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Discurso, resistência e identidade : o rock brasileiro dos anos 1980 /

Zanutto, Flávia. January 2010 (has links)
Orientador: Maria do Rosário Valencise Gregolin / Banca: Antonio Fernandes Junior / Banca: Nádea Regina Gaspar / Banca: Cleudemar Alves Fernandes / Banca: Renata Coelho Marchezan / Resumo: O retorno das bandas dos anos 1980, propiciado por programas de televisão e por livros de curiosidades, traz à baila a retomada da memória, fazendo-nos interrogar qual o sentido dessa retomada para o entendimento do que somos hoje e para a construção de uma memória cultural. Nessa produção discursivo-musical, há uma tentativa de acelerar, no país, um processo de tribalização e uma identidade planetária. Se, de um lado, o pop apresenta-se como algo imperialista, por ser um tipo de música feito para qualquer público e imediatamente assimilável, de outro, o rock tem como público ouvinte um segmento bastante localizado. Nesse sentido, as canções do rock podem estabelecer diferenças, uma vez que produzem um determinado tipo de jovem ouvinte, cantor e reprodutor desse gênero musical. Face ao exposto, ancorados em princípios teóricos e metodológicos desenvolvidos pela Análise do Discurso de origem francesa, sobretudo nas contribuições do filósofo francês Michel Foucault em sua analítica do poder, analisamos um corpus composto por canções produzidas nos anos 1980, buscando evidenciar o funcionamento discursivo de um tipo de dispositivo de produção de identidade do sujeito do rock, tanto dos sujeitos que compõem e/ou interpretam as canções quanto daqueles que são fãs desse gênero musical. Optamos pelo rock dos anos 1980, pois essa produção artístico-cultural é uma micro-esfera de resistência, na medida em que, em um período de transição ditadura/abertura/diretas-já, portou-se como uma voz que denunciava desigualdades sociais, violência, uso abusivo do poder, educação básica insuficiente, dentre outros aspectos. Por essa razão, esta pesquisa respaldou-se na relação entre identidade e memória para discutir o modo como são produzidas representações discursivas de aspectos sociais, políticos e culturais que incidem sobre o rosto da sociedade... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The return of the bands in the 80's, coming from tv shows and books of curiosities, brings back the memory to the stage, questioning the meaning of it to the understanding of what we are today and to the constructions of a cultural memory. In this musical production, there is an attempt to speed up, in Brazil, a process of tribalization and planetary identity. If, on one hand, the pop presents itself as something imperialist, once it is made to any kind of audience and immediately incorporated, on the other hand, rock has a listening audience segment very deeply situated. Thus, the rock songs can establish differences, due to the production of a determined kind of young listener, who sings and reproduces this musical gender. According to those prior observations, based on theoretical and methodological principles developed in the Discourse Analysis of French orientation, mainly on the contributions of the French philosopher Michel Foucault in his analytic of power, we analyze a corpus composed by songs produced in the 80's, highlighting the discursive functioning of a certain dispositive of the identity production of the rock subject, not only the subjects who compose and/or interpret the songs but also the ones who are music fans of this gender. We have chosen the rock in the 80's, for its artistic-cultural production is a micro-sphere of resistance, considering that music, in the transition period as dictatorship/opening/direct elections, is taken as a prominent voice of social inequalities, violence, abusive use of power, insufficient elementary education, among other aspects. Hence, this research is based on the relation between identity and memory in order to discuss how are produced discursive representations of social, political and cultural aspects which show the face of the Brazilian society, especially about the young people, in the historical context described above / Résumé: La rentrée des groupes musicales dans les années 80, apparus à la télévision et livres des curiosités, fait réapparaître la discussion sur la mémoire, en questionnant le sens de cette rentrée au coeur de la compréhension de ce que nous sommes aujourd'hui et la construction d'une mémoire culturelle. Dans ce genre de production musicale, il y a une tentative d'accélérer, au Brésil, un processus de tribalization et identité planétaire. Si, d'une part, le pop est représenté comme quelque chose impérialiste, vu que cela est produit pour tous types de publique, étant immédiatement incorpore, d'autre part, les écouteurs de rock ont un segment fortement situé. Donc, les chansons de rock peuvent établir des différences, due à la production d'un certain type de jeunes écouteurs, que chantent et reproduisent ce genre musical. D'après ces observations, basées sur des principes théoriques et méthodologiques développés au sein de L'Analyse du Discours d'orientation française, surtout à partir des contributions du philosophe français Michel Foucault, dans son analytique du pouvoir, nous analyserons un corpus composé de chansons produites dans les années 80, mettant en évidence le fonctionnement discursive d'un certain dispositif de la production d'identité du sujet du rock, soit les sujets qui composent ou interprètent les chansons, soit les fans de ce genre de chansons. Nous avons choisi le rock dans les années 80, parce que cette production artistique culturelle est une micro-sphère de résistance, si on considère que cette musique, dans la transition de la période dictature/ouverture/élections directe, est prise comme une voix proéminente des inégalités sociales, violence, l'abus de l'usage du pouvoir, éducation élémentaire insuffisante, parmi d'autres aspects. Ainsi, cette recherche se fonde sur des relations entre... (Résumé complet accès électronique ci-dessous) / Doutor

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