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Este trabalho nasceu da minha experiência clínica e da necessidade de melhor entendimento do que acontece no ambiente terapêutico e que afeta tanto o terapeuta quanto o paciente. A utilização do método psicanalítico justifica-se por firmar-se na investigação de processos psíquicos, o que auxilia no entendimento das relações transferenciais ocorridas entre o terapeuta e o paciente. Passaremos pela compreensão dos fenômenos transferência-contratransferência e sua trajetória histórica. Também se faz presente a discussão sobre a relacionalidade que existe entre terapeuta e paciente. O vínculo, tão importante para a percepção dos sinais apresentados pelo paciente, deve ser estabelecido nessa relação. O tripé psicanalítico, base de sustentação para o terapeuta, também é discutido e reafirmada a sua importância para a manutenção da saúde mental do terapeuta. Consideramos, também, a relacionalidade no âmbito teológico. O ser humano como ser criado por Deus para relacionar-se. A perda dessa relacionalidade natural e suas consequências nas relações humanas. Trataremos a maneira pela qual o ser humano pode restaurar essa relacionalidade perdida. Ao final será discutido a correspondência existente entre psicanálise e teologia. O terapeuta como ser criado possui a responsabilidade pelo cuidado do outro e também precisa de cuidados. A psicanálise e a teologia dialogam para auxiliá-lo nesse processo. / This paper was born from my clinical experience and from the need of a better comprehension of what happens in the therapeutic environment which affects the therapist as well as the patient. The use of the psychoanalytic methodology is justified because it is based on the investigation of psychic processes, which helps understand the transferencial relations which take place between the therapist and the patient. We will cover the comprehension of the transference-countertransference phenomena and their historical trajectory. Also present is the discussion about the relational nature which exists between the therapist and the patient. The connection, so important for the perception of the signs presented by the patient, must be established in this relation. The psychoanalytical tripod, the sustaining base for the therapist, is also discussed and its importance is reaffirmed for the maintenance of the mental health of the therapist. We also consider the relational nature in the theological ambience: the human being as a being created by God in order to relate; the loss of this natural relational nature and its consequences in human relations. We will deal with the way the human being can restore this lost relational nature. At the end, the correspondence which exists between psychoanalysis and theology will be discussed. The therapist as a created being has the responsibility for caring for the other and also needs to be cared for. Psychoanalysis and theology dialog to help this person in this process.