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Sob a regência do medo: imprensa, poder e rebelião escrava na Corte Imperial, 1835 / Under regency of fear: press, power and slave uprising in Rio de Janeiro, 1835Daniel Mandur Thomaz 05 May 2009 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Esse trabalho estuda o medo de levantes escravos através de discursos e políticas públicas publicadas na imprensa do Rio de Janeiro. Seu objetivo é analisar, através do tema do medo, as discussões sobre a escravidão no período regencial do Brasil (1831-1840). A repercussão na imprensa do Rio de Janeiro do levante Malê, ocorrido na Bahia em 1835, gerou uma ambiência de medo e paranóia capaz de legitimar ações violentas e arbitrárias contra toda a população negra. A constatação crassa da capacidade estratégica envolvida na articulação da revolta causou uma fissura no discurso que interditava ao negro a capacidade intelectual. A hipótese principal é de que o grande medo que varreu 1835, determinando medidas jurídicas, políticas e policiais, foi fruto desse fenômeno, cujo efeito será a construção de uma ambiência de medo e paranóia generalizada, que chamaremos de zona de tensão permanente. Essa zona de tensão possibilitou a apropriação do medo por diferentes tendências políticas. O medo produziu efeitos heurísticos, na medida em gerou discursos que buscavam nomear as ameaças à sociedade e apontar medidas cabíveis para saná-las. Além disso, o medo produziu efeitos políticos, na medida em que gerou políticas públicas para desarmar o perigo de levantes na Corte. Em última análise, o discurso que defendia a vinda de colonos europeus tornou-se generalizado. Essa medida, defendida como fórmula para acabar com a escravidão, é entendida como forma de postergar a abolição e garantir a continuidade do lucrativo comércio de escravos. / The present work studies the fear of slave uprising through discourses and public politics published in Rio de Janeiros press. It aims to analyze, through the thematic of fear, the discussions about slavery in the Regency period in Brazil (1831-1840). The repercussion in the press, regarding the Malê uprising which occurred in Bahia in the year of 1835, generated an ambience of fear and paranoia capable of giving legitimacy to violent and arbitrary actions against the whole of the black population. The violent verification of the strategic capacity involved in the organization of the revolt caused a rupture in the discourse that interdicted intellectual capacity to the black population. The main hypothesis is that the great fear that swapped 1835, implementing juridical, political and suppression-surveillance measures, was a result of this phenomenon, which was effective in the construction of an environment of generalized fear and paranoia that will henceforth be called permanent tension zone. This tension zone made possible the usage of fear by different political tendencies. Fear produced heuristic effects, creating discourses intended, in accordance to its political intentions, to name the threats to society and point suitable measures to quell them. On top of that, fear produced political effects, in the sense that it created public policies to disarm the danger of insurrection in the Court. Lastly, the discourse that supported the coming of European colonists became generalized. This measure, supported as a means to end slavery, is understood as a way to delay its abolition and to guarantee the continuation of the profitable slave market.
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Sob a regência do medo: imprensa, poder e rebelião escrava na Corte Imperial, 1835 / Under regency of fear: press, power and slave uprising in Rio de Janeiro, 1835Daniel Mandur Thomaz 05 May 2009 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Esse trabalho estuda o medo de levantes escravos através de discursos e políticas públicas publicadas na imprensa do Rio de Janeiro. Seu objetivo é analisar, através do tema do medo, as discussões sobre a escravidão no período regencial do Brasil (1831-1840). A repercussão na imprensa do Rio de Janeiro do levante Malê, ocorrido na Bahia em 1835, gerou uma ambiência de medo e paranóia capaz de legitimar ações violentas e arbitrárias contra toda a população negra. A constatação crassa da capacidade estratégica envolvida na articulação da revolta causou uma fissura no discurso que interditava ao negro a capacidade intelectual. A hipótese principal é de que o grande medo que varreu 1835, determinando medidas jurídicas, políticas e policiais, foi fruto desse fenômeno, cujo efeito será a construção de uma ambiência de medo e paranóia generalizada, que chamaremos de zona de tensão permanente. Essa zona de tensão possibilitou a apropriação do medo por diferentes tendências políticas. O medo produziu efeitos heurísticos, na medida em gerou discursos que buscavam nomear as ameaças à sociedade e apontar medidas cabíveis para saná-las. Além disso, o medo produziu efeitos políticos, na medida em que gerou políticas públicas para desarmar o perigo de levantes na Corte. Em última análise, o discurso que defendia a vinda de colonos europeus tornou-se generalizado. Essa medida, defendida como fórmula para acabar com a escravidão, é entendida como forma de postergar a abolição e garantir a continuidade do lucrativo comércio de escravos. / The present work studies the fear of slave uprising through discourses and public politics published in Rio de Janeiros press. It aims to analyze, through the thematic of fear, the discussions about slavery in the Regency period in Brazil (1831-1840). The repercussion in the press, regarding the Malê uprising which occurred in Bahia in the year of 1835, generated an ambience of fear and paranoia capable of giving legitimacy to violent and arbitrary actions against the whole of the black population. The violent verification of the strategic capacity involved in the organization of the revolt caused a rupture in the discourse that interdicted intellectual capacity to the black population. The main hypothesis is that the great fear that swapped 1835, implementing juridical, political and suppression-surveillance measures, was a result of this phenomenon, which was effective in the construction of an environment of generalized fear and paranoia that will henceforth be called permanent tension zone. This tension zone made possible the usage of fear by different political tendencies. Fear produced heuristic effects, creating discourses intended, in accordance to its political intentions, to name the threats to society and point suitable measures to quell them. On top of that, fear produced political effects, in the sense that it created public policies to disarm the danger of insurrection in the Court. Lastly, the discourse that supported the coming of European colonists became generalized. This measure, supported as a means to end slavery, is understood as a way to delay its abolition and to guarantee the continuation of the profitable slave market.
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Nietzsche e a rebelião escrava do ocidenteMoraes, Tiago Dóbos de 03 December 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-12-03 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This thesis focuses on explaining the movement called by Nietzsche as "Slave Revolt in Morality", engages throughout the history of the western world, whose remarkable figures were the propagators of Christianity. We intend to elucidate that the said "Revolt.. ", presented by the Nietzschean interpretation, reversed the world bringing and stirring all the symptoms of the human weakness, which becomes clear in his most intense attacks, written in The Genealogy of Morals and The Antichrist. Such outlines of fragility are grouped around the moral concept of Good and Bad, focused on the message displayed by Christianity. This paper aims to address the shift of the valuation form when there was strength, health in the world, represented by Good and Mean, to the degenerative valuation form of Good and Evil. In this case there is the concern with showing the Nietzsche's criticism as a will of power used to destroy the aegis of the winning moral, that of the Good and Evil, as a will of power used to destroy the aegis of the winning moral, that of the Good and Evil, constantly emphasizing the consensual judgment that there isn't in Nietzsche's own work a total disruption of the need and importance of a moral - what would be even an awful distortion of the Nietzschean philosophy -, but the purpose to allow new moral forms moral, this time no longer degenerative / Esta dissertação se concentra em explicitar o movimento denominado por Nietzsche de "Rebelião Escrava da Moral", travado ao longo da história do mundo ocidental, e que teve como figuras marcantes os difusores do Cristianismo. Pretendemos elucidar que a dita "Rebelião...", apresentada pela interpretação nietzschiana, reverteu o mundo trazendo e atiçando todos os sintomas de fraqueza humana, o que se torna claro em seus ataques mais intensos, redigidos em A Genealogia da Moral e O Anticristo. Tais contornos de fragilidade se agrupam em torno do conceito moral de Bom e Mau, concentrando-se na mensagem exposta pelo Cristianismo. Este trabalho pretende focar a passagem do modo de valoração de quando havia força, saúde no mundo, representado pelo Bom e Ruim, para o modo de valoração degenerativa do Bom e Mau. Há aqui a preocupação em mostrar a crítica de Nietzsche como uma vontade de poder posta para destruir a égide da moral vitoriosa, a do Bom e Mau, enfatizando, a todo instante, o juízo consensual de que não há, na própria obra de Nietzsche, um rompimento total da necessidade e da importância de uma moral- o que seria, inclusive, uma distorção horrenda da filosofia nietzschiana -, e, sim, o objetivo de possibilitar novos moldes morais, dessa vez não mais degenerativos
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