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Entre a feira e o teatro : a dinâmica dos repentistas em Pernambuco (1900-1948)FILGUEIRA, Cícero Renan Nascimento 08 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-08 / The “repente de viola” underwent modifications in its mechanism of action between the
end of the nineteenth century until around the beginning of the 1950s, identified, thus,
in a series of changes that corroborated for a project of professionalization of the
“repentista”. For the analysis and construction of the narrative of how this process took
place, it was necessary to create a dialogue between scarce sources (periodicals,
writings of folklorists and “folhetos”) and the historiography of Cultural History,
especially authors such as Roger Chartier, Michel de Certeau, Carlo Ginzburg and
Pierre Bourdieu. Several moments of rupture were identified in the practice of the
"repentista". In a still quite ruralized moment, here called "Classical Generation of
Cantadores", it was seen the annexation of new metrical genres, the victory of the viola
among other instruments and the solidification of fixed poet pairs, leading, thus, to the
canonical forms of the "cantoria pé-de-parede". From the 1920s onwards a sharp
migration of “repentistas” to large cities was identified, in which this moment of arrival
was seen by three optics: the works of the folklorists in defense of the “cantador” as a
symbol of a rising Nordeste and how they represented those In their works; The
reconstruction of the “cantadores” daily life among the markets and streets of Recife in
the newspapers, especially during the 1930s and early 1940s; Finally, on the covers of
the “folhetos” circulating in this period, changes were made between the representations
of the “cantadores” between the fairs and the theaters. For the construction of the new
field of the “repentista” in the 1940s, the emergence of the "Modern Generation of
Cantadores" was discerned from biographical studies, which gained a series of new
characteristics that led the fairs “repentistas” to the big stages. Before this, it is analyzed
the process that took place before the construction of the First Congress of “Cantadores
do Nordeste”, based on the analysis of the experiences of Ariano Suassuna in the first
"official" “cantoria” of Recife and the first congresses with media success organized by
the journalist and poet Rogaciano Leite. / O repente de viola passou por modificações no seu mecanismo de atuação entre o fim do século XIX até por volta do início de 1950, identificadas, assim, em uma série de mudanças que corroborou para um projeto de profissionalização do repentista. Para a análise e construção da narrativa de como esse processo se deu foi necessário criar um diálogo entre fontes escassas (periódicos, escritos de folcloristas e folhetos) e a historiografia da História Cultural, em especial autores como Roger Chartier, Michel de Certeau, Carlo Ginzburg e Pierre Bourdieu. Foram identificados vários momentos de rupturas e continuidades na prática dos repentistas. Em um momento ainda bastante
ruralizado, aqui chamado de “Geração Clássica de Cantadores”, viu-se a anexação de
novos gêneros métricos, a vitória da viola dentre outros instrumentos e a solidificação
de duplas de poetas fixas levando, assim, às formas canônicas da cantoria pé-de-parede.
A partir da década de 1920 é identificada uma migração acentuada de repentistas para as
grandes cidades, na qual esse momento de chegada foi visto por três óticas: os trabalhos
dos folcloristas em defesa do cantador como símbolo de um Nordeste que surgia e como
estes representavam aqueles em suas obras; a reconstrução do cotidiano dos cantadores
entre os mercados e ruas do Recife pelos jornais, principalmente ao longo dos anos
1930 e início da década de 1940; por fim, nas capas dos folhetos em circulação neste
período foi identificada mudanças das representações dos cantadores entre as feiras e os
teatros. Para a construção do novo campo dos repentistas na década de 1940, foi
discernido, a partir de estudos biográficos, o surgimento da “Geração Moderna de
Cantadores”, que ganhou uma série de novas características que levou os repentistas das
feiras aos grandes palcos. Diante disto, analisa-se o processo ocorrido até a construção
do I Congresso de Cantadores do Nordeste alicerçado na analisada das experiências de
Ariano Suassuna na primeira cantoria “oficial” do Recife e os primeiros congressos de
sucesso midiático organizados pelo jornalista e poeta Rogaciano Leite.
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