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A avaliaÃÃo do desenvolvimento das competÃncias interpessoais na formaÃÃo do profissional de psicologia em cursos de psicologia de Fortaleza/Ce / Evaluation of interpersonal competencies development in the formation of psychology professionals in undergraduation courses in Fortaleza/CeFilipe de Menezes Jesuino 30 November 2016 (has links)
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / O tema da pesquisa foi a avaliaÃÃo do ensino/aprendizagem das competÃncias interpessoais na formaÃÃo do psicÃlogo em cursos de graduaÃÃo de Fortaleza/CE. A histÃria da formaÃÃo do profissional de Psicologia no Brasil se desenvolveu em paralelo com a prÃpria consolidaÃÃo do ofÃcio em profissÃo. Com o tempo, aprofundou a transposiÃÃo didÃtica desde as prÃticas e inclu-iu as competÃncias como objetivo de formaÃÃo nos cursos de graduaÃÃo por meio das diretrizes curriculares nacionais para cursos de graduaÃÃo em Psicologia, ao lado dos tradicionais saberes e habilidades. Dentre elas, destacam-se as competÃncias interpessoais tanto por serem impres-cindÃveis para a maioria das formas de atuaÃÃo do psicÃlogo quanto porque elas produzem difi-culdades educacionais, uma vez que contrariam os objetivos tradicionais e as formas clÃssicas de conduzir o ensino-aprendizagem. Soma-se a isso a imprecisÃo das definiÃÃes de competÃncia pelas teorias educacionais, o desgaste em seu uso produzido pelas perspectivas divergentes e a profunda carÃncia de estudos acerca de como se deve avaliÃa-las, sobretudo no curso de Psico-logia, em que sÃo objetivo de formaÃÃo central. Diante desse contexto, delimitou-se como obje-tivo geral: esclarecer a forma como professores de cursos de Psicologia da cidade de Fortale-za/CE avaliam o desenvolvimento das competÃncias interpessoais dos estudantes de graduaÃÃo em Psicologia no contexto da transposiÃÃo didÃtica das diretrizes curriculares nacionais para os cursos de psicologia. Como objetivos especÃficos, pretendeu-se identificar as compreensÃes de competÃncias interpessoais e avaliaÃÃo que fundamentam o trabalho avaliativo dos professores, esclarecer as relaÃÃes entre as formas de avaliaÃÃo vividas no processo de ensino-aprendizagem nos cursos de graduaÃÃo em Psicologia e as concepÃÃes educacionais vinculadas aos objetivos contemporÃneos de formaÃÃo e identificar respostas inovadoras e dificuldades vividas pelos docentes em suas prÃticas. A fundamentaÃÃo teÃrica teve como cerne as produÃÃes de Philip-pe Perrenoud sobre avaliaÃÃo, competÃncias e pedagogia diferenciada, amparado pela epistemo-logia reflexiva de John Dewey e Donald SchÃn. O mÃtodo escolhido foi a entrevista compre-ensiva com professores, admitindo a intencionalidade como critÃrio de inclusÃo. Foram grava-das e transcritas dez entrevistas com professores psicÃlogos. Em seguida, as entrevistas foram interpretadas de acordo com o mÃtodo hermenÃutico-fenomenolÃgico derivado da filosofia de Paul Ricoeur. Esse mÃtodo exige uma compreensÃo inicial e mais espontÃnea seguida de uma explicaÃÃo, fundamentada em uma teoria genÃtica e/ou estrutural e concluÃda por meio de uma nova compreensÃo. Diante da falta de uma teoria educacional apropriada para a explicaÃÃo do desenvolvimento das competÃncias interpessoais, recorreu-se à Psicologia AnalÃtica de Jung para complementar o suporte teÃrico. Os resultados foram organizados em sete eixos significa-tivos relacionados Ãs concepÃÃes e prÃticas avaliativas de competÃncias interpessoais relatados pelos professores: avaliaÃÃo, avaliaÃÃo reguladora, competÃncias, prÃtica reflexiva, desenvol-vimento formal das competÃncias interpessoais, critÃrios para a avaliaÃÃo reguladora, praticum e ensejo de experiÃncias, desafios para a regulaÃÃo e diferenciaÃÃo das prÃticas e insatisfaÃÃo com as prÃticas atuais. A anÃlise permitiu compreender e demonstrar que os professores exercitam prÃticas bastante refinadas de avaliaÃÃo reguladora em seu ofÃcio. Tais prÃticas, todavia, se fun-dam sobretudo em concepÃÃes e metas traÃadas de modo individual e informadas pelos saberes e competÃncias de profissÃo. Hà uma distÃncia, pois, entre as prÃticas dos professores e o saber pedagÃgico, o que produz uma sÃrie de dificuldades como frustraÃÃes, cansaÃo, falta de oportu-nidades, inibiÃÃo das prÃticas reguladoras e um sentimento de insatisfaÃÃo com o trabalho cole-tivo da formaÃÃo. Foi apresentada como resultado a possibilidade de que as ferramentas referi-das pelos professores possam auxiliar em uma mudanÃa do planejamento pedagÃgico e, ao mesmo tempo, receber da ciÃncia da educaÃÃo um contributo para seu exercÃcio.
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