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Sofrimento psíquico em psicólogos que atuam no contexto organizacional: um estudo na cidade de Uberlândia

Pereira, Maristela de Souza 30 March 2005 (has links)
This paper investigates on the job pleasure and suffering experienced by psychologists who work in organizations. The purpose is to analyze the strategies, used by organizational psychologists in psychic suffering, to deal with this situation and be able to keep at its work. The theoretical perspective adopted is that the work is both a source of pleasant experiences as well as suffering and that each individual finds specific ways to deal with the reality that he/she goes through, and meanwhile also uses confrontation strategies that are common in the organizational field. Both the suffering and the pleasure, as psychic experiences, can happen in different ways, and two indicators of suffering, grief and anxiety were adopted. Also, two indicators of pleasure, value and acknowledgement, were adopted. It was used the qualitative method and two individuals as identification objects for the measurement in the On The Job Pleasure and Suffering Scale. Based on the results found, individual semiguided interviews were conducted with two psychologists who went through significant suffering on the job. According to the results, both psychologists found sources of pleasure and suffering on the job, and used confrontation strategies to keep their psychic health. These finds show that even individuals who have a significant activity and with a certain autonomy and choice possibilities, also suffer the impact of the work organization. Moreover, the work in a company can be perceived by the psychologist as distant from his/her education and he/she cannot show totally all his/her knowledge and skills acquired in the under graduate course. / Este estudo investiga o prazer e o sofrimento no trabalho de psicólogos que atuam na área organizacional. Tem por objetivo analisar as estratégias utilizadas pelos psicólogos organizacionais em sofrimento psíquico para lidar com esta situação e conseguir se manter no exercício de seu trabalho. A perspectiva teórica adotada concebe que o trabalho é propiciador tanto de vivências de prazer quanto de sofrimento e que cada indivíduo encontra formas particulares para lidar com a realidade que experiência, ao mesmo tempo em utiliza-se também de estratégias de enfrentamento que são comuns no campo organizacional. O sofrimento e o prazer, enquanto vivências psíquicas, podem ser experienciados de diversas formas, sendo adotados como guia de análise dois indicadores de sofrimento, o desgosto e a insegurança, e dois indicadores de prazer, a valorização e o reconhecimento. O método utilizado é o qualitativo, tendo sido usado como instrumento de identificação dos sujeitos para a pesquisa a Escala de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho (EIPST). Com base nos resultados desta escala, foi realizada uma entrevista individual e semi-dirigida com duas psicólogas que evidenciaram vivências significativas de sofrimento no trabalho. De acordo com os resultados, ambas encontram fontes de satisfação e de insatisfação no trabalho, utilizando-se de estratégias de enfrentamento diante do sofrimento, com vistas à manutenção da saúde psíquica. Estes achados demonstram que mesmo indivíduos que possuem uma atividade significativa e com alguma autonomia e possibilidades de escolha também sofrem o impacto da organização do trabalho. Ocorre ainda que o trabalho em empresa pode ser percebido pelo psicólogo como distante de sua formação e não propiciador de que este possa expressar plenamente os conhecimentos e habilidades adquiridos no curso de graduação. / Mestre em Psicologia Aplicada

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