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Frugivoria e efetividade de dispersão de sementes dos últimos grandes frugívoros da Mata Atlântica: a anta (Tapirus terrestris) e o muriqui (Brachyteles arachnoides)Bueno, Rafael da Silveira [UNESP] 13 August 2010 (has links) (PDF)
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bueno_rs_me_rcla.pdf: 1185373 bytes, checksum: a1a01711e7528314a079b69aa146743e (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Grandes mamíferos exercem um considerável impacto no recrutamento de plantas nas florestas tropicais. A anta (Tapirus terrestris) e o muriqui (Brachyteles arachnoides), ambos ameaçados de extinção, são os maiores frugívoros terrestre e arborícola da Floresta Atlântica Brasileira e pouco estudados em termos de efetividade na dispersão de sementes. Nós comparamos aspectos quantitativos e qualitativos da dispersão de sementes por estas espécies uma Floresta Atlântica contínua no sudeste do Brasil. Muriquis dispersaram pelo menos 28 espécies de plantas, com média de 23,3 sementes por defecação, enquanto as antas dispersaram somente 6 espécies, porém com média de 72,5 sementes por defecação. Apenas uma espécie (Euterpe edulis) dispersa pela anta não foi encontrada nas defecações dos muriquis. Muriquis podem dispersar sementes de 2,2 a 23,4 mm de largura, enquanto as antas podem dispersar de 2,9 a 30 mm. Antas depositam as sementes de forma agregada em cada defecação ou latrinas, enquanto os muriquis as espalham pela sua área de vida. Um único muriqui dispersa no mínimo 918 sementes ≥ 2 mm por mês enquanto uma única anta na mesma área dispersa no mínimo 140 sementes ≥ 2 mm por mês. Em cerca de 1000 ha, um indivíduo de muriqui podem dispersar mais de 11.000 sementes ≥ 2mm/ano e um indivíduo de anta cerca de 1.680 sementes ≥ 2mm/ano. Ambos animais são fundamentais e complementares para a dispersão de sementes da Mata Atlântica. Se por um lado o muriqui dispersa mais espécies, a anta dispersa sementes muito grandes. Apesar dos muriquis dispersarem pelos menos 13 vezes mais sementes e produzirem uma chuva de sementes mais intensa que as antas, essas são capazes de dispersar sementes em locais que os muriquis não visitam, como áreas abertas e florestas degradadas, além de dispersam as semente a maiores distâncias. A extinção desses megafrugívoros... / Large bodied mammals may pose a great impact on plant recruitment in tropical forests. The tapir (Tapirus terrestris) and the muriqui (Brachyteles arachnoides), both threatened by extinction, are the largest frugivores in the Brazilian Atlantic forests and are poorly studied in terms of seed dispersal effectiveness. We compared quantitative and qualitative aspects of seed dispersal by these species in a continuous Atlantic forest in southeastern Brazil. Muriquis was observed to disperse at least 28 fruit species, with mean of 23,3 seeds per feces while tapirs dispersed only six species but with mean of 72,5 seeds per feces. Only one species (Euterpe edulis) dispersed by tapirs was not found in muriqui’s feces. Muriquis can disperse seeds from 2.2 to 23.4 mm wide, while tapirs from 2.9 to 29.4 mm. Tapirs deposit the dispersed seeds aggregated in single feces or in latrines, while muriquis scatter them around their home range. A single muriqui can disperse at least 918 seeds >2mm/month while a single tapirs in the same area occupied by muriquis can disperse 140 seeds >2mm/month. Therefore, in 1000ha about 11.000 seeds >2mm/year are dispersed by the muriquis and tapirs dispersed about 1.680 seeds >2mm/year. Both animals are complementary to the seed dispersal cycle in the Atlantic Forest. If in one hand muriquis disperse more species, tapirs disperse very large seeds. Despite muriquis disperse at least 13 times more seeds and produce a more intense seed rain, tapirs are able to disperse seeds in places not visited by the muriquis, as open areas, degraded forests, and disperse seeds farther than muriquis. The extinction of these megafrugivores can negatively affect the recruitment of several species of plants, specially those with large seeds occurring in the Atlantic Forest (like Sapotaceae and Chrysobalanaceae) that have muriquis and tapirs as the last seed dispersers
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Frugivoria e efetividade de dispersão de sementes dos últimos grandes frugívoros da Mata Atlântica : a anta (Tapirus terrestris) e o muriqui (Brachyteles arachnoides) /Bueno, Rafael da Silveira. January 2010 (has links)
Orientador: Mauro Galetti Rodrigues / Banca: Laurence Cullot / Banca: Patrícia Izar / Resumo: Grandes mamíferos exercem um considerável impacto no recrutamento de plantas nas florestas tropicais. A anta (Tapirus terrestris) e o muriqui (Brachyteles arachnoides), ambos ameaçados de extinção, são os maiores frugívoros terrestre e arborícola da Floresta Atlântica Brasileira e pouco estudados em termos de efetividade na dispersão de sementes. Nós comparamos aspectos quantitativos e qualitativos da dispersão de sementes por estas espécies uma Floresta Atlântica contínua no sudeste do Brasil. Muriquis dispersaram pelo menos 28 espécies de plantas, com média de 23,3 sementes por defecação, enquanto as antas dispersaram somente 6 espécies, porém com média de 72,5 sementes por defecação. Apenas uma espécie (Euterpe edulis) dispersa pela anta não foi encontrada nas defecações dos muriquis. Muriquis podem dispersar sementes de 2,2 a 23,4 mm de largura, enquanto as antas podem dispersar de 2,9 a 30 mm. Antas depositam as sementes de forma agregada em cada defecação ou latrinas, enquanto os muriquis as espalham pela sua área de vida. Um único muriqui dispersa no mínimo 918 sementes ≥ 2 mm por mês enquanto uma única anta na mesma área dispersa no mínimo 140 sementes ≥ 2 mm por mês. Em cerca de 1000 ha, um indivíduo de muriqui podem dispersar mais de 11.000 sementes ≥ 2mm/ano e um indivíduo de anta cerca de 1.680 sementes ≥ 2mm/ano. Ambos animais são fundamentais e complementares para a dispersão de sementes da Mata Atlântica. Se por um lado o muriqui dispersa mais espécies, a anta dispersa sementes muito grandes. Apesar dos muriquis dispersarem pelos menos 13 vezes mais sementes e produzirem uma chuva de sementes mais intensa que as antas, essas são capazes de dispersar sementes em locais que os muriquis não visitam, como áreas abertas e florestas degradadas, além de dispersam as semente a maiores distâncias. A extinção desses megafrugívoros... (resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Large bodied mammals may pose a great impact on plant recruitment in tropical forests. The tapir (Tapirus terrestris) and the muriqui (Brachyteles arachnoides), both threatened by extinction, are the largest frugivores in the Brazilian Atlantic forests and are poorly studied in terms of seed dispersal effectiveness. We compared quantitative and qualitative aspects of seed dispersal by these species in a continuous Atlantic forest in southeastern Brazil. Muriquis was observed to disperse at least 28 fruit species, with mean of 23,3 seeds per feces while tapirs dispersed only six species but with mean of 72,5 seeds per feces. Only one species (Euterpe edulis) dispersed by tapirs was not found in muriqui's feces. Muriquis can disperse seeds from 2.2 to 23.4 mm wide, while tapirs from 2.9 to 29.4 mm. Tapirs deposit the dispersed seeds aggregated in single feces or in latrines, while muriquis scatter them around their home range. A single muriqui can disperse at least 918 seeds >2mm/month while a single tapirs in the same area occupied by muriquis can disperse 140 seeds >2mm/month. Therefore, in 1000ha about 11.000 seeds >2mm/year are dispersed by the muriquis and tapirs dispersed about 1.680 seeds >2mm/year. Both animals are complementary to the seed dispersal cycle in the Atlantic Forest. If in one hand muriquis disperse more species, tapirs disperse very large seeds. Despite muriquis disperse at least 13 times more seeds and produce a more intense seed rain, tapirs are able to disperse seeds in places not visited by the muriquis, as open areas, degraded forests, and disperse seeds farther than muriquis. The extinction of these megafrugivores can negatively affect the recruitment of several species of plants, specially those with large seeds occurring in the Atlantic Forest (like Sapotaceae and Chrysobalanaceae) that have muriquis and tapirs as the last seed dispersers / Mestre
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