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Sem saída: a impossibilidade da ficção e a necessidade do real em Quatro-Olhos, de Renato PompeuSantos, Paulo Guilhermino dos 28 May 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-05-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Na literatura moderna são cada vez mais recorrentes o autoquestionamento literário e a presença de marcas autobiográficas no corpo da narrativa. Partindo dessa percepção, este trabalho tem por objetivo analisar o romance Quatro-Olhos (1976), de Renato Pompeu, observando como nele se manifestam esses dois elementos aparentemente distintos. Por um lado, a metaficção que desvela os bastidores da própria obra, serve para reforçar as impossibilidades que incapacitam a narrativa de se concluir; por outro, os traços autobiográficos, profundamente fincados no contexto sociopolítico, evidenciam uma profunda necessidade de escrever. É justamente a partir desse ponto de conflito entre necessidade de ficcionalizar e impossibilidade de fazê-lo que o romance de Renato Pompeu se constrói, representando os dilemas e dificuldades que permearam a escrita ficcional no contexto da ditadura civil-militar (1964-1985). No desenvolvimento de nosso estudo, utilizamos a proposta analítica de Antonio Candido (2006; 1993) a fim de ressaltar a maneira como o contexto social da época é internalizado na obra. Para isso, também nos ancoramos nos estudos de Gustavo Bernardo (2010), Gérard Genette (2003), Lucien Dällenbach (1979), Philippe Lejeune (2014), Seligmann-Siva (2003), Luzia de Maria (2005), entre outros teóricos.
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O nonsense revisitado: a estética de ruptura de Edward Lear em diálogo com o contemporâneo de Renato Pompeu em Quatro-olhosGranato, Fernanda Marques 06 October 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-10-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This dissertation has as its aim to retrieve the concept of the nonsense genre
with the purpose of testing the hypothesis of a possible dialogue between
texts from two literary works of different characteristics and of different times:
Viagem numa peneira, by Edward Lear (1846), and Quatro-olhos, by
Renato Pompeu (1976). The studies carried out were able to ascertain that,
among the analyzed texts, there are traces that make possible not only to
bring the two closer together, but also to do a reinterpretation of the nonsense
genre in the context of the literary contemporaneity. In order to develop this
proposal, we have elected a few authors that give support to the analysis of
the fictional works, such as: Aristotle (2011) and Croce (1995), on genre;
Sewell (1952), Stewart (1978), Ede (1987) and Tigges (1988), on nonsense;
Huizinga (2010), on game; Watt (2010) and Lukács (2009) on novel;
Nikolayeva (2011), on illustration; Pignatari (2011) and Huxley (1948), on
poetry; and Agamben (2009), on the contemporaneity. Departing from a
historic conceptual recover, our attention is drawn to the perspective of
confirmation of the hypothesis about the nonsense literary genre, its
connection to the Victorian ages and the reverberations that the referred
genre has brought to our contemporaneity, and specially to the novel by
Renato Pompeu, leaving as credit the tendency for the fragmentation of the
narrative / Esta pesquisa tem por objetivo resgatar o conceito do gênero nonsense com
a finalidade de testar a hipótese de um possível diálogo entre textos de duas
obras de características e épocas distintas: Viagem numa peneira, de
Edward Lear (1846) e Quatro-olhos, de Renato Pompeu (1976). Os estudos
realizados permitem comprovar que, entre os textos analisados, existem
traços que possibilitam não apenas aproximá-los, mas também realizar uma
reinterpretação do gênero nonsense no contexto da contemporaneidade
literária. Para o desenvolvimento do trabalho, elegemos alguns teóricos que
dão suporte à análise das obras ficcionais, são eles: Aristóteles (2011) e
Croce (1995), sobre gênero; Sewell (1952), Stewart (1978), Ede (1987) e
Tigges (1988), sobre nonsense; Huizinga (2010), sobre o lúdico e o jogo;
Watt (2010) e Lukács (2009), sobre a teoria do romance; Nikolayeva (2011),
sobre a ilustração; Pignatari (2011) e Huxley (1948), sobre a poesia; e
Agamben (2009), sobre o contemporâneo. A partir de uma retomada
histórico-conceitual, nossa atenção volta-se para a perspectiva de
comprovação da hipótese sobre o gênero nonsense, sua ligação com a era
vitoriana e as reverberações que o referido gênero traz para a nossa
contemporaneidade e, em especial, para o romance de Renato Pompeu,
deixando como saldo a tendência para a fragmentação narrativa
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[en] POLITICS OF TIME: THRESHOLDS OF THE MODERN AND THE CONTEMPORARY IN BRAZILIAN LITERATURE / [pt] POLÍTICAS DO TEMPO: LIMIARES DO MODERNO E DO CONTEMPORÂNEO NA LITERATURA BRASILEIRAMIGUEL BEZZI CONDE 05 May 2021 (has links)
[pt] Os ensaios reunidos nesta tese se voltam sobre diferentes ficções, poemas e ensaios críticos brasileiros com a intenção de examinar suas respectivas políticas do tempo. Como ponto de partida, esses textos compartilham a ideia de que modernismo, pós-modernismo, contemporâneo e termos afins são empregados no debate crítico brasileiro de maneira a designar não apenas períodos distintos no
tempo, mas também modos distintos de estar no tempo. A discussão de alguns momentos decisivos do debate pós no Brasil procura demonstrar esse pressuposto, examinando textos de Haroldo de Campos, Silviano Santiago e Idelber Avelar, entre outros. Por outro lado, a leitura de textos de Murilo Rubião,
Renato Pompeu e Ferreira Gullar permite tensionar os contrastes propostos por esses críticos, dando a ver temporalidades que não se enquadram bem nas categorias por eles formuladas. A atenção aos diferentes modos de figuração, organização e escansão do tempo nos textos estudados ressalta o potencial de
invenção de outras historicidades por meio da criação literária. Política, nesse sentido, é a possibilidade de entrever ou experimentar no tempo literário outras possibilidades para o tempo histórico em que ele ou seu leitor se inscrevem. Concentrando-se em textos publicados entre os 1940 e os 1970 no Brasil, os
ensaios buscam fugir às demarcações mais usuais do moderno, pós-moderno ou contemporâneo no debate crítico brasileiro. Em vez de circunscrever um período pré, pós ou de transição entre dois momentos, a tese propõe a constituição de um limiar, que borra os contornos dessas fronteiras historiográficas. / [en] The essays collected in this thesis consider the politics of time of different
Brazilian fictions, poems and critical texts. These essays share the premise that
modernism, post-modernism, contemporary and similar terms are used in
Brazilian critical and historiographical debates not only to designate periods
chronologically distinct in time, but also distinct ways of being in time. The
discussion of some decisive moments in the post debates in Brazil tries to
demonstrate this point, examining texts by Haroldo de Campos, Silviano Santiago
and Idelber Avelar, among others. On the other hand, critical readings of works by
Murilo Rubião, Renato Pompeu and Ferreira Gullar aim to question the contrasts
drawn by these critics, considering temporalities that do not fit well into the
categories they formulate. Attention to different practices of figuration,
organization and escansion of time in the literary texts under consideration
highlights the potential for the invention of other historicities by means of literary
creation. Political, in this sense, is the possibility of intuiting or experiencing in
literary texts new possibilities for one s own historical time. Focusing in texts
published between the 1940s and the 1970s in Brazil, these essays look to
reconsider usual periodizations of the modern, the post-modern and the
contemporary in Brazilian critical debates. Instead of circumscribing a period
pre, post or of transition between two moments, the thesis aims to build a
threshold, a zone of proximity which fades the outlines of these historiographical
frontiers.
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