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O acompanhamento terapêutico escolar no processo de inclusão de uma criança autistaNascimento, Verônica Gomes 06 July 2015 (has links)
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Dissertação Verônica G Nascimento.pdf: 1388596 bytes, checksum: 4a4fceaddea917890e6b993b36953f19 (MD5) / CAPES / O presente estudo relata uma experiência em acompanhamento terapêutico escolar realizado com uma criança autista durante três anos e meio. O acompanhamento terapêutico tem sido inserido nas escolas como uma ferramenta para a inclusão e o atendimento às crianças com necessidades educativas especiais. Essa atuação teve influências marcantes historicamente: a Reforma Psiquiátrica levantou discussões importantes para o tratamento de pacientes com transtornos mentais; a educação terapêutica, experiência iniciada por Maud Mannoni, possibilitou a articulação entre o educar e o tratar as crianças autistas e psicóticas; e os movimentos pela inclusão escolar promoveram a abertura para a entrada dessas crianças no contexto educacional e para a prática do acompanhamento terapêutico escolar. Nesta pesquisa, a inclusão é considerada como ato político, mas principalmente como ato terapêutico, por promover o encontro de crianças com fragilidades na construção do laço social com o outro (com pares). Assim, o acompanhamento terapêutico escolar provê a mediação entre a criança autista e os outros (pares, atores escolares), com o intuito de implicar todos no processo inclusivo. Além disso, o acompanhamento terapêutico escolar visa retomar a estruturação psíquica interrompida na criança. A pesquisa analisou de que modo o acompanhamento terapêutico escolar contribui para o processo de inclusão das crianças com autismo, por meio de um estudo de caso único. Foram observadas mudanças significativas na criança e nas suas relações sociais, pois ela passou a se envolver nas atividades, nas brincadeiras e nos diálogos com os colegas e atores escolares. Por meio de uma leitura psicanalítica, o processo de retomada da estruturação do sujeito foi analisado, considerando as operações psíquicas de alienação e separação. Avanços foram identificados principalmente nos aspectos relacionados com a linguagem, com o laço social, com o brincar simbólico e com o ato de aprender. Diante das considerações elaboradas pela pesquisa, o acompanhamento terapêutico escolar mostra-se como uma importante ferramenta para a inclusão e para o processo de subjetivação.
This study presents an experience of school therapeutic accompaniment with an autistic child for three and a half years. Therapeutic accompaniment has been inserted in schools as a tool for the inclusion and support of children with special educational needs. It has historically been influenced by the Psychiatric Reform, which raised important discussions for the treatment of patients with mental disorders; the therapeutic education, an experience initiated by Maud Mannoni which enabled the articulation between educating and treating autistic and psychotic children; and the movements for school inclusion, which led to the entrance of these children in the educational context and to the practice of school therapeutic accompaniment. In this research, inclusion is considered as a political act, but mainly as a therapeutic act, for promoting the encounter of the children with fragilities in building the social bond with others (with peers). Thus, school therapeutic accompaniment consists of the mediation between the autistic child and the others (peers, school actors), with the intention of implicating everyone in the inclusive process. In addition, school therapeutic accompaniment aims to recover the interrupted psychic structuring of the child. Therefore, this research analyzed how school therapeutic accompaniment contributes for the inclusion process of children with autism by means of a single case study. Significant changes were observed in the child accompanied and in his social relations, because he began to involve himself in the activities, games and dialogues with the colleagues and school actors. In light of a psychoanalytical reading, the process of recovering the subject’s structuring was observed, considering the psychic operations of alienation and separation. Progresses were identified mainly in language, in the social bond, in the symbolic play and in the act of learning. Given the considerations elaborated by this research, the school therapeutic accompaniment shows up as an important tool for inclusion and for the subjectivation process.
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