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Modelo geológico e estrutural da zona externa da faixa Brasília por meio da integração de dados geofísicosVieira, João Alberto Cruz 09 1900 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2016. / Submitted by Marianna Gomes (mariannasouza@bce.unb.br) on 2016-12-13T13:41:54Z
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2016_JoãoAlbertoCruzVieira.pdf: 8530160 bytes, checksum: 05d7b276fbc5417ae1b96ab6f56d2d68 (MD5) / A Zona Externa da Faixa Brasília está situada a na porção central-leste da Província Tocantins, no Brasil Central, limitada ao leste pelo Cráton São Francisco, e é definida como uma sequência de bacias foreland Meso-Neoproterozóicas onde sistemas de falhas de empurrões são encontrados. O trabalho focou no conhecimento das relações entre os grupos Canastra, Vazante e Bambuí, assim como suas profundidades usando interpretação de gravimetria terrestre e magnetometria aérea aplicadas ao estudo da compartimentação tectônica na região. Os dados magnéticos foram processados utilizando Sinal Analítico 3D, derivadas tilt e tilt-GHT para melhorar razão sinal-ruído, obter informações de profundidade e realçar características geológicas e geofísicas da região. Interpretação conjunta da gravimetria, magnetometria e topográfica levou à notar os contatos entre os grupos envolvidos e a compreensão da geometria das rochas em subsuperfície. O método da deconvolução de Euler apontou soluções indicando fontes de anomalias gravimétricas com mais de 10000 metros de profundidade, ao mesmo tempo que a aplicação deste método em dados magnéticos apontou profundidades maiores que 2500 metros. Foi possível individualizar sete domínios estruturais à partir da extração e classificação de lineamentos à partir do mapa do Sinal Analítico 3D. Resultados de Matched Filter indicaram profundidades do topo do embasamento e camadas intra-sedimentares (7404 e 1457 metros respectivamente) e mapa de características superficiais através da análise do espectro de potência. Um modelo tectônico foi proposto baseado nas informações obtidas nesta pesquisa, que corrobora modelos anteriores, mostrando dados sobre profundidades não vistas em trabalhos anteriores. / The External Zone of Brasília Fold Belt is situated at east-central portion of Tocantins Province, bordered east with São Francisco Craton, and is defined as a Meso- Neoproterozoic foreland basin sequence where thrust faults systems are found. The study was aimed to understand the relationship between Canastra, Vazante and Bambuí groups, as well as their depths, through the interpretation of ground gravimetry and airborne magnetic data. The objective is to provide additional information for a better understanding of the tectonic framework of the region. The magnetic data were processed using 3D Analytic Signal, Tilt depth, and HD-Tilt techniques to reduce signal-to-noise ratio, obtain depth information and enhance geophysical-geological structural features and anomalies. Joint gravimetric, magnetic and topographic interpretation led interpretation of the contacts between the geological groups and comprehends their geometry in depth. Euler deconvolution pointed solutions indicating gravimetric anomalies sources of more than 10 km deep, while for magnetic data solutions showed depths bigger than 2.5 km. It was possible to individualize seven structural domains using lineament extraction and classification analyzing 3D Analytic Signal map. Matched Filter products indicated two main depths, approximately, 7.4 and 1.5 km, the first interpreted as top of basement and intrasedimentary layer. A tectonic model was proposed based on information obtained in this work, which corroborates previous models, giving depths for the layers not observed in previous studies.
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Caracterização da mineralização aurífera no Granito do Carmo, Depósito Serra Alta, município de Monte do Carmo (TO)Maia, Jéssica Gomes de Almeida 29 September 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geociências Aplicadas, 2016. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-06-26T15:19:28Z
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Previous issue date: 2017-08-15 / A mineralização aurífera do Depósito Serra Alta é do tipo Intrusion Related e encontra-se hospedada no denominado Granito do Carmo, que representa uma fase mais evoluída e fracionada de um magmatismo sienogranítico do tipo I, alcalino-cálcico a calci-alcalino de alto potássio, peraluminoso e com moderado fracionamento entre os ETR leves e pesados. Apresenta assinatura geoquímica de ambiente geotectônico do tipo cordilheira, como produto da colisão entre placas oceânica e continental. A idade de cristalização U-Pb é de 2083 ± 21 Ma, com valores TDM entre 2,05-2,15 Ma e εNd (2,083) positivo, pertencente a Suíte Intrusiva Ipueiras, dentro no contexto da Faixa Araguaia, Província Tocantins. A mineralização é do tipo filoneana, formada por dois sistemas de veios e vênulas que se intercruzam em dois trends principais, NE-SW e NWSE, desenvolvidos junto às zonas de alteração hidrotermal e intensificados na porção de cúpula do granito. O ouro encontra-se hospedado nos sistemas de veios e vênulas, ocorrendo como grãos isolados, de forma livre em veios quartzosos, ou associado a paragênese mineral sulfetada (pirita, galena, esfalerita, calcopirita ± covelita). As frentes de alteração hidrotermal são representadas pelas fases propílica, seguida de sulfetação e silicificação, que eventualmente se sobrepõem. As frentes de alteração hidrotermal observadas juntamente com a presença de distintas fases de dilatação nos sistemas filoneanos, indicam sucessivas fases de reaberturas e preenchimento de cavidades, que podem ocorrer simultaneamente, demonstrando um processo efetivo e prolongado da circulação convectiva dos fluidos hidrotermais. Estudos de inclusões fluidas em veios de quartzo mineralizados identificaram a existência de três tipos de fluidos: aquoso (H2O – NaCl ± KCl, NaHCO3), aquocarbônico (H2O – NaCl – CO2) e carbônico (CO2). O sistema aquoso apresenta salinidade de 0,35-10,23% em peso de NaCl equivalente, densidade de 0,59-0,91 g/cm³, temperatura e pressão mínima de aprisionamento de 201-381°C e 0,024-0,189 kbar, respectivamente. Enquanto que os sistemas aquocarbônico e carbônico possuem salinidade entre 1,02-10,1% em peso de NaCl equivalente, densidade de 0,36-0,71 g/cm³, temperatura e pressão mínima de aprisionamento de 194-382°C e 0,83-3,05 kbar, respectivamente. Essas diferentes composições de fluidos indicam que o processo hidrotermal tardi a pós-magmático do depósito envolveu a interação de sistemas de fluidos de naturezas distintas (hidrotermais de derivação magmáticas vs meteóricos) durante a ascensão fluidal sob condições epi a mesozonais. A fase hidrotermal foi assim, impulsionada para a cúpula granítica pelos voláteis com grande aporte de metais (Au+Fe+Pb+Zn+Cu) e, a tensão gerada nessa porção, proporcionou sua ruptura, gerando fraturas distensivas nas direções NW-SE e NE-SW, facilitando a percolação de fluidos de forma generalizada. A interação dos fluidos associada ao processo de ruptura na cúpula granítica, favoreceram ao abaixamento de temperatura e descompressão, alterando as condições físico-químicas no sistema hidrotermal e proporcionando a precipitação dos metais em armadilhas estruturais. Os dados aqui apresentados demonstram que a mineralização aurífera do Depósito Serra Alta é do tipo Intrusion Related, em ambiente do tipo Cordilheirano. / The Serra Alta gold deposit is intrusion related type associated to the Carmo Granite, which is the more evolved and fractioned phase of a type I sienogranitic magmatism. It is present alkaline-calcium to high potassium calci-alkaline and peraluminous geochemical characteristics, as well as moderate fractionation between ETRL and ETRH. It presents yet cordillera type geotectonic environment geochemical signature most likely to oceanic-continental plate collision. The crystallization age U-Pb is 2083 ± 21 Ma, with TDM values between 2.05-2.15 Ma and εNd (2.083) positive, belonging to the Intrusive Suite Ipueiras, within the context of the Araguaia Belt, Tocantins Province. The gold mineralization is lode type, formed by two veinsveinlets systems on the NE-SW and NW-SE intersect trends, developed in the apex-zone of granitic intrusion and associated to hydrothermal alteration zones (propilic, sulfation and silicification types) that eventually overlap. In the veins-veinlets system the gold occur as free nugget or associated to sulphide-mineral assemblage (pyrite, galena, sphalerite, chalcopyrite ± covelite). Often dilatation/opening and deposition of the minerals events in the fissure systems are observed, indicative to an effective and prolonged process of convective circulation of hydrothermal fluids. Fluid inclusions studies in quartz veins identified the existence of three types of fluids: aqueous (H2O - NaCl ± KCl, NaHCO3), aquocarbonic (H2O - NaCl - CO2) and carbonic (CO2). The aqueous system presents from 0.35 to 10.23 wt.% NaCl equiv., density between 0.59-0.91 g/cm-3 , temperature and pressure entrapment of 201o -381o C and 0.024-0.189 kbar, respectively. On the other hand, the aquocarbonic and carbonic systems have salinity between 1.02-10.1% wt.% NaCl equiv., density of 0.36- 0.71 g/cm-3 , temperature and minimum entrapment pressure of 194o -382o C and 0.83-3.05 kbar, respectively. These characteristics different in the fluid systems suggest that the late- to post-magmatic hydrothermal phases in the Serra Alta gold deposit, involved the interaction between different fluid systems (e.g. hydrothermal from magnatic derivation vs. meteoric) during the fluidal rising under epi- to mesozone conditions. The fluidal tension led to dilatation fractures generation over apex-zone of granitic intrusion, facilitating fluid percolation and temperature lowering by decompression, modifying the physico-chemical conditions in the hydrothermal system and providing the precipitation of metals in structural traps.
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Parâmetros elásticos da crosta sob a linha de refração sísmica profunda de Porangatu (GO)Ventura, Dhébora Batista Rosa 30 April 2010 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geociências Aplicadas, 2010. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-07-06T17:26:15Z
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Previous issue date: 2017-10-06 / Localizada na porção noroeste de Goiás, próximo à divisa com Tocantins, a linha de refração sísmica profunda de Porangatu foi levantada com cerca de 120 sensores distribuídos ao longo de 320 km na direção WNW-ESE. com um tiro a cada 50 km ao longo do perfil. Atravessa a porção centro-leste da Província Tocantins, iniciando sobre a Faixa Araguaia e Passando, em direção a leste, pela porção norte da Faixa Brasília, abarcando os terrenos do Arco Magmático de Goiás. Maciço de Goiás e parte oeste da zona externa. O Lineamento Transbrasiliano. a Zona de Cisalhamento Rio dos Bois e o Sistema de Falhas Rio Maranhão constituem significativas feições estruturais atravessadas pela linha sísmica. A modelagem de dados sísmicos e gravimétricos preexistentes permitiu obter a distribuição de velocidades (Vp e V$) e de densidades (p) para a região e caracterizar as rochas da crosta e manto litosférico em termos dos parâmetros elásticos razão de Poisson (a), módulo de bulk (k). módulo de Young (E), módulo de Rigidez (^x) e constante de Lamé A í”aixa Araguaia foi imageada apenas na crosta superior e apresenta VP /VS de 1.76. o de 0.26. 53 GPa de tc. 80 GPa de E. 30 GPa de n e 33 GPa de X. O Arco Magmático de Goiás, mapeado até a crosta inferior, apresenta variação de 1.63-1.70 de VP /VS . 0.20-0.24 de a. 50- 88 GPa de tc. 86-148 GPa de E. 33-57 GPa de e 25-50 GPa de k. No Maciço de Goiás, imageado até a crosta inferior, a variação é de 1.63-1.75 de VP /VS e 0.20-0.26 de o. 56-68 GPa de k. 90-134 GPa de E. 34-52 GPa de |i e 32-41 GPa de X. A zona extema da Faixa Brasília, mapeada na crosta superior, apresenta variação de 1.65-1.69 de VP /VS e 0.21-0.23 de o. 44-55 GPa de k. 81 -94 GPa de E. 31 -36 GPa de n e 23-31 GPa de l. A análise conjunta desses dados ressaltou as diferenças entre os terrenos geológicos. O bloco crustal a oeste da Serra Azul foi definido como subdomínio geofisico onde a crosta possivelmente represente porção de interdigitação dos terrenos da borda leste da Placa Amazônica com os da borda oeste da Província Tocantins (Arco Magmático de Goiás). Em termos de composição das rochas, os dados confirmaram composição félsica para as crostas superior e intermediária e definiram composição máfica para a crosta inferior, independente do domínio geológico. O manto apresenta composição ultramáfica. Embora tenham contribuído com as discussões, os parâmetros elásticos calculados não foram decisivos na interpretação das características da crosta e do manto. A maioria das inferências deriva das análises de distribuição de V,». VP Vs e densidade. / Placed on the northwestern portion of Goias State, near Tocantins, the Porangatu deep seismic refraction line was deployed with 120 recording points along a WNW-ESE 320 km long transect, in which shots were made every 50 km. It crosses the central-east region of Tocantins Province, from Araguaia Belt to northern Brasilia Belt, covering Goias Magmatic Arc. Goias Massif and the western portion of external zone. Significant geological structures transected by the seismic line are Transbrasiliano Lineament. Rio dos Bois Shear Zone and Rio MaranhSo Fault System. Seismic and gravimetric modeling of previously obtained data allowed obtaining velocity (VP e Vs ) and density (p) distribution of the region and characterizing the elastic parameters Poisson ratio (o). bulk modulus (k). Young modulus (E). Shear modulus (n) and Lame's constant X of the crustal and lithospherical mantle rocks. Araguaia Belt, modeled only on the upper crust, presents VP /Vs of 1.76. a of 0.26. 53 GPa of k. 80 GPa of E. 30 GPa of |i and 33 GPa of X. Goias Magmatic Arc. mapped from upper to lower crust, exhibits a range of values: 1.63-1.70 of VP /VS . 0.20-0.24 of o. 50-88 GPa of k. 86-148 GPa of E. 33-57 GPa of and 25-50 GPa of X. Similarly. Goias Massif was also mapped from upper to lower crust and presents a range of 1.63-1.75 of VP /VS . 0.20-0.26 of a. 56-68 GPa of k. 90-134 GPa of E. 34- 52 GPa of n and 32-41 GPa ofFinally, the external zone of Brasilia Belt was modeled only on the upper crust and presents 1.65-1.69 of Vp/Vs. 0.21-0.23 of a. 44-55 GPa of k. 81-94 GPa of E. 31-36 GPa oi> and 23-31 GPa of I. Data analysis highlighted differences of geological terranes. West of Serra Azul. the crustal block was defined as a geophysical domain in which the crust possibly represents an interfingering portion between the eastern border of Amazonic Plate and the western border of Tocantins Province (Goias Magmatic Arc). Composicionally, data showed that upper and middle crust present felsic composition and that lower crust is mafic. Mantle is ultramafic. Although helpful to the development of discussion, elastic parameters were not crucial during the interpretaton of crustal and mantle characteristics. Most of conclusions derived from VP . Vp/Vs and density distribution analysis.
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Evolução dos sistemas hidrotermais na extensão sul da bacia de vazante : implicações para mineralização de zinco silicatadoCarvalho, Igor Abu Kamel de 17 July 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-graduação em Geologia, 2015. / Submitted by Tania Milca Carvalho Malheiros (tania@bce.unb.br) on 2016-02-12T14:28:25Z
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2015_Igor Abu Kamel de Carvalho.pdf: 12588186 bytes, checksum: d919f39e090e820f94a357377e3a9a0a (MD5) / Approved for entry into archive by Patrícia Nunes da Silva(patricia@bce.unb.br) on 2016-03-18T21:40:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2015_Igor Abu Kamel de Carvalho.pdf: 12588186 bytes, checksum: d919f39e090e820f94a357377e3a9a0a (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-18T21:40:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2015_Igor Abu Kamel de Carvalho.pdf: 12588186 bytes, checksum: d919f39e090e820f94a357377e3a9a0a (MD5) / Durante a evolução da Extensão Sul do Grupo Vazante da Província Tocantins, Minas Gerais, Brasil, múltiplos estágios de interação fluido-rocha foram reconhecidos. As alterações hidrotermais relacionadas a esses múltiplos estágios foram documentadas em rochas carbonáticas dos membros Morro do Pinheiro Superior e Pamplona Inferior, da Formação Serra do Poço Verde. Essas unidades são as principais hospedeiras dos depósitos hipogênicos, estruturalmente controlados, de zinco silicatado do distrito de Vazante, incluindo a mina de Vazante, considerada o maior depósito willemítico (Zn2SiO4) do mundo, com recursos totais estimados de 40 a 60 Mt a 20% de Zn. Seis estilos de alteração hidrotermal foram identificados na Extensão Sul do Grupo Vazante. (I) Estágio de alteração precoce que compreende bandas de substituição de dolomita sem enriquecimento apreciável de metais, precipitadas a partir de fluidos de moderadas salinidades, compostos por H2O-NaCl-CaCl2, com temperaturas em torno de 90° C, interpretados como sendo relacionados à tardi-diagênese. As composições isotópicas de C e O dos fluidos são os valores mais leves registrados (-3.62‰ a -2.60‰ PDB e +4.60‰ a +5.95‰ SMOW, respectivamente, a 90° C). Isso sugere origem meteórica ou conata para o fluido assim como interação com carbono orgânico. (II) O estágio pré-mineralização é evidenciado por precipitação de dolomita dog-tooth, quartzo e traços de oxi/hidróxidos de Fe que preenchem cavidades de dissolução. Os fluidos associados a essa alteração são resultantes de mistura de fluidos de composição H2O-NaCl-CaCl2 de altas salinidades e fluidos de composição H2O-NaCl-MgCl2, de salinidades baixas a moderadas, e temperaturas em torno de 100° a 150° C. Suas composições isotópicas de C sugerem interação com carbono orgânico (-1.81‰ a -1.04‰ PDB a 120° C). (III) O estágio mineralizante engloba quatro fases de precipitação mineral. A primeira é distal e caracterizada por dolomitos avermelhados devido a hematita e dolomita vermelha disseminada e por conteúdos mais elevados de Al2O3, P2O5, e alguns elementos de terras raras (ETR’s: Ce, Dy, Er, Eu, Gd, Nd, Pr, Sm, Tb) e Ni. A segunda fase é o estágio principal de mineralização, constituído por dolomita vermelha e hematita maciças e willemita, com valores mais elevados em SiO2, Fe2O3, P2O5, Mn, As, Ge, Hg, In, U, V, Ag, Cd, Cu, Mo, Ni, Pb, Sb, Se e Zn. A terceira fase compreende dolomita branca, hematita e traços de willemita, com valores mais elevados em Mn, Ba, Cr, Cd, Ni, Pb e As. As composições isotópicas de C e O para os fluidos em equilíbrio com dolomita para essas duas fases são similares e são tamponadas pela composição isotópica dos dolomitos hospedeiros (δ13C = +0,78‰ a +2,88‰ PDB e δ18O = +23,79‰ a +29,74‰, a 180° C) onde essas fases são incipientes (δ13C = +1,23‰ a +1,61‰ PDB e δ18O = +26,22‰ a +27,55‰ a 180° C). Onde essas três fases são mais pervasivas, a composição isotópica dos fluidos é mais leve (δ13C = -1,62‰ a +1,41‰ PDB e δ18O = +16,46‰ a +21,51‰ a 180° C). A quarta fase corresponde a Zn-clorita e quartzo precipitados a partir de fluidos misturados: um composto por H2O-NaCl, de salinidades moderadas a altas e outro de salinidades baixas a moderadas, com temperaturas em torno de 170° a 190° C e 90° a 130°, respectivamente. (IV) A alteração sulfetada precoce compreende pirita, esfalerita, dolomita branca, hematita fina e quartzo tardio, com valores mais elevados em Na2O, SiO2, Sr, Ba, Cu, Ni, As, Re e S. As composições isotópicas de C e O desse estilo são similares às três fases de dolomita do estágio mineralizante, e exibe os mesmos padrões onde é incipiente (δ13C = +2,09‰ a +2,92‰ PDB e δ18O = +27,22‰ a +30,02‰ a 180° C) e onde é pervasiva (δ13C = +0,37‰ a +2,27‰ PDB e δ18O = +19,12‰ a +25,73‰ a 180° C). Inclusões fluidas revelaram mistura de fluidos em quartzo tardio dessa alteração, que são similares aos fluidos mistos reconhecidos no quartzo tardio do estágio de mineralização willemítica. Esses dados sugerem relação cogenética entre esses dois estilos de alteração. (V) A alteração sulfetada tardia é caracterizada por esfalerita, galena, calcocita, greenockita, covelita e dolomita branca, que cortam dolomita vermelha e hematita maciças do estágio mineralizante principal. (VI) O estágio tardio é caracterizado por silicificação. Localmente, quartzo dessa alteração reage com esfalerita mais precoce para produzir willemita. A composição isotópica de O mais leve dos fluidos do estágio mineralizante em equilíbrio com dolomita cogenética a willemita em zonas de alteração pervasiva indica o envolvimento de água meteórica evoluída e salmouras metalíferas. A composição isotópica de C mais leve sugere interação com carbono orgânico e/ou atividade bacteriológica durante a deposição de minério. Dados de inclusões fluidas apontam mistura de fluidos durante as fases tardias associadas ao estágio de mineralização willemítica e à alteração de pirita e esfalerita (alteração sulfetada precoce). ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Many stages of fluid-rock interaction were recognized during the evolution of the Southern Extension of the Vazante Group from the Tocantins Province, Minas Gerais, Brazil. The hydrothermal alterations related to these multiple stages were documented in carbonate rocks of the Upper Morro do Pinheiro and Lower Pamplona members from the Serra do Poço Verde Formation. These units are the main host for the hypogene, structurally-controlled zinc silicate deposits in the Vazante Zn District, including the Vazante mine, which is considered to be the largest willemitic (Zn2SiO4) deposit in the world, with estimated total resources of 40 to 60 Mt at 20% of Zn. Six hydrothermal alteration styles were identified in Southern Extension of the Vazante Group. (I) Early stage alteration comprises dolomite substitution bands and nodules, with no appreciable metal enrichment, precipitated from moderate salinities H2O-NaCl-CaCl2 fluids, with temperatures around 90° C, interpreted as late-diagenetic. The calculated C and O isotopic compositions of the fluids yielded the lightest values (-3.62‰ to -2.60‰ PDB and +4.60‰ to +5.95‰ SMOW, respectively), suggesting meteoric and/or connate origin and interaction with organic carbon. (II) Pre-ore stage alteration is evidenced by dog-tooth dolomite and quartz with minor Fe-oxi/hydroxides which fills dissolution voids. The fluids associated to this alteration resulted by mixture of H2O-NaCl-CaCl2 high salinities fluids with H2O-NaCl-MgCl2 low to moderate salinities fluids, at temperatures around 100° to 150° C. The C isotopic also suggests interaction with organic carbon (-1.81‰ to -1.04‰). (III) Ore stage encompasses four phases of mineral precipitation. The first is distal and characterized by red stained dolostones due to disseminated hematite and red dolomite and by Al2O3, P2O5, and some rare earth elements (REE: Ce, Dy, Er, Eu, Ga, Gd, Nd, Pr, Sm, Tb) and Ni higher values. The second is the main phase of the ore stage, consisted of massive red dolomite, massive hematite and willemite with higher concentrations of SiO2, Fe2O3, P2O5, Mn, As, Ge, Hg, In, U, V, Ag, Cd, Cu, Mo, Ni, Pb, Sb, Se, and Zn. The third phase comprises white dolomite, hematite and traces of willemite with higher concentrations of Mn, Ba, Cr, Cd, Ni, Pb, and As. The C and O isotopic compositions of the fluids in equilibrium with dolomite from these three phases are similar, and where they are incipient (δ13C = +1,23‰ to +1,61‰ PDB and δ18O = +26,22‰ to +27,55‰ at 180° C), their composition is buffered by the isotopic composition of the host dolostones (δ13C = +0,78‰ to +2,88‰ PDB and δ18O = +23,79‰ to +29,74‰, at 180° C). However, they yielded lighter isotopic values where these alterations are more pervasive (δ13C = -1,62‰ to +1,41‰ PDB and δ18O = +16,46‰ to +21,51‰ at 180° C). The fourth phase corresponds to Zn-chlorite and quartz precipitated from mixed fluids: One of H2O-NaCl composition of moderate to high salinities and other of low to moderate salinities, with temperatures around 170° to 190° C and 90° to 130° C, respectively. (IV) Early sulfide alteration composed of pyrite, sphalerite, white dolomite, fine hematite and late quartz, with higher concentrations of Na2O, SiO2, Sr, Ba, Cu, Ni, As, Re, and S. The C and O isotopic compositions of this style are similar to the three phases of dolomite of the ore stage, exhibiting the same patterns where it is incipient (δ13C = +2,09‰ to +2,92‰ PDB and δ18O = +27,22‰ to +30,02‰ at 180° C) or pervasive (δ13C = +0,37‰ to +2,27‰ PDB and δ18O = +19,12‰ to +25,73‰ at 180° C). Fluid inclusions revealed mixed fluids in late quartz from this alteration, which are similar to the fluids recognized in late quartz from the willemite ore stage. These data suggest co-genetic relationship of these two alteration styles. (V) The late sulfide alteration comprises sphalerite, galena, chalcocite, greenockite, covellite, and white dolomite, that cross-cut the massive red dolomite and massive hematite from the main ore stage phase. (VI) The latest stage is characterized by silicification. Locally quartz from this alteration reacts with earlier sphalerite to produce willemite. The lighter O isotopic composition of the ore stage fluids in equilibrium with dolomite co-genetic to willemite in pervasive alteration zones indicates the involvement of evolved meteoric fluids and metalliferous brines. Lighter C isotopic composition implies interaction with organic carbon and/or bacteriological activity during ore deposition. Fluid inclusion data suggest that fluid mixing also took place during the late phases associated with the willemite ore stage and the pyrite-, sphalerite-bearing (early sulfide) alteration.
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Arcabouço estrutural da porção sul da Bacia do Bananal e reativações transbrasilianasSousa, Endel Muller Dalat de 24 August 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geociências Aplicadas, 2017. / Submitted by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2018-07-11T17:35:11Z
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Previous issue date: 2018-07-05 / O desenvolvimento e o arcabouço estrutural do interior do continente Sulamericano estão intimamente associados aos aspectos tectônicos de formação do supercontinente Gondwana. Grande parte desse arcabouço é coberto pelas bacias fanerozóicas que se instalaram nas descontinuidades e heterogeneidades crustais herdadas do embasamento pré-cambriano. A porção sul da Bacia do Bananal cobre importantes porções da Província Tocantins, mais especificamente a região limite entre as Faixas Araguaia, Brasília e Paraguai, influenciadas tectonicamente pelo Lineamento Transbrasiliano, uma das maiores zonas de cisalhamento da Terra. O objetivo principal deste trabalho é a caracterização do Lineamento Transbrasiliano nessa região e a sua influência na evolução tectônica da Província Tocantins. A investigação foi realizada com a utilização de análises de dados de sensoriamento remoto, mapeamento litoestrutural e interpretação de dados aerogeofísicos. A integração dos dados revelou a existência de descontinuidades crustais com trend NE relacionadas ao Lineamento Transbrasiliano, que limita parcialmente as três faixas quem compõem a Província Tocantins. Foi possível o reconhecimento de estruturas para a análise cinemática das reativações, como deslocamentos e reorientação dos lineamentos magnéticos, retrabalhamento nas bordas de corpos pós brasilianos. A organização das estruturas magnéticas do Lineamento Transbrasiliano nessa região sugerem tectônica de cisalhamento do tipo Rabo de Cavalo com o Lineamento Serra Negra como plano de falha principal. O alinhamento das estruturas morfotectônicas e estruturas magnéticas do embasamento indicam que a porção sul da Bacia do Bananal é controlada pelo Lineamento Transbrasiliano. / The development and structural framework of the interior of the South American continent are closely associated with the tectonic aspects of the formation of the supercontinent Gondwana. The most part of this framework is covered by the phanerozoic basins that settled in the crustal discontinuities and heterogeneities inherited from the pre-Cambrian basement. The southern portion of the Bananal Basin covers important portions of the Tocantins Province, more specifically the boundary region between the Araguaia, Brasilia and Paraguay Belts, both truncated by the Transbrasilian Lineament, one of the Earth's largest shear zones. The main objective of this work is the characterization of the Transbrasilian Lineament in this region and its influence on the tectonic evolution of the Tocantins Province. The research was carried out with the use of remote sensing data analysis, geologic and structural mapping and airbourne magnetic data interpretation. The integration of the data revealed the existence of crustal discontinuities with NE trend related to the Transbrasilian Lineament, partially limiting the three orogenic belts of the Tocantins Province. It was possible to recognize structures for the kinematic analysis of reactivations, such as displacements and reorientation of magnetic lines, reworking on the borders of post-orogenic granites. The organization of the magnetic structures of the Transbrasilian Lineament in this region suggest shear tectonics of the Horsetail Splay type with the Serra Negra Lineament as the main fault. The correspondence between of the morphotectonic structures and magnetic structures of the basement indicate that the southern portion of the Bananal Basin is controlled by the Transbrasilian Lineament.
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Refração Sísmica Profunda no Setor Sudeste da Província Tocantins / Deep Seismic Refraction on Southestearn Sector of the Tocantins ProvincePerosi, Fábio André 31 July 2000 (has links)
O presente trabalho de mestrado está inserido nos estudos de refração profunda do Projeto Temático 'Estudos Geofísicos e Modelo Tectônico dos Setores Central e Sudeste da Província Tocantins, Brasil Central'. Nesses estudos foram levantadas três linhas de refração de aproximadamente 300 km de extensão, duas no setor Central da Província Tocantins e uma no setor Sudeste, que é o objeto de estudo deste trabalho. Foram utilizados 111 sismógrafos digitais SGR pertencentes ao programa PASSCAL, instrumentos auxiliares do USGS, e 13 sismógrafos digitais e instrumentos auxiliares do IAG/USP. A linha sísmica teve aproximadamente 300 km de extensão com pontos de registro separados a cada 2,5 km, distribuídos ao longo de estradas principais e secundárias. A cada 50 km, aproximadamente, foi realizada uma explosão, nas explosões dos extremos da linha foram utilizados 1000 kg de explosivo e para a explosão central uma carga de 500 kg. Para a determinação das coordenadas geográficas dos pontos de tiro e de registro, foi utilizado o método diferencial com medidas de GPS. O principal objetivo deste trabalho foi obter como produto final um modelo de velocidades sísmicas contendo as características físicas das principais descontinuidades na crosta terrestre e no manto superior. Para análise e processamento dos dados foram utilizados os pacotes SAC, SU, SEIS. Para a modelagem foram utilizados a teoria do raio e a elaboração de sismogramas sintéticos, do pacote SEIS. Para a elaboração do modelo final foram utilizados os dados das explosões dos pontos extremos e central, tendo em vista que devido a problemas técnicos não foram registrados os sinais das outras 4 explosões. Além disso, as explosões registradas não apresentaram sinais claros em toda a extensão da linha. Devido a tudo isso e considerando as unidades geológicas presentes na região de estudo são sugeridos três modelos de velocidades sísmicas. O primeiro modelo refere-se ao tiro direto (EX31) localizado no extremo sudoeste da linha, sobre a Bacia do Paraná. Para este modelo obteve-se para superfície (0 km) a velocidade inicial de 2 km/s (coberturas); para a profundidade de 0,086 km a velocidade inicial é de 5,15 km/s (basalto); para a profundidade de 0,350 km obteve-se a velocidade inicial de 4,6 km/s (arenito - camada de baixa velocidade); para profundidade de 0,650 km a velocidade inicial é de 5,75 km/s e para profundidade de 4 km obteve-se a velocidade inicial de 6,07 km/s. O segundo modelo refere-se ao tiro reverso (EX34) localizado no centro da linha sobre granitóides do Grupo Araxá. Para este modelo obteve -se para superfície (0 km) a velocidade inicial de 2 km/s; para a profundidade de 0,06 km a velocidade inicial é de 5,69 km/s e para a profundidade de 0,860 km obteve-se a velocidade inicial de 6,25 km/s. Finalmente, o terceiro modelo refere-se ao tiro direto para toda a extensão da linha (300 km). Este modelo foi definido a partir de fases secundárias lidas nos registros e modelos anteriores propostos na literatura. Da superfície até os 4 km iniciais de profundidade este modelo é igual ao primeiro, para uma profundidade de 20 km obteve-se a velocidade inicial de 6,70 km/s e para uma profundidade de 40 km a velocidade é de 8,00 km/s (descontinuidade de MOHO). / This work to fulfil the degree of Master of Sciences is inserted among the deep seismic refraction studies of the Thematic Project 'Geophysical Studies and Tectonic Model of the Tocantins Province Central and Southeast Sectors, Central Brazil'. Three refraction lines, of around 300 km long each, were deployed, two of them in the Central sector and the other in the SE sector, that is subject of the present work. The equipment used in this experiment was composed by 111 SGR digital seismographs belonging to the PASSCAL Program. Complemented with auxiliary instruments from USGS and 13 seismographs belonging to IAG/USP. The space among the recording points was 2.5 km, which were located along main and secondary roads. Every 50 km was fired an explosion with 1000 kg of emulsion in each extreme and 500 kg in the central point. The geographical co-ordinates were determined by using the GPS differential method. The main objective of this work is to obtain as a final product a seismic velocity model with the physical characteristics of the main discontinuities in the crust and upper mantle. The packages SAC, SU and SEIS were used to perform the data analysis and processing. To carry on the modelling were used the ray theory and the synthetic seismograms construction, belonging to the SEIS package Data from the extreme and middle points of the seismic line were used to elaborate the final model, considering that due to technical problems signals from the other four explosions were not recorded. Apart from that, the recorded explosions did not present clear signals all along the extension of the line. Due to these facts, and considering also the geological units present in the studied region, are suggested three seismic velocity models. The first model is referred to the direct shot (EX31), which is localised in the Southwest extreme of the line on the Parana Basin province. In this model we obtained the P wave velocity (VP) of 2 km/sec at the surface, corresponding to the unconsolidated sediments and soil on the top of that basin. At a depth of 86 m we found VP of 5,15 km/sec and at a depth of 350 m the velocity VP of 4,6 km/sec, corresponding to the basalt and sand layers of the Parana Basin. Underlying them, at 650 m of depth we found the basement with VP of 5,75 km/sec and finally at a depth of 4 km there is a layer with VP of 6,07 km/sec, corresponding to a typical upper crust P wave velocity. The second model corresponds to the reverse shot (EX34) that is localised in the middle point of the line on the granitoides of the Araxa Group. For this model we obtained VP of 2 km/sec for the superficial layers, then at a depth of 60 m was obtained V P of 5,69 km/sec and for a depth of 860 m the value of V P is 6,25 km/sec. Finally, the third model belongs to the whole line section (300 km) from the direct shot (EX31). This model was obtained by using the arrivals of secondary phases and the results of models proposed in other works. From the surface down to 4 km of depth this model is similar to the first one. At 20 km of depth there is a layer with VP of 6,70 km/sec, corresponding to the lower crust, with Moho at a depth of 40 km with VP of 8,00 km/sec.
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Refração Sísmica Profunda no Setor Sudeste da Província Tocantins / Deep Seismic Refraction on Southestearn Sector of the Tocantins ProvinceFábio André Perosi 31 July 2000 (has links)
O presente trabalho de mestrado está inserido nos estudos de refração profunda do Projeto Temático 'Estudos Geofísicos e Modelo Tectônico dos Setores Central e Sudeste da Província Tocantins, Brasil Central'. Nesses estudos foram levantadas três linhas de refração de aproximadamente 300 km de extensão, duas no setor Central da Província Tocantins e uma no setor Sudeste, que é o objeto de estudo deste trabalho. Foram utilizados 111 sismógrafos digitais SGR pertencentes ao programa PASSCAL, instrumentos auxiliares do USGS, e 13 sismógrafos digitais e instrumentos auxiliares do IAG/USP. A linha sísmica teve aproximadamente 300 km de extensão com pontos de registro separados a cada 2,5 km, distribuídos ao longo de estradas principais e secundárias. A cada 50 km, aproximadamente, foi realizada uma explosão, nas explosões dos extremos da linha foram utilizados 1000 kg de explosivo e para a explosão central uma carga de 500 kg. Para a determinação das coordenadas geográficas dos pontos de tiro e de registro, foi utilizado o método diferencial com medidas de GPS. O principal objetivo deste trabalho foi obter como produto final um modelo de velocidades sísmicas contendo as características físicas das principais descontinuidades na crosta terrestre e no manto superior. Para análise e processamento dos dados foram utilizados os pacotes SAC, SU, SEIS. Para a modelagem foram utilizados a teoria do raio e a elaboração de sismogramas sintéticos, do pacote SEIS. Para a elaboração do modelo final foram utilizados os dados das explosões dos pontos extremos e central, tendo em vista que devido a problemas técnicos não foram registrados os sinais das outras 4 explosões. Além disso, as explosões registradas não apresentaram sinais claros em toda a extensão da linha. Devido a tudo isso e considerando as unidades geológicas presentes na região de estudo são sugeridos três modelos de velocidades sísmicas. O primeiro modelo refere-se ao tiro direto (EX31) localizado no extremo sudoeste da linha, sobre a Bacia do Paraná. Para este modelo obteve-se para superfície (0 km) a velocidade inicial de 2 km/s (coberturas); para a profundidade de 0,086 km a velocidade inicial é de 5,15 km/s (basalto); para a profundidade de 0,350 km obteve-se a velocidade inicial de 4,6 km/s (arenito - camada de baixa velocidade); para profundidade de 0,650 km a velocidade inicial é de 5,75 km/s e para profundidade de 4 km obteve-se a velocidade inicial de 6,07 km/s. O segundo modelo refere-se ao tiro reverso (EX34) localizado no centro da linha sobre granitóides do Grupo Araxá. Para este modelo obteve -se para superfície (0 km) a velocidade inicial de 2 km/s; para a profundidade de 0,06 km a velocidade inicial é de 5,69 km/s e para a profundidade de 0,860 km obteve-se a velocidade inicial de 6,25 km/s. Finalmente, o terceiro modelo refere-se ao tiro direto para toda a extensão da linha (300 km). Este modelo foi definido a partir de fases secundárias lidas nos registros e modelos anteriores propostos na literatura. Da superfície até os 4 km iniciais de profundidade este modelo é igual ao primeiro, para uma profundidade de 20 km obteve-se a velocidade inicial de 6,70 km/s e para uma profundidade de 40 km a velocidade é de 8,00 km/s (descontinuidade de MOHO). / This work to fulfil the degree of Master of Sciences is inserted among the deep seismic refraction studies of the Thematic Project 'Geophysical Studies and Tectonic Model of the Tocantins Province Central and Southeast Sectors, Central Brazil'. Three refraction lines, of around 300 km long each, were deployed, two of them in the Central sector and the other in the SE sector, that is subject of the present work. The equipment used in this experiment was composed by 111 SGR digital seismographs belonging to the PASSCAL Program. Complemented with auxiliary instruments from USGS and 13 seismographs belonging to IAG/USP. The space among the recording points was 2.5 km, which were located along main and secondary roads. Every 50 km was fired an explosion with 1000 kg of emulsion in each extreme and 500 kg in the central point. The geographical co-ordinates were determined by using the GPS differential method. The main objective of this work is to obtain as a final product a seismic velocity model with the physical characteristics of the main discontinuities in the crust and upper mantle. The packages SAC, SU and SEIS were used to perform the data analysis and processing. To carry on the modelling were used the ray theory and the synthetic seismograms construction, belonging to the SEIS package Data from the extreme and middle points of the seismic line were used to elaborate the final model, considering that due to technical problems signals from the other four explosions were not recorded. Apart from that, the recorded explosions did not present clear signals all along the extension of the line. Due to these facts, and considering also the geological units present in the studied region, are suggested three seismic velocity models. The first model is referred to the direct shot (EX31), which is localised in the Southwest extreme of the line on the Parana Basin province. In this model we obtained the P wave velocity (VP) of 2 km/sec at the surface, corresponding to the unconsolidated sediments and soil on the top of that basin. At a depth of 86 m we found VP of 5,15 km/sec and at a depth of 350 m the velocity VP of 4,6 km/sec, corresponding to the basalt and sand layers of the Parana Basin. Underlying them, at 650 m of depth we found the basement with VP of 5,75 km/sec and finally at a depth of 4 km there is a layer with VP of 6,07 km/sec, corresponding to a typical upper crust P wave velocity. The second model corresponds to the reverse shot (EX34) that is localised in the middle point of the line on the granitoides of the Araxa Group. For this model we obtained VP of 2 km/sec for the superficial layers, then at a depth of 60 m was obtained V P of 5,69 km/sec and for a depth of 860 m the value of V P is 6,25 km/sec. Finally, the third model belongs to the whole line section (300 km) from the direct shot (EX31). This model was obtained by using the arrivals of secondary phases and the results of models proposed in other works. From the surface down to 4 km of depth this model is similar to the first one. At 20 km of depth there is a layer with VP of 6,70 km/sec, corresponding to the lower crust, with Moho at a depth of 40 km with VP of 8,00 km/sec.
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"Estrutura crustal do setor central da província Tocantins utilizando ondas p, s e fases refletidas com dados de refração sísmica profunda" / "Crustal structure of central sector of Tocantins Province by using P and S waves as well as reflected phases with deep seismic refraction data"Perosi, Fábio André 09 March 2006 (has links)
Esta pesquisa está baseada na execução de duas linhas de refração sísmica profunda de 300 km de extensão (L1-Porangatu e L2-Cavalcante) atravessando de oeste para leste o setor central da Província Tocantins, utilizando em cada linha 120 sismógrafos digitais e explosões com tempo controlado e cargas entre 500 e 1000 kg de explosivos a cada 50 km; foram utilizados receptores GPS para o controle da hora e das coordenadas geográficas dos pontos de registro e de explosões. Esse tipo de experimento, com essas condições é pioneiro no Brasil. Os dados deste experimento, considerados de boa qualidade, permitiram, inicialmente, a elaboração de modelos 1D, para cada tiro, utilizando o programa TTInvers. Estes modelos foram relacionados sucessivamente para representar camadas com características semelhantes em um modelo preliminar para modelagem em 2D, que foi realizada com o programa MacRay. Os modelos 2D obtidos representam o resultado final da distribuição de velocidades sísmicas da crosta sob essas linhas. Estes resultados mostram a crosta sob o setor central da Província Tocantins com espessura variando entre 36 e 43 km, cujos parâmetros estão correlacionados com as principais estruturas geológicas existentes na superfície. Os valores médios de VP e da razão VP/VS na Província Tocantins variam em torno de 6,5 km/s e 1,74, respectivamente, com exceção da faixa de dobras e empurrões cujos valores são 6,3 km/s e 1,73. Sob o Cráton São Francisco esses valores são 6,8 km/s e 1,74. Existem indícios de ter ocorrido uma dupla subducção na Província Tocantins, na porção oriental, com o Cráton São Francisco subduzindo para oeste (em | 760 Ma) e na porção ocidental, com o Cráton Amazônico subduzindo para leste (em | 620 Ma). O modelo gravimétrico, obtido neste trabalho em função do modelo sísmico, se ajusta adequadamente com os dados gravimétricos observados, utilizando densidades teóricas ligeiramente modificadas, dentro dos limites permitidos pela função utilizada para calcular essas densidades com base nos valores de VP deste trabalho. As densidades do manto adotadas para a modelagem levaram em conta as idades Paleoproterozóica, sob o Cráton SãoFrancisco menos denso (3,31 g/cm3) e com maior VP (8,26 km/s), e Neoprotorozóica, sob a Província Tocantins, mais densa (3,34 g/cm3) e com menor VP (8,07 km/s). / This research is based on an execution of two lines of deep seismic refraction of 300 km of extension (L1-Porangatu and L2-Cavalcante), crossing over central sector of Tocantins Province from west to east by using, in each line, 120 digital seismographs and explosions with controlled time and explosive charges between 500 and 1,000 kg in each 50 km; GPS receivers were employed in order to control the time and geographical coordinates from recording and shot points. This kind of experiment under these explained conditions is pioneer in Brazil. Initially experiment data, which have been considered of good quality, allowed the elaboration of 1D models, using TTInvers program. Successive models were related to represent layers with similar characteristics in a preliminary model aiming of modelling in 2D, accomplished with MacRay program. Obtained 2D models represent the final result of seismic velocity distribution from crust beneath L1 and L2 lines. Results show crust under central section of Tocantins Province with thickness varying from 36 to 43 km, and whose parameters are correlated to main geological structures existents in surface. VP as well as VP/VS ratio mean values vary about 6.5 km/s and 1.74, respectively, with the exception of fold-and-thrust belt, whose values are 6.3 km/s and 1.73. Those values reach 6.8 km/s and 1.74 beneath São Francisco craton. There are indicia of double subduction occurred in the eastern portion of Tocantins Province with São Francisco Cráton subducting to west (in | 760 Ma), as well as in the western portion, with Amazon Cráton subducting to east (in | 620 Ma). The gravimetric model, obtained in this work in terms of seismic model, adequately adjusts with observed gravimetric data by using theoretical densities slightly modified, within limits allowed by the function employed to calculating the densities based on VP values achieved from this work. Adopted mantle densities to modelling took in consideration Paleoproterozoic age, beneath São Francisco Cráton, less dense (3.31 g/cm3), and with higher VP (8.26 km/s), as well as Neoproterozoic one, beneath Tocantins Province, denser (3.34 g/cm3), and with lower VP (8.07 km/s).
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"Estrutura crustal do setor central da província Tocantins utilizando ondas p, s e fases refletidas com dados de refração sísmica profunda" / "Crustal structure of central sector of Tocantins Province by using P and S waves as well as reflected phases with deep seismic refraction data"Fábio André Perosi 09 March 2006 (has links)
Esta pesquisa está baseada na execução de duas linhas de refração sísmica profunda de 300 km de extensão (L1-Porangatu e L2-Cavalcante) atravessando de oeste para leste o setor central da Província Tocantins, utilizando em cada linha 120 sismógrafos digitais e explosões com tempo controlado e cargas entre 500 e 1000 kg de explosivos a cada 50 km; foram utilizados receptores GPS para o controle da hora e das coordenadas geográficas dos pontos de registro e de explosões. Esse tipo de experimento, com essas condições é pioneiro no Brasil. Os dados deste experimento, considerados de boa qualidade, permitiram, inicialmente, a elaboração de modelos 1D, para cada tiro, utilizando o programa TTInvers. Estes modelos foram relacionados sucessivamente para representar camadas com características semelhantes em um modelo preliminar para modelagem em 2D, que foi realizada com o programa MacRay. Os modelos 2D obtidos representam o resultado final da distribuição de velocidades sísmicas da crosta sob essas linhas. Estes resultados mostram a crosta sob o setor central da Província Tocantins com espessura variando entre 36 e 43 km, cujos parâmetros estão correlacionados com as principais estruturas geológicas existentes na superfície. Os valores médios de VP e da razão VP/VS na Província Tocantins variam em torno de 6,5 km/s e 1,74, respectivamente, com exceção da faixa de dobras e empurrões cujos valores são 6,3 km/s e 1,73. Sob o Cráton São Francisco esses valores são 6,8 km/s e 1,74. Existem indícios de ter ocorrido uma dupla subducção na Província Tocantins, na porção oriental, com o Cráton São Francisco subduzindo para oeste (em | 760 Ma) e na porção ocidental, com o Cráton Amazônico subduzindo para leste (em | 620 Ma). O modelo gravimétrico, obtido neste trabalho em função do modelo sísmico, se ajusta adequadamente com os dados gravimétricos observados, utilizando densidades teóricas ligeiramente modificadas, dentro dos limites permitidos pela função utilizada para calcular essas densidades com base nos valores de VP deste trabalho. As densidades do manto adotadas para a modelagem levaram em conta as idades Paleoproterozóica, sob o Cráton SãoFrancisco menos denso (3,31 g/cm3) e com maior VP (8,26 km/s), e Neoprotorozóica, sob a Província Tocantins, mais densa (3,34 g/cm3) e com menor VP (8,07 km/s). / This research is based on an execution of two lines of deep seismic refraction of 300 km of extension (L1-Porangatu and L2-Cavalcante), crossing over central sector of Tocantins Province from west to east by using, in each line, 120 digital seismographs and explosions with controlled time and explosive charges between 500 and 1,000 kg in each 50 km; GPS receivers were employed in order to control the time and geographical coordinates from recording and shot points. This kind of experiment under these explained conditions is pioneer in Brazil. Initially experiment data, which have been considered of good quality, allowed the elaboration of 1D models, using TTInvers program. Successive models were related to represent layers with similar characteristics in a preliminary model aiming of modelling in 2D, accomplished with MacRay program. Obtained 2D models represent the final result of seismic velocity distribution from crust beneath L1 and L2 lines. Results show crust under central section of Tocantins Province with thickness varying from 36 to 43 km, and whose parameters are correlated to main geological structures existents in surface. VP as well as VP/VS ratio mean values vary about 6.5 km/s and 1.74, respectively, with the exception of fold-and-thrust belt, whose values are 6.3 km/s and 1.73. Those values reach 6.8 km/s and 1.74 beneath São Francisco craton. There are indicia of double subduction occurred in the eastern portion of Tocantins Province with São Francisco Cráton subducting to west (in | 760 Ma), as well as in the western portion, with Amazon Cráton subducting to east (in | 620 Ma). The gravimetric model, obtained in this work in terms of seismic model, adequately adjusts with observed gravimetric data by using theoretical densities slightly modified, within limits allowed by the function employed to calculating the densities based on VP values achieved from this work. Adopted mantle densities to modelling took in consideration Paleoproterozoic age, beneath São Francisco Cráton, less dense (3.31 g/cm3), and with higher VP (8.26 km/s), as well as Neoproterozoic one, beneath Tocantins Province, denser (3.34 g/cm3), and with lower VP (8.07 km/s).
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