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A opção cooperativa: os trabalhadores diante da falta de alternativas de ocupação e rendaMondadore, Ana Paula Carletto 09 September 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-09-09 / Universidade Federal de Minas Gerais / From the 90 s decade, the economical, technological and organizational changes that
characterized the process of productive restructuralization in Brazil had as a result deep
transformations on the job market. In this context the work and production cooperatives
resurge, perceived as a possible alternative of occupation for the workers.
These cooperatives have caused an ample debate about their effective role and
possibilities. On one hand, there are the defenders of the called Solidarity Economy, who see
the cooperatives organization not only as an option of unemployment, but a chance, for the
workers to perform a change inside the structures of capitalism. On the other hand, the
cooperatives are perceived according to their functionality for the capital, being organized to
attend the necessities of cost reduction at the companies through the elimination of the social
benefits included in the wage relation.
We investigated a cooperative that produces clothes, which works outsourced for a big
company of the sector, to recover the workers perception about the self-managing work.
We noticed that the option for the co-operative work reveals a lot of dimensions, from
the economical choice, through the guarantee of job and high salaries to the characteristical
autonomy of the self-managing enterprises, but the deep transformation in the relation
between capital and work is far from effectively happen in the day-by-day totality of the cooperative
work, mainly if we think about the relation between company and cooperative / A partir da década de 90, as transformações econômicas, tecnológicas e
organizacionais que caracterizaram o processo de reestruturação produtiva no Brasil tiveram
como resultado profundas transformações no mercado de trabalho. Nesse contexto ressurgem
as cooperativas de trabalho e produção, percebidas como possível alternativa de ocupação
para os trabalhadores.
Essas cooperativas têm provocado amplo debate acerca de seu papel efetivo e
possibilidades. De um lado, estão os defensores da chamada Economia Solidária, que vêem a
organização de cooperativas não apenas como uma opção ao desemprego, mas uma chance,
para os trabalhadores, de realizarem uma mudança por dentro das estruturas do capitalismo.
Numa outra perspectiva, as cooperativas são percebidas em sua funcionalidade para o capital,
sendo organizadas para atender às necessidades de redução de custos para as empresas através
da eliminação dos benefícios sociais incluídos na relação salarial.
Investigamos uma cooperativa de produção de confecções, que trabalha terceirizada
para uma grande empresa do setor, a fim de recuperar a percepção dos trabalhadores sobre o
trabalho autogestionário.
Percebemos que a opção pelo trabalho cooperativo revela várias dimensões que vão
desde a escolha econômica, através da garantia de trabalho e altos rendimentos, até a
autonomia característica dos empreendimentos autogestionários, mas a transformação
profunda na relação capital/trabalho está longe de efetivamente ocorrer na totalidade do dia-adia
do trabalho cooperativo, principalmente se pensarmos a relação empresa/cooperativa
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O modelo socialista de Cooperativa de Produção Agropecuária (CPA): contradições e avanços - estudo de caso de Copava / The socialist model of Agricultural Production Cooperative (CPA-MST): contradictions and gaps - a case study of CopavaThomaz, Fernanda 24 February 2011 (has links)
A presente pesquisa de mestrado teve o objetivo de analisar o modelo socialista de agricultura coletiva proposto pelo Movimento dos Sem-Terras (MST) por meio das cooperativas de produção agropecuárias (CPAs) e suas contradições. A idéia era compreender em que medida a coletivização do trabalho agrícola fortalece a luta pela resistência na terra. Com essa finalidade a pesquisa foi proposta aos cooperados da Copava (Cooperativa de Produção Agropecuária Vó Aparecida), fundada em 20 de novembro de 1993, na agrovila III do assentamento Pirituba, situada no município de Itaberá, sudoeste do Estado de São Paulo. Nas CPAs a terra, o trabalho e a renda são administrados coletivamente pelos próprios cooperados. Apesar de a CPA ser um empreendimento de tipo empresarial, é radicalmente diferente de uma empresa capitalista, pois não há extração de mais-valia. A divisão da renda é feita conforme o número de horas trabalhadas de cada um após serem pagas ou amortizadas as dívidas com a produção e gastos em investimentos para ampliação da estrutura da cooperativa. A Copava foi fundada por 27 famílias, totalizando 46 sócios, e ocupando uma área de 189 alqueires de terra. A corrente teórico-metodológica marxista-leninista é a que fundamenta esse modelo de CPA, sendo que as contradições encontradas decorrem da oposição entre a visão socialista e a visão camponesa de uso da terra. Através da CPA, a Copava tem conseguido garantir ao longo do ano o abastecimento de pão, leite, arroz e feijão para todos os cooperados. Porém, uma contradição fundamental desse modelo é que o aumento da produtividade possibilitado pela CPA, não reflete necessariamente a um aumento da renda em dinheiro para o cooperado, devido aos altos custos de manutenção e ampliação da infra-estrutura da cooperativa, a dificuldade de comercialização dos produtos, e a falta de crédito e financiamento governamental que acaba obrigando a cooperativa a fechar contratos com empresas capitalistas, que se apropriam da renda gerada pelos cooperados. / This masters research aimed to analyze the model of socialist agriculture conference proposed by the Movement of Landless Peasants (MST) by means of agricultural production cooperatives (CPAs) and its contradictions. The idea was to understand the extent to which the collectivization of the agricultural work strengthens the fight for land resistance. With this purpose the research was proposed to the Copava cooperative (Cooperative Agricultural Production Vó Aparecida), founded on November 20, 1993, in the settlement Pirituba, agrovila III, located in Itaberá, southwest of São Paulo. CPAs in the land, work and income are managed collectively by the cooperative members themselves. Although the CPA is a venture-type business, is radically different from a venture capitalist, because there is no extraction of surplus value. The division of income is made according to the number of hours worked each after being paid or written off debts with the production and investment spending to expand the cooperative structure. The Copava was founded by 27 families, totaling 46 members, covering an area of 189 acres of land. The current theoretical and methodological Marxist-Leninist ideology that underlies this is the CPA model, and found the contradictions arising from the contrast between the socialist vision and the vision of peasant land use. Through the CPA, Copava has managed to ensure year round supply of bread, milk, rice and beans for all members. However, a fundamental contradiction of this model is that the increased productivity made possible by the CPA, does not necessarily reflect an increase in cash income for the cooperative because of the high costs of maintaining and expanding the infrastructure of the cooperative, the difficulty of marketing products, and lack of credit and government funding that ends up requiring the cooperative to close contracts with capitalist enterprises that take on much of the income generated by the associates.
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O modelo socialista de Cooperativa de Produção Agropecuária (CPA): contradições e avanços - estudo de caso de Copava / The socialist model of Agricultural Production Cooperative (CPA-MST): contradictions and gaps - a case study of CopavaFernanda Thomaz 24 February 2011 (has links)
A presente pesquisa de mestrado teve o objetivo de analisar o modelo socialista de agricultura coletiva proposto pelo Movimento dos Sem-Terras (MST) por meio das cooperativas de produção agropecuárias (CPAs) e suas contradições. A idéia era compreender em que medida a coletivização do trabalho agrícola fortalece a luta pela resistência na terra. Com essa finalidade a pesquisa foi proposta aos cooperados da Copava (Cooperativa de Produção Agropecuária Vó Aparecida), fundada em 20 de novembro de 1993, na agrovila III do assentamento Pirituba, situada no município de Itaberá, sudoeste do Estado de São Paulo. Nas CPAs a terra, o trabalho e a renda são administrados coletivamente pelos próprios cooperados. Apesar de a CPA ser um empreendimento de tipo empresarial, é radicalmente diferente de uma empresa capitalista, pois não há extração de mais-valia. A divisão da renda é feita conforme o número de horas trabalhadas de cada um após serem pagas ou amortizadas as dívidas com a produção e gastos em investimentos para ampliação da estrutura da cooperativa. A Copava foi fundada por 27 famílias, totalizando 46 sócios, e ocupando uma área de 189 alqueires de terra. A corrente teórico-metodológica marxista-leninista é a que fundamenta esse modelo de CPA, sendo que as contradições encontradas decorrem da oposição entre a visão socialista e a visão camponesa de uso da terra. Através da CPA, a Copava tem conseguido garantir ao longo do ano o abastecimento de pão, leite, arroz e feijão para todos os cooperados. Porém, uma contradição fundamental desse modelo é que o aumento da produtividade possibilitado pela CPA, não reflete necessariamente a um aumento da renda em dinheiro para o cooperado, devido aos altos custos de manutenção e ampliação da infra-estrutura da cooperativa, a dificuldade de comercialização dos produtos, e a falta de crédito e financiamento governamental que acaba obrigando a cooperativa a fechar contratos com empresas capitalistas, que se apropriam da renda gerada pelos cooperados. / This masters research aimed to analyze the model of socialist agriculture conference proposed by the Movement of Landless Peasants (MST) by means of agricultural production cooperatives (CPAs) and its contradictions. The idea was to understand the extent to which the collectivization of the agricultural work strengthens the fight for land resistance. With this purpose the research was proposed to the Copava cooperative (Cooperative Agricultural Production Vó Aparecida), founded on November 20, 1993, in the settlement Pirituba, agrovila III, located in Itaberá, southwest of São Paulo. CPAs in the land, work and income are managed collectively by the cooperative members themselves. Although the CPA is a venture-type business, is radically different from a venture capitalist, because there is no extraction of surplus value. The division of income is made according to the number of hours worked each after being paid or written off debts with the production and investment spending to expand the cooperative structure. The Copava was founded by 27 families, totaling 46 members, covering an area of 189 acres of land. The current theoretical and methodological Marxist-Leninist ideology that underlies this is the CPA model, and found the contradictions arising from the contrast between the socialist vision and the vision of peasant land use. Through the CPA, Copava has managed to ensure year round supply of bread, milk, rice and beans for all members. However, a fundamental contradiction of this model is that the increased productivity made possible by the CPA, does not necessarily reflect an increase in cash income for the cooperative because of the high costs of maintaining and expanding the infrastructure of the cooperative, the difficulty of marketing products, and lack of credit and government funding that ends up requiring the cooperative to close contracts with capitalist enterprises that take on much of the income generated by the associates.
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