Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-09-12T18:02:52Z No. of bitstreams: 0 / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-09-13T13:05:09Z (GMT) No. of bitstreams: 0 / Made available in DSpace on 2017-09-13T13:05:09Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2016-12-02 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta pesquisa articula a prática docente às concepções pedagógicas que marcam a especificidade da Educação de Jovens e Adultos do ensino fundamental nos anos finais. Dessa maneira, propõe a elaboração e aplicação de uma sequência de atividades, voltada para uma turma da Fase VIII de uma escola pública municipal de Juiz de Fora, partindo de práticas de linguagem ancoradas no gênero textual relato de experiência vivida. Seu objetivo principal é democratizar a memória de alunos da EJA, contribuindo para a reavaliação e o deslocamento de estigmas sociais (ARROYO, 2005) acerca desse público, que o tratam, a priori, como repetente, evadido, defasado, acelerável, excluindo-se dimensões da condição humana desses alunos, básicas para o processo educacional. De forma específica, propicia a reflexão sobre o sistema linguístico e sobre os usos da língua em sua modalidade oral e escrita, analisando o fenômeno gramatical/discursivo dos operadores que permitem a progressão textual (KOCH, 2015). As bases teóricas que fundamentam a proposta se encontram, principalmente, nas discussões acerca da educação de jovens e adultos (FREIRE, 1980, 1981, 1987; VENTURA; RUMMERT, 2011; SAMPAIO, 2009; CARRANO, 2007), sobre as abordagens dos gêneros discursivos (BAKHTIN, 1997; SCHNEUWLY; DOLZ, 2004; BRONCKART, 2012), e a respeito da análise linguística e do ensino reflexivo de gramática (MENDONÇA, 2006; BEZERRA; REINALDO, 2013; ANTUNES, 2014). A pesquisa considera também reflexões em relação às práticas de memória e ao patrimônio na perspectiva da diversidade (POLLAK, 1999; BOSI, 2003; ANDRADE, 2010). Os resultados da intervenção apontam avanços significativos no uso dos marcadores responsáveis pela progressão textual e, acima de tudo, na autonomia dos alunos no processo de investigação de fenômenos da língua. Além disso, ao se instituírem como narradores de suas próprias experiências de vida, os alunos foram capazes de assegurar laços sociais perdidos na contemporaneidade. / This research articulates the teaching practice to the pedagogical concepts that characterize the specificity of Youth and Adult Education (EJA) in Basic Education during the final years. Thus, it proposes the development and implementation of a sequence of activities, directed to a group of the Eighth Phase of a public municipal school in Juiz de Fora, from anchored language practices in the genre report on life experience. Its main objective is to democratize the memory of students from EJA, contributing to the review and the displacement of social stigmas (ARROYO, 2001) about this public, who treat it, a priori, as repeating, evaded, outdated and accelerable, excluding dimensions of the human condition of these students, basic to the educational process. Specifically, it has allowed the reflection on the linguistic system and the language used in oral and written form, analyzing the grammar / discursive phenomenon of the operators that allow textual progression (KOCH, 2015). The theoretical basis underlying the proposal has been based mainly in discussions of youth and adult education (FREIRE, 1980, 1981, 1987; VENTURA; RUMMERT, 2011; SAMPAIO, 2009; CARRANO, 2007), on the approaches of discursive genres (BAKHTIN, 1997; SCHNEUWLY; DOLZ, 2004; BRONCKART, 2012) and on the respect of linguistic analysis and reflective teaching grammar (MENDONÇA, 2006; BEZERRA; REINALDO, 2013; ANTUNES, 2014). The research has also found reflections in relation to memory practices and heritage from the perspective of diversity (POLLAK, 1999; BOSI, 2003; ANDRADE, 2010) .The intervention results have shown significant advances in the use of markers responsible for the textual progression and, above all, the autonomy of the students in the investigative process of language phenomena. Furthermore, by instituting them as narrators of their own life experiences, the students were able to secure social bonds lost in contemporaneity.