Made available in DSpace on 2016-06-02T20:39:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 6156.pdf: 2830785 bytes, checksum: fbd1b4b1ed811578383e17ed48bf4494 (MD5) Previous issue date: 2014-03-10 / Universidade Federal de Minas Gerais / Esta dissertação apresenta reflexões sobre como novas relações homoeróticas masculinas passaram a ser criadas por meio do uso de mídias digitais, em especial, como e sob quais critérios se dá a busca de parceiros nos bate-papos da internet voltados para o público de uma cidade média do interior paulista. Mostro em especial as formas como as diferenças de raça são articuladas e negociadas. Além de contribuir para compreender como estas relações se dão fora dos grandes centros, nos quais historicamente se concentram as pesquisas sobre (homo)sexualidades, este trabalho busca auxiliar no delineamento das características do armário na sociedade brasileira contemporânea. A disseminação do uso da internet possibilitou novas formas de interação para as pessoas que buscam se relacionar homoeroticamente mantendo uma imagem heterossexual na vida pública. Dessa forma, um novo regime de visibilidade emergiu, e no contexto sancarlense ele parece ser menos rígido do que a compreensão clássica do armário , de que estaria regulando ferreamente o espaço público e o privado de forma a manter o primeiro associado à heterossexualidade relegando as relações homossexuais à vida íntima e, em geral, em segredo. Este trabalho faz uma articulação entre trabalho etnográfico online e também face a face, no qual acompanhei sete colaboradores de pesquisa em seus cotidianos, que compreende interações que duraram de dois a dezoito meses, transcendendo a tarefa de observar os discursos nas textualizações dos sujeitos nos bate-papos as corporalidades (articulação do corpo/subjetividade), da importância das mídias digitais em especial os bate-papos em seus cotidianos e como fazem o uso destas plataformas em um contexto de negociação das visibilidades, e busco apresentar como os critérios de seleção de parceiros amorosos e sexuais são marcados pelas diferenças como a de raça , sendo essa, indissociável de uma gramática erótica/racial nacional.

Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2018-08-24T12:59:03Z No. of bitstreams: 1 MicheleDeFreitasFariaDeVasconcelos.pdf: 1070236 bytes, checksum: fdd93cbab038987b21829f4ef4beaed8 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2018-08-24T14:38:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1 MicheleDeFreitasFariaDeVasconcelos.pdf: 1070236 bytes, checksum: fdd93cbab038987b21829f4ef4beaed8 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-24T14:38:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MicheleDeFreitasFariaDeVasconcelos.pdf: 1070236 bytes, checksum: fdd93cbab038987b21829f4ef4beaed8 (MD5) / A pesquisa qualitativa em questão teve como objetivo cartografar modos de subjetivação de relações homoeróticas num Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) que compõe a rede de saúde mental de Aracaju-Se. Para sua realização, usamos procedimentos de descrição densa, respaldando-nos, no método etnográfico. Além disso, lançamos mão de estratégias de análise e de interferência no campo pesquisado, inspirando-nos nas discussões da escola francesa de análise institucional e em questões propostas pelo método cartográfico. O tipo de análise dos dados produzidos no campo compôs com a vertente de análise do discurso de perspectiva foucaultiana. Ao longo da tessitura, por entre linhas enredadas e tortuosas, os desenhos produzidos iam indicando que as formas hegemônicas de subjetivação de relações homoeróticas que atravessam as sociedades capitalísticas e, em particular, as culturas aracajuanas bem como o CAPS analisado, articulam-se a um certo modo - o qual tende a ser naturalizado - de subjetivar o ‘outro’. Essas linhas imprevisíveis, formadoras do inusitado, ampliavam, assim, nosso problema inicial: a análise dos modos de subjetivação de relações homoeróticas solicitava a análise das formas de subjetivar o diferente e a diferença. Além disso, como pesquisa-interferência, as análises apontavam outras direções, outras formas de tradução e de relação com o ‘outro’ e a alteridade, formas, inclusive, ainda por vir.