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O sentido da amizade em Ferenczi: uma contribuição à clínica psiquiátrica / The meaning of friendship in Ferenczi: a contribution to the psychoanalytic practiceLuiz Ricardo Prado de Oliveira 25 February 2005 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Esta tese examina o possível sentido atribuído por Ferenczi à amizade. São feitas considerações sobre o mesmo, a partir de um exame de relações pessoais de Ferenczi com alguns de seus pares, e no contexto de sua obra. A importância de uma reflexão sobre a amizade, sobretudo no campo psicanalítico da atualidade, se deve a uma preocupação sobre em relação ais desafios gerados no âmbito da clínica psicanalítica contemporânea. Considera-se que a liberdade dominante na cultura contemporânea contribui para a formação de
subjetividades bastante resistentes à aceitação das condições mediante as quais a terapia psicanalítica costuma se desenvolver, ou seja, pela via da comunicação verbal. Por outro lado, a redução do senso de responsabilidade e da função crítica implicadas em escolhas e decisões, e observadas na contemporaneidade, se constituem em fatores adversos à situação analítica. Um dos aspectos da resistência então verificada deriva de uma formação egóica que pode ser caracterizada como tão plástica quanto rígida, cujo funcionamento opera de acordo com circunstâncias, e em função de os indivíduos não serem, na contemporaneidade, na verdade tão livres quanto a princípio se espera. Ferenczi, divergindo em parte de Freud, concede um maior destaque à importância dos afetos nas relações interpessoais, notadamente no âmbito terapêutico, de forma que enfatiza, por exemplo, a importância terapêutica da regressão e da
contratransferência, para se lograr o equilíbrio da economia psíquica do analisado. Então, desde um destaque dado à implicação do afeto amizade em experimentações técnicas realizadas e nas considerações propostas por Ferenczi, esta tese situa o afeto amizade, experimentado pelo analista junto ao analisando, como uma variante importante na condução da cura analítica. Como suporte desta tematização, se recorre à Filosofia, no intuito de recensear alguns dos sentidos historicamente atribuído à amizade. O principal suporte
bibliográfico utilizado é uma trilogia dedicada a este tema, pulicada por Francisco Ortega, em que aquele é investigado desde a Antiguidade até a Contemporaneidade. Outros filósofos, aos quais este autor recorre, são Derrida e Foucault. Assim, conclui-se ser recomendável que o analista não se mantenha alheio às condições culturais e aos valores que influem nos processos de subjetivação, nem tampouco distanciado do que envolve o sofrimento de seu
analisando, não se furtando, portanto, a apresentar-se, em certa medida, como um artigo. Compreende-se, então, que é preciso que o analista se implique cada vez mais no processo analítico, apresentando-se também como uma amigo, à medida que esta postura possa se revelar terapêutica. / This thesis looks into the possible meaning ascribed by Ferenczi to friendship. Considerations are made starting from an exam of Ferenczis personal relationships with his peers, and in his work. The importance of a reflection on friendship, especially in the present-day analytic field, comes from a concern with the challenges created in the scope of the contemporaneous psychoanalytic practice. The author regards the liberalism prevailing in contemporaneous culture as contributing to the shaping of subjectivities that are fairly resistant to the acceptance of conditions by means of which psychoanalytic therapy usually develops, namely, through verbal communication. On the other hand, decrease in sense of responsibility and in critical thought nowadays, implicit in choices and decision-making, appears as an
adverse circumstance to the analytical situation. One of the aspects of resistance arises from ego formation which we can characterize as both, plastic and rigid, the functioning of which works according to circumstances, since individuals are not, truly, as free as one is led to
expect in the present times. Ferenczi, dissenting partially from Freud, gives prominence to the importance of affection in interpersonal relationships, notably in the therapeutic sphere, so that he emphasizes the importance of regression and countertransference in the analytical
process, in order to achieve a point of equilibrium on the patients psychic economy. Therefore, starting from the importance given to the implications of friendship in Ferenczis technical experiments and in the considerations he made, this thesis places it as an important
variant in conducting analytical treatment. As a support to this theme, the author resorts to Philosophy, to get a broader of the view the meanings historically attributed to friendship. The main bibliographical support for this conclusion is a trilogy published by Franscisco Ortega, in which is explored this theme, from Antiquity to contemporaneity. Other philosophers, from whom this author has gathered insights, are Derrida and Foucault. As a conclusion, it is advisable that the analyst takes into consideration the cultural background and ethical values influencing the patients process of subjectivation, and refrains from
remaining oblivious to the suffering of the patient; in fact, the analyst should not abstain from showing himself as a friend of the patient, to a certain degree. With this, it is understood that analyst must involve himself more and more in the analytical process, also coming forward as a friend, provided it would be therapeutic.
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O sentido da amizade em Ferenczi: uma contribuição à clínica psiquiátrica / The meaning of friendship in Ferenczi: a contribution to the psychoanalytic practiceLuiz Ricardo Prado de Oliveira 25 February 2005 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Esta tese examina o possível sentido atribuído por Ferenczi à amizade. São feitas considerações sobre o mesmo, a partir de um exame de relações pessoais de Ferenczi com alguns de seus pares, e no contexto de sua obra. A importância de uma reflexão sobre a amizade, sobretudo no campo psicanalítico da atualidade, se deve a uma preocupação sobre em relação ais desafios gerados no âmbito da clínica psicanalítica contemporânea. Considera-se que a liberdade dominante na cultura contemporânea contribui para a formação de
subjetividades bastante resistentes à aceitação das condições mediante as quais a terapia psicanalítica costuma se desenvolver, ou seja, pela via da comunicação verbal. Por outro lado, a redução do senso de responsabilidade e da função crítica implicadas em escolhas e decisões, e observadas na contemporaneidade, se constituem em fatores adversos à situação analítica. Um dos aspectos da resistência então verificada deriva de uma formação egóica que pode ser caracterizada como tão plástica quanto rígida, cujo funcionamento opera de acordo com circunstâncias, e em função de os indivíduos não serem, na contemporaneidade, na verdade tão livres quanto a princípio se espera. Ferenczi, divergindo em parte de Freud, concede um maior destaque à importância dos afetos nas relações interpessoais, notadamente no âmbito terapêutico, de forma que enfatiza, por exemplo, a importância terapêutica da regressão e da
contratransferência, para se lograr o equilíbrio da economia psíquica do analisado. Então, desde um destaque dado à implicação do afeto amizade em experimentações técnicas realizadas e nas considerações propostas por Ferenczi, esta tese situa o afeto amizade, experimentado pelo analista junto ao analisando, como uma variante importante na condução da cura analítica. Como suporte desta tematização, se recorre à Filosofia, no intuito de recensear alguns dos sentidos historicamente atribuído à amizade. O principal suporte
bibliográfico utilizado é uma trilogia dedicada a este tema, pulicada por Francisco Ortega, em que aquele é investigado desde a Antiguidade até a Contemporaneidade. Outros filósofos, aos quais este autor recorre, são Derrida e Foucault. Assim, conclui-se ser recomendável que o analista não se mantenha alheio às condições culturais e aos valores que influem nos processos de subjetivação, nem tampouco distanciado do que envolve o sofrimento de seu
analisando, não se furtando, portanto, a apresentar-se, em certa medida, como um artigo. Compreende-se, então, que é preciso que o analista se implique cada vez mais no processo analítico, apresentando-se também como uma amigo, à medida que esta postura possa se revelar terapêutica. / This thesis looks into the possible meaning ascribed by Ferenczi to friendship. Considerations are made starting from an exam of Ferenczis personal relationships with his peers, and in his work. The importance of a reflection on friendship, especially in the present-day analytic field, comes from a concern with the challenges created in the scope of the contemporaneous psychoanalytic practice. The author regards the liberalism prevailing in contemporaneous culture as contributing to the shaping of subjectivities that are fairly resistant to the acceptance of conditions by means of which psychoanalytic therapy usually develops, namely, through verbal communication. On the other hand, decrease in sense of responsibility and in critical thought nowadays, implicit in choices and decision-making, appears as an
adverse circumstance to the analytical situation. One of the aspects of resistance arises from ego formation which we can characterize as both, plastic and rigid, the functioning of which works according to circumstances, since individuals are not, truly, as free as one is led to
expect in the present times. Ferenczi, dissenting partially from Freud, gives prominence to the importance of affection in interpersonal relationships, notably in the therapeutic sphere, so that he emphasizes the importance of regression and countertransference in the analytical
process, in order to achieve a point of equilibrium on the patients psychic economy. Therefore, starting from the importance given to the implications of friendship in Ferenczis technical experiments and in the considerations he made, this thesis places it as an important
variant in conducting analytical treatment. As a support to this theme, the author resorts to Philosophy, to get a broader of the view the meanings historically attributed to friendship. The main bibliographical support for this conclusion is a trilogy published by Franscisco Ortega, in which is explored this theme, from Antiquity to contemporaneity. Other philosophers, from whom this author has gathered insights, are Derrida and Foucault. As a conclusion, it is advisable that the analyst takes into consideration the cultural background and ethical values influencing the patients process of subjectivation, and refrains from
remaining oblivious to the suffering of the patient; in fact, the analyst should not abstain from showing himself as a friend of the patient, to a certain degree. With this, it is understood that analyst must involve himself more and more in the analytical process, also coming forward as a friend, provided it would be therapeutic.
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O corpo vivido entre afetos: psicorporeidade e intersubjetividade em Ferenczi, Balint e Winnicott / The lived body of affect: psicorporeidade and intersubjectivity in Ferenczi, Balint and WinnicottCarlos Eduardo Melo Oliveira 04 March 2005 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta tese pretende reafirmar duas dimensões existenciais, constituintes do ser humano: a psicorporeidade e a intersubjetividade. O ser humano é uma unidade psicossomática que se constitui no e através do ambiente humano que é seu entorno. Essa afirmativa parece nada incomum em 2005, mas não foi a hegemônica no pensamento ocidental. No racionalismo dualista, proposto por Platão na antiguidade e radicalizado e sistematizado por Descartes na
modernidade, vigorava a radical separação entre corpo (res extensa) e alma (res cogitans), entre sujeito e objeto. Recorro à noção de corpo vivido na intersubjetividade, presente em Merleau-Ponty, para expor como concebo estas duas dimensões. Assinalo os paralelos de sua concepção ulterior (a noção de carne) com a da reformulação teórica freudiana - a partir da introdução do conceito de narcisismo (1914c) e do inconsciente originário, enraizado no corpo (1923a). Este é o período da formulação freudiana no qual encontram-se os pilares das principais concepções desenvolvidas por Ferenczi, Balint e Winnicott, clínicos da psicanálise cujas contribuições podem ser agrupadas no que denomino de matriz ferencziana - destacando-se a reformulação da teoria do trauma e a proposta clínica da regressão/progressão num ambiente facilitador que propicie continente para a experiência subjetiva. O segundo objetivo deste trabalho é mostrar a articulação entre as suas principais obras e como as
dimensões da psicorporeidade e da intersubjetividade nelas estão presentes. / This thesis intends to reaffirm two existential dimensions which constitute the human being: the psycho-corporeity and the inter-subjectivity. The human being is a psychosomatic unity which constitutes him/herself through the human ambience which envelops him/her. This assertion does not sound remarkable in 2005, but it was never hegemonic in Western thought. Within the dualistic rationalism proposed by Plato in ancient Greece, and radicalized by Descartes in the modern age, a radical separation between body (res extensa) and soul (res cogitans), and between subject and object was taken for granted. I use the notion of the body living in inter-subjectivity, present in Merleau-Ponty, to expound how I conceive these two
dimensions. I establish the parallels between its ulterior conception (the notion of flesh) and the Freudian theoretical reformulation starting with the introduction of the concept of narcissism (1914c), and of the inherited unconscious, rooted in the body (1923a). This is the
period of Freudian formulating where the pillars of the main concepts developed by Ferenzi, Balint and Winnicott are to be found. These are the psychoanalysts the contributions of which may be grouped in that which I call the Ferenczian matrix in which the reformulation of the
theory of trauma and the clinical proposal of regression/progression in a facilitating ambience propiciating a friendly space for the subjective experience stand out. The second aim of this work is to demonstrate the articulation between these psychoanalysts most important works,
and how the dimensions of psycho-corporeity and inter-subjectivity are present in them.
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O corpo vivido entre afetos: psicorporeidade e intersubjetividade em Ferenczi, Balint e Winnicott / The lived body of affect: psicorporeidade and intersubjectivity in Ferenczi, Balint and WinnicottCarlos Eduardo Melo Oliveira 04 March 2005 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta tese pretende reafirmar duas dimensões existenciais, constituintes do ser humano: a psicorporeidade e a intersubjetividade. O ser humano é uma unidade psicossomática que se constitui no e através do ambiente humano que é seu entorno. Essa afirmativa parece nada incomum em 2005, mas não foi a hegemônica no pensamento ocidental. No racionalismo dualista, proposto por Platão na antiguidade e radicalizado e sistematizado por Descartes na
modernidade, vigorava a radical separação entre corpo (res extensa) e alma (res cogitans), entre sujeito e objeto. Recorro à noção de corpo vivido na intersubjetividade, presente em Merleau-Ponty, para expor como concebo estas duas dimensões. Assinalo os paralelos de sua concepção ulterior (a noção de carne) com a da reformulação teórica freudiana - a partir da introdução do conceito de narcisismo (1914c) e do inconsciente originário, enraizado no corpo (1923a). Este é o período da formulação freudiana no qual encontram-se os pilares das principais concepções desenvolvidas por Ferenczi, Balint e Winnicott, clínicos da psicanálise cujas contribuições podem ser agrupadas no que denomino de matriz ferencziana - destacando-se a reformulação da teoria do trauma e a proposta clínica da regressão/progressão num ambiente facilitador que propicie continente para a experiência subjetiva. O segundo objetivo deste trabalho é mostrar a articulação entre as suas principais obras e como as
dimensões da psicorporeidade e da intersubjetividade nelas estão presentes. / This thesis intends to reaffirm two existential dimensions which constitute the human being: the psycho-corporeity and the inter-subjectivity. The human being is a psychosomatic unity which constitutes him/herself through the human ambience which envelops him/her. This assertion does not sound remarkable in 2005, but it was never hegemonic in Western thought. Within the dualistic rationalism proposed by Plato in ancient Greece, and radicalized by Descartes in the modern age, a radical separation between body (res extensa) and soul (res cogitans), and between subject and object was taken for granted. I use the notion of the body living in inter-subjectivity, present in Merleau-Ponty, to expound how I conceive these two
dimensions. I establish the parallels between its ulterior conception (the notion of flesh) and the Freudian theoretical reformulation starting with the introduction of the concept of narcissism (1914c), and of the inherited unconscious, rooted in the body (1923a). This is the
period of Freudian formulating where the pillars of the main concepts developed by Ferenzi, Balint and Winnicott are to be found. These are the psychoanalysts the contributions of which may be grouped in that which I call the Ferenczian matrix in which the reformulation of the
theory of trauma and the clinical proposal of regression/progression in a facilitating ambience propiciating a friendly space for the subjective experience stand out. The second aim of this work is to demonstrate the articulation between these psychoanalysts most important works,
and how the dimensions of psycho-corporeity and inter-subjectivity are present in them.
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