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Concepções dos psiquiatras sobre o transtorno bipolar do humor e sobre o estigma a ele associado

Clemente, Adauto Silva January 2015 (has links)
Submitted by Nuzia Santos (nuzia@cpqrr.fiocruz.br) on 2015-11-23T13:25:50Z No. of bitstreams: 1 Tese_SC_AdautoSilvaClemente.pdf: 932960 bytes, checksum: 8ebc6c545d7654e74521ea54f1d66dfe (MD5) / Approved for entry into archive by Nuzia Santos (nuzia@cpqrr.fiocruz.br) on 2015-11-23T13:26:09Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese_SC_AdautoSilvaClemente.pdf: 932960 bytes, checksum: 8ebc6c545d7654e74521ea54f1d66dfe (MD5) / Made available in DSpace on 2015-11-23T13:26:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese_SC_AdautoSilvaClemente.pdf: 932960 bytes, checksum: 8ebc6c545d7654e74521ea54f1d66dfe (MD5) Previous issue date: 2015 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Rene Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil / Nesse trabalho, apresentamos: uma revisão conceitual e histórica sobre o. transtorno bipolar do humor (TB), os resultados de uma revisão sistemática com. metanálise sobre a prevalência do TB e os resultados de uma pesquisa qualitativa. sobre as concepções dos psiquiatras sobre o TB e sobre o estigma a ele associado.. Apresentamos ainda discussões sobre os temas acima referidos e a proposta de um. programa de combate ao estigma em relação aos transtornos mentais. O TB é um quadro psiquiátrico de delimitação relativamente recente, tendo. emergido como categoria diagnóstica a partir da publicação do DSM-III em 1980.. Nessa época, houve o desmembramento da antiga psicose maniacodepressiva em dois grandes grupos de diagnósticos, os transtornos depressivos unipolares e os transtornos bipolares. Desde então os conceitos sobre essa entidade vem sendo. reformulados, com a delimitação de novo subtipos e a consideração de um espectro. de variação dos sintomas quanto à sua gravidade e polaridade. As taxas de prevalência do TB variam conforme os métodos de investigação e conforme os critérios utilizados para o diagnóstico. A metanálise realizada restringiu-se aos estudos comunitários em adultos que atenderam a critérios estabelecidos de qualidade metodológica.. Encontramos prevalência durante a vida para o TB tipo I de 1.06% e para o tipo II de 1.23% e prevalência em 12 meses para o TB tipo I de 0.71% e para o TB. tipo II de 0.50%. Ao comparar os resultados de acordo com os critérios diagnósticos utilizados ao longo do tempo, confirmamos a tendência a aumento das taxas do TB relatadas na literatura nos últimos anos, mesmo sem a inclusão de estudos que utilizaram conceitos mais abrangentes para o TB. Esse fenômeno é atribuído ao aperfeiçoamento dos instrumentos utilizados para a detecção comunitária do TB e às mudanças nos critérios diagnósticos utilizados nas pesquisas. No estudo de campo, realizamos entrevistas semidirigidas com sete psiquiatras de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil) que acompanharam em sua prática clínica as principais mudanças recentes nos conceitos sobre o TB. A coleta e a análise dos dados foram baseadas no quadro teórico da Antropologia Médica, com utilização do modelo de Signos, significados e ações. A interpretação dos dados também utilizou o modelo de Interpretação semântica contextual. Os resultados demonstram que as mudanças conceituais sobre o TB tiveram. importantes repercussões práticas na atividade clínica dos psiquiatras e nas concepções gerais sobre o transtorno. / In this thesis, we present a conceptual and historical review of the bipolar disorder (BD), a review of the stigma towards mental disorders, the results of a systematic review and meta-analysis on the prevalence of BD and the results of an qualitative research on the conceptions of psychiatrists about BD and its stigma. We also present discussions on the above issues and the proposal for a program to combat the stigma related to mental disorders. The BD was recently adopted in the classification of the mental disorders, having emerged as a diagnostic category from the publication of DSM-III in 1980. At that time, there was the replacement of the former manic depressive psychosis by two large groups of diagnoses, unipolar depressive disorders and bipolar disorders. Since then, the concepts concerning this entity have been reworked, with the delimitation of new subtypes and consideration of a spectrum of symptoms according to their severity and polarity. The BD prevalence rates vary according to the methods of investigation and as the criteria used for diagnosis. The meta-analysis was restricted to community studies of random samples with methodological quality. We found 1.06% for BD type I lifetime prevalence and 1.57% for the BD type II and 0.71% for BD type I 12-month prevalence and 0.50% for BD type II. When comparing the results according to the diagnostic criteria over time, confirmed the trend towards increased rates of BD in recent years reported in the literature, even without the inclusion of studies using broader concepts for BD. This phenomenon is attributed to the improvement of the tools used for the detection of BD in surveys and changes in the diagnostic criteria used in research. In this study, we conducted semi-directed interviews with seven psychiatrists of Belo Horizonte (Minas Gerais, Brazil) who witness the main recent changes in concepts on BD in their clinical practice. The collection and data analysis were based on the theoretical framework of Medical Anthropology, using the model Signs, Meanings and Actions. Data interpretation also used the Semantic Interpretation Contextual model. Psychiatrists consider that the conceptual change on the BD had important implications on clinical practice and culture. The results allowed some reflections and discussions about own psychiatric practice, in a more general sense.
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Novas tecnologias de telecomunicação na prestação de serviços em saúde mental: atendimento psiquiátrico por webconferência / New information and communication technologies in the delivery of mental health treatment: psychiatric care via videoconferencing

Hungerbühler, Ines 07 August 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: Distúrbios mentais, neurológicos e de uso de substâncias estão dentre os principais contribuintes para a morbidade e mortalidade prematura no mundo. Mesmo onde existem cuidados de saúde mental e tratamentos eficazes, muitas vezes eles não são acessíveis para aqueles que mais precisam, principalmente por causa da desigualdade na distribuição de serviços e recursos humanos dentro de um país. Devido aos avanços contínuos nas tecnologias de informação e comunicação e a disseminação crescente da internet na sociedade, o cuidado de saúde mental à distância via webconferência, denominado telepsiquiatria, tornou-se uma ferramenta promissora para o atendimento psiquiátrico. OBJETIVOS: O presente projeto visou avaliar a eficácia e a aplicabilidade do acompanhamento psiquiátrico ambulatorial por webconferência em ambientes clinicamente não supervisionados, comparando esta nova forma de acompanhamento com o cuidado padrão (presencial) em relação à evolução clínica (gravidade da depressão, estado de saúde mental, medicação, e recaídas), à satisfação com o tratamento, à relação terapêutica, à adesão ao tratamento (faltas e taxas de abandonos), e à adesão à medicação. MÉTODOS: Trata-se de um estudo clínico randomizado e controlado. Pacientes entre 18 e 55 anos, com depressão leve ou com quadro estabilizado, internet banda larga em casa, e em tratamento no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas das Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq- HCFMUSP) foram alocados aleatoriamente em um grupo experimental ou controle. Enquanto o grupo controle recebeu consultas psiquiátricas mensais de forma presencial no IPq, o grupo experimental realizou consultas mensais com o psiquiatra por webconferência. Uma amostra de 107 pacientes foi recrutada. De forma aleatória, 54 pacientes foram colocados no grupo controle e 53 no grupo de webconferência. Não houve diferenças significantes entre os grupos com respeito aos dados sociodemográficos na avaliação inicial. Durante o acompanhamento, 950 consultas foram concluídas, 489 (51,5%) delas por webconferência. Além disso, 277 consultas de avaliação foram realizadas. No início, depois de 6 e 12 meses, a gravidade da depressão, o estado de saúde mental, a satisfação com o tratamento, a relação terapêutica, e a adesão ao tratamento e à medicação foram avaliados. RESULTADOS: A gravidade da depressão diminuiu significativamente ao longo do acompanhamento de 12 meses em ambos os grupos. Os grupos diferiram significativamente em relação ao desenvolvimento da gravidade da depressão ao longo do período de seguimento, com melhores resultados para o acompanhamento por webconferência. Além disso, houve 4 recaídas no grupo controle e apenas uma no grupo de webconferência. Quanto a estado de saúde mental, a satisfação com o tratamento, a relação terapêutica, a adesão ao tratamento, e a adesão à medicação não foram encontradas diferenças significantes entre os grupos. Contudo, depois de 6 meses, o número de abandonos foi significativamente maior no grupo controle (18,5 vs. 5,7%, p < 0,05). A satisfação com o acompanhamento por webconferência foi alta tanto para os pacientes como para os psiquiatras. CONCLUSÕES: O acompanhamento psiquiátrico por webconferência foi tão eficaz e viável quanto o acompanhamento presencial com respeito à evolução clínica, a satisfação dos pacientes, a relação terapêutica, adesão ao tratamento e à medicação. Esses achados apontam o potencial da telepsiquiatria estender a assistência psiquiátrica à população de lugares remotos e até então sem acesso ao atendimento especializado / INTRODUCTION: Mental, neurological and substance-use disorders are major contributors to morbidity and premature mortality worldwide. Even where mental health care and effective treatment exist, they are frequently not available to those in greatest need, mainly because of the unequal distribution of services and human resources within a country. Due to continuous advances in information and communication technologies and the growing spread of the Internet in society, remote mental health care via videoconferencing, called telepsychiatry, has become a promising tool for psychiatric attendance. OBJECTIVES: The present project aimed to evaluate the efficacy and feasibility of psychiatric outpatient care via videoconferencing in clinically unsupervised settings, comparing this new form of attendance with in-person standard care regarding to clinical outcomes (severity of depression, mental health status, medication course, and relapses), satisfaction with treatment, therapeutic relationship, treatment adherence (appointment compliance and dropouts), and medication adherence. METHODS: This randomized controlled clinical trial allocated adult patients between 18 and 55 years old with mild depression or in remission state, treated at the Institute of Psychiatry of the University of São Paulo Medical School (IPq-HCFMUSP), and with broadband Internet access at home into a intervention and control group. Whereas the control group received monthly psychiatric consultations in person at the IPq, the intervention group realized monthly consultations with the psychiatrist via videoconferencing. At baseline and after 6 and 12 months, the severity of depression, mental health status, satisfaction with treatment, therapeutic relationship, treatment adherence and medication compliance were assessed. RESULTS: A sample of 107 patients was recruited; 54 patients were randomly allocated to the control group, and 53 to the intervention group. Patients in both groups did not differ with respect to demographic data. During follow-up, 950 consultations were completed; 489 (51,5%) via videoconferencing. In addition, there were 277 assessment consultations. The severity of depression decreased significantly over the 12-month follow-up in both groups. There was a significant difference between groups regarding to the development of the severity of depression throughout the follow-up period, with better results for the attendance via videoconferencing. Further, there were 4 relapses in the control group and only one in the videoconferencing group. There were no significant differences between groups regarding to mental health status, satisfaction with treatment, therapeutic relationship, treatment adherence, and medication compliance. Though, after 6 months, the number of dropouts was significantly higher in the control group (18,5 vs. 5,7%, p < 0,05). Satisfaction with attendance via videoconferencing was high among patients as well as among psychiatrists. CONCLUSIONS: Psychiatric attendance via videoconferencing can be considered applicable for the outpatient care at the IPq-HCFMUSP and as effective and viable as standard care (in person treatment) with respect to clinical outcomes, patient satisfaction, therapeutic relationship, treatment adherence and medication compliance. These results indicate the potential of telepsychiatry to extend the access to psychiatric care for remote and underserved populations
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Novas tecnologias de telecomunicação na prestação de serviços em saúde mental: atendimento psiquiátrico por webconferência / New information and communication technologies in the delivery of mental health treatment: psychiatric care via videoconferencing

Ines Hungerbühler 07 August 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: Distúrbios mentais, neurológicos e de uso de substâncias estão dentre os principais contribuintes para a morbidade e mortalidade prematura no mundo. Mesmo onde existem cuidados de saúde mental e tratamentos eficazes, muitas vezes eles não são acessíveis para aqueles que mais precisam, principalmente por causa da desigualdade na distribuição de serviços e recursos humanos dentro de um país. Devido aos avanços contínuos nas tecnologias de informação e comunicação e a disseminação crescente da internet na sociedade, o cuidado de saúde mental à distância via webconferência, denominado telepsiquiatria, tornou-se uma ferramenta promissora para o atendimento psiquiátrico. OBJETIVOS: O presente projeto visou avaliar a eficácia e a aplicabilidade do acompanhamento psiquiátrico ambulatorial por webconferência em ambientes clinicamente não supervisionados, comparando esta nova forma de acompanhamento com o cuidado padrão (presencial) em relação à evolução clínica (gravidade da depressão, estado de saúde mental, medicação, e recaídas), à satisfação com o tratamento, à relação terapêutica, à adesão ao tratamento (faltas e taxas de abandonos), e à adesão à medicação. MÉTODOS: Trata-se de um estudo clínico randomizado e controlado. Pacientes entre 18 e 55 anos, com depressão leve ou com quadro estabilizado, internet banda larga em casa, e em tratamento no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas das Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq- HCFMUSP) foram alocados aleatoriamente em um grupo experimental ou controle. Enquanto o grupo controle recebeu consultas psiquiátricas mensais de forma presencial no IPq, o grupo experimental realizou consultas mensais com o psiquiatra por webconferência. Uma amostra de 107 pacientes foi recrutada. De forma aleatória, 54 pacientes foram colocados no grupo controle e 53 no grupo de webconferência. Não houve diferenças significantes entre os grupos com respeito aos dados sociodemográficos na avaliação inicial. Durante o acompanhamento, 950 consultas foram concluídas, 489 (51,5%) delas por webconferência. Além disso, 277 consultas de avaliação foram realizadas. No início, depois de 6 e 12 meses, a gravidade da depressão, o estado de saúde mental, a satisfação com o tratamento, a relação terapêutica, e a adesão ao tratamento e à medicação foram avaliados. RESULTADOS: A gravidade da depressão diminuiu significativamente ao longo do acompanhamento de 12 meses em ambos os grupos. Os grupos diferiram significativamente em relação ao desenvolvimento da gravidade da depressão ao longo do período de seguimento, com melhores resultados para o acompanhamento por webconferência. Além disso, houve 4 recaídas no grupo controle e apenas uma no grupo de webconferência. Quanto a estado de saúde mental, a satisfação com o tratamento, a relação terapêutica, a adesão ao tratamento, e a adesão à medicação não foram encontradas diferenças significantes entre os grupos. Contudo, depois de 6 meses, o número de abandonos foi significativamente maior no grupo controle (18,5 vs. 5,7%, p < 0,05). A satisfação com o acompanhamento por webconferência foi alta tanto para os pacientes como para os psiquiatras. CONCLUSÕES: O acompanhamento psiquiátrico por webconferência foi tão eficaz e viável quanto o acompanhamento presencial com respeito à evolução clínica, a satisfação dos pacientes, a relação terapêutica, adesão ao tratamento e à medicação. Esses achados apontam o potencial da telepsiquiatria estender a assistência psiquiátrica à população de lugares remotos e até então sem acesso ao atendimento especializado / INTRODUCTION: Mental, neurological and substance-use disorders are major contributors to morbidity and premature mortality worldwide. Even where mental health care and effective treatment exist, they are frequently not available to those in greatest need, mainly because of the unequal distribution of services and human resources within a country. Due to continuous advances in information and communication technologies and the growing spread of the Internet in society, remote mental health care via videoconferencing, called telepsychiatry, has become a promising tool for psychiatric attendance. OBJECTIVES: The present project aimed to evaluate the efficacy and feasibility of psychiatric outpatient care via videoconferencing in clinically unsupervised settings, comparing this new form of attendance with in-person standard care regarding to clinical outcomes (severity of depression, mental health status, medication course, and relapses), satisfaction with treatment, therapeutic relationship, treatment adherence (appointment compliance and dropouts), and medication adherence. METHODS: This randomized controlled clinical trial allocated adult patients between 18 and 55 years old with mild depression or in remission state, treated at the Institute of Psychiatry of the University of São Paulo Medical School (IPq-HCFMUSP), and with broadband Internet access at home into a intervention and control group. Whereas the control group received monthly psychiatric consultations in person at the IPq, the intervention group realized monthly consultations with the psychiatrist via videoconferencing. At baseline and after 6 and 12 months, the severity of depression, mental health status, satisfaction with treatment, therapeutic relationship, treatment adherence and medication compliance were assessed. RESULTS: A sample of 107 patients was recruited; 54 patients were randomly allocated to the control group, and 53 to the intervention group. Patients in both groups did not differ with respect to demographic data. During follow-up, 950 consultations were completed; 489 (51,5%) via videoconferencing. In addition, there were 277 assessment consultations. The severity of depression decreased significantly over the 12-month follow-up in both groups. There was a significant difference between groups regarding to the development of the severity of depression throughout the follow-up period, with better results for the attendance via videoconferencing. Further, there were 4 relapses in the control group and only one in the videoconferencing group. There were no significant differences between groups regarding to mental health status, satisfaction with treatment, therapeutic relationship, treatment adherence, and medication compliance. Though, after 6 months, the number of dropouts was significantly higher in the control group (18,5 vs. 5,7%, p < 0,05). Satisfaction with attendance via videoconferencing was high among patients as well as among psychiatrists. CONCLUSIONS: Psychiatric attendance via videoconferencing can be considered applicable for the outpatient care at the IPq-HCFMUSP and as effective and viable as standard care (in person treatment) with respect to clinical outcomes, patient satisfaction, therapeutic relationship, treatment adherence and medication compliance. These results indicate the potential of telepsychiatry to extend the access to psychiatric care for remote and underserved populations

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