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Fatores que influenciam o tempo de decisão de homens e mulheres com infarto do miocárdio para a procura de atendimento médico

Damasceno, Carla Almeida 29 April 2010 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2016-08-22T18:01:01Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_ Enf_ Carla Almeida Damasceno.pdf: 1174209 bytes, checksum: 457a97a9f762248b08180a42e835b0b0 (MD5) / Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2016-08-31T11:49:53Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_ Enf_ Carla Almeida Damasceno.pdf: 1174209 bytes, checksum: 457a97a9f762248b08180a42e835b0b0 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-31T11:49:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_ Enf_ Carla Almeida Damasceno.pdf: 1174209 bytes, checksum: 457a97a9f762248b08180a42e835b0b0 (MD5) / Introdução: O retardo para a decisão da procura de atendimento médico diante do infarto do miocárdio (IAM) é entrave para o recebimento dos benefícios das terapêuticas de reperfusão miocárdica. Objetivo geral: Analisar, para homens (H) e mulheres (M) que sofreram IAM, a influência de fatores socioeconômicos, clínicos, ambientais, cognitivos e emocionais no tempo de decisão para procura de atendimento médico (TD). Objetivos específicos: Identificar o TD para os gêneros; descrever, para eles, os fatores socioeconômicos, clínicos, ambientais, cognitivos e emocionais que influenciam no TD; verificar se os gêneros são modificadores da relação entre TD e esses fatores. Metodologia: Estudo analítico, de corte transversal, realizado em dois hospitais públicos, referência para atendimento em cardiologia, em Salvador/BA. Cem pessoas com diagnóstico médico de IAM, orientadas no tempo e espaço, foram entrevistadas. O TD foi analisado pela média geométrica (MG). Para analisar a associação entre esses fatores e os gêneros empregou-se o teste Q-quadrado e o teste Exato de Fisher. Para verificar a influência desses fatores no TD e se os gêneros constituíram variável modificadora das associações de interesse, empregou-se o modelo de regressão linear robusto. A significância estatística adotada para todos os testes foi de 5%, enquanto que, para análise da interação, adotou-se valor de p≤ 0,10. Resultados: A média de idade para as mulheres foi de 58,97 anos ± dp12,10 e dos homens de 58,70 anos ± dP11,08. A maioria da amostra era da raça/cor negra (71%), casada (75%), tinha até o 1º grau (69%), recebia até 3 salários mínimos (63%), economicamente ativa (67%) e procedente de Salvador/BA (70%). Não houve associação significante entre os gêneros e essas variáveis. A MG para TD foi de 1,06h e, respectivamente, para H e M de 0,9h e 1,4h. Não se observou associação significante entre TD e os fatores socioeconômicos. Entre os fatores clínicos observouse associação significante para indivíduos: tabagistas (TD=0,5h) em relação a não tabagistas (TD=1,3h), com dor no pescoço (TD=2,4h) e mandibular (TD=4,2h), em relação aos que não as tiveram (respectivos TD=0,9h; TD=1,0h); com dor constante (TD=0,7h) em relação a dor inconstante (TD=2,7h); com dor leve (TD=6,6h) em relação a moderada e intensa (TD=2,1h e 0,6h, respectivamente). Quanto aos fatores cognitivos e emocionais, verificou-se associação significante para os participantes que: consideraram graves os sintomas (TD=0,8h) em relação aos que não perceberam gravidade (TD= 2,0h), procuraram imediatamente um serviço de saúde (TD=0,1h) em relação aos que retardaram essa decisão (TD=1,9h), esperaram a melhora dos sintomas (TD= 2,2h) e tomaram algo para melhorar (TD=1,9h) em relação aos que não tiveram essas iniciativas (TD respectivos de 0,2h e 0,5h). Com a piora dos sintomas, notou-se associação significante para os que tomaram algo para melhorar (TD=13,8h) e esperaram a sua melhora (TD=17,0h) em relação aos que não adotaram essas ações (TD=1,8 e 1,9h). Quanto aos fatores ambientais, encontrou-se associação significante para as pessoas em casa no início dos sintomas (TD= 1,3h) em relação às que estavam no trabalho (TD=1,4h) ou via pública (TD=0,3h). O gênero foi potencial modificador das associações entre TD e viver acompanhado (p=0,066), tabagismo (p=0,017); presença de dor no pescoço (p=0,011) e mandibular (p=0,000); esperar a melhora dos sintomas (p=0,014), ocultar os sintomas (p=0,016); pedir ajuda a alguém na piora dos sintomas (p=0,050); ter companheiro (a) (p=0,012) e filhos (p=0,106) como pessoa no entorno. Conclusões: Homens e mulheres apresentaram TD elevados para a procura de atendimento médico. Alguns fatores de natureza clínica, cognitiva, emocional e ambiental foram associados a maior TD, e o gênero foi potencial modificador da relação entre TD e esses fatores. O conhecimento obtido oferece subsídios para práticas de cuidar focalizadas na especificidade desses fatores e dos gêneros, a fim de que se possa obter êxito na redução do TD para a procura de atendimento médico.

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