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O Realismo modal de David Lewis: uma opção pragmática / David Lewis modal realism: pragmatic option

ROCHA, Renato Mendes 30 August 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T15:06:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 RENATO MENDES ROCHA.pdf: 735741 bytes, checksum: 6559707c78ce13d85086e58b691dd7f3 (MD5) Previous issue date: 2010-08-30 / In this dissertation we will defend Lewis Modal Realism (LMR), i.e., the metaphysical hypothesis about the real existence of a plurality of worlds. We will try to show the pragmatic character of Lewis arguments in support of this metaphysics of possible worlds. In this sense, we approximate Lewis (1986) and Quine (1960) and we aim to show that Lewis uses criteria for taking ontological decisions similar to those defended by Quine. These criteria are: simplicity of formulation, theoretical economy and distrust in purely intuitive criteria as only guide for Philosophy. To accomplish our intention, we divided the text in three chapters. In the first we present the philosophical benefits of LMR that demonstrate the theoretical utility of possible-worlds talk. These benefits are related to important concepts in Philosophy of Language and Epistemology, such as, Modality, Counterfactuals and a uniform treatment to Properties and Propositions. The second chapter is divided into two parts. At first we present the philosophical background we believe is related to Lewis philosophy. A neo-humean scenario and the resumption of metaphysics discussion in contemporary analytic philosophy compose this background. In the second part we present three fundamental thesis formulate by Lewis the consistence of his Modal Realism: concreteness, isolation and plenitude. In the third and latter chapter we discuss two criticism of LMR: (a) David Armstrong & Peter Forrest (1984) and (b) Susan Haack (1977). Each of these papers present criticism from distinct points of view. The first aims to identify a paradox in the metaphysics of possible worlds, and the latter focuses on semantics aspects of LMR. Finally, we show Lewis reply to objection (a) and that argument (b) could be inserted as an incredulous stare on LMR, and that it consists on a petition principi. / Nessa dissertação defenderemos o Realismo Modal de David Lewis (RML), ou seja, a hipótese metafísica acerca da existência real de uma pluralidade de mundos. A defesa que apresentaremos procura evidenciar o caráter pragmático dos argumentos a favor dessa metafísica dos mundos possíveis. Nesse sentido, aproximaremos a filosofia de David Lewis (1986) a de W. V. O. Quine (1960) e procuraremos mostrar que Lewis utiliza critérios para tomada de decisões ontológicas semelhantes aos defendidos por Quine. Esses critérios são: a simplicidade de formulação, a economia teórica e a desconfiança de critérios meramente intuitivos como guias para a Filosofia. Para cumprir nosso objetivo, estruturamos a dissertação em três capítulos. No primeiro apresentamos benefícios filosóficos do RML que demonstram a utilidade teórica do idioma dos mundos possíveis. Esses benefícios estão relacionados a noções importantes para a Filosofia da Linguagem e a Teoria do Conhecimento tais como: Modalidades, Contrafatuais, e um tratamento uniforme para Propriedades e Proposições. O segundo capítulo divide-se em duas partes. Na primeira traçamos um pano de fundo filosófico que acreditamos estar relacionado à filosofia de Lewis. Compõem esse pano de fundo: um cenário que identificamos como neo-humeano e a retomada de discussões metafísicas na Filosofia Analítica Contemporânea. Na segunda parte apresentamos três teses formuladas por Lewis para garantir a consistência e a coerência de seu Realismo Modal: a Concretude, o Isolamento e a Plenitude. No terceiro capítulo discutimos duas críticas ao RML: (a) David Armstrong & Peter Forrest (1984) e (b) Susan Haack (1977). Cada um desses artigos apresenta uma crítica diferente. A primeira procura identificar um paradoxo na metafísica dos mundos possíveis e a segunda concentra-se em aspectos semânticos do RML. Por fim, mostramos como a objeção em (a) é refutada por Lewis e como o argumento em (b) poderia se inserir no grupo de críticas que Lewis classifica como um olhar incrédulo sobre o RML. Por isso, concluímos que esse olhar consiste em uma petição de princípio.

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