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A iniciativa de Chiang Mai: alcances e limitações / The Chiang Mai initiative: reaches and limitations

Scarano, Paulo Rogério 03 June 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:20:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Paulo Rogerio Scarano.pdf: 2048190 bytes, checksum: 33a0f06df2db79357f59f0dbab92aed9 (MD5) Previous issue date: 2011-06-03 / The purpose of this work is to analyze the possibilities and limitations of the regional financial arrangement called Chiang Mai Initiative (CMI); a agreement among the Association of Southeast Asian Nations, Japan, China and South Korea (ASEAN+3), whose aim is to supply temporary funds to any of its members in need, to face an international context of high volatility of capital flows in which the lacking of proper mechanisms to provide liquidity could result in crises that could go beyond the boundaries of a particular nation. This interdisciplinary study, which shares topics with the areas of International Relations and International Political Economy, is fundamental to understand the scope and the difficulties involving regional financial agreements among different countries that frequently compete with each other and have a history of rivalry and territorial disputes. So the initial hypothesis about the reaches and limitations of Chiang Mai Initiative is that they are a result of the financial and economical interdependence, associated with the political differences between the countries of the ASEAN+3. This work starts with a short review on the International Monetary and Financial System and its institutions, particularly the role of the International Monetary Fund (IMF), since the Bretton Woods agreements until the current international financial architecture. It follows a discussion about how this architecture may be associated with the Asiatic Crises of 1997-98, basing the analysis on the vulnerability indicators of the countries affected by the crises and the actions taken by the IMF. The discontentment concerning the procedures of the international financial institutions favored the conditions necessary for the progress of the CMI. Such progress will be approached based on the analysis of the documentation produced at the ASEAN+3 Finance Ministers Meeting and the associated literature. After discussed the CMI institutional characteristics, this work explores the degree of economic integration between the countries of the region, using the data available by the local governments and the international organizations like the IMF, the World Bank and the United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD). It is also shown in this work that if in on hand the regional interdependence justifies a regional financial arrangement like the CMI, on the other hand the absence of a clear regional hegemony, the regional rivalries and a significant territorial disputes caused difficulties to establish a regional cooperation environment. The large accumulation of international reserves as a self protection mechanism among the East Asian nations illustrates their suspicious regarding a regional collective solution / O objetivo do presente trabalho é analisar as possibilidades e as limitações do arranjo financeiro regional denominado Iniciativa de Chiang Mai (CMI), acordado entre os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático, o Japão, a China e a Coréia (ASEAN+3). Trata-se de uma iniciativa regional para fazer frente às necessidades temporárias de divisas que um país-membro possa enfrentar, em um cenário internacional de grande volatilidade no fluxo de capitais, em que a ausência de mecanismos adequados e tempestivos de provisão de liquidez pode resultar em uma crise com poder para ultrapassar as fronteiras da nação inicialmente atingida. O estudo do tema, de caráter interdisciplinar entre as áreas de Relações Internacionais e da Economia Política Internacional, é fundamental para que se possam compreender os alcances e as dificuldades que envolvem um acordo para fornecimento de divisas entre países muito diferentes, que frequentemente competem entre si, e que possuem um histórico de rivalidades e disputas territoriais. Assim, parte-se da hipótese de que os alcances e as limitações da CMI são dados pela interdependência econômicofinanceira e pelas diferenças políticas entre os países associados à ASEAN+3. Para realizar o presente trabalho, parte-se de uma breve revisão da literatura sobre o Sistema Monetário e Financeiro Internacional e suas instituições, com ênfase no papel do Fundo Monetário Internacional (FMI), dos acordos de Bretton Woods até a atual configuração da arquitetura financeira internacional. Em seguida, o trabalho discute como tal arquitetura pode ser associada à natureza da Crise Asiática de 1997-98, analisando os indicadores de vulnerabilidade dos países afetados e a atuação do FMI. Mostra, assim, que o descontentamento com o encaminhamento dado pela institucionalidade financeira internacional criou o ambiente necessário para o avanço da CMI. Tal avanço será retratado a partir da análise da documentação produzida nas Reuniões dos Ministros das Finanças da ASEAN+3 e da literatura subsequente. Exposta a institucionalidade da CMI, o trabalho parte para uma análise exploratória do grau de integração econômica entre os países da região, a partir de dados disponibilizados pelos governos locais e por organizações internacionais como o FMI, o Banco Mundial e a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD). O trabalho mostra que, se por um lado o grau de interdependência regional justifica um arranjo financeiro regional como a CMI, e sua institucionalização é evidência disso, por outro lado, a inexistência de uma clara hegemonia na região, as rivalidades entre os países e a existência de disputas territoriais importantes criam dificuldades para a cooperação regional. O elevado acúmulo de reservas internacionais, como mecanismo individual de autoproteção generalizado entre os países do Leste Asiático, ilustra sua desconfiança em uma solução coletiva regional
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A iniciativa de Chiang Mai: alcances e limitações / The Chiang Mai initiative: reaches and limitations

Scarano, Paulo Rogério 03 June 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:53:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Paulo Rogerio Scarano.pdf: 2048190 bytes, checksum: 33a0f06df2db79357f59f0dbab92aed9 (MD5) Previous issue date: 2011-06-03 / The purpose of this work is to analyze the possibilities and limitations of the regional financial arrangement called Chiang Mai Initiative (CMI); a agreement among the Association of Southeast Asian Nations, Japan, China and South Korea (ASEAN+3), whose aim is to supply temporary funds to any of its members in need, to face an international context of high volatility of capital flows in which the lacking of proper mechanisms to provide liquidity could result in crises that could go beyond the boundaries of a particular nation. This interdisciplinary study, which shares topics with the areas of International Relations and International Political Economy, is fundamental to understand the scope and the difficulties involving regional financial agreements among different countries that frequently compete with each other and have a history of rivalry and territorial disputes. So the initial hypothesis about the reaches and limitations of Chiang Mai Initiative is that they are a result of the financial and economical interdependence, associated with the political differences between the countries of the ASEAN+3. This work starts with a short review on the International Monetary and Financial System and its institutions, particularly the role of the International Monetary Fund (IMF), since the Bretton Woods agreements until the current international financial architecture. It follows a discussion about how this architecture may be associated with the Asiatic Crises of 1997-98, basing the analysis on the vulnerability indicators of the countries affected by the crises and the actions taken by the IMF. The discontentment concerning the procedures of the international financial institutions favored the conditions necessary for the progress of the CMI. Such progress will be approached based on the analysis of the documentation produced at the ASEAN+3 Finance Ministers Meeting and the associated literature. After discussed the CMI institutional characteristics, this work explores the degree of economic integration between the countries of the region, using the data available by the local governments and the international organizations like the IMF, the World Bank and the United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD). It is also shown in this work that if in on hand the regional interdependence justifies a regional financial arrangement like the CMI, on the other hand the absence of a clear regional hegemony, the regional rivalries and a significant territorial disputes caused difficulties to establish a regional cooperation environment. The large accumulation of international reserves as a self protection mechanism among the East Asian nations illustrates their suspicious regarding a regional collective solution / O objetivo do presente trabalho é analisar as possibilidades e as limitações do arranjo financeiro regional denominado Iniciativa de Chiang Mai (CMI), acordado entre os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático, o Japão, a China e a Coréia (ASEAN+3). Trata-se de uma iniciativa regional para fazer frente às necessidades temporárias de divisas que um país-membro possa enfrentar, em um cenário internacional de grande volatilidade no fluxo de capitais, em que a ausência de mecanismos adequados e tempestivos de provisão de liquidez pode resultar em uma crise com poder para ultrapassar as fronteiras da nação inicialmente atingida. O estudo do tema, de caráter interdisciplinar entre as áreas de Relações Internacionais e da Economia Política Internacional, é fundamental para que se possam compreender os alcances e as dificuldades que envolvem um acordo para fornecimento de divisas entre países muito diferentes, que frequentemente competem entre si, e que possuem um histórico de rivalidades e disputas territoriais. Assim, parte-se da hipótese de que os alcances e as limitações da CMI são dados pela interdependência econômicofinanceira e pelas diferenças políticas entre os países associados à ASEAN+3. Para realizar o presente trabalho, parte-se de uma breve revisão da literatura sobre o Sistema Monetário e Financeiro Internacional e suas instituições, com ênfase no papel do Fundo Monetário Internacional (FMI), dos acordos de Bretton Woods até a atual configuração da arquitetura financeira internacional. Em seguida, o trabalho discute como tal arquitetura pode ser associada à natureza da Crise Asiática de 1997-98, analisando os indicadores de vulnerabilidade dos países afetados e a atuação do FMI. Mostra, assim, que o descontentamento com o encaminhamento dado pela institucionalidade financeira internacional criou o ambiente necessário para o avanço da CMI. Tal avanço será retratado a partir da análise da documentação produzida nas Reuniões dos Ministros das Finanças da ASEAN+3 e da literatura subsequente. Exposta a institucionalidade da CMI, o trabalho parte para uma análise exploratória do grau de integração econômica entre os países da região, a partir de dados disponibilizados pelos governos locais e por organizações internacionais como o FMI, o Banco Mundial e a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD). O trabalho mostra que, se por um lado o grau de interdependência regional justifica um arranjo financeiro regional como a CMI, e sua institucionalização é evidência disso, por outro lado, a inexistência de uma clara hegemonia na região, as rivalidades entre os países e a existência de disputas territoriais importantes criam dificuldades para a cooperação regional. O elevado acúmulo de reservas internacionais, como mecanismo individual de autoproteção generalizado entre os países do Leste Asiático, ilustra sua desconfiança em uma solução coletiva regional

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