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Composição florística e ecologia de epífitas vasculares em fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual na Serra da Mantiqueira, Minas Gerais, Brasil

Barbosa, Daniel Elias Ferreira 10 November 2012 (has links)
Submitted by Geandra Rodrigues (geandrar@gmail.com) on 2018-03-19T18:11:37Z No. of bitstreams: 1 danieleliasferreirabarbosa.pdf: 2623086 bytes, checksum: 9c30260d3a86fc41b642599a5f607b4b (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2018-03-19T19:52:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1 danieleliasferreirabarbosa.pdf: 2623086 bytes, checksum: 9c30260d3a86fc41b642599a5f607b4b (MD5) / Made available in DSpace on 2018-03-19T19:52:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 danieleliasferreirabarbosa.pdf: 2623086 bytes, checksum: 9c30260d3a86fc41b642599a5f607b4b (MD5) Previous issue date: 2012-11-10 / A heterogeneidade vegetacional é um dos fatores responsáveis pela alta biodiversidade encontrada na Floresta Atlântica, com destaque para a Floresta Estacional Semidecidual (FES) que, embora apresente elevada riqueza e endemismo, é menos conhecida do que outras formações deste Bioma como as Florestas Ombrófilas. Esta formação é uma das mais degradadas devido, sobretudo, a ocupações urbanas na Região Sudeste do Brasil. Atualmente, em Minas Gerais é representada principalmente por remanescentes de florestas secundárias, destacando-se, no complexo da Mantiqueira, a Serra do Ibitipoca que devido a sua importância biológica figura entre as áreas prioritárias para a conservação da flora no estado e, mesmo assim, vem sofrendo com a fragmentação e destruição de habitats. A fragmentação de habitats é uma das maiores ameaças a biodiversidade, afetando particularmente a comunidade epifítica. Outro importante fator na composição desta comunidade é o gradiente altitudinal que disponibiliza elevada heterogeneidade ambiental mesmo em pequenas distâncias. Epífitas são um importante componente para a diversidade das florestas tropicais devido ao elevado número de espécies, além de apresentar importante função ecológica. O estudo foi realizado em cinco fragmentos de FES com extensões entre ca. 2 e 8 ha e altitudes variando entre 1230 e 1430 m.s.m. na Serra do Ibitipoca, Minas Gerais entre setembro de 2013 e dezembro de 2016. Os resultados são apresentados em dois capítulos. O primeiro capítulo teve como objetivos realizar o levantamento da comunidade de epífitas vasculares e avaliar a importância da heterogeneidade de habitats na riqueza e composição de espécies. Foram registradas 96 espécies de epífitas vasculares distribuídas em 40 gêneros sendo Peperomia Ruíz e Pav. o mais rico (oito spp.) e 10 famílias das quais, Orchidaceae é a mais rica (30 spp.). As samambaias apresentaram riqueza de espécies acima do esperado, provavelmente em função da elevada altitude na área de estudo. O estudo apresentou a maior riqueza registrada até o momento para FES ressaltando a importância da manutenção de xi fragmentos com diferentes estruturas para a comunidade epifítica. O segundo capítulo avaliou a diversidade da comunidade de epífitas vasculares e a correlação da riqueza de espécies com a altitude e tamanho dos fragmentos, além de porte dos forófitos. Para isso foram amostrados em cada um dos fragmentos os 60 maiores forófitos contendo ao menos uma planta epífita. Foram calculados para cada fragmento os índices de diversidade de Shannon (H’) e de uniformidade de Pielou (J), além dos índices de distinção taxonômica média (Δ+) e variação na distinção taxonômica (Λ+). Uma análise de regressão linear simples foi realizada com o intuito de verificar uma possível correlação entre altitude, área e riqueza. Foram amostrados 300 forófitos com 1270 ocorrências de epífitas, distribuídas em 85 espécies. O número de espécies não apresentou correlação positiva com o tamanho da área indicando que os fragmentos tiveram históricos de perturbação distintos, fato corroborado pela similaridade encontrada estar abaixo do esperado. Os fragmentos mais próximos e com maior riqueza apresentaram os maiores valores de H’ e Δ+ demonstrando melhor estado de conservação dentre os fragmentos analisados. Embora não tenha havido correlação significativa entre altitude e riqueza (p>0,05) ficou evidente a influência da altitude na composição da comunidade com sete espécies ocorrendo até 1230 m e 13 apenas acima de 1380 m. / The vegetation heterogeneity is one feature responsible for the high biodiversity found in Atlantic forest, especially for the Seasonal Semidecidual Forest (SSF), which, despite high richness and endemism, is less known than other physiognomies like the rainforests. This phytophysiognomy is one of the most affected due to, especially the urban occupation in the Southeastern Region of Brazil. Currently in Minas Gerais, this physiognomy is represented especially by remnants of secondary forests. In this sense, we must highlight that the Serra do Ibitipoca, due to its biological importance, appears among the priority areas for conservation of the flora in this state, and nevertheless, is suffering with fragmentation and destruction of habitats. Fragmentation of habitats greatly threatens the biodiversity, affecting especially the epiphytic community. Other important feature in the composition of this community is the elevation gradient which provides high habitat heterogeneity even at short distances. Epiphytes are an important component for diversity of the tropical forests due to its high number of species, also presenting relevant ecological function. We studied five fragments with sizes varying between 2 and 8 ha and altitudes varying between 1230 and 1430 m.s.m. in the Serra da Mantiqueira, Minas Gerais between September 2013 and December 2016. Results are presented in two chapters. The aims of the first chapter were to realize the survey of vascular epiphytic community and evaluate the importance of the habitat heterogeneity to the richness and composition of species. We recorded 96 species of vascular epiphytes distributed in 40 genera of which Peperomia was the richest (eight spp.) and 10 families, of which Orchidaceae was the richest (30 spp.). The ferns presented richness higher than expected, probably due to the high altitude of the studied area. This study presented the highest richness to date know for SSF, highlighting the importance of maintenance of fragments with distinct structures for the epiphytic community. In the second chapter we evaluated the diversity of the community of vascular epiphytes and the correlation of species xiii richness with altitude and fragment size, besides phorophytes sizes. In each fragment we evaluated 60 largest phorophytes with at least one epiphyte. We calculated for each fragment the indices of diversity of Shannon (H‟) and equability of Pielou (J), besides the indices of taxonomic distinction (Δ+) and variation in taxonomic distinction (Λ+). An analysis of linear regression was conducted in order to verify correlation between altitude, area size and richness of species. We sampled 300 phorophytes with 1270 occurrences of epiphytes, distributed in 85 species. The number of species did not correlate with the size of the fragments pointing to a distinct history of disturbance, a feature confirmed by the relatively low indices of similarity. The closest and richest fragments presented the highest values of H‟ and Δ+ showing the best conservation status among the analyzed fragments. Although we did not find significant correlation between altitude and richness (p>0.05) it was clear the influence of the elevation in the composition of the community once seven species occur up to 1230m.s.m. and 13 were present only above the 1380m.s.m.

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