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Formação identitária dos estudantes de medicina: novo currículo, novas identidades?

Sassi, André Petraglia 22 May 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T13:27:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 906138 bytes, checksum: aacd50591a661d30407334b65b918e7c (MD5) Previous issue date: 2012-05-22 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This study is dedicated to discussion and understanding of social processes that are part of the training and professional identity in medicine in connection with the reformulation in the context of undergraduate courses. The objectives were to identify the concepts of medical students about being a doctor and the medical practice, to identify, at different stages of medical school, the students' perceptions about the professional identity, understanding if the processes of change in curricula of medical schools are related to professional identity formation and to identify the concepts of medicine and the medical profession to students at different stages of the course. For this, was developed an exploratory and qualitative methodological approach, using various techniques of field work, such as participant observation, interviews, discussion groups and use of information from social networks. It was noticed, with the research that medical students bring representations about the profession from before entering the university, many of them responsible for choosing a career, such as social status and the possibility of acquiring economic capital. Students go through processes of socialization during the course to acquire medical knowledge and the normative precepts of medicine. In the beginning of the course, neophytes maintains an idealist position, which is changing towards the acquisition of strong technical expertise focused on the diagnosis and treatment of diseases. To change the focus of training from the disease to care about people the curricula of medical schools are becoming, in the midst of processes of resistance due to professional power. Constructing new identities in the context of curriculum change is extremely difficult, because the training is crystallized in the maintenance of professional power and the closing of the profession towards people and other professions. / Este estudo se dedica à discussão e compreensão dos processos sociais que fazem parte da formação e identidade profissional no campo da medicina a partir das reformulações no âmbito dos cursos de graduação. Os objetivos foram: conhecer as concepções dos estudantes de medicina sobre o ser médico e sobre o exercício da profissão médica; identificar, em diferentes etapas do curso de medicina, as percepções dos estudantes sobre a identidade profissional; compreender se os processos de mudança nos currículos das escolas médicas estão relacionados com a formação identitária profissional e conhecer as concepções de medicina e da profissão médica de estudantes em diferentes fases do curso. Para isso, desenvolveu-se um percurso metodológico qualitativo e exploratório, com a utilização de diversas técnicas de trabalho de campo, como observação participante, entrevistas, discussão em grupos e utilização de informação proveniente de redes sociais. Percebeu-se, com a realização da pesquisa, que os estudantes de medicina trazem representações sobre a profissão desde antes do ingresso na universidade, muitas delas responsáveis pela escolha pela carreira, como o status social e a possibilidade de aquisição de capital econômico. Os alunos passam por processos de socialização durante o curso para adquirirem o saber médico e os preceitos normativos da medicina. Inicialmente no curso, os neófitos mantém uma posição idealista, que vai se modificando no sentido da aquisição de forte competência técnica voltada para o diagnóstico e tratamento das doenças. Para se modificar o foco da formação da doença para o cuidado, os currículos das escolas médicas vêm se transformando, em meio a processos de resistências devido ao poder profissional. Construir novas identidades nesse âmbito de mudança curricular é extremamente difícil, pois a formação está cristalizada na manutenção do poder profissional e no fechamento da profissão em relação às pessoas e as demais profissões.
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O programa Mais Médicos e a intervenção do estado no domínio econômico para a regulação das profissões / The More Doctors program and the intervention of the state in the economic domain for professional regulation

Mouta, Luiz Fernando Picorelli de Oliveira 02 March 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T20:24:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Luiz Fernando Picorelli de Oliveira Mouta.pdf: 1297486 bytes, checksum: f43cf0962b266b49b35bbaa2e2e903fc (MD5) Previous issue date: 2016-03-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The article 170 of the Constitution makes it clear that the State did not opted for a model of total abstinence or full intervention, seeking the constitution to guarantee the role of private enterprise supervised by the government, in order for the economy to become an effective instrument to ensure its purpose, specifically the principle of the human dignity. The State, as a normative and regulating agent, perform the oversight, incentive and planning functions. On the other hand, social rights are rights that are guaranteed by various means, including the regulation of economic relations, giving everyone the benefits of life in society. Such rights, the right to health, is everyone's right and it is also a duty of the state, guaranteed through social and economic policies. To ensure the right to health for all, it was created the Unified Health System. However, in reality, the Unified Health System was not able to avoid the large concentration of establishments, structure and health professionals in the South and Southeast regions, to the detriment of other areas of the country. This was compounded by the State's abstention when it comes to planning and regulation of the medical profession, which is predominantly carried out by the Federal Medical Council and Regional Medical Councils. The "More Doctors" program, established by Law nº. 12 871 2013, aims to expand health supply in the country by creating new courses, setting new standards for medical education in the country and the promotion in the priority areas of medical improvement of Unified Health System in primary care area in health. Therefore, the "More Doctors" program, despite some flaws, is constitutional from the perspective of economic order, since it preserves the right to health by legitimate state intervention in the economic domain, and it is in line with the principle of reduction social and regional inequalities and the principle of human dignity / O artigo 170 da Constituição deixa claro que não se optou por um modelo de total abstenção ou de total intervenção do Estado, buscando a Constituição garantir a atuação da iniciativa privada, fiscalizada pelo poder público, para que a economia torne um instrumento apto a garantir os seus princípios-fins, mais especificamente o princípio da dignidade da pessoa humana. O Estado, ainda como agente normativo e regulador, desempenhará as funções de fiscalização, incentivo e planejamento. Por outro lado, os direitos sociais são direitos por diversos meios, dentre eles a regulação das relações econômicas, atribuir a todos os benefícios da vida em sociedade. Um desses direitos, o direito à saúde, é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas. Para garantir o direito à saúde a todos, foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, na prática, o SUS não foi capaz de evitar a grande concentração de estabelecimentos, estrutura e profissionais de saúde nas regiões Sul e Sudeste, em detrimento das demais áreas do país. Isto foi agravado pela abstenção do Estado no que tange ao planejamento e à regulação da profissão médica, que é predominantemente realizada pelo Conselho Federal e Conselhos Regionais de Medicina. O programa Mais Médicos , instituído pela Lei nº. 12.871 de 2013, tem por objetivo expandir a oferta de saúde no país, mediante a criação de novos cursos, estabelecimento de novos parâmetros para a formação médica no País e a promoção nas regiões prioritárias do SUS de aperfeiçoamento de médicos na área de atenção básica em saúde. Desta feita, o programa Mais Médicos , apesar de algumas falhas, é constitucional sob a ótica da ordem econômica, uma vez que preserva o direito à saúde, mediante a intervenção legítima do Estado no domínio econômico, estando em consonância com o princípio da redução das desigualdades sociais e regionais e o princípio da dignidade da pessoa humana
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Cuidados paliativos e a construção da identidade médica paliativista no Brasil / Palliative care and the construction of medical identity paliativista in Brazil

Machado, Mariana de Abreu January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:36:18Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009 / O objetivo desta dissertação consiste em investigar o processo de construção da identidade profissional de médicos que se dedicam à assistência a pacientes que apresentam doenças progressivas e ameaçadoras da continuidade existencial e que têm contribuído para o desenvolvimento dos Cuidados Paliativos no Brasil. Buscamos conhecer a trajetória profissional destes médicos desde a escolha da medicina como profissão até o encontro com a filosofia e a prática dos Cuidados Paliativos. Com este intuito, realizamos entrevistas semiestruturadas,colhidas segundo a metodologia de História Oral de Vida. Foram entrevistados seis médicos de diferentes especialidades que ocupam cargos diretivos em uma das associações profissionais voltadas para a disseminação e legitimação política e social dos Cuidados Paliativos no Brasil. Os depoentes se destacam no cenário nacional no que diz respeito às discussões sobre esta temática e mantêm contato com importantes instituições internacionais. Por esta razão, chamamos o conjunto de entrevistados de elite médica paliativista. Percebemos uma pobre interlocução entre os médicos paliativistas, o que se reflete na ausência de uma identidade integrada desse grupo profissional. Os entrevistados acentuaram as competências humanitárias necessárias ao bom exercício da Medicina Paliativa, mas, no entanto, não foram explicitadas as competências específicas a este campo profissional, que justificariam seu reconhecimento pelas entidades médicas competentes comouma nova área de atuação ou especialidade.

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