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Ação, objeto e espaço na obra de Sérgio Ferro e Hélio Oiticica / Action, object and space in the work of Sérgio Ferro and Hélio OiticicaMorita, Carolina Akemi Martins 18 August 2011 (has links)
Este trabalho tem a intenção de compreender a maneira como se realizava a construção do espaço no que este implica a noção de participação - nos percursos de Sérgio Ferro e Hélio Oiticica durante a década de 1960, através da análise de suas obras - escritos e propostas artísticas/ arquitetônicas à luz de seus interlocutores teóricos. Sérgio Ferro e Hélio Oiticica de certa maneira diferenciavam-se dos movimentos predominantes no período, seja pelo tipo de abordagem política, pela aproximação ao popular, pela defesa da participação individual e coletiva, ou pelas relações propostas entre objeto e sujeito. O arquiteto, a partir de uma análise marxista, criticava o desenho moderno, a alienação e exploração na construção civil, e defendia o \"trabalho livre\" e criativo, a participação, o engajamento no canteiro de obras, enfim, a \"re-humanização\" do trabalho. Já o artista plástico propunha a antiarte como uma totalidade arte-vida-ação, a fim de alçar novos sentidos de espaço e de tempo, novas relações entre sujeito e objeto, e desencadear impactos sociais e políticos a partir de uma abordagem artística. Experimentação e participação apareciam articuladas em ambos os artistas como uma possibilidade de contestar uma realidade estabelecida e de gerar transformações. A relevância destes debates provém, então, do fato de representaram manifestações simbólicas perante a realidade vigente na década de 1960, que suscitaram novas questões e reflexões no âmbito da arte e arquitetura, e desencadearam ressonâncias sensíveis para a atualidade. Frente ao espaço organizado, harmônico e do comando, ao tempo abstrato e programado, à racionalidade do sujeito alienado e do objeto autônomo, Hélio Oiticica e Sérgio Ferro, cada qual a sua maneira, buscarão discutir maneiras de (re)apropriação do objeto, do espaço e do tempo pelo sujeito. É com base nestas discussões que nos aproximaremos de suas propostas. / This work intends to understand how space was constructed - in the sense concerning the notion of participation - in the routes of Sérgio Ferro and Hélio Oiticica, during the decade of 1960, by means of the analysis of their works - writings or artistic/architectonic propositions - in the light of their mean theoretical interlocutors. Sérgio Ferro and Hélio Oiticica were somehow distinct from the prevailing movements in this period, be it for their political approach, their engagement to the popular, their defense of individual and collective participation, or the relations between object and subject they proposed. The architect Sérgio Ferro, from a marxist approach, criticized the modern drawing, the alienation e exploitation in the construction, and supported the creative and \"free work\", the participation, the engagement in the construction site, that is, the \"re-humanization\" of work. As for the artist Hélio Oiticica, the anti-work consisted in a totality among art-life-action, with the purpose to reach new senses of space and time, new relations between subject and object, and to generate social and political impacts from an artistic approach. Experimentation and participation appeared connected in both artists, as a possibility to question an established reality, and to engender transformations. The relevance of these debates is thus based on the fact that they represent symbolic manifestations against the prevailing reality in 1960, which inspired new questions and reflections in the fields of art and architecture, and have resonances to actuality. Before the organized, harmonic and controlling space, the abstract and programmed time, the rationality of an alienated subject and the autonomous object, Hélio Oiticica and Sérgio Ferro, each one in his own way, will search for manners of (re) appropriation of the object, space and time. It is thus basing on these aspects that we intend to analyze their propositions.
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Ação, objeto e espaço na obra de Sérgio Ferro e Hélio Oiticica / Action, object and space in the work of Sérgio Ferro and Hélio OiticicaCarolina Akemi Martins Morita 18 August 2011 (has links)
Este trabalho tem a intenção de compreender a maneira como se realizava a construção do espaço no que este implica a noção de participação - nos percursos de Sérgio Ferro e Hélio Oiticica durante a década de 1960, através da análise de suas obras - escritos e propostas artísticas/ arquitetônicas à luz de seus interlocutores teóricos. Sérgio Ferro e Hélio Oiticica de certa maneira diferenciavam-se dos movimentos predominantes no período, seja pelo tipo de abordagem política, pela aproximação ao popular, pela defesa da participação individual e coletiva, ou pelas relações propostas entre objeto e sujeito. O arquiteto, a partir de uma análise marxista, criticava o desenho moderno, a alienação e exploração na construção civil, e defendia o \"trabalho livre\" e criativo, a participação, o engajamento no canteiro de obras, enfim, a \"re-humanização\" do trabalho. Já o artista plástico propunha a antiarte como uma totalidade arte-vida-ação, a fim de alçar novos sentidos de espaço e de tempo, novas relações entre sujeito e objeto, e desencadear impactos sociais e políticos a partir de uma abordagem artística. Experimentação e participação apareciam articuladas em ambos os artistas como uma possibilidade de contestar uma realidade estabelecida e de gerar transformações. A relevância destes debates provém, então, do fato de representaram manifestações simbólicas perante a realidade vigente na década de 1960, que suscitaram novas questões e reflexões no âmbito da arte e arquitetura, e desencadearam ressonâncias sensíveis para a atualidade. Frente ao espaço organizado, harmônico e do comando, ao tempo abstrato e programado, à racionalidade do sujeito alienado e do objeto autônomo, Hélio Oiticica e Sérgio Ferro, cada qual a sua maneira, buscarão discutir maneiras de (re)apropriação do objeto, do espaço e do tempo pelo sujeito. É com base nestas discussões que nos aproximaremos de suas propostas. / This work intends to understand how space was constructed - in the sense concerning the notion of participation - in the routes of Sérgio Ferro and Hélio Oiticica, during the decade of 1960, by means of the analysis of their works - writings or artistic/architectonic propositions - in the light of their mean theoretical interlocutors. Sérgio Ferro and Hélio Oiticica were somehow distinct from the prevailing movements in this period, be it for their political approach, their engagement to the popular, their defense of individual and collective participation, or the relations between object and subject they proposed. The architect Sérgio Ferro, from a marxist approach, criticized the modern drawing, the alienation e exploitation in the construction, and supported the creative and \"free work\", the participation, the engagement in the construction site, that is, the \"re-humanization\" of work. As for the artist Hélio Oiticica, the anti-work consisted in a totality among art-life-action, with the purpose to reach new senses of space and time, new relations between subject and object, and to generate social and political impacts from an artistic approach. Experimentation and participation appeared connected in both artists, as a possibility to question an established reality, and to engender transformations. The relevance of these debates is thus based on the fact that they represent symbolic manifestations against the prevailing reality in 1960, which inspired new questions and reflections in the fields of art and architecture, and have resonances to actuality. Before the organized, harmonic and controlling space, the abstract and programmed time, the rationality of an alienated subject and the autonomous object, Hélio Oiticica and Sérgio Ferro, each one in his own way, will search for manners of (re) appropriation of the object, space and time. It is thus basing on these aspects that we intend to analyze their propositions.
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