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Infecção experimental de camundongos BALB/c com herpesvírus felino tipo 1 (FHV-1) e avaliação terapêutica de diferentes compostos antivirais / Experimental infection of BALB/c mice with feline herpesvirus type 1 (FHV-1) and therapeutic evaluation of different antiviral compoundsSilva, Débora Scopel e 27 September 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-09-27 / O herpesvírus felino tipo 1 (FHV-1) afeta principalmente o trato respiratório superior, provocando rinite, ceratite ulcerativa e conjuntivite, mas é capaz de promover doença sistêmica, provocando pneumonia, necrose hepática, emaciação, abortos e dermatite. O tratamento é sintomático, pois não há um antiviral específico contra o FHV-1. Dessa forma, a pesquisa por compostos antivirais com atividade específica contra o FHV-1 é urgente e necessária. No entanto, pesquisas tendo o gato como modelo experimental são difíceis de serem conduzidas por envolverem questões éticas e humanitárias. O camundongo é um modelo experimental amplamente utilizado na medicina humana e veterinária, mas até o momento não há relatos sobre a infecção experimental de camundongos com o FHV-1. O presente estudo objetivou utilizar camundongos BALB/c como modelos experimentais para reproduzir a infecção pelo FHV-1 e avaliar a eficácia antiviral de diferentes compostos in vivo. Três grupos de 14 animais cada foram infectados e tratados com ganciclovir, lactoferrina e o peptídeo P34. Um grupo de 14 animais, grupo controle positivo, foi infectado com FHV-1 e não recebeu tratamento. Outro grupo de 14 animais não foi infectado nem recebeu tratamento (grupo controle negativo). Os animais foram pesados e avaliados diariamente para registrar o desenvolvimento ou não de sinais clínicos. Todos os tratamentos iniciaram 24 h pós-infecção, tiveram duração de 10 dias e foram administrados uma vez ao dia por meio de gavagem (lactoferrina e P34) e injeção intraperitoneal (ganciclovir). Após o término do tratamento foi realizada eutanásia e coleta dos órgãos (fígado, rim, baço e pulmão) para avaliação histopatológica e qPCR. Os resultados foram analisados pelo método analítico Kruskall-Wallis e não foram observadas diferenças estatisticamente significativas no ganho de peso entre os grupos de animais. Os animais infectados e não tratados desenvolveram sinais clínicos típicos de infecção pelo FHV-1, como blefarite, conjuntivite, blefaroespasmo, secreção ocular uni ou bilateral e fotofobia. Os resultados demonstraram que todos os animais foram capazes de se infectar com FHV-1, produzindo doença local e/ou sistêmica em diferentes graus de severidade. Lesões histopatológicas puderam ser observadas no pulmão (pneumonia intersticial, edema, congestão e corpúsculos de inclusão intranucleares), no fígado (congestão, vacuolização de hepatócitos, hepatite, necrose e corpúsculos de inclusão intranucleares), no baço (depleção linfoide) e no rim (nefrite intersticial e nefrose tubular). O órgão que teve maior detecção de DNA viral foi o pulmão, seguido de fígado, baço e rim. Os tratamentos utilizados neste trabalho, na dose, via e frequência de administração não foram capazes de reduzir a carga viral nos animais tratados. Por esta razão, novas pesquisas deverão ser conduzidas para avaliar essas mesmas drogas, na mesma espécie animal, porém com um diferente regime de tratamento. Os dados gerados neste trabalho sobre a patogênese do FHV-1 em camundongos são inéditos, visto que até o momento só há na literatura relatos de infecção experimental com o FHV-1 no próprio gato, o que torna o camundongo uma opção viável para estudos sobre a patogênese e avaliação de antivirais contra o FHV-1. / Feline herpesvirus type 1 (FHV-1) affects mainly the upper respiratory tract, causing rhinitis, ulcerative keratitis and conjunctivitis, but is able to induce systemic disease, causing pneumonia, hepatic necrosis, emaciation, abortion and dermatitis. Treatment is symptomatic, because there is no specific antiviral against FHV-1. This way, the search for antiviral compounds with activity particularly against FHV-1 is urgent and necessary. Notwithstanding, researches having the cat as the experimental model are difficult to be carried out because of ethical and humanitary concerns. The mouse is an experimental model used widely in human and veterinary medicine, but hitherto there are no reports about experimental infection of mice with FHV-1. The present study aimed to use BALB/c mice as experimental models to reproduce the infection with FHV-1 and evaluat the antiviral efficacy of different compounds in vivo. Three groups of 14 animals each were infected and treated with ganciclovir, lactoferrin and the peptide P34. A group of 14 animals, positive control group, was infected with FHV-1 and did not receive treatment.another group of 14 animals was not infecte dor treated (negative control group). Animals were weighed and evaluated daily to record the development of clinical signs or not. All the treatments started 24 h post-infection, had ten days of duration and were administered once a day by gavage (lactoferrin and P34) and intraperitoneal injection (ganciclovir). After the end of the treatment, euthanasia was performed and the organs (liver, kidney, spleen and lung) were collected for histopathology and qPCR. Results were analyzed by the Kruskall-Wallis analytical method and differences statistically significant wer not observed in body weight among the groups. The infected and not treated animals developed typical clinical signs of FHV-1 infection, like blepharitis, conjunctivitis, blepharoespasm, uni or bilateral ocular secretion and photophobia. The results demonstrated that all the animals were able to be infected with FHV-1, producing local and/or systemic disease in different degrees of severity. Histopathological lesions could be observed in lungs (interstitial pneumonia, edema, congestion and intranuclear inclusion bodies), in the liver (congestion, hepatocyte vacuolization, hepatitis, necrosis and e intranuclear inclusion bodies), in the spleen (lymphoid depletion) and in the kidneys (interstitial nephritis and tubular nephrose). The organ with higher viral DNA detection was the lung, followed by the liver, spleen and Kidney. The treatments used in this work, in the dose, via and frequence of administration were not able to reduce viral load in the treated animals. For that reason, new researches might be conducted to evaluate the same drugs, in the same species, however with a different regimen of treatment. Data generated in this experimental work about the pathogenesis of FHV-1 in mice are extraordinary, since until this moment there are in the literature just reports of experimental infection with FHV-1 using the cat itself, what makes the mouse a viable option to study the pathogenesis of FHV-1 and to evaluate the antiviral activity of drugs against the virus.
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