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Influência dos fatores hidro-edáficos na diversidade, composição florística e estrutura da comunidade arbórea de igapó no Parque Nacional do Jaú, Amazônia Central

Aguiar, Daniel Praia Portela de 14 August 2015 (has links)
Submitted by Dominick Jesus (dominickdejesus@hotmail.com) on 2015-12-18T14:59:39Z No. of bitstreams: 2 Dissertação_Daniel Praia Portela de Aguiar.pdf: 1970644 bytes, checksum: f779bb2e8b5c926a9a6dd2c12a87b6d2 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2015-12-18T14:59:39Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação_Daniel Praia Portela de Aguiar.pdf: 1970644 bytes, checksum: f779bb2e8b5c926a9a6dd2c12a87b6d2 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2015-08-14 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Several studies have described the clear influence of the flood pulse in the differential distribution of species and the existence of different vegetation types along the topographic gradient in várzea floodplain. However, few similar studies were conducted in igapó floodplain, but the results obtained until now show that there is some variation in species composition according to flooding duration; but until now it has not been reported the existence of species zonation along the gradient. This study aimed to verify the influence of hydro-edaphic factors on the floristic composition, richness, diversity, basal area and density of individuals in igapó forest and identify the existence of species zonation over the flooding and edaphic gradients. For this, 10 plots of 1 ha were established in the igapó of the Jaú National Park. All palms and trees with DBH ≥ 10 cm were registered. Four soil samples per plot were collected, considering 16 soil variables for analysis. It was recorded 193 species, 115 genera and 41 families. The diversity obtained (Fisher α) was 39.34. The flooding duration was correlated to the variation of floristic composition, diversity and structure, except to density. The soil gradient was correlated to floristic composition, but not correlated to the diversity and structure. Only one species was virtually restricted to highly flooded sites, allowing the identification of a distinct vegetation type in these areas. The other species had differentiated concentration of abundance along the flooding gradient. There has been little structuring of the community according to the soil gradient, showing that soil variables are less important than flooding to the floristic composition in igapó. / Diversos estudos têm descrito a clara influência do pulso de inundação na distribuição diferencial de espécies e a existência de fitofisionomias distintas ao longo do gradiente topográfico na várzea. Entretanto, poucos estudos similares foram realizados no igapó, sendo que os resultados obtidos até agora já permitem verificar que existe certa variação na composição de espécies segundo a duração da inundação; porém até o momento não foi descrita a existência de zonação de espécies ao longo do gradiente. O presente estudo objetivou verificar a influência dos fatores hidro-edáficos sobre a composição florística, riqueza, diversidade, área basal e densidade de indivíduos na floresta de igapó, bem como identificar a existência de zonação de espécies ao longo dos gradientes de inundação e edáfico. Para isso, foram estabelecidas 10 parcelas de 1 ha no igapó do Parque Nacional do Jaú. Foram inventariados todos os indivíduos de árvores e palmeiras com DAP ≥ 10 cm. Foram realizadas 4 coletas de solo por parcela, sendo consideradas 16 variáveis edáficas para as análises. Registraram-se 193 espécies, 115 gêneros e 41 famílias. A diversidade encontrada (α de Fisher) foi 39,34. A duração da inundação demonstrou-se correlacionada à variação da composição florística, à diversidade e à estrutura, com exceção da variável densidade de indivíduos. O gradiente edáfico demonstrou-se correlacionado à variação da composição florística, porém não correlacionado à diversidade e estrutura. Apenas uma espécie apresentou-se como praticamente restrita a locais altamente inundados, permitindo a identificação de uma fitofisionomia distinta nessas áreas. As demais espécies tiveram concentração de abundância diferenciada ao longo do gradiente de inundação. Verificou-se pouca estruturação da comunidade segundo o gradiente edáfico, demonstrando que as variáveis do solo são menos importantes do que a inundação para a composição florística no igapó.
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Avaliação dos solos Amazônicos: integração de dados multifontes para caracterização das condições edáficas

Maia, Monique Rodrigues da Silva Andrade 23 July 2015 (has links)
Submitted by Dominick Jesus (dominickdejesus@hotmail.com) on 2015-12-23T15:02:55Z No. of bitstreams: 2 Dissertação_Monique Rodrigues da Silva Maia.pdf: 4087318 bytes, checksum: 9d332fb986362ae07d25667bf3359ebc (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2015-12-23T15:02:55Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação_Monique Rodrigues da Silva Maia.pdf: 4087318 bytes, checksum: 9d332fb986362ae07d25667bf3359ebc (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2015-07-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The Amazon Basin is very diverse in soils. Such heterogeneity is due to the geological events that have occurred through time as well as the diversity of parent material, in which reminiscent of old rock fragments occur along with recent exposed rocks. With the strong weathering conditions from high temperatures, intense rainfall and biological activity, the structure of rocks and sediments are modified and release nutrients in the soil. Such elements are very important to sustain vegetation and largely control the dynamics of the forest. Efforts to determine the characteristics of Amazonian soils have been made in the last 50 years, but because of often different methodologies used to survey the soils, the existing information is usually of limited used for ecological research and studies of climate change impacts. Thus there is a perceived need to compile the existing databases and harmonize it using methods to standardize data to create a large scale, and methodology consistent Amazonian soil database. This was the objective of this work. To carry this out, I have compiled the three biggest soil databases for Amazonia: RADAMBRASIL, RAINFOR and WISE, which altogether add up to more than three thousand samples collected and analyzed for the region. The elements studied were carbon (C), nitrogen (N), potassium (K), magnesium (Mg), calcium (Ca) and aluminium (Al). All data was carefully filtered to exclude any samples which were located outside of pristine vegetation areas. Following that, a quadratic spline function was applied to the soil profiles to generate comparable depth to all databases. Once all samples were homogenized, an analysis of spatial variation of soil properties was performed. Such spatial representation of the dataset allowed interpreting the soil nutrient distribution across the basin and its relationship with parent material and geological age. Conclusion is that soil elemental concentration is a function of interactions between quality of parent material and geological age, with the least pedogenetic developed soils on better parent material having the highest elemental concentrations. / A Bacia Amazônica apresenta uma grande diversidade de solos. Essa heterogeneidade se deve aos eventos geológicos ocorridos na região ao longo do tempo e as formações da rocha, podendo encontrar fragmentos de rochas antigas assim como exposição e emersão de rochas e material sedimentar recente. Com a exposição, lixiviação, altas temperaturas e atuação de organismos decompositores (fungos e bactérias), as estruturas das rochas são modificadas e reconfiguradas segundo as ligações de íons e cátions disponíveis nos solos. Esses elementos nos solos são importante para a vegetação e controlam a dinâmica florestal, sendo recurso precursor do desenvolvimento das plantas. Esforços para determinar as características dos solos Amazônicos tem sido feitos nos últimos 50 anos mas devido a metodologias e abordagens divergentes essas informações contribuem de forma limitada para pesquisas de dinâmicas florestais e investigações de mudanças globais. Com isso se fez necessária a compilação de informações e estudos de solos na Bacia Amazônica e harmonização dessas informações para padronizar, agrupar e definir uma base de dados ampla para a região Amazônica que seja metodologicamente consistente. Este foi o objetivo central desta dissertação. Para isso, foram compiladas as três bases de dados disponíveis: RADAMBRASIL, RAINFOR e WISE, somando-se assim mais de três mil amostras de solo coletadas no campo. Os nutrientes avaliados foram Carbono (C), Nitrogênio (N), Potássio (K), Alumínio (Al), Magnésio (Mg), Cálcio (Ca) e Sódio (Na). Os dados foram cuidadosamente pré-processados para selecionar somente amostras de solos em áreas de florestas pristinas. Em seguida, foi aplicada uma função Spline quadrática para a geração de informações comparáveis para as diferentes profundidades de solos amostradas nos três projetos mencionados acima. A partir das amostras homogeneizadas, foram realizadas análises sobre a variabilidade espacial e nas diferentes profundidades dos nutrientes. Esta espacialização dos dados permitiu a caracterização das variações de nutrientes nos diferentes solos Amazônicos e finalmente avaliou-se a distribuição segundo o material de origem e a idade geológica. A média dos valores entre as profundidades mostrou se potencialmente mais interessante para a exploração da variabilidade espacial dos elementos. Em relação ao material de origem e sua idade geológica, conclui-se que as variações na concentrações de elementos no solo ocorrem devido a interações dos efeitos da qualidade do material de origem com sua idade geológica, tendo os solos mais jovens e de melhor material de origem apresentado maiores concentrações de nutrientes dos solos.
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Emissão e estoque de carbono do solo sob efeitos de borda e extração de madeira em áreas de floresta na Amazônia central

Abreu, Patrícia Maria Sousa de 21 September 2010 (has links)
Submitted by Dominick Jesus (dominickdejesus@hotmail.com) on 2016-01-19T19:35:18Z No. of bitstreams: 2 Dissertação_Patrícia Maria Sousa de Abreu.pdf: 1731929 bytes, checksum: 8065d174c863d4ca8febc5cd18fbd0d9 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-01-19T19:35:18Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação_Patrícia Maria Sousa de Abreu.pdf: 1731929 bytes, checksum: 8065d174c863d4ca8febc5cd18fbd0d9 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2010-09-21 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The environmental changes caused by forest fragmentation may affect the forest carbon fluxes and increase the efflux of CO 2 to the atmosphere. The emission of stored soil carbon can accelerate the global warming because of the large amount of soil carbon (138 Gt carbon up to 8 m of depth in Legal Amazon). To understand the edge and logging effects on the forest soil carbon, we analyzed the soil efflux of CO 2 and topsoil carbon stock spatial variation in relation to the edge distances (0-200 m) at ten sites in the Central Amazon. Furthermore, some environmental variables that could explain this spatial variation were measured to get a better understanding of this spatial variation. The complex spatial variation of soil CO 2 efflux is related to many environmental variables as total carbon and free light fraction carbon in topsoil, soil temperature, depth of the litter layer and soil density. The edge effect on soil CO 2 efflux was complex and difficult of be measured, but we find evidences of edge effect increases the top soil carbon stock. Logging without control and during by long time also increases the top soil carbon stock, but increases the soil CO 2 efflux too. These results suggest that despite increase of top soil carbon stock by deposition of vegetal material on soil caused by edge effect and logging, this stock has been decomposed, increasing the soil CO 2 emission to atmosphere. / As mudanças ambientais causadas pela fragmentação florestal podem modificar o fluxo de carbono de um ecossistema florestal e contribuir para maiores emissões de dióxido de carbono (CO 2 ) para a atmosfera. Considerando que o solo possui um grande estoque de carbono (138 Gt de carbono até 8 m de profundidade na Amazônia Legal), a emissão desse carbono em forma de CO 2 poderia acelerar as mudanças climáticas. Para melhor compreender o efeito de borda e da extração de madeira sobre o carbono no solo, medimos a variação espacial do efluxo de CO 2 e do estoque de carbono do solo superficial em relação à distância até 200 m da borda. Além disso, mensuramos variáveis ambientais que pudessem explicar tal variação espacial dentro de uma parcela de 20 x 200 m, posicionada perpendicularmente à margem da borda de dez áreas sob efeito de exploração madeireira. A complexa variação espacial do efluxo de CO 2 pelo solo de áreas alteradas está relacionada a diversos fatores ambientais, tais como: percentual de carbono total e da fração leve livre do solo superficial, temperatura do solo, espessura da camada de liteira e densidade do solo. O efeito de borda sobre o efluxo de CO 2 do solo mostrou-se complexo e difícil de ser mensurado, mas encontramos evidências de que a presença de borda aumenta o estoque de carbono no solo superficial. Extração seletiva de madeira sem controle e por períodos prolongados também aumenta o estoque de carbono do solo superficial, mas aumenta a emissão de CO 2 pelo solo. Estes resultados sugerem que, apesar do estoque de carbono do solo superficial aumentar com a deposição de material vegetal sobre o solo em virtude do efeito de borda e da atividade de extração de madeira, este estoque tem sido decomposto, aumentando as emissões de CO 2 para a atmosfera.
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Modelagem da dinâmica do desmatamento de uma fronteira em expansão, Lábrea, Amazonas

Vitel, Claudia Suzanne Marie Nathalie 15 April 2009 (has links)
Submitted by Dominick Jesus (dominickdejesus@hotmail.com) on 2016-02-05T17:20:15Z No. of bitstreams: 2 Dissertação_Claudia Suzanne Marie Nathalie Vitel.pdf: 7385626 bytes, checksum: cd6931fe3f8a1790896dbd2fcd64c0de (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-05T17:20:15Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação_Claudia Suzanne Marie Nathalie Vitel.pdf: 7385626 bytes, checksum: cd6931fe3f8a1790896dbd2fcd64c0de (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2009-04-15 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Brazil’s “arc of deforestation” continues to expand across the Amazon region and has already reached the southeastern part of the state of Amazonas. A new focus of the deforestation has already affected a part of Lábrea, which is the municipality (county) that was recently found to have one of the highest deforestation rates in Amazonas. Pressure from the Arc originates in the neighboring states of Acre and Rondônia, which already have intense deforestation processes underway for the expansion and consolidation of the agricultural and ranching frontier. In addition to the impacts caused to natural ecosystems in Lábrea, land-use changes have induced a series of social conflicts through the process of “grilagem” (fraudulent appropriation of large areas of public land) and from agricultural and ranching activities that have contributed to the expulsion of extractive workers such as rubber tappers and Brazil nut gatherers. Consequently, traditional families demanded the creation of extractive reserves to protect themselves. In addition, as a part of the Program for the Acceleration of Growth (PAC) the Ministry of Transportation plans to reconstruct the BR-319 (Porto Velho- Manaus) Highway (which has been abandoned since 1988) and to recuperate a part of the marginally passable Transamazon Higway (BR-230) that connects the BR-319 to Lábrea. To avoid the environmental consequences of these projects, in 2006 the government proposed a series of protected areas in the area of influence of the BR-319, four of which have been recently created in the municipality of Lábrea. This study had the objective of modeling the future spatial dynamics of deforestation in Lábrea and evaluating the usefulness of the recently created protected areas in containing deforestation. Chapter I analyzes the effectiveness of protected areas that have already been created in Acre, Rondônia and southern Amazonas. The analyses revealed the usefulness of protected areas in containing deforestation: 90% of the protected areas had deforestation rates inferior to those in a 10-km-wide strip surrounding the protected areas. In addition, weights of evidence that represent the probabilities used in the AGROECO model to simulate future deforestation inside the proposed areas have been determined for the protected areas in this region, as well for the areas surrounding the protected areas (10-km buffer). These weights of evidence have been determined specifically for the category of use of each protected area and for the category of use in accord with its administrative level (federal or state). Indigenous reserves were the most effective in repelling deforestation, with a weight of -2.57; Integral Protected Areas were less efficient with a weight of -1.23, and, finally, Sustainable Use Protected Areas were the most vulnerable with a weight of -0.15. When considering weights of evidence as a function of the internal Euclidian distance, weights declined when the internal distance was progressing from the edge of the protected area to the center. Protected areas had weights of evidence that varied with the internal Euclidian distance. These weights have been used in Chapter II, where eight scenarios have been produced for the Lábrea region up to 2040 using the AGROECO model. Of the two groups of scenarios, one didn’t consider the recent creation of protected areas (I), Business As Usual while the other considered these areas, (II) Governance. In each scenario group, four study cases have been considered including: 1- homogenously distributed weights of evidence over the protected areas, 2- gradually distributed weights of evidence according to the internal Euclidian distance, 3- homogenously distributed weights of evidence over the protected areas and weights of evidence for the 10-km buffer areas, 4- gradually distributed weights of evidence according to the internal Euclidian distance and weights of evidence for the 10-km buffer areas. Creation of the protected areas has been little efficient because the majority of the Governance group scenarios had slightly less deforested area in 2040 than did the corresponding scenarios in the Business As Usual group. The use of gradually distributed weights of evidence according to the internal Euclidian distance appears to be the most realistic approach because it reduces the influence of deforestation occurrence in areas far from the protected area limits. Considering the weights of evidence for the 10-km buffer area, the surroundings of the protected areas have concentrated deforestation inside their limits because their high weights of evidence make them more attractive to deforestation in the simulations. However, this is believed to be a consequence of the years for which satellite data were available for calibrating the model, when the areas outside of the reserve buffers had already been heavily deforested, leaving little left to clear. The most realistic scenarios for our dataset are therefore considered to be those that use gradually distributed weights of evidence but do not use separate weights for the buffer areas. In the scenario (GOV-2), deforestation was reduced in the study area by 5,1 % (2.596 km 2 ) as a result of the creation of the reserves, when compared to the corresponding baseline scenario (BAU-2). / O Arco do Desmatamento da Amazônia Brasileira, em seu avanço contínuo, já alcançou a parte sul do Amazonas. Nessa região, a pressão que estimula seu crescimento se origina nos estados vizinhos, Acre e Rondônia, estados que já conheceram processos de desmatamento intensos relacionados pela expansão da fronteira agropecuária e sua consolidação. Os novos focos de desmatamento já afetaram o sul do município de Lábrea. Nos últimos anos, Lábrea foi o município que apresentou taxas recordes de desmatamento no Estado do Amazonas. Além dos danos causados aos ecossistemas naturais, as mudanças de uso da terra têm provocado conflitos sociais graves através do processo de grilagem de terras e da atividade agropecuária, contribuindo para a expulsão de trabalhadores extrativistas da região. Ao mesmo tempo, foram propostas em 2006 quatro áreas protegidas federais em Lábrea, dentro do grupo de áreas propostas na Área sob Limitação Administrativa Provisória (ALAP) da BR- 319 (rodovia Manaus-Porto Velho), sugeridas em prevenção dos impactos ambientais que poderão ser causados pela reconstrução da BR-319 e a pavimentação da BR-230 (rodovia Transamazônica). Esses projetos federais são integrados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Este estudo teve como objetivo modelar, com o modelo AGROECO, a dinâmica futura do desmatamento de Lábrea e avaliar a efetividade das áreas protegidas recém criadas em conter o desmatamento. No Capítulo I, foi analisada a vulnerabilidade ao desmatamento de áreas protegidas já implementadas na parte Sudoeste do Arco do Desmatamento, nos Estados do Acre, Rondônia e Sul do Amazonas para entender como as áreas recém criadas poderão ser futuramente afetadas. As análises revelaram a efetividade das áreas protegidas em conter o desmatamento dentro dos seus limites, sendo que 90% das áreas protegidas apresentaram taxas de desmatamento inferiores às taxas da área de seu entorno de 10 km. Também, pesos de evidência que representam a influência de uma variável espacial no desmatamento e modificam posteriormente as chances de ocorrer o evento desmatamento foram calculados para as áreas protegidas e suas áreas de amortecimento, especificamente para cada categoria de uso associada à esfera administrativa. Os pesos de evidência, quando apresentarem valores negativos tem uma influencia negativa no evento considerado, ou seja, no caso do desmatamento, tendem a repelir o avanço do desmatamento. As terras indígenas foram as mais repulsivas com um peso de evidência médio de -2,57, as áreas de proteção integral foram um pouco menos eficientes com um peso médio de -1,23 e finalmente, as unidades de uso sustentável foram as mais vulneráveis com um valor médio de -0,15. Considerando os pesos de evidência em relação à distância euclidiana interna das áreas protegidas, estes declinaram quando a distância euclidiana aumentou desde a borda interna da área protegida. As áreas protegidas apresentaram um peso de evidência variando com a distância interna delas, mais negativos quando a distância interna aumenta. Esses pesos de evidência foram utilizados na modelagem do desmatamento de Lábrea elaborada do Capítulo II. No Capítulo II, foram simulados oito cenários futuros de desmatamento da região de Lábrea até 2040 com o modelo AGROECO. Dos dois grupos de cenários simulados, um não considera a criação das áreas protegidas BAU-Business As Usual (ou Mesmo de Sempre) e outro considera GOV-Governança. Dentro desses dois grupos de cenários foram considerados quatro casos de simulação, incluindo: 1- pesos de evidência das áreas protegidas homogeneamente distribuídos, 2- pesos de evidência das áreas protegidas gradualmente distribuídos em relação à distância euclidiana interna da área protegida, 3- pesos de evidência das áreas protegidas homogeneamente distribuídos e pesos específicos às áreas de amortecimento, 4- pesos de evidência das áreas protegidas gradualmente distribuídos e pesos específicos às áreas de amortecimento. A criação de áreas protegidas foi pouco eficiente em conter desmatamento sendo que na maioria, os cenários do grupo GOV apresentaram em 2040, áreas de desmatamento acumulado levemente inferiores àquelas obtidas para os cenários BAU. A utilização de pesos de evidência evoluindo com a distância euclidiana interna da área protegida parece ser mais realista, reduzindo a influência de ocorrência de desmatamento nas áreas mais distantes da borda das áreas protegidas. Quanto ao efeito provocado pela consideração de pesos de evidência das áreas de entorno às áreas protegidas, foi constatado que o desmatamento aumentou dentro dos limites das áreas de entorno por serem mais atrativas em termos de peso de evidência. No entanto, acredita-se que seja uma conseqüência dos anos para os quais os dados de uso/cobertura da terra foram disponíveis para calibrar o modelo, quando as áreas fora dos buffers das reservas já haviam sofrido muito desmatamento. O cenário mais realista para o conjunto de dados, portanto, é considerado aquele que usa pesos de evidência gradativamente distribuídos, mas que não usa pesos de evidência específicos às áreas de buffers. No cenário GOV-2, o desmatamento foi reduzido na área de estudo em 5,1 % (2.596 km 2 ) como resultado da criação das reservas, quando comparado com o cenário correspondente da linha de base (BAU-2).
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Reconstrução e asfaltamento da Rodovia BR-319: efeito “dominó” pode elevar as taxas de desmatamento no sul do estado de Roraima

Barni, Paulo Eduardo 15 October 2009 (has links)
Submitted by Dominick Jesus (dominickdejesus@hotmail.com) on 2016-02-05T17:39:25Z No. of bitstreams: 2 Dissertação_Paulo Eduardo Barni.pdf: 12719935 bytes, checksum: 7b8bbdab61534288797bdf35068b29a3 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-05T17:39:25Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação_Paulo Eduardo Barni.pdf: 12719935 bytes, checksum: 7b8bbdab61534288797bdf35068b29a3 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2009-10-15 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas - FAPEAM / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / desmatamento acumulado até 2007 na região sul de Roraima como um todo. Esses desmatamentos estão fortemente relacionados com a disponibilidade de estradas e com o número de habitantes no interior dos PAs. Concluímos que o espalhamento de estradas endógenas pela exploração madeireira e novas ocupações de terras, tanto por pequenos e grandes atores, estão acontecendo de forma rápida e desordenada. Este quadro indica um potencial grande de perda de floresta em Roraima se o fluxo de migração para esta área aumentar, como seria esperado se Roraima for conectada ao Arco do Desmatamento com a abertura da Rodovia BR-319 (Manaus – Porto Velho) . No Capítulo II apresentamos os resultados dos quatro cenários de desmatamento simulados e as estimativas de emissões de carbono para a atmosfera. Um cenário Business As Usual – BAU, chamado de BAU1 e outro de conservação ou de mitigação, chamado de CONSERV1, foram construídos sob a hipótese da NÃO reconstrução e asfaltamento da rodovia BR-319. Os outros dois cenários, sendo também um BAU, chamado de BAU2 e outro de conservação ou mitigação, chamado de CONSERV2, foram construídos sob a hipótese da reconstrução e asfaltamento da BR-319 em 2011. Os cenários construídos sob a hipótese da NÃO reconstrução e asfaltamento da BR-319 presumiram taxas de desmatamento semelhantes às observadas no período entre 2004 e 2007 no sul de Roraima e sofreram oscilações durante as simulações em função de estradas regionais planejadas para o futuro. Os cenários sob a hipótese da reconstrução e asfaltamento da BR-319 além de sofrerem oscilações pelas estradas regionais planejadas para o futuro presumiram forte fluxo migratório partindo do arco do desmatamento em direção a Roraima utilizando a BR-319 reconstruída, com conseqüente aumento nas taxas de desmatamento. Com o cenário BAU1 (sem a BR-319) a área desmatada chegou a 715.250 hectares em 2030, um aumento de 91,9% sobre a área desmatada inicialmente em 2007, com emissões equivalentes a 56,4 x 10 6 toneladas de carbono para a atmosfera. Sob o cenário BAU2 (com a BR-319) a área desmatada alcançou 858.639 hectares em 2030. Aumento de 130,4% sobre a área desmatada inicialmente em 2007, com emissões equivalentes a 80,3 x 10 6 toneladas de carbono para a atmosfera. Com o cenário CONSERV1 (sem a BR-319) a área desmatada chegou a 654.513 hectares em 2030. Aumento de 75,6% sobre a área desmatada inicialmente em 2007 e com emissão de 46,0 x 10 6 toneladas de carbono para a atmosfera. Sob o cenário CONSERV2 (com a BR-319) a área desmatada alcançou 775.888 hectares em 2030. Aumento de 108,2% sobre a área desmatada inicialmente em 2007, com emissão de 67,2 x 10 6 toneladas de carbono para a atmosfera. Os resultados mostraram que sob a hipótese da reconstrução e asfaltamento da BR-319 o desmatamento aumentou em 60.638 a 204.125 hectares em 2030, comparando-se o cenário BAU1 com o cenário CONSERV2 e o cenário CONSERV1 com o cenário BAU2, respectivamente. As emissões de carbono para a atmosfera, decorrente dessas diferenças, foram de 10,8 x 10 6 a 34,3 x 10 6 toneladas de carbono. Comparando o cenário BAU1 com o cenário BAU2 a diferença em área desmatada foi de 143.398 ha e correspondeu a emissão de 23,9 x 10 6 toneladas de carbono para a atmosfera. A reconstrução e asfaltamento da BR-319 farão o desmatamento aumentar entre 18 e 42% no sul do Estado de Roraima em 2030. As emissões de carbono para a atmosfera neste período, decorrentes desse desmatamento sofrerão aumentos em percentuais semelhantes (entre 19 e 42%). Este estudo demonstra que a reconstrução da BR 319, ligando Manaus a Porto Velho, pode ter impactos ao ambiente muito além da sua área de influência oficial no interflúvio dos rios Madeira-Purus. Seus efeitos podem se irradiar até Roraima, proporcionado pela atual malha viária. Medidas mitigadoras para redução desses impactos deveriam incluir também a criação de UCs em Roraima em áreas mais vulneráveis à pressão antrópica, caso a reconstrução da BR-319 venha se concretizar. / A reconstrução e asfaltamento da Rodovia BR–319 (Manaus/Porto Velho), previstos pelo PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal, permitirá acesso, a partir do “Arco do Desmatamento”, a blocos imensos de florestas primárias contínuas na Amazônia Central e Norte. Inúmeros estudos realizados na região apontam a construção de estradas como a principal causa do desmatamento. Particularmente, a Rodovia BR-319 tem um potencial muito grande de canalizar o desmatamento e iniciar um novo ciclo migratório para essas regiões remotas, hoje sem acesso por estradas. Isto devido à falta de terras agricultáveis disponíveis para pequenos e médios proprietários nas regiões ao longo do arco do desmatamento, causadas principalmente, pelo avanço da pecuária extensiva e do agronegócio. Esta situação poderá se agravar com o término da construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, a montante de Porto Velho no rio Madeira. Estas obras também estão previstas pelo PAC. Segundo estudos as obras têm o potencial de atrair perto de 100 mil pessoas para a região. Essas pessoas ficarão praticamente sem opções de trabalho e sobrevivência com o término das obras. É bastante provável que parte desse contingente possa “engrossar” o fluxo migratório esperado, formado por diversos atores “expulsos” do arco do desmatamento, se dirigindo para a região de Manaus e de Boa Vista através da BR-319 reconstruída. O sul do Estado de Roraima, Região alvo do nosso trabalho, particularmente, poderá ser vulnerável ao desmatamento sem controle se exposto a um fluxo migratório dessa magnitude. Essa região tem acesso a partir de Manaus através da BR-174, conectando também a Venezuela e Caribe. A história recente de migração e colonização foi iniciada na década de 1970 e foi marcada, principalmente pela abertura de Projetos de Assentamento - PAs pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA. Nas décadas seguintes de 1990 e de 2000, novos PAs foram criados no âmbito do governo estadual para atrair novos migrantes ao Estado, que perdeu população devido ao fechamento do garimpo em 1990. Atualmente, no sul de Roraima, esse quadro é agravado pela situação agrária caótica, por denúncias de grilagens de terras públicas, exploração ilegal de madeira e avanço desenfreado da pecuária sobre a floresta, causando degradação do ambiente e perdas de suas funções. Assim, o principal objetivo do nosso trabalho foi modelar a dinâmica de mudanças de uso e de cobertura da terra no sul do Estado de Roraima e estimar as emissões de carbono para a atmosfera decorrente dessas mudanças. Para isso produzimos quatro cenários futuros de desmatamento dessa região, simulados entre 2007 e 2030, a partir do modelo AGROECO utilizando o arcabouço operacional do software de simulação DINAMICA-EGO © . A dissertação está dividida em dois capítulos. No Capítulo I foi feita uma análise da ocorrência do desmatamento em função da proximidade das rodovias BR-174 e BR-210, que cortam a região sul de Roraima, associando o desmatamento ocorrido aos processos de mudanças de uso e cobertura da terra na área de estudo no período de 2001 a 2007. O estudo serviu também como base na captação de parâmetros confiáveis para as rodadas de simulação do desmatamento na região Sul do Estado de Roraima descrito no Capítulo II. A análise do Capítulo I compreendeu a área do município de Rorainópolis (área de influência da BR-174) e dos municípios de São Luiz do Anauá, São João da Baliza e Caroebe (área de influência da BR-210). Foram utilizados dois buffers de 20 km de largura subdivididos em oito faixas de 2500 m cada um, ao longo das BR-174 e BR-210. As análises foram realizadas utilizando os dados de desmatamento anual do PRODES em arquivos shapefile, arquivos shapefile da malha viária de estradas e dos PAs do Sul do Estado de Roraima, aliados a observações de campo. Os resultados mostraram que 90% das estradas vicinais se encontravam dentro da faixa de 20 km de distância das duas rodovias (BR-174 e BR-210). Dentro dessa mesma faixa ocorreram 76% do desmatamento ocorrido no período entre 2001 e 2007 na área de estudo. Os PAs foram responsáveis por 53,3% do desmatamento ocorrido no período e de 77% do
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Ocupação humana e reflexos sobre a cobertura florestal em um assentamento rural na Amazônia central

Massoca, Paulo Eduardo dos Santos 19 October 2010 (has links)
Submitted by Dominick Jesus (dominickdejesus@hotmail.com) on 2016-02-05T18:14:17Z No. of bitstreams: 2 Dissertação_Paulo Eduardo dos Santos Massoca.pdf: 4505287 bytes, checksum: 7a58a67459d206dee276a08fd8dc1b46 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-05T18:14:17Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação_Paulo Eduardo dos Santos Massoca.pdf: 4505287 bytes, checksum: 7a58a67459d206dee276a08fd8dc1b46 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2010-10-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas - FAPEAM / Rural settlements created to accommodate part of the migrants attracted to the Amazon over the last four decades were included by the Brazilian Environmental Ministry (MMA) among the main responsible for the deforestation in the region in 2008. The impacts of human establishment on the environment are even more dramatic if we consider the degradation process associated to the forest fragmentation and the exploitation of natural resources in the settlements. This work investigated aspects related to the interaction between man and environment in the Uatumã rural settlement project (Projeto de Assentamento Uatumã). The settlement was created in 1987 in Presidente Figueiredo municipality, Amazonas state, Brazil (59o 50’ 14” W and 02o 02’ 24” S). Forests in that region are subjected to logging for about 30 years. We tried to identify aspects concerning the history of its occupation analyzing the relationship between the arrival and establishment of the families at the area and the reflexes on deforestation and forest degradation in its limits. Data about deforestation were obtained from a temporal series of 14 images of the Landsat satellite covering 30 years. This information was related to the data collected through interviews with the settlement dwellers and government agents working at the area, as well as to historic aspects of the development of the region. Data reported in studies of adjacent undisturbed primary forests were utilized for comparison between these variables in order to evaluate forest degradation in the settlement. Being established in a frontier opened by the construction of roadways and the Balbina hydroelectric plant, problems related to soil infertility, economic instability, poor infrastructure and debility of institutional assistance prevented the permanence of many families at their lots. The lumber exploitation that already was established in the region became the main option to those that remained in the area, preventing the total felling of the forest in the settlement. Although there is a great difference between the lots due to the proximity with the roadway that cuts the settlement, the mean forest cover is 80%. The deforestation rates during this period varied in function of local forces favoring the forest conversion and also because of underlying causes occurring in regional, national or global contexts. The exploitation of the forest resources at the settlement reduced the density (476.7 individuals ha -1 , p < 0.001), basal area (23.3 m 2 ha -1 , p < 0.001) and aboveground dry biomass (295.7 Mg ha -1 , p = 0.008) at the study area. A reduction of 12% of aboveground dry biomass was calculated comparing the study area with undisturbed primary forests of the region. Badly planned and managed human settlements within the dense forest of the Amazon open the frontier to dramatic land use changes and exploitation of a vast timber stock, resulting in deforestation and degradation of these ecosystems. Comprehending the subtleties involved in the relationship between man and environment is essential for the development of more interesting and adequate alternatives for the local reality and elaboration of new occupation and development models for the region. / Assentamentos rurais criados ao longo das últimas quatro décadas para abrigar parte do contingente populacional atraído para a Amazônia foram relacionados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) dentre os principais responsáveis por seu desmatamento no ano de 2008. O impacto dessa ocupação humana é mais profundo se considerados os processos de degradação associados à fragmentação florestal e utilização e exploração dos recursos naturais nos assentamentos. Neste trabalho foram investigados aspectos relacionados à interação entre homem e ambiente no Projeto de Assentamento (PA) Uatumã. Criado em 1987 no município de Presidente Figueiredo, Amazonas, Brasil (59o 50’ 14” W e 02o 02’ 24” S), o assentamento está localizado em uma área objeto de exploração madeireira há aproximadamente 30 anos. Procurou-se identificar aspectos referentes à história de sua ocupação, analisando-se a relação entre processos envolvidos com a chegada e o estabelecimento das famílias no local e os reflexos sobre o desmatamento e a degradação florestal em seus limites. Dados sobre o desmatamento foram obtidos de uma série temporal de 14 imagens do satélite Landsat. Essa informação foi relacionada aos dados coletados em entrevistas com moradores e funcionários do governo atuando no local, assim como a aspectos da história de desenvolvimento da região. De inventários florestais conduzidos em 15 propriedades do assentamento foram calculadas a densidade, área basal e biomassa de árvores e lianas nessas florestas. Dados reportados em estudos conduzidos em florestas não alteradas adjacentes foram utilizados para comparação entre essas variáveis e para avaliação da degradação florestal no assentamento. Estabelecido em uma fronteira aberta pelas construções de rodovias e da Usina Hidrelétrica de Balbina, problemas relacionados à infertilidade do solo, instabilidade econômica, precariedade na infraestrutura e debilidade na assistência institucional comprometeram a permanência das famílias nos lotes. A exploração madeireira já estabelecida na região consolidou-se como principal opção para aqueles que permaneceram no local, o que evitou a derrubada maciça da floresta no assentamento. Embora variando dentre os lotes em função de sua proximidade à rodovia que corta o assentamento, a cobertura florestal média em seu limite é de 80%. As taxas de desmatamento relativas ao longo desse período oscilaram tanto em função de forças locais favorecendo a conversão florestal como de causas subjacentes ocorrendo em contextos regionais, nacionais ou globais. A exploração dos recursos florestais no assentamento reduziu a densidade (476.7 indivíduos ha -1 , p < 0.001), área basal (23.3 m 2 ha -1 , p < 0.001) e biomassa seca acima do solo (295.7 Mg ha -1 , p = 0.008) de árvores na área de estudo. Foi calculada uma redução na biomassa arbórea seca acima do solo na área de estudo de aproximadamente 12% em relação ao valor médio encontrado nas florestas não alteradas da região. Assentamentos humanos mal planejados e administrados em meio à floresta densa da região amazônica não só abrem a fronteira para a conversão da cobertura florestal como para a exploração de um vasto estoque de madeira, provocando desmatamento e degradação nesses ecossistemas. Compreender as entrelinhas permeando a relação entre homem e meio ambiente é fundamental para o desenvolvimento de alternativas mais interessantes e adequadas à realidade local e para a elaboração de propostas de novos modelos de ocupação e desenvolvimento para a região.
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Sucessão florestal em área atingida por tempestade convectiva na região de Manaus, Amazônia Central

Marra, Daniel Magnabosco 13 April 2010 (has links)
Submitted by Dominick Jesus (dominickdejesus@hotmail.com) on 2016-02-05T18:24:29Z No. of bitstreams: 2 Dissertação_Daniel Magnabosco Marra.pdf: 6083890 bytes, checksum: 043a2d86d16e58fcee81fad7b5054b56 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-05T18:24:29Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação_Daniel Magnabosco Marra.pdf: 6083890 bytes, checksum: 043a2d86d16e58fcee81fad7b5054b56 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2010-04-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Forest succession in a convective windstorm damage area in Manaus region, Central Amazon - Natural disturbances are key processes for landscape formation and transformation. Yet, the biotic and physiographic changes that occur are not exclusively related to disturbance. Convective storms produce low frequency disturbances that affect the forest in different ways. In the Amazon rainforest, downbursts are produced by convective storms embedded in squall lines, and formed by the contrasting pressure and temperature between air masses. They are followed by storms, strong winds and unusual electricity discharges. These downbursts cause blowdowns that are characterized by intense tree mortality and changes in canopy structure. The effect of blowdowns on the forest structure, associated regeneration, and succession processes are not fully understood. This work describes the floristic composition and horizontal structure, and the comparison between two different sites. One of them was a (remaining) secondary forest after an intense blowdown associated with a squall line that stuck the Amazon basin in January, 2005. The second was a pristine forest some 5 km far from the disturbed area. In both sites the original vegetation is characterized by evergreen forest with a mean canopy height of ~30 m. The studied sites are located in Manaus region, in the Cuieras river basin (02 ̊33’ S; 60 ̊16’ W), state of Amazonas, Brazil. In the disturbed forest the seed rain was measured during a 12 month period. The 1,944 trees sampled in the disturbed forest were distribuit in 50 families, 143 genus and 284 species. Five years after the disturbance, the stem density averaged 442.6 ± 46.5 stems.ha -1 (CI 95%) and basal area averaged 17.6 ± 3.2 m 2 .ha -1 (CI= 95%). These means are lower than the pristine forest figures, which averaged 584.3 ± 26.9 stems.ha -1 and 27.4 ± 1.8 m 2 .ha -1 , respectively. However, the diameter distributions of pristine and disturbed forests have shown a very weak evidence (p= 0.864) that they are different suggesting that the storm damaged all of diameter size classes. The density of dead stems was different between the pristine and disturbed areas (p<0.001). In the disturbed areas, the sloped terrain had density of dead stems (130 ± 33 stems.ha -1 ) higher than in (“baixios”) valleys (72,7 ± 29,9 stems.ha -1 ) and plateaus (93,7 ± 33,7 stems.ha -1 ) as well. The tree species richness (284) and diversity (Shannon index: H’= 4.77 nats.ind. -1 ) in the disturbed were lower than in the pristine forest (917 and 5.85, respectively).However, the species richnnes and diversity of the disturbed forest were similar to those observed in other forests in the Central Amazon. In the large gaps the density and frequency of pioneer species were higher than in intact areas, which suggest that in large gaps the environmental conditions are adequately to the pioneer species establishment. During one year period we found 5,366 seeds from 232 different tree species. The mean density of seeds was 24.8 ± 16.9 seeds.(m 2 ) - 1 .year -1 (CI= 95%), and the mean species richness was 14.9 ± 0.3 species.(m 2 ) -1 .year -1 (CI= 95%). The species richness changed over time (p< 0.00001). / Sucessão florestal em área atingida por tempestade convectiva na região de Manaus, Amazônia Central - Distúrbios naturais participam do processo de formação e transformação da paisagem. Todavia, a mudança de padrões fisiográficos e bióticos das populações afetadas não está relacionada apenas com a ocorrência de distúrbios. Na floresta amazônica, ventos com alto poder destrutivo são produzidos por tempestades convectivas, as quais são originadas em linhas de instabilidade, por meio do contraste de pressão e temperatura de diferentes massas de ar. Esses distúrbios são acompanhados por chuvas torrenciais, fortes ventos e descargas elétricas, que podem provocar alta mortalidade de árvores e vir a modificar a estrutura e o dossel das florestas. Entretanto, as conseqüências dos efeitos destas tempestades sobre a estrutura e o processo de sucessão, ainda são desconhecidos. Este trabalho descreveu a composição florística e a estrutura horizontal de uma floresta perturbada pela passagem de uma tempestade convectiva, que assolou a região central da Amazônia em Janeiro de 2005. O trecho de floresta perturbada foi comparado com um trecho de floresta adjacente não-perturbado, o qual não sofre intervenções antrópicas há pelo menos 100 anos. A chuva de sementes na floresta perturbada também foi acompanhada. O trabalho foi desenvolvido na região noroeste da cidade de Manaus em uma floresta de terra firme, localizada na bacia do rio Cuieiras (02 ̊33’ S; 60 ̊16’ W). As 1.944 árvores amostradas na floresta perturbada se distribuem por 50 famílias, 143 gêneros e 284 espécies. Nesta floresta, cinco anos após o distúrbio, a densidade (442,6 ± 46,5 ind.ha -1 ) e a área basal (17,6 ± 3,2 m 2 .ha -1 ) do estrato mais danificado são inferiores às encontradas para a floresta não- perturbada (584,3 ± 25,9 ind.ha -1 e 27,4 ± 1,8 m 2 .ha -1 , respectivamente). Porém, a distribuição diamétrica da comunidade arbórea da floresta perturbada não difere da distribuição diamétrica da floresta não-perturbada (teste χ 2: p= 0,983), o que indica que a tempestade matou árvores de todas as classes de tamanho. A densidade de indivíduos mortos no estrato mais danificado da floresta perturbada é diferente da floresta não-perturbada (p< 0,001). Na floresta perturbada, a densidade de indivíduos mortos nas áreas de encosta (130,8 ± 32,9 ind.ha -1 ) foi superior à densidade de indivíduos mortos nas áreas de platô (93,7 ± 33,7 ind.ha -1 ) e de baixio (72,7 ± 29,9 ind.ha -1 ). Os valores de riqueza (284 espécies) e diversidade (H’= 4,77 nats.ind. - 1 ) da floresta perturbada são inferiores aos valores encontrados na floresta não-perturbada (917 e 5,85, respectivamente). Todavia, a riqueza e a diversidade de espécies da floresta perturbada são similares às encontradas em outras florestas de terra firme da Amazônia Central. A densidade de espécies pioneiras nas grandes clareiras foi maior do que nas áreas intactas. Provavelmente, mudanças nas condições ambientais nas áreas de grandes clareiras favoreceram o estabelecimento de tais espécies. Ao longo de um ano foram coletadas 5.366 sementes e/ou propágulos na chuva de sementes da floresta perturbada. Foram reconhecidas 232 morfoespécies e a densidade média de sementes foi de 24,8 ± 16,9 sementes.(m 2 ) -1 .ano -1 (IC= 95%). A riqueza média foi de 14,9 ± 0,3 espécies.(m 2 ) -1 .ano -1 (IC= 95%), valor este que variou ao longo dos meses (p< 0,00001).
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Incêndios rasteiros em florestas alagáveis e de terra firme na Amazônia central

Resende, Angélica Faria de 18 March 2014 (has links)
Submitted by Dominick Jesus (dominickdejesus@hotmail.com) on 2016-02-10T17:57:54Z No. of bitstreams: 2 Dissertação_Angelica Faria de Resende.pdf: 581270 bytes, checksum: 854c109b6ca55565543d621610218440 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-10T17:57:55Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação_Angelica Faria de Resende.pdf: 581270 bytes, checksum: 854c109b6ca55565543d621610218440 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2014-03-18 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas - FAPEAM / A fire in November 2009 about 100 km south of Manaus penetrated seasonally flooded forest of low fertility (igapó) and neighboring upland forest, providing a natural experiment for comparing fire damage between these two widespread Amazonian forest types. In ten plots of 250 m x 20 m, basal area (> 10 cm DBH) and stem density were measured in each forest type, 3- 4 years after the fire. Ten unburned plots per forest type were used as proxies for pre-burn forest structure. As indicators of fine fuel flammability, five sensors were installed 50 cm above the litter layer in each of the unburned forest types in the 2013 dry season, providing a comparison of mid-day extremes of relative humidity and temperature. Both forest types had significantly lower stem density after burning, when compared to unburned forest of the same type. The average stem loss of 59% in the flooded forests was significantly greater (p=0.001 ANOVA) than the 18% of stem loss in terra firme forest. Average basal area loss was 49% in the flooded forest, also higher (p=0.034, Mann-Whitney U test) than in terra firme forest (23 %). Mid-day extremes of relative humidity were lower (p=0.009) and extremes of temperature were higher (p=0.008, Mann-Whitney U test) in the understory of seasonally flooded forest. The study allowed us to conclude that the infertile floodplain forests are more flammable. This difference in microclimate -- together with higher fuel loads and greater susceptibility of fine roots to fire damage in a superficial the root mat shown in a previous study – leads to greater damage when floodplain forests (igapó) are penetrated by ground fires. / Um incêndio ocorrido em novembro de 2009 a cerca de 100 km ao sul de Manaus penetrou florestas de baixa fertilidade inundadas sazonalmente (igapós) e florestas de terra firme próximas, proporcionando um experimento natural para a comparação do dano causado pelo fogo entre estes dois tipos de ecossistemas florestais da amazônica. Em dez parcelas de 250 m x 20 m, a área basal (DAP> 10 cm) e a densidade de indivíduos foram mensurados, em cada tipologia florestal, 3-4 anos após o incêndio. Dez parcelas não queimadas por tipo de floresta foram utilizadas como testemunho para representar a estrutura das mesmas antes do fogo. Como indicadores de inflamabilidade do combustível fino, cinco sensores foram instalados 50 centímetros acima da serapilheira em cada um dos tipos florestais não queimados, na estação seca de 2013, fornecendo uma comparação dos extremos de temperatura e umidade relativa ao meio- dia. Ambas as tipologias florestais tinham significativamente menor número de indivíduos (densidade) após a queimada, quando comparadas à floresta não queimada do mesmo tipo. A perda de densidade média foi de 59 % nas florestas inundadas, o que foi significativamente maior (p = 0,001 ANOVA) do que os 18% perdidos em floresta de terra firme. A perda média de área basal foi de 49% na floresta inundada, também maior (p = 0,034, teste U de Mann -Whitney) do que em terra firme (23%). Os extremos de umidade relativa do ar por volta do meio-dia foram inferiores (p = 0,009) e os extremos de temperatura foram maiores (p = 0,008, teste U de Mann - Whitney) no sub-bosque da floresta inundada. O estudo permitiu concluir que as florestas inundáveis de baixa fertilidade são mais inflamáveis. Esta diferença de microclima, juntamente com cargas de combustível mais elevadas e maior susceptibilidade de raízes finas a danos por fogo em uma camada superficial do tapete de raízes leva a um maior dano quando florestas alagáveis de igapó são atingidas por incêndios rasteiros.
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Doseamento de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos em solos florestais

Castro, Cornélia Garrido Sousa January 2000 (has links)
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Alternativas para estabilização granulométrica e química de solo de estradas florestais / Alternatives for granulometrical and chemical stabilization of soil for forest roads

Arrivabeni, Breno Santos 15 February 2017 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2017-08-16T15:58:46Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 1360255 bytes, checksum: 44ec8abbe68d428920f77cb20b78f53e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-16T15:58:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 1360255 bytes, checksum: 44ec8abbe68d428920f77cb20b78f53e (MD5) Previous issue date: 2017-02-15 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O presente estudo teve por objetivo avaliar a resistência mecânica de solos para base granular com e sem o uso de aditivos químicos, inferindo na viabilidade de aplicação de tais estabilizantes em solos de estradas florestais. As amostras coletadas foram submetidas à padronização granulométrica apresentada pelo DNIT (2006), atendendo especificamente as faixas A, C e F. As amostras foram trabalhadas em sua constituição original e em sua adequação às faixas supracitadas, sendo que a estas foram adicionados cimento, cal e emulsão, separadamente, como estabilizantes químicos. Empregou-se cimento Portland CP II E-32 no teor de 4%, cal hidratada nos teores de 4% e 8% e a combinação de emulsão RR-1C com teores de 4% de cimento. Inicialmente caracterizou-se o cascalho e posteriormente procedeu-se à compactação, ao ensaio de Índice de Suporte Califórnia e ao ensaio de Resistência à Compressão Simples em conformidade com as normas específicas para cada aditivo. Para o solo com estabilizantes, os resultados de RCS se apresentaram superiores aos dos solos sem tratamento químico, ainda que abaixo do sugerido pela norma dos ensaios. Os resultados CBR evidenciaram que o uso de cal, cimento ou emulsão ao solo apresentou valores de suporte muito superiores aos dos solos sem tratamento com estabilizantes, o que comprova a eficácia do uso de aditivos no aumento das propriedades mecânicas do solo. O cimento apresentou o melhor resultado dentre os aditivos, atingindo capacidade de suporte 3 vezes superior ao CBR padrão, no qual comumente se emprega a brita graduada. Portanto, a estabilização combinada granulométrica e quimicamente apresenta-se como uma solução viável frente à falta de selamento asfáltico das estradas rurais e florestais, inferindo em bons resultados quanto à estabilização e ao desgaste causado pelo tráfego. / The present study was aimed to evaluate the mechanical strength of soils for granular base with and without the use of chemical additives, which implies in the viability of application of those stabilizers at soils for forest roads. The collected samples were submitted to grain size standardization presented by DNIT, attending specifically the bands A, C and F. The samples were used in their original composition and with their adequacy to the mentioned bands, which then were added cement, lime and emulsion as chemical stabilizers. The cement utilized was the Portland CP II E-32 at 4%, hydrated lime at 4% and 8% and the combination of emulsion RR-1C with 4% of Portland’s cement. Initially the gravel was defined, then aggregated and finally submitted to the CBR (California Bearing Ratio) test. Following that, it was performed the resistance to single compression test, through the elaboration of specimens and using the data from the material’s aggregation. The results from the single compression test for the soil with chemical additives were below from the one suggested by the standard tests, however superiors to the ones from the natural soil and the untreated soil. The results from the CBR showed that the soil, when added with lime, cement and emulsion, presented support numbers far greater than the natural soil and from the ones adequate to the untreated bands, which confirms the effectiveness of the use of additives in the increase of soils mechanical properties. The cement showed the best result between the additives, reaching a support capacity 3 times superior to the standard CBR, which commonly uses the measured gravel. The combined mechanical, grain size and chemical stabilization is presented as a viable solution for the lack of asphaltic sealing in these routes, showing good results in terms of stabilization and deterioration under traffic.

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