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Programa \"De volta para casa\" em um município do Estado de São Paulo - suas possibilidades e limites / Programa \"De Volta para Casa\" in a council of the State of São PauloCampos, Ioneide de Oliveira 31 October 2008 (has links)
Nas últimas décadas, a assistência à saúde mental no Brasil, sustentada pelo modelo convencional de exclusão social, que retira a pessoa do seu convívio, por meio de internações em instituições psiquiátricas, vem passando por transformações, sendo que a ênfase está em uma assistência comunitária e territorial, com a inclusão dessa pessoa nos planos dos direitos e do convívio social. Essas mudanças caracterizam o movimento pela Reforma Psiquiátrica, a qual inclui ações políticas de desinstitucionalização e propõe a ressignificação do sujeito, não apenas a partir da doença, mas considerando também que há implicações culturais, sociais, éticas, políticas e humanas e, principalmente, valorizando a idéia de fazer valer seus direitos de cidadania, preocupando-se com a sua saída das instituições psiquiátricas e com a viabilização dos instrumentos de suporte financeiro e social. Nesse contexto, o Programa De Volta para Casa insere-se como estratégia política no Brasil desde 2003 e tem como meta a inserção social de pessoas egressas de longas internações em hospitais psiquiátricos, por meio do auxílio- reabilitação psicossocial. O objetivo deste trabalho foi o de analisar o processo de implementação do Programa De Volta para Casa no município de Ribeirão Preto- SP, apontando as suas possibilidades e limites. A metodologia, de natureza qualitativa, foi conduzida por meio de seis (6) entrevistas semi-estruturadas com a equipe de saúde que coordena o referido Programa. Nos resultados e discussão são apresentados o processo de implantação do Programa De Volta para Casa no município de Ribeirão Preto e os seguintes temas de análise: o uso do auxílio reabilitação psicossocial, as limitações dos beneficiários decorrentes da institucionalização e o Programa De Volta para Casa - seus avanços e desafios. Diante da análise realizada, o processo de implantação ocorreu com dificuldades e seu desenvolvimento inicial mostrou incoerência entre a proposta de reinserção social e sua execução no município. O Programa abre possibilidades aos beneficiários de participação nos espaços sociais e ampliação do poder de troca; entretanto, alguns limites foram expostos com relação às limitações físicas e psicossociais dos usuários, o que exige, da equipe de saúde, o desenvolvimento de ações não apenas centradas no assistencialismo, mas que envolvam o acompanhamento, com criatividade e flexibilidade no cotidiano dos beneficiários, além de avaliações contínuas dos mesmos e do Programa como um todo. / In recent decades, assistance to mental health in Brazil, backed by the conventional model of social exclusion, which cut the person of their daily living, through hospitalizations in psychiatric institutions, is going through changes, and the emphasis is on a community assistance and territorial, with the inclusion of that person in the plans of rights and social life. These changes characterizing the movement for deinstitutionalization, which includes shares of deinstitutionalization policies and proposes to rethink the subject, not only from the disease, but considering that there are also implications cultural, social, ethical, political and human and, especially, valuing the idea of asserting their rights of citizenship, concerning itself with its exit from psychiatric institutions and the development of instruments of financial and social support. In this context, the programme \"De Volta para Casa\" is part of strategy and policy in Brazil since 2003 and aims to social inclusion from people of long hospitalizations in psychiatric hospitals, through the aidpsychosocial rehabilitation. The objective of this study was to examine the process of implementing the programme \"De Volta para Casa\" in the city of Ribeirão Preto-SP, pointing their possibilities and limits. The methodology of a qualitative nature, was conducted by six (6) semi-structured interviews with the health team that coordinates the program. The results are presented and discussed the process of implementation of the Programme \"De Volta para Casa\" in the city of Ribeirão Preto and analysis of the following topics: the use of aid psychosocial rehabilitation, the limitations of the beneficiaries resulting from the institutionalization and \'De Volta para Casa\"- their progress and challenges. Given the analysis, the process of deployment and difficulties occurred with its initial development showed inconsistency between the proposed social reintegration and their implementation in the municipality. It opens opportunities for beneficiaries to participate in social spaces and expansion of power exchange, but some limits were set in relation to psychosocial and physical limitations of users, which requires, the team of health, the development of actions not only focus no welfarism, but involving the monitoring, with creativity and flexibility in the daily lives of beneficiaries, as well as continuous assessments of them and the programme as a whole.
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Programa \"De volta para casa\" em um município do Estado de São Paulo - suas possibilidades e limites / Programa \"De Volta para Casa\" in a council of the State of São PauloIoneide de Oliveira Campos 31 October 2008 (has links)
Nas últimas décadas, a assistência à saúde mental no Brasil, sustentada pelo modelo convencional de exclusão social, que retira a pessoa do seu convívio, por meio de internações em instituições psiquiátricas, vem passando por transformações, sendo que a ênfase está em uma assistência comunitária e territorial, com a inclusão dessa pessoa nos planos dos direitos e do convívio social. Essas mudanças caracterizam o movimento pela Reforma Psiquiátrica, a qual inclui ações políticas de desinstitucionalização e propõe a ressignificação do sujeito, não apenas a partir da doença, mas considerando também que há implicações culturais, sociais, éticas, políticas e humanas e, principalmente, valorizando a idéia de fazer valer seus direitos de cidadania, preocupando-se com a sua saída das instituições psiquiátricas e com a viabilização dos instrumentos de suporte financeiro e social. Nesse contexto, o Programa De Volta para Casa insere-se como estratégia política no Brasil desde 2003 e tem como meta a inserção social de pessoas egressas de longas internações em hospitais psiquiátricos, por meio do auxílio- reabilitação psicossocial. O objetivo deste trabalho foi o de analisar o processo de implementação do Programa De Volta para Casa no município de Ribeirão Preto- SP, apontando as suas possibilidades e limites. A metodologia, de natureza qualitativa, foi conduzida por meio de seis (6) entrevistas semi-estruturadas com a equipe de saúde que coordena o referido Programa. Nos resultados e discussão são apresentados o processo de implantação do Programa De Volta para Casa no município de Ribeirão Preto e os seguintes temas de análise: o uso do auxílio reabilitação psicossocial, as limitações dos beneficiários decorrentes da institucionalização e o Programa De Volta para Casa - seus avanços e desafios. Diante da análise realizada, o processo de implantação ocorreu com dificuldades e seu desenvolvimento inicial mostrou incoerência entre a proposta de reinserção social e sua execução no município. O Programa abre possibilidades aos beneficiários de participação nos espaços sociais e ampliação do poder de troca; entretanto, alguns limites foram expostos com relação às limitações físicas e psicossociais dos usuários, o que exige, da equipe de saúde, o desenvolvimento de ações não apenas centradas no assistencialismo, mas que envolvam o acompanhamento, com criatividade e flexibilidade no cotidiano dos beneficiários, além de avaliações contínuas dos mesmos e do Programa como um todo. / In recent decades, assistance to mental health in Brazil, backed by the conventional model of social exclusion, which cut the person of their daily living, through hospitalizations in psychiatric institutions, is going through changes, and the emphasis is on a community assistance and territorial, with the inclusion of that person in the plans of rights and social life. These changes characterizing the movement for deinstitutionalization, which includes shares of deinstitutionalization policies and proposes to rethink the subject, not only from the disease, but considering that there are also implications cultural, social, ethical, political and human and, especially, valuing the idea of asserting their rights of citizenship, concerning itself with its exit from psychiatric institutions and the development of instruments of financial and social support. In this context, the programme \"De Volta para Casa\" is part of strategy and policy in Brazil since 2003 and aims to social inclusion from people of long hospitalizations in psychiatric hospitals, through the aidpsychosocial rehabilitation. The objective of this study was to examine the process of implementing the programme \"De Volta para Casa\" in the city of Ribeirão Preto-SP, pointing their possibilities and limits. The methodology of a qualitative nature, was conducted by six (6) semi-structured interviews with the health team that coordinates the program. The results are presented and discussed the process of implementation of the Programme \"De Volta para Casa\" in the city of Ribeirão Preto and analysis of the following topics: the use of aid psychosocial rehabilitation, the limitations of the beneficiaries resulting from the institutionalization and \'De Volta para Casa\"- their progress and challenges. Given the analysis, the process of deployment and difficulties occurred with its initial development showed inconsistency between the proposed social reintegration and their implementation in the municipality. It opens opportunities for beneficiaries to participate in social spaces and expansion of power exchange, but some limits were set in relation to psychosocial and physical limitations of users, which requires, the team of health, the development of actions not only focus no welfarism, but involving the monitoring, with creativity and flexibility in the daily lives of beneficiaries, as well as continuous assessments of them and the programme as a whole.
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