 May 2018 (has links)
Esta tese se situa no contexto de debates e discussões sobre a Língua de Sinais, o processo de escolarização de surdos no Brasil e seus modos de subjetivação, vinculando-se a uma perspectiva baseada nas filosofias da diferença. Questiona: como tem se dado as negociações entre alguns documentos (de 1999 a 2014) e produções culturais discursivas dos surdos em relação à Língua de Sinais, ao seu processo de escolarização e na constituição de seus modos de subjetivação? Pautada em tal problemática e com base na arquegenealogia, analisa os cenários de negociações entre documentos e produções culturais, considerando-os como possíveis espaços para a elaboração de outros modos de subjetivação dos surdos, a fim de compreender como estas práticas têm implicado nas suas constituições subjetivas. Para tanto, o corpus de análise se caracteriza por seis documentos (datados entre 1999 e 2014) e produções culturais discursivas das comunidades surdas (narrativas de surdos, piadas e panfletos de livre circulação, literaturas infantis, ilustrações e pinturas), todos vinculados de algum modo à Língua de Sinais e/ou ao processo de escolarização dos surdos. São organizados e analisados em três linhas de acontecimento, as quais marcam possíveis categorias de análise e visibilizam tempos históricos distintos, nos quais vão sendo percebidas e discutidas as concepções sobre a Língua de Sinais, o surdo, sua escolarização e concepções de deficiência e diferença que marcam seus processos de subjetivação. Os movimentos analíticos realizados permitem compreender recortes do percurso histórico da Libras e do processo de escolarização de surdos no país entre 1999 e 2014, apontando as possíveis lutas e seguimentos no tempo presente, haja vista que os objetos de luta parecem ser os mesmos (a língua e a escolarização), apesar de seus contornos serem modificados. Neste momento de amarrações e análises finais, percebe-se que: há uma mudança nos discursos que tratam da Língua de Sinais (saída de um lugar de reivindicação pelo seu reconhecimento, ocupando-se de espaços de legitimidade, maior circulação e visibilidade, bem como de lutas pela sua difusão, ensino e acesso de forma a potencializar o desenvolvimento do sujeito surdo, considerando suas especificidades linguísticas); a escolarização dos estudantes surdos ainda é objeto de discussões e tencionamentos, isto porque as comunidades surdas parecem apresentar concepções sobre as diferenças surdas, seu processo de escolarização e o lugar discursivo da Língua de Sinais distintas daquelas sugeridas pela Política Inclusiva, o que tem gerado constantes movimentos e uma impossibilidade de cessarem-se os debates e reivindicações; os processos de subjetivação dos surdos têm ocorrido em meio às suas lutas e à circulação de documentos e produções culturais discursivas, pois estes são modos de dizer dos devires surdos e se fazem sob pretensões diferentes, dependendo do contexto histórico em que emergem; os documentos e produções analisadas mostram um alargamento nos elementos e objetos de lutas das comunidades surdas, demonstrando conquistas, mudanças e um maior cuidado e atenção em torno do assunto; as produções culturais são entendidas como uma possibilidade de dar visibilidade e fazer circular outros regimes de saber e poder que não aqueles já naturalizados, legitimados e, por vezes, distintos das reivindicações das comunidades surdas, as quais apontam para regimes de saber que localizam os surdos em um lugar de diferença linguística, cultural e identitária e regimes de poder que entendem a necessidade de participação dos surdos na elaboração das políticas e no pensar e fazer a escolarização dos surdos. / 187 f.

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