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Ser quilombola no sertão: tijuaçu, lutas e resistências no processo de construção identitáriaSantos, Paula Odilon dos January 2013 (has links)
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POSantos.pdf: 12880552 bytes, checksum: c86d7e36fec83f2913301f84fd77820a (MD5) / Desde o ato de criação do Artigo nº 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT – da Constituição Federal de 1988, operacionalizou-se no país um burilamento em relação à existência das diversas comunidades negras rurais. Em 1995, quando este decreto entra realmente em vigor, observa-se por parte do Movimento Negro, da Academia, dos setores jurídicos e, principalmente por parte dos próprios atores sociais que residem nessas comunidades, uma movimentação pela busca da compreensão e implementação desse artigo, que veio a alterar significativamente a maneira como esses sujeitos, até então dispersos e silenciados nos diversos cantos e recantos deste país no que se refere a sua negritude, formas de organização política, social e cultural, passaram a ser divisados e tratados perante o Estado-nação, tornando-se então atores sociais ressurgidos e detentores de direitos políticos específicos. Esta pesquisa focaliza como se deu este acontecimento na comunidade quilombola de Tijuaçu, objetivando demonstrar como acontece o processo de construção identitária destes agentes, sua conversão simbólica de atores sociais negros que, até o final da década de 1990, conheciam apenas o racismo e a discriminação por parte do entorno social que os envolve, tendo como principal justificativa para este comportamento o fato de a comunidade ser referida como sendo “as terras dos Pretos do Lagarto”, para atores sociais remanescentes de quilombo, procurando focalizar e demonstrar ao leitor (a) como se deu a apropriação deste princípio no interior deste grupo étnico, como ele se processa no momento presente, bem como demonstrar suas lutas e resistências empreendidas secularmente para ser e permanecer negro em um contexto social que refuta sua existência e organização como grupo étnico diferenciado: o sertão da Bahia. Trata-se de uma pesquisa de natureza etnográfica que utilizou como principais instrumentos para a coleta de dados: a observação-participante - caracterizada pela convivência da pesquisadora junto ao grupamento aqui descrito - conversas informais mantidas ao longo do desenvolvimento deste estudo e entrevistas semiestruturadas, cujos roteiros encontram-se anexados a esta pesquisa. Estas entrevistas foram interpretadas com base na Análise do Discurso dos informantes e os resultados encontram-se descritos ao longo dos capítulos que compõem este estudo. / Centro de Estudos Afro-Orientais
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