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Entre a feira e o teatro : a dinâmica dos repentistas em Pernambuco (1900-1948)

FILGUEIRA, Cícero Renan Nascimento 08 March 2017 (has links)
Submitted by Mario BC (mario@bc.ufrpe.br) on 2017-05-26T13:20:32Z No. of bitstreams: 1 Cicero Renan Nascimento Filgueira.pdf: 3675294 bytes, checksum: 45d5b7244edd6b994169907663fb054e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-26T13:20:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Cicero Renan Nascimento Filgueira.pdf: 3675294 bytes, checksum: 45d5b7244edd6b994169907663fb054e (MD5) Previous issue date: 2017-03-08 / The “repente de viola” underwent modifications in its mechanism of action between the end of the nineteenth century until around the beginning of the 1950s, identified, thus, in a series of changes that corroborated for a project of professionalization of the “repentista”. For the analysis and construction of the narrative of how this process took place, it was necessary to create a dialogue between scarce sources (periodicals, writings of folklorists and “folhetos”) and the historiography of Cultural History, especially authors such as Roger Chartier, Michel de Certeau, Carlo Ginzburg and Pierre Bourdieu. Several moments of rupture were identified in the practice of the "repentista". In a still quite ruralized moment, here called "Classical Generation of Cantadores", it was seen the annexation of new metrical genres, the victory of the viola among other instruments and the solidification of fixed poet pairs, leading, thus, to the canonical forms of the "cantoria pé-de-parede". From the 1920s onwards a sharp migration of “repentistas” to large cities was identified, in which this moment of arrival was seen by three optics: the works of the folklorists in defense of the “cantador” as a symbol of a rising Nordeste and how they represented those In their works; The reconstruction of the “cantadores” daily life among the markets and streets of Recife in the newspapers, especially during the 1930s and early 1940s; Finally, on the covers of the “folhetos” circulating in this period, changes were made between the representations of the “cantadores” between the fairs and the theaters. For the construction of the new field of the “repentista” in the 1940s, the emergence of the "Modern Generation of Cantadores" was discerned from biographical studies, which gained a series of new characteristics that led the fairs “repentistas” to the big stages. Before this, it is analyzed the process that took place before the construction of the First Congress of “Cantadores do Nordeste”, based on the analysis of the experiences of Ariano Suassuna in the first "official" “cantoria” of Recife and the first congresses with media success organized by the journalist and poet Rogaciano Leite. / O repente de viola passou por modificações no seu mecanismo de atuação entre o fim do século XIX até por volta do início de 1950, identificadas, assim, em uma série de mudanças que corroborou para um projeto de profissionalização do repentista. Para a análise e construção da narrativa de como esse processo se deu foi necessário criar um diálogo entre fontes escassas (periódicos, escritos de folcloristas e folhetos) e a historiografia da História Cultural, em especial autores como Roger Chartier, Michel de Certeau, Carlo Ginzburg e Pierre Bourdieu. Foram identificados vários momentos de rupturas e continuidades na prática dos repentistas. Em um momento ainda bastante ruralizado, aqui chamado de “Geração Clássica de Cantadores”, viu-se a anexação de novos gêneros métricos, a vitória da viola dentre outros instrumentos e a solidificação de duplas de poetas fixas levando, assim, às formas canônicas da cantoria pé-de-parede. A partir da década de 1920 é identificada uma migração acentuada de repentistas para as grandes cidades, na qual esse momento de chegada foi visto por três óticas: os trabalhos dos folcloristas em defesa do cantador como símbolo de um Nordeste que surgia e como estes representavam aqueles em suas obras; a reconstrução do cotidiano dos cantadores entre os mercados e ruas do Recife pelos jornais, principalmente ao longo dos anos 1930 e início da década de 1940; por fim, nas capas dos folhetos em circulação neste período foi identificada mudanças das representações dos cantadores entre as feiras e os teatros. Para a construção do novo campo dos repentistas na década de 1940, foi discernido, a partir de estudos biográficos, o surgimento da “Geração Moderna de Cantadores”, que ganhou uma série de novas características que levou os repentistas das feiras aos grandes palcos. Diante disto, analisa-se o processo ocorrido até a construção do I Congresso de Cantadores do Nordeste alicerçado na analisada das experiências de Ariano Suassuna na primeira cantoria “oficial” do Recife e os primeiros congressos de sucesso midiático organizados pelo jornalista e poeta Rogaciano Leite.

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