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Mortalidade e expectativa de vida = tendências e desigualdades sociais / Mortality and life expectancy : trends and social inequalities

Belon, Ana Paula 17 August 2018 (has links)
Orientador: Marilisa Berti de Azevedo Barros / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-17T21:28:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Belon_AnaPaula_D.pdf: 1204801 bytes, checksum: 6123af03829a65a6e5c2a948fceae9d5 (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: A mortalidade no país apresenta tendência de queda e, em consequência, a expectativa de vida ao nascer (e0) se amplia. Todavia, estas mudanças não se manifestam uniformemente em todas as idades, causas de morte e em ambos os sexos. Estudos que analisam as desigualdades sociais indicam ainda que o declínio da mortalidade não atinge todos os segmentos socioeconômicos da população com a mesma força e ritmo. Diante destas considerações, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da redução da mortalidade no aumento da e0, bem como analisar as desigualdades sociais no tempo médio de vida e nos coeficientes de mortalidade no município de Campinas. Os resultados desta tese são apresentados em três capítulos. No primeiro, Expectativa de vida ao nascer: impacto das variações na mortalidade por idade e causas de morte no município de Campinas, São Paulo, Brasil, foram analisadas as contribuições de grupos etários e causas de morte no aumento da e0 entre 1991, 2000 e 2005. Foram construídas tábuas de mortalidade e aplicado o método de Pollard para mensurar os efeitos da variação da mortalidade na evolução da e0. O crescimento da mortalidade por causas externas, entre 1991/2000, ocasionou redução de 1,1 ano, devido, principalmente, ao aumento da mortalidade entre os jovens. As doenças cardiovasculares contribuíram substancialmente para ampliação da e0 feminina neste período. Entre 2000/2005, as causas externas responderam pelo acréscimo de 2,3 anos na população masculina. No segundo capítulo, Redução das desigualdades sociais na expectativa de vida ao nascer em município do Sudeste brasileiro, avaliou-se a tendência das desigualdades sociais na e0 entre 2000 e 2005. Utilizando-se abordagem ecológica, as áreas de abrangência dos Centros de Saúde foram agrupadas em três estratos socioeconômicos, definidos a partir de variáveis censitárias de renda e escolaridade. Tábuas de mortalidade foram construídas para cada estrato. Verificou-se que as desigualdades sociais na e0 reduziram entre 2000/2005, devido ao maior incremento de anos de vida no estrato de baixo nível socioeconômico. Os homens experimentaram os maiores ganhos, diminuindo as distâncias na e0 entre os sexos. O terceiro capítulo, Desigualdade social na mortalidade: diferenças de gênero e nível socioeconômico em município brasileiro, analisou a magnitude das desigualdades sociais na mortalidade no período de 2004/2008. Empregando a estratificação social das áreas de saúde, foram calculados coeficientes de mortalidade por grupos etários, sexo e causas de morte para cada estrato, e estimados intervalos de confiança de 95% para as razões entre taxas. Registrou-se gradiente social na mortalidade entre os estratos na maioria dos grupos etários, com risco de morte aumentando do estrato Alto para o Baixo. As desigualdades sociais foram significativas em todos os grupos de causas de morte. As maiores desigualdades entre os estratos extremos ocorreram no sexo feminino, exceto para causas externas que foi, entre os homens, 2 vezes superior no Baixo em comparação ao Alto. Apenas a neoplasia de mama apresentou gradiente social invertido. Estes resultados podem auxiliar na orientação de políticas públicas de saúde visando garantir maior equidade quanto às condições de saúde, provendo atenção, em especial, aos grupos mais vulneráveis da população / Abstract: In Brazil, the mortality is declining and, by consequence, life expectancy at birth (e0) is rising. However, these changes do not occur uniformly in all ages, causes of death, and both sexes. Studies that investigate social inequalities also show that the decrease in mortality does not reach all socioeconomic segments of population with the same force and rhythm. Therefore, the aim of this study was to evaluate the effects of the mortality reduction on the increase of e0, and also to analyze social inequalities in e0 and mortality in the city of Campinas. The results of this thesis are presented in three chapters. In the first chapter, Life expectancy at birth: impact of mortality changes by age groups and causes of death in the city of Campinas, São Paulo, Brazil, we analyzed the contributions of age groups and causes of death to the increase in life expectancy at birth in 1991/2000 and 2000/2005. We constructed life tables and applied the Pollard's method that measures the effects of the mortality variation on the gain in e0. Between 1991/2000, the increase in mortality rates from external causes led to a reduction of 1.1 year, due to, mainly, mortality increase among young. Cardiovascular diseases contributed largely to the increase in female e0 in this period. Between 2000/2005, reductions in external causes mortality led to a gain in e0 of around 2.3 years among males. In the second chapter, Reduction of social inequalities in life expectancy at birth in a city of Southeastern Brazil, we investigated the trend of impact of social inequalities on e0 between 2000 and 2005. Through an ecological approach, the areas of health care units were grouped in three socioeconomic strata, which were defined according to variables of income and educational level in the 2000 Census. Life tables were constructed for each of the three socioeconomic strata. We observed that social inequalities in e0 reduced between 2000/2005, since the lower socioeconomic level stratum had obtained the largest gain in life years. Males experienced the highest increment, decreasing the gender gap in e0. The third chapter, Social inequality in mortality: gender and socioeconomic differences in a Brazilian city, analyzed the magnitude of social inequalities in mortality in the period 2004/2008. Using the social estratification of health areas, we calculated mortality rates by age groups, sex and causes of death for each socioeconomic stratum. Rates ratio (RR) and 95% confidence intervals were estimated for low and middle stratum in relation to the highest. In general, age-specific mortality rates had a social gradient with increasing risks of death from higher to lower stratum. The inequalities among strata were statistically significant for all causes of death / Doutorado / Epidemiologia / Doutor em Saude Coletiva

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