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A teia da feira: um estudo sobre a feira-livre de São Joaquim, Salvador, Bahia

Souza, Márcio Nicory Costa January 2010 (has links)
252 f. / Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2013-05-09T13:26:22Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_A TEIA DA FEIRA_MÁRCIO NICORY_2010.pdf: 5601005 bytes, checksum: 65a48bc9ca4339d481efb56487d74176 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Portela(anapoli@ufba.br) on 2013-05-17T17:53:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_A TEIA DA FEIRA_MÁRCIO NICORY_2010.pdf: 5601005 bytes, checksum: 65a48bc9ca4339d481efb56487d74176 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-17T17:53:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_A TEIA DA FEIRA_MÁRCIO NICORY_2010.pdf: 5601005 bytes, checksum: 65a48bc9ca4339d481efb56487d74176 (MD5) Previous issue date: 2010 / CNPq / À beira de uma “cidade-feira”, uma feira. Crescendo e aninhando uma teia com o Recôncavo da baía. Muitas embarcações numa rica fronteira líquida. Um incêndio. O relocamento. Outro lugar. Outro nome: São Joaquim. Rodovias. Supermercados e outras formas de abastecimento. Intervenções sanitárias. Ameaças de relocamento e “revitalização”. Tensões. Percebendo a Feira de São Joaquim enquanto um fenômeno de longa duração, como manifestação de um determinado passado de precursores: as relações mercantis, o sistema econômico do Recôncavo da Baía de Todos os Santos e as atividades e loci de inserção da população pobre, negra e migrante, o presente trabalho toma como objetivo compreender como se caracteriza a permanência da Feira no sentido de um espaço comercial, locus de aprovisionamento local e regional, tradicional, ante mudanças na rede geral de abastecimento na cidade de Salvador e nos hábitos comerciais, bem como enquanto herdeira simbólica e material das feiras do Sete e de Água de Meninos, refletindo as transformações na rede comercial aninhada ao Recôncavo da Bahia de outrora. Utilizando-se de variadas fontes (orais, iconográficas e textuais), procuramos mostrar que a Feira expressa a riqueza e complexidade sócio-econômica inscrita a sua enseada e referida a múltiplas espacialidades, territorialidades constituídas e constantemente reafirmadas entre os fios da teia de São Joaquim. Trocando com vários lugares, nutrindo e sendo nutrida por estes, a Feira tece sua malha comercial – configurando-se como matriz de todas as outras feiras-livres da cidade, promovendo o abastecimento de grande parte do mercado informal de Salvador. Mesmo o Recôncavo, que se estagnou, se mantém vivo nessas trocas. A Feira foi expressão do pulso acelerado e intenso em Água de Meninos, hoje é igualmente pulso, mas bate num compasso modesto no fluxo das transformações no Recôncavo e na sua cidade sítio, Salvador, lançando-se por outros tentáculos e nutrindo e sendo nutrida por outras relações. O processo histórico compele os feirantes, via resistência, à criação ou invenção de mecanismos de defesa e adaptação. A Feira não está imune ao “resto” da sociedade, inscreve-se num tecido social mais amplo. A Feira não é um resquício com validade expirada, mas se coloca numa formação histórica combinada, negociando com as diferentes forças expulsivas e forças aglutinadoras. Não é resíduo nem “caco”, mas totalidade simbiótica de modernidades ou temporalidades sedimentadas ou justapostas. A Feira, para existir na duração do tempo, tem que ter a capacidade de resistir. Isto é, ser capaz de mudar constantemente. / Salvador

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