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Entre a lei e o desejo : uma construção de um sujeito organizacional /Santiago, Eneida Silveira. January 2005 (has links)
Orientador: Francisco Hashimoto / Banca: Catarina Satiko Tanaka / Banca: Marlene Castro Waideman / Resumo: A exaltação conferida ao trabalho na sociedade ocidental concedem ao trabalhador uma identidade social, somos aquilo que fazemos e fazemos para um outro (Lei do social) que nos reconheça enquanto sujeitos desejantes, criando-se laços de investimento libidinal entre este sujeito (trabalhador) e o outro. Na relação de trabalho, a organização será este outro social, que assumirá uma função de Lei, uma função paterna, a quem o sujeito se ligará em busca reconhecimento, identificação e de realização de seu Desejo. Mais que isso, as organizações são o lugar de aprisionamento psíquico, recalcamento, sofrimento, criando uma eterna luta do Individual X Coletivo, Sujeito X Organização, Lei X Desejo. Assim sendo, este estudo apreende e analisa o enfrentamento do sujeito com a situação de trabalho, e a constituição subjetiva advinda após este encontro, a que chamamos de sujeito organizacional. Utilizando, em especial, os estudos de Enriquez e Dejours, e a partir de relatos e entrevistas sobre a trajetória profissional de trabalhadores vinculados a uma instituição universitária do estado de São Paulo, foi possível vislumbrar a utilização de mecanismos de defesa individuais e coletivos como forma de aliviar o sofrimento surgido da experiência de trabalho, bem como a construção de representações psíquicas acerca de sujeito, subjetividade, trabalho e sujeito trabalhador, e ainda a constituição/alteração de vivências materiais, sociais e históricas. Tendo como questão que o sentido construído pelo trabalhador em seu projeto de trabalho e projeto de vida faz ressonância com experiências passadas, presentes e expectativas futuras, mesmo que no ato analisador estes elos não se mostrem claramente, é de fundamental importância à clareza de que a arquitetura das análises, assim como o próprio objeto a ser analisado, é marcado pela singularidade e pelo subjetivo, permitindo diferentes exames e abordagens. / Abstract: The exaltation affixed to the act of working in the western world grants the working person a social identity, that is to say, people are whatever they do, and they do so for another (Social Law) who can recognize them as desiring subjects, consequently creates ties of libidinal investment between the party offering his/her services (worker) and the other party desiring to hire him/her. . Through labor relationship, an organization will show its other side, which will take up a function of law, a paternal function, which the subject will be connected to in search of recognition, identification and fulfillment of his/her Desires. Furthermore, organizations are a place of psychic imprisonment, repression, and suffer feeding the eternal clash between the Individual and the Social; the Subject and The Organization; the Law and the Desire. Thus, this study aims at analyzing the clashes of workers within their job situation and the subjective constitution originating as a consequence of these clashes, which we call organizational subject. By making use of previous studies, especially those by Enriquez and Dejours, and by interviewing a diverse range of individuals, it was possible to gain an overview of individual and collective self-defense mechanisms as a means of relieving the pain brought about by the experience of work, and the construction of psychic representations on the subject, subjectivity, work, working subject, and yet the construction/alteration of material, social and historical experiences. Bearing in mind that the meanings a working person sets on his/her work and life project echoes both present and past experiences as well as expectations - even when these can not be seen clearly at the time of analysis. Therefore it is essential to understand that the architecture of analysis as well as the subject to be analyzed is highly marked by the singularity and subjectivity, allowing different examinations and approaches. / Mestre
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Entre a lei e o desejo: uma construção de um sujeito organizacionalSantiago, Eneida Silveira [UNESP] 10 March 2005 (has links) (PDF)
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santiago_es_me_assis.pdf: 341674 bytes, checksum: 0646f80577c29a77e14b6ee1884fff91 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A exaltação conferida ao trabalho na sociedade ocidental concedem ao trabalhador uma identidade social, somos aquilo que fazemos e fazemos para um outro (Lei do social) que nos reconheça enquanto sujeitos desejantes, criando-se laços de investimento libidinal entre este sujeito (trabalhador) e o outro. Na relação de trabalho, a organização será este outro social, que assumirá uma função de Lei, uma função paterna, a quem o sujeito se ligará em busca reconhecimento, identificação e de realização de seu Desejo. Mais que isso, as organizações são o lugar de aprisionamento psíquico, recalcamento, sofrimento, criando uma eterna luta do Individual X Coletivo, Sujeito X Organização, Lei X Desejo. Assim sendo, este estudo apreende e analisa o enfrentamento do sujeito com a situação de trabalho, e a constituição subjetiva advinda após este encontro, a que chamamos de sujeito organizacional. Utilizando, em especial, os estudos de Enriquez e Dejours, e a partir de relatos e entrevistas sobre a trajetória profissional de trabalhadores vinculados a uma instituição universitária do estado de São Paulo, foi possível vislumbrar a utilização de mecanismos de defesa individuais e coletivos como forma de aliviar o sofrimento surgido da experiência de trabalho, bem como a construção de representações psíquicas acerca de sujeito, subjetividade, trabalho e sujeito trabalhador, e ainda a constituição/alteração de vivências materiais, sociais e históricas. Tendo como questão que o sentido construído pelo trabalhador em seu projeto de trabalho e projeto de vida faz ressonância com experiências passadas, presentes e expectativas futuras, mesmo que no ato analisador estes elos não se mostrem claramente, é de fundamental importância à clareza de que a arquitetura das análises, assim como o próprio objeto a ser analisado, é marcado pela singularidade e pelo subjetivo, permitindo diferentes exames e abordagens. / The exaltation affixed to the act of working in the western world grants the working person a social identity, that is to say, people are whatever they do, and they do so for another (Social Law) who can recognize them as desiring subjects, consequently creates ties of libidinal investment between the party offering his/her services (worker) and the other party desiring to hire him/her. . Through labor relationship, an organization will show its other side, which will take up a function of law, a paternal function, which the subject will be connected to in search of recognition, identification and fulfillment of his/her Desires. Furthermore, organizations are a place of psychic imprisonment, repression, and suffer feeding the eternal clash between the Individual and the Social; the Subject and The Organization; the Law and the Desire. Thus, this study aims at analyzing the clashes of workers within their job situation and the subjective constitution originating as a consequence of these clashes, which we call organizational subject. By making use of previous studies, especially those by Enriquez and Dejours, and by interviewing a diverse range of individuals, it was possible to gain an overview of individual and collective self-defense mechanisms as a means of relieving the pain brought about by the experience of work, and the construction of psychic representations on the subject, subjectivity, work, working subject, and yet the construction/alteration of material, social and historical experiences. Bearing in mind that the meanings a working person sets on his/her work and life project echoes both present and past experiences as well as expectations - even when these can not be seen clearly at the time of analysis. Therefore it is essential to understand that the architecture of analysis as well as the subject to be analyzed is highly marked by the singularity and subjectivity, allowing different examinations and approaches.
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