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Vinte anos de suplementação de vitamina A no Ceará : estudo da cobertura, do efeito na morbidade infantil e dos aspectos políticos, nutricionais e socioeconômicos associados / Twenty years of supplementation of vitamin A in Ceará : study of coverage, the effect on infant morbidity and the political aspects, nutritional and socioeconomic factors associatedRocha, Hermano Alexandre Lima January 2012 (has links)
ROCHA, Hermano Alexandre Lima. Vinte anos de suplementação de vitamina A no Ceará : estudo da cobertura, do efeito na morbidade infantil e dos aspectos políticos, nutricionais e socioeconômicos associados. 2012. 87 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2012. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-12-17T14:15:29Z
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Previous issue date: 2012 / Estima-se que a carência de vitamina A atinja atualmente 250 milhões de pré-escolares. Destas, de 250.000 a 500.000 se tornam irreversivelmente cegas, e metade desse número evolui para o óbito nos primeiros 12 meses seguintes, após a perda da visão. A defici-ência de vitamina A ainda é a principal causa de cegueira infantil no mundo. Os efeitos mais divulgados da suplementação de vitamina A são a redução da gravidade de episódios de diar-reia e de infecções de vias aéreas superiores. A redução da mortalidade total em crianças atra-vés da suplementação é identificada em grupos populacionais de extrema pobreza e com alta prevalência de diarreia. A suplementação periódica de vitamina A em crianças é o método recomendado pela Organização Mundial de Saúde para a correção desta deficiência nutricio-nal, e a suplementação com altas doses é efetiva, suprindo a carência por vários meses. Neste trabalho, objetiva-se observar a prevalência da suplementação de vitamina A em cinco perío-dos distintos, entre 1987 e 2007, medindo o impacto que esta suplementação causa na morbi-dade, e, através da série histórica, observar a importância dos programas de suplementação nos níveis de vitamina A populacionais, bem como os fatores socioeconômicos e biológicos que levaram a esta suplementação em cada período e nível nutricional. Os estudos utilizados como base foram do tipo transversal de base populacional, com abrangência estadual, estu-dando uma amostra representativa da população de crianças pré-escolares do Ceará, de cerca de duas mil crianças em cada ano. O estado do Ceará se caracteriza como um dos mais pobres do país. Fez-se análise inicialmente descritiva, seguida por análise bivariada e multivariada. Ao se analisar a prevalência de suplementação no estado do Ceará nos períodos estudados, pode-se observar uma tendência de aumento na distribuição das megadoses, variando de 9,6% a 65,8% de cobertura, porém com flutuações devido a mudanças na política de distribuição de vitamina A. Pode-se observar também que o impacto da suplementação na redução das mor-bidades tem se tornado cada vez menor. Além disso, observa-se que a suplementação pode estar associada com maior frequência de morbidades, mesmo quando esta é corrigida para a alimentação rica em vitamina A (RC 1,8, IC95% [1,204-2,956]). Viu-se que os fatores mais impactantes na adesão a suplementação são os associados a cuidados em saúde e os socioeco-nômicos (RC 1,7, IC95% [1,416-2,274]). Verificou-se diminuição da inequidade na cobertura de vitamina A. Conclui-se que os programas políticos são essenciais para a cobertura, que os cuidados em saúde são os fatores de maior importância para a frequência da suplementação, e que esta tem benefício controverso na redução de morbidade.
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Educação nutricional em serviços de saúde pública: procure espaço para ação efetiva / Nutrition education in public health services: look for place for effective actionBoog, Maria Cristina Faber 14 August 1996 (has links)
O estudo refere-se a uma pesquisa que teve por objetivo discutir a implementação de atividades de Educação Nutricional em Serviços Públicos de Saúde, através da visão dos profissionais que tradicionalmente atuam nesses serviços: médicos e enfermeiros. Utilizou-se o método da pesquisa-ação descrito por Thiollent, o qual pressupõe uma intervenção do pesquisador na realidade e a proposta de aumentar o conhecimento e a consciência dos sujeitos pesquisados a respeito da problemática estudada. Os resultados descrevem: a construção do saber sobre Nutrição através das Instituições formadoras, Instituições profissionais e vivência profissional; a conduta adotada face aos problemas relativos à alimentação no cotidiano profissional em contraposição ao enfrentamento dos mesmos no cotidiano pessoal; a percepção dos profissionais acerca das atividades de Educação Nutricional, segundo a conceituação de educação/orientação, tipificação de papéis profissionais e processo de institucionalização; a visão dos profissionais relativa à Educação Nutricional frente a situações contraditórias: problema clínico versus problema alimentar, nutrição versus renda e problemas de saúde emergentes no Brasil: doenças crônico-degenerativas. Nas considerações finais são apresentadas propostas norteadoras de ações futuras visando a institucionalização da prestação deste serviço e o desenvolvimento da Educação Nutricional no âmbito do ensino e da pesquisa. / This work concerns a study that had as its objective the discussion of the implementation of Nutritional Education activities in Public Health Services by means of the point of view of the professionals who take part in these services: doctors and nurses. The action-research method described by Thiollent was used. This method presupposes an intervention of the researcher in reality and proposes increasing the understanding and awareness of the problem studied on the part of the subjects involved in the study. The results describe: the construction of knowledge about Nutrition by means of educational and professional institutions and professional life; the behaviour adopted in the face of problems relating to food practices in daily professional living in contrast to facing the same problems in daily pcrsonal living; the perception of professionals about activities of Nutritional Education according to education/orientation conceptualisation, typography of professional roles and the process of institutionalisation; the view of the professional regarding Nutritional Education when confronting contradictory situations like clinical problems versus alimentary problems, nutrition versus income and emerging health problems in Brazil such as chronic-degenerative illnesses. The final considerations present orientating proposals for futurc action seeking the institutionalisation of offering this service and the development of Nutritional Education in the sphere of teaching and research.
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Educação nutricional em serviços de saúde pública: procure espaço para ação efetiva / Nutrition education in public health services: look for place for effective actionMaria Cristina Faber Boog 14 August 1996 (has links)
O estudo refere-se a uma pesquisa que teve por objetivo discutir a implementação de atividades de Educação Nutricional em Serviços Públicos de Saúde, através da visão dos profissionais que tradicionalmente atuam nesses serviços: médicos e enfermeiros. Utilizou-se o método da pesquisa-ação descrito por Thiollent, o qual pressupõe uma intervenção do pesquisador na realidade e a proposta de aumentar o conhecimento e a consciência dos sujeitos pesquisados a respeito da problemática estudada. Os resultados descrevem: a construção do saber sobre Nutrição através das Instituições formadoras, Instituições profissionais e vivência profissional; a conduta adotada face aos problemas relativos à alimentação no cotidiano profissional em contraposição ao enfrentamento dos mesmos no cotidiano pessoal; a percepção dos profissionais acerca das atividades de Educação Nutricional, segundo a conceituação de educação/orientação, tipificação de papéis profissionais e processo de institucionalização; a visão dos profissionais relativa à Educação Nutricional frente a situações contraditórias: problema clínico versus problema alimentar, nutrição versus renda e problemas de saúde emergentes no Brasil: doenças crônico-degenerativas. Nas considerações finais são apresentadas propostas norteadoras de ações futuras visando a institucionalização da prestação deste serviço e o desenvolvimento da Educação Nutricional no âmbito do ensino e da pesquisa. / This work concerns a study that had as its objective the discussion of the implementation of Nutritional Education activities in Public Health Services by means of the point of view of the professionals who take part in these services: doctors and nurses. The action-research method described by Thiollent was used. This method presupposes an intervention of the researcher in reality and proposes increasing the understanding and awareness of the problem studied on the part of the subjects involved in the study. The results describe: the construction of knowledge about Nutrition by means of educational and professional institutions and professional life; the behaviour adopted in the face of problems relating to food practices in daily professional living in contrast to facing the same problems in daily pcrsonal living; the perception of professionals about activities of Nutritional Education according to education/orientation conceptualisation, typography of professional roles and the process of institutionalisation; the view of the professional regarding Nutritional Education when confronting contradictory situations like clinical problems versus alimentary problems, nutrition versus income and emerging health problems in Brazil such as chronic-degenerative illnesses. The final considerations present orientating proposals for futurc action seeking the institutionalisation of offering this service and the development of Nutritional Education in the sphere of teaching and research.
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Saúde das pessoas com deficiência do campo no âmbito da atenção básica : percepções dos trabalhadores e reflexões sobre políticas de equidade para pessoas em situação de dupla vulnerabilidadeUrsine, Bárbara Lyrio 31 August 2016 (has links)
Mestrado (dissertação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-11-08T15:27:48Z
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2016_BárbaraLyrioUrsine.pdf: 1433595 bytes, checksum: 022942b9104533db7ecb0009d62cccd2 (MD5) / A Atenção Básica deve ser contato preferencial dos usuários com vistas a garantir o direito à saúde da pessoa com deficiência do campo que vivem uma condição de dupla vulnerabilidade. A inserção da interseccionalidade nas políticas de saúde pode revelar as desigualdades múltiplas. O objetivo desta pesquisa é investigar sobre a saúde das pessoas com deficiência do campo em uma Unidade Básica de Saúde, no município de Grão Mogol, Minas Gerais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que se fundamentou na investigação emancipatória da deficiência e foi desenvolvida em duas etapas: empírica e teórica. A investigação empírica, na modalidade compreensiva, de cunho etnometodológico na fase sistemática, sendo realizada observação participante e debates por meio da roda, com registro em diário de campo, e entrevistas semiestruturadas com os trabalhadores da Estratégia Saúde da Família. Na análise, combinaram-se os dados coletados para Triangulação. A pesquisa teórica derivou da empírica para aprofundar reflexões sobre políticas de saúde a partir dos princípios da equidade e integralidade, debatendo os conceitos de ruralidades, deficiência e interseccionalidade. Constatou-se na pesquisa de campo que as políticas desenvolvimentistas e inserção das políticas públicas estão transformando a vida da população do campo. A deficiência está ancorada no modelo biomédico e a dimensão da caridade se ressalta nas ações em saúde desenvolvidas pela Unidade Básica de Saúde investigada. A fim de enfrentar as barreiras de acesso à saúde, o desenho da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência deve ser repactuado. Constatou-se na investigação teórica que as concepções de ruralidade e do modelo social da deficiência, que emergiram do debate crítico ao modelo hegemônico, fundamentaram as políticas de saúde para população do campo e para pessoas com deficiência. Verificou-se também que a dupla vulnerabilidade da população do campo com deficiência não é discutida na literatura nacional e tem sido pouco abordada expressamente em documentos oficiais dessas políticas. O espaço na agenda política foi conquistado através da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência e da Política Nacional de Saúde Integral para as Populações do Campo, da Floresta e das Águas, valorizando a Atenção Básica como contato preferencial na rede de atenção à saúde. A inserção da interseccionalidade nas políticas de equidade pode contribuir para repensá-las na perspectiva das desigualdades múltiplas, revelando a realidade social e propiciando a ampliação do acesso e qualificação do atendimento à população do campo com deficiência. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Primary Care should be preferred contact of users with a view to ensuring the right to health of the person with disability field who live a double condition of vulnerability. The insertion of intersectionality in health policies can reveal the multiple inequalities. The objective of this research is to investigate on the health of people with disabilities field in a Basic Health Unit in the city of Grand Mogol, Minas Gerais. This is a qualitative research that was based on the emancipatory research deficiency and was developed in two stages: theoretical and empirical. Empirical research, comprehensive mode of ethnomethodological nature of the systematic phase, being conducted participant observation and discussions through the wheel with journaling field, and semi-structured interviews with workers of the Family Health Strategy. The analysis combined the data collected to Triangulation. The theoretical research derived from empirical to deepen reflections on health policies based on the principles of fairness and integrity, discussing the concepts of ruralities, disability and intersectionality. It was found in field research that development policies and integration of public policies are transforming the lives of rural people. Disability is anchored in the biomedical model and the size of the charity is emphasized in health actions developed by the Basic Health Unit investigated. In order to address the health access barriers, the design of People with Disabilities in Care Network should be renegotiated. It was found in theoretical research that the concepts of rurality and the social model of disability, which emerged from the critical debate to the hegemonic model, substantiate health policies for the rural population and people with disabilities. It was also found that the double vulnerability of rural people with disabilities is not discussed in the national literature and has expressly been rarely addressed in official documents such policies. The space on the political agenda has been achieved through the People with Disabilities in Care Network and the National Comprehensive Health Policy for the Field Populations, Forest and Water, enhancing primary care as the preferred contact on the network of health care. The insertion of intersectionality in equity policies can contribute to rethink them in view of the multiple inequalities, revealing the social reality and providing increased access and qualification of care to the rural population with disabilities.
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Monitoramento do crescimento e desenvolvimento de menores de cinco anos atendidos em serviços públicos de saúde do Estado de Pernambuco.RATIS, Cristiane de Albuquerque Silva January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / O estudo objetiva avaliar o monitoramento do crescimento e desenvolvimento numa
amostra de 1.669 menores de cinco anos em 120 serviços públicos de saúde do
Estado de Pernambuco (Região Metropolitana e Interior), a parir de dados da
pesquisa Atenção à Saúde Materno-Infantil realizada em 1998. A avaliação
considera aspectos referentes à estrutura, ao processo, à conduta dos profissionais
ao detectar problemas no crescimento e desenvolvimento e à opinião dos mesmos a
respeito da resolutividade do serviço referente às ações de crescimento e
desenvolvimento. Os resultados obtidos revelam que 84,2% das unidades dispõem
de balanças para o atendimento das crianças; 90% possuem cartão, sendo o
estoque suficiente em 83,3%, apresentando distribuições estatisticamente
significantes para os espaços geográficos (p< 0,05). Mais de 70% das unidades não
possuem normas orientadoras do monitoramento do crescimento e desenvolvimento
infantil. Dos profissionais destinados ao atendimento das crianças, 76%
correspondem a atendentes, auxiliares de enfermagem e enfermeiros, 23% são
médicos e 1% nutricionistas. No total de crianças atendidas no estado, 45,9% não
foram pesadas e 83,8% não foram medidas; mais de 80% dos acompanhantes não
receberam nenhuma informação sobre o crescimento e desenvolvimento de suas
crianças. Há diferença estatisticamente significante (p<0,01) na freqüência de
pesagem e medida de estatura na RMR e no Interior. Das 1.669 crianças, 71,5%
possuíam o cartão e o levaram para a consulta. O registro do peso ao nascer na
capa do cartão foi verificado em 86,8% dos cartões analisados, enquanto sua
marcação no gráfico reduziu-se para 36,9%. O número de pontos marcados no
gráfico de crescimento do cartão apresentou associação com a idade das crianças.
No dia da consulta, o registro do peso no cartão foi efetuado em 59,9%. O registro
do desenvolvimento no cartão foi constatado em 1,2% e em 5,9% dos prontuários.
Em relação a um questionário específico direcionado aos 107 profissionais
entrevistados responsáveis pelo atendimento da criança, as respostas traduziram
um desconhecimento considerável sobre conceitos e práticas de monitoramento do
crescimento e desenvolvimento. As condutas adotadas pelos profissionais na
detecção de problemas no crescimento e desenvolvimento (orientação dietética,
marcação de nova consulta e encaminhamento para outro profissional)
representaram 32,7% do total. Mais de 80% dos profissionais opinaram ser
satisfatória a resolutividade do serviço em relação às ações do crescimento e
desenvolvimento. O estudo mostrou que a promoção da saúde da criança de forma
integral, deslocando o enfoque de uma assistência baseada em patologias para uma
atenção que contemple a criança no seu processo de crescimento e
desenvolvimento (eixo integrador de toda a atenção à criança), não é, ainda, um
comportamento normativo nos serviços públicos de saúde no Estado de
Pernambuco
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Processo de controle do câncer cérvico-uterino no sistema regionalizado e hierarquizado de saúde: projeto Cotia, 1987-1989 / Not availableWatanabe, Helena Akemi Wada 01 February 1993 (has links)
Neste trabalho, procurou-se apresentar a interpretação teórica da estratégia de regionalização dos serviços de saúde e sua aplicação prática. O processo de controle do câncer cérvico-uterino desenvolvido no sistema regionalizado e hierarquizado de saúde do Projeto Cotia, que envolvia serviços privados filantrópicos e serviços públicos estaduais e municipais, permitiu acompanhar o atendimento da clientela desde a unidade básica de saúde até seu encaminhamento a serviços de nível terciário. Este estudo foi baseado em dados obtidos através de observação, entrevistas aos técnicos e em dados prospectivos obtidos nos prontuários de 2495 mulheres matriculadas nas unidades básicas de saúde do Projeto Cotia, no período de dezembro de 1987 a novembro de 1988 e seguidas até novembro de 1989. Através deste estudo, verificou-se que a regionalização da assistência implantada no Projeto Cotia seguia critérios tecnológicos e organizacionais, tentando garantir assistência de nível primário e secundário. Verificou-se ainda que, embora a estratégia de regionalização seja indicada para o aumento de cobertura, o acesso da clientela era seletiva, garantindo a matrícula das gestantes e das mulheres encaminhadas por médicos do Pronto Atendimento; a cobertura das atividades de controle do câncer cérvico-uterino sobre a população estudada foi de 40,6 por cento. Das mulheres que passaram pelo processo de controle do câncer cérvico-uterino, 20 por cento receberam alguma conduta a nível primário, 2 por cento foram encaminhadas a nível secundário e 0,3 por cento a nível terciário. Não se obteve dados sobre conduta tomada pelos serviços em 77,8 por cento dos casos. A falta de registro em prontuários das condutas tomadas pela enfermagem e pelos médicos do pronto atendimento, o abandono de tratamento, o extravio de resultados de exames, a demora no seu recebimento (que chegou a ser de 3 meses) e as duas mudanças de laboratório de referência ocorridas durante a coleta de dados foram identificados como motivos da falta de dados referentes a condutas tomadas pelos serviços. Durante a realização· deste trabalho ocorreu a municipalização dos serviços dos municípios de Cotia e Vargem Grande Paulista. Este fato permitiu a realização de uma breve comparação do processo nos dois municípios que tinham formas diferentes de relacionamento com a SESSP e a AHC, instituição que coordenava o Projeto Cotia. A regionalização da assistência no Projeto Cotia e a política de municipalização dos serviços de saúde apontaram, na prática, alguns pontos críticos como: delimitação de região seguindo critérios político-administrativos; falta de um sistema formal de informação; e a elaboração de um plano de saúde único para uma região que envolvia mais de um município, uma vez que cada um tem autonomia para elaborar o seu próprio. / This paper concerns about the theoretical interpretation of health care regionalization strategy and its practical application. The cervix uteri cancer control process developed in the decentralized health system o f the Cotia Project, that involved private philanthropic services and state and municipal public services, enabled the author to follow the care delivered, right from the enrollment at the basic health unit until the referral process to the other levels of the health care system. This report was based on data obtained through observation o f services, interview of staff and prospective data obtained from medical registers of 2495 women who were enrolled at basic health units during the period of December, 1987 and November, 1988 and followed until November, 1989. The results showed that the health care regionalization undergone in the Cotia Project observed technological and organizational criteria. It assured health care at primary and secondary levels. The author also observed that although the regionalization strategy is recommended to extend coverage, access was selective. It guaranteed expectant mothers and women referred by physicians from first aid services belonging to the basic health centers. Coverage of cervix uteri cancer prevention activities regarding the studied population was about 40.6 per cent. Of these women, 20 per cent received procedures at primary care level, 2 per cent were referred to secondary care level and 0.3 per cent to tertiary care level. No data was available as to procedures undergone in 77. 8 per cent o f the cases. The main causes of deficiency of data on procedures were due to lack of registry on behalf of nursing personnel and physicians, treatment abandon, exams 1 results loss and delay (almost 3 months) on receiving them. During the period when data was being collected, the referral laboratory was twice changed and this fact concurred to the lack of certain data. The municipalization of the health services of Cotia and Vargem Grande Paulista counties occurred during this study. This allowed the author to compare the process that developed in these two counties that had diferente relationship with the State Health Department and the Associação Hospital de Cotia, the institution that coordinated the Cotia Project in these days. Health care regionalization in the Cotia Project and health services municipalization politics pointed out some critical issues: the use of polítical and administrative criteria to limit the region, the lack o f a formal information system, and the difficulty to develop a unique health plan for a region that envelops more than one county, as each o f them detains legal autonomy to elaborate its own.
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O desafio da construção de uma rede de cuidados em saúde mental : a questão dos recursos humanos nas nações em desenvolvimento o caso do estado do Rio Grande do Sul, BrasilGonçalves, Veralice Maria January 2010 (has links)
Objetivo: Analisar a estrutura da rede dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), a distribuição de recursos humanos e composição das suas equipes nas dezenove Regionais de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, por meio de indicadores de estrutura e produtividade, buscando diferenças na distribuição destes recursos entre os CAPS do Estado do Rio Grande do Sul. Método: Realizado estudo transversal com base em dados públicos disponíveis no site do DATASUS – Departamento de Informática do SUS (Sistema Único de Saúde). Os dados foram extraídos do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA-SUS) do período de 2007 a 2009. Foram utilizados para análise os indicadores de cobertura dos CAPS, a distribuição dos recursos humanos e composição das equipes em relação à representação das principais especialidades de profissionais envolvidos no cuidado à saúde mental em cada tipo de dispositivo. As análises de associação entre a composição da equipe e produtividade dos serviços foram descritas. Resultados: Foram identificadas diferenças regionais e existência de áreas críticas tanto na cobertura dos CAPS como na distribuição de seus profissionais. Analisada a variabilidade de cobertura de cada região, foi evidenciada a cobertura insuficiente em determinadas regiões que representam 49% da população do Estado com cobertura inadequada. Das dezenove Regiões de Saúde do Rio Grande do Sul, cinco apresentaram inadequação do parâmetro mínimo de cobertura de RH com base na Portaria GM 336/2002. Entre oitenta e três diferentes ocupações cadastradas nos Centros de Atenção Psicossocial, a maior freqüência relativa é de apenas cinco especialidades: psicólogos, enfermeiros, médicos psiquiatras, auxiliares de enfermagem e técnicos de enfermagem. A proporção de profissionais dos CAPS no Rio Grande do Sul representa somente 1,82% do total de profissionais que atuam no SUS no Estado. Foram evidenciadas: a inadequação do quantitativo de profissionais de nível superior nas modalidades de serviço CAPS I, que é a mais frequente modalidade de serviço no RS (50%) e a inadequação do quantitativo de profissionais enfermeiros com formação em saúde mental nos CAPS II e CAPS ad, tendo sido identificada a adequação do número mínimo de psiquiatras somente nos CAPS ad. Houve uma forte correlação entre o total de recursos humanos dos CAPS e a média da produção de serviços. A análise da caracterização dos atendimentos por meio da produção das unidades identificou uma diminuição do número de altas por abandono do tratamento e uma tendência crescente na proporção de atendimentos em transtornos de humor, transtornos de uso de substâncias, transtornos de personalidade e de desenvolvimento psicológico. Conclusão: Os dados oficiais permitem a análise e avaliação da estrutura da rede de atenção ambulatorial tendo os CAPS como serviços estratégicos na organização de sua porta de entrada conforme definição da Política de Saúde Mental. Os serviços de atenção psicossocial na comunidade existem em apenas 68,1% dos países, com cobertura de 83,3% da população mundial. No Brasil, em março de 2009, apenas 1.028 municípios possuíam CAPS, representando 18% do total de municípios do país, e no Rio Grande do Sul, no mesmo período, apenas 86 municípios possuíam CAPS, totalizando 17% do total de municípios do Estado com cobertura de pouco mais da metade da população, revelando as desigualdades regionais. A alocação de recursos humanos nos Centros de Atenção Psicossocial está abaixo do parâmetro mínimo definido pela legislação brasileira que regulamenta a Política de Saúde Mental, tanto em relação ao número mínimo quanto às diferentes especialidades profissionais. As tendências de mudanças nas proporções de atendimentos de diagnósticos psiquiátricos são detalhadas. Entre outros aspectos, a análise de indicadores da estrutura da rede de atenção psicossocial com base comunitária relacionados aos recursos humanos se faz necessária para identificação da adequação de sua distribuição, formação, regulamentação de carreiras e avaliação de satisfação do seu trabalho com o objetivo de qualificar, expandir e fortalecer a rede extra-hospitalar. / Objective: To analyze the structure of the network of Centers for Psychosocial Care (CAPS), the distribution of human resources and composition of their teams in the nineteen health regions of the State of Rio Grande do Sul, with indicators of structure and productivity, in search of differences in the distribution these resources between the CAPS of Rio Grande do Sul State. Methods: Cross-sectional study based on public data available on the DATASUS – Informatics Department of the SUS (Unified Health System). Data were extracted from the National Register of Health Institutions (CNES) and the Ambulatory Information System (SIA-SUS) for the period 2007 to 2009. The distribution of resources and the composition of teams for the representation of major specialties of professionals involved in mental health care in each type of device were used to analyze the coverage indicators of CAPS. The analysis of association between team composition and productivity of services have been described. Results: Were identified regional differences and the existence of critical areas in the coverage of both CAPS and the distribution of its professionals. Analyzing the variability of coverage of each region, showed the insufficient coverage in certain regions that represent 49% of the population of the country with inadequate coverage. The nineteen health regions of Rio Grande do Sul, five had inadequate parameter for the coverage of HR based on Decree 336/2002 GM. Between eighty-three different occupations registered in Psychosocial Care Centers, the largest relative frequency is only five specialties: psychologists, nurses, psychiatrists, nursing assistants and nursing technicians. The proportion of professionals in CAPS in Rio Grande do Sul represents only 1.82% of all professionals working in the SUS in the state. Were found: the inadequacy of the quantitative level professionals in the terms of service CAPS I, which is the most common service in the RS (50%) and an inadequate number of staff nurses trained in mental health in the CAPS ad. Only in CAPS ad has been identified the adequacy of the minimum number of psychiatrists. There was a strong correlation between the total human resources of CAPS and the average production of services. The analysis of the characterization of outpatients by the production units identified a decrease in the number of discharges for abandonment and an increasing trend in the proportion of outpatients care in mood disorders, eating disorders, substance use, personality disorders and psychological development. Conclusions: Official data allow analysis and evaluation of outpatients network structure with CAPS as strategic services to organize the gateway as defined by the Mental Health Policy. Services of psychosocial care in the community exist in only 68.1% of countries, covering 83.3% of the world. In Brazil, in March 2009, only 1028 had CAPS municipalities, representing 18% of all municipalities in the country, and Rio Grande do Sul, in the same period, only 86 municipalities had CAPS, totaling 17% of all municipalities in the state coverage of more than half the population, revealing the regional differences. The allocation of human resources in community mental health services is below the minimum threshold set by the Brazilian legislation that regulates the Mental Health Policy, both in relation to the minimum number on the various professional specialties. The trends of changes in the proportions of emergency psychiatric diagnoses are detailed. Among other things, the analysis of indicators of the health network of community-based psychosocial related to human resources is needed to identify the appropriateness of its distribution, training, regulation and assessment of career satisfaction of their work in order to qualify expand and strengthen the network outside the hospital.
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Processo de controle do câncer cérvico-uterino no sistema regionalizado e hierarquizado de saúde: projeto Cotia, 1987-1989 / Not availableHelena Akemi Wada Watanabe 01 February 1993 (has links)
Neste trabalho, procurou-se apresentar a interpretação teórica da estratégia de regionalização dos serviços de saúde e sua aplicação prática. O processo de controle do câncer cérvico-uterino desenvolvido no sistema regionalizado e hierarquizado de saúde do Projeto Cotia, que envolvia serviços privados filantrópicos e serviços públicos estaduais e municipais, permitiu acompanhar o atendimento da clientela desde a unidade básica de saúde até seu encaminhamento a serviços de nível terciário. Este estudo foi baseado em dados obtidos através de observação, entrevistas aos técnicos e em dados prospectivos obtidos nos prontuários de 2495 mulheres matriculadas nas unidades básicas de saúde do Projeto Cotia, no período de dezembro de 1987 a novembro de 1988 e seguidas até novembro de 1989. Através deste estudo, verificou-se que a regionalização da assistência implantada no Projeto Cotia seguia critérios tecnológicos e organizacionais, tentando garantir assistência de nível primário e secundário. Verificou-se ainda que, embora a estratégia de regionalização seja indicada para o aumento de cobertura, o acesso da clientela era seletiva, garantindo a matrícula das gestantes e das mulheres encaminhadas por médicos do Pronto Atendimento; a cobertura das atividades de controle do câncer cérvico-uterino sobre a população estudada foi de 40,6 por cento. Das mulheres que passaram pelo processo de controle do câncer cérvico-uterino, 20 por cento receberam alguma conduta a nível primário, 2 por cento foram encaminhadas a nível secundário e 0,3 por cento a nível terciário. Não se obteve dados sobre conduta tomada pelos serviços em 77,8 por cento dos casos. A falta de registro em prontuários das condutas tomadas pela enfermagem e pelos médicos do pronto atendimento, o abandono de tratamento, o extravio de resultados de exames, a demora no seu recebimento (que chegou a ser de 3 meses) e as duas mudanças de laboratório de referência ocorridas durante a coleta de dados foram identificados como motivos da falta de dados referentes a condutas tomadas pelos serviços. Durante a realização· deste trabalho ocorreu a municipalização dos serviços dos municípios de Cotia e Vargem Grande Paulista. Este fato permitiu a realização de uma breve comparação do processo nos dois municípios que tinham formas diferentes de relacionamento com a SESSP e a AHC, instituição que coordenava o Projeto Cotia. A regionalização da assistência no Projeto Cotia e a política de municipalização dos serviços de saúde apontaram, na prática, alguns pontos críticos como: delimitação de região seguindo critérios político-administrativos; falta de um sistema formal de informação; e a elaboração de um plano de saúde único para uma região que envolvia mais de um município, uma vez que cada um tem autonomia para elaborar o seu próprio. / This paper concerns about the theoretical interpretation of health care regionalization strategy and its practical application. The cervix uteri cancer control process developed in the decentralized health system o f the Cotia Project, that involved private philanthropic services and state and municipal public services, enabled the author to follow the care delivered, right from the enrollment at the basic health unit until the referral process to the other levels of the health care system. This report was based on data obtained through observation o f services, interview of staff and prospective data obtained from medical registers of 2495 women who were enrolled at basic health units during the period of December, 1987 and November, 1988 and followed until November, 1989. The results showed that the health care regionalization undergone in the Cotia Project observed technological and organizational criteria. It assured health care at primary and secondary levels. The author also observed that although the regionalization strategy is recommended to extend coverage, access was selective. It guaranteed expectant mothers and women referred by physicians from first aid services belonging to the basic health centers. Coverage of cervix uteri cancer prevention activities regarding the studied population was about 40.6 per cent. Of these women, 20 per cent received procedures at primary care level, 2 per cent were referred to secondary care level and 0.3 per cent to tertiary care level. No data was available as to procedures undergone in 77. 8 per cent o f the cases. The main causes of deficiency of data on procedures were due to lack of registry on behalf of nursing personnel and physicians, treatment abandon, exams 1 results loss and delay (almost 3 months) on receiving them. During the period when data was being collected, the referral laboratory was twice changed and this fact concurred to the lack of certain data. The municipalization of the health services of Cotia and Vargem Grande Paulista counties occurred during this study. This allowed the author to compare the process that developed in these two counties that had diferente relationship with the State Health Department and the Associação Hospital de Cotia, the institution that coordinated the Cotia Project in these days. Health care regionalization in the Cotia Project and health services municipalization politics pointed out some critical issues: the use of polítical and administrative criteria to limit the region, the lack o f a formal information system, and the difficulty to develop a unique health plan for a region that envelops more than one county, as each o f them detains legal autonomy to elaborate its own.
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O desafio da construção de uma rede de cuidados em saúde mental : a questão dos recursos humanos nas nações em desenvolvimento o caso do estado do Rio Grande do Sul, BrasilGonçalves, Veralice Maria January 2010 (has links)
Objetivo: Analisar a estrutura da rede dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), a distribuição de recursos humanos e composição das suas equipes nas dezenove Regionais de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, por meio de indicadores de estrutura e produtividade, buscando diferenças na distribuição destes recursos entre os CAPS do Estado do Rio Grande do Sul. Método: Realizado estudo transversal com base em dados públicos disponíveis no site do DATASUS – Departamento de Informática do SUS (Sistema Único de Saúde). Os dados foram extraídos do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA-SUS) do período de 2007 a 2009. Foram utilizados para análise os indicadores de cobertura dos CAPS, a distribuição dos recursos humanos e composição das equipes em relação à representação das principais especialidades de profissionais envolvidos no cuidado à saúde mental em cada tipo de dispositivo. As análises de associação entre a composição da equipe e produtividade dos serviços foram descritas. Resultados: Foram identificadas diferenças regionais e existência de áreas críticas tanto na cobertura dos CAPS como na distribuição de seus profissionais. Analisada a variabilidade de cobertura de cada região, foi evidenciada a cobertura insuficiente em determinadas regiões que representam 49% da população do Estado com cobertura inadequada. Das dezenove Regiões de Saúde do Rio Grande do Sul, cinco apresentaram inadequação do parâmetro mínimo de cobertura de RH com base na Portaria GM 336/2002. Entre oitenta e três diferentes ocupações cadastradas nos Centros de Atenção Psicossocial, a maior freqüência relativa é de apenas cinco especialidades: psicólogos, enfermeiros, médicos psiquiatras, auxiliares de enfermagem e técnicos de enfermagem. A proporção de profissionais dos CAPS no Rio Grande do Sul representa somente 1,82% do total de profissionais que atuam no SUS no Estado. Foram evidenciadas: a inadequação do quantitativo de profissionais de nível superior nas modalidades de serviço CAPS I, que é a mais frequente modalidade de serviço no RS (50%) e a inadequação do quantitativo de profissionais enfermeiros com formação em saúde mental nos CAPS II e CAPS ad, tendo sido identificada a adequação do número mínimo de psiquiatras somente nos CAPS ad. Houve uma forte correlação entre o total de recursos humanos dos CAPS e a média da produção de serviços. A análise da caracterização dos atendimentos por meio da produção das unidades identificou uma diminuição do número de altas por abandono do tratamento e uma tendência crescente na proporção de atendimentos em transtornos de humor, transtornos de uso de substâncias, transtornos de personalidade e de desenvolvimento psicológico. Conclusão: Os dados oficiais permitem a análise e avaliação da estrutura da rede de atenção ambulatorial tendo os CAPS como serviços estratégicos na organização de sua porta de entrada conforme definição da Política de Saúde Mental. Os serviços de atenção psicossocial na comunidade existem em apenas 68,1% dos países, com cobertura de 83,3% da população mundial. No Brasil, em março de 2009, apenas 1.028 municípios possuíam CAPS, representando 18% do total de municípios do país, e no Rio Grande do Sul, no mesmo período, apenas 86 municípios possuíam CAPS, totalizando 17% do total de municípios do Estado com cobertura de pouco mais da metade da população, revelando as desigualdades regionais. A alocação de recursos humanos nos Centros de Atenção Psicossocial está abaixo do parâmetro mínimo definido pela legislação brasileira que regulamenta a Política de Saúde Mental, tanto em relação ao número mínimo quanto às diferentes especialidades profissionais. As tendências de mudanças nas proporções de atendimentos de diagnósticos psiquiátricos são detalhadas. Entre outros aspectos, a análise de indicadores da estrutura da rede de atenção psicossocial com base comunitária relacionados aos recursos humanos se faz necessária para identificação da adequação de sua distribuição, formação, regulamentação de carreiras e avaliação de satisfação do seu trabalho com o objetivo de qualificar, expandir e fortalecer a rede extra-hospitalar. / Objective: To analyze the structure of the network of Centers for Psychosocial Care (CAPS), the distribution of human resources and composition of their teams in the nineteen health regions of the State of Rio Grande do Sul, with indicators of structure and productivity, in search of differences in the distribution these resources between the CAPS of Rio Grande do Sul State. Methods: Cross-sectional study based on public data available on the DATASUS – Informatics Department of the SUS (Unified Health System). Data were extracted from the National Register of Health Institutions (CNES) and the Ambulatory Information System (SIA-SUS) for the period 2007 to 2009. The distribution of resources and the composition of teams for the representation of major specialties of professionals involved in mental health care in each type of device were used to analyze the coverage indicators of CAPS. The analysis of association between team composition and productivity of services have been described. Results: Were identified regional differences and the existence of critical areas in the coverage of both CAPS and the distribution of its professionals. Analyzing the variability of coverage of each region, showed the insufficient coverage in certain regions that represent 49% of the population of the country with inadequate coverage. The nineteen health regions of Rio Grande do Sul, five had inadequate parameter for the coverage of HR based on Decree 336/2002 GM. Between eighty-three different occupations registered in Psychosocial Care Centers, the largest relative frequency is only five specialties: psychologists, nurses, psychiatrists, nursing assistants and nursing technicians. The proportion of professionals in CAPS in Rio Grande do Sul represents only 1.82% of all professionals working in the SUS in the state. Were found: the inadequacy of the quantitative level professionals in the terms of service CAPS I, which is the most common service in the RS (50%) and an inadequate number of staff nurses trained in mental health in the CAPS ad. Only in CAPS ad has been identified the adequacy of the minimum number of psychiatrists. There was a strong correlation between the total human resources of CAPS and the average production of services. The analysis of the characterization of outpatients by the production units identified a decrease in the number of discharges for abandonment and an increasing trend in the proportion of outpatients care in mood disorders, eating disorders, substance use, personality disorders and psychological development. Conclusions: Official data allow analysis and evaluation of outpatients network structure with CAPS as strategic services to organize the gateway as defined by the Mental Health Policy. Services of psychosocial care in the community exist in only 68.1% of countries, covering 83.3% of the world. In Brazil, in March 2009, only 1028 had CAPS municipalities, representing 18% of all municipalities in the country, and Rio Grande do Sul, in the same period, only 86 municipalities had CAPS, totaling 17% of all municipalities in the state coverage of more than half the population, revealing the regional differences. The allocation of human resources in community mental health services is below the minimum threshold set by the Brazilian legislation that regulates the Mental Health Policy, both in relation to the minimum number on the various professional specialties. The trends of changes in the proportions of emergency psychiatric diagnoses are detailed. Among other things, the analysis of indicators of the health network of community-based psychosocial related to human resources is needed to identify the appropriateness of its distribution, training, regulation and assessment of career satisfaction of their work in order to qualify expand and strengthen the network outside the hospital.
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Reforma sanitária e reorganização do sistema de serviços de saúde: efeitos sobre a cobertura e a utilização de serviços / Health care reform and reorganization of the system of servicesLobato, Lenaura de Vasconcelos Costa January 2000 (has links)
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Previous issue date: 2000 / Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. / O objetivo deste trabalho é identificar os resultados do processo da reforma sanitária brasileira sobre a organização do sistema de serviços de saúde, em especial a assistência médica e identificar, através de estudo de caso, possíveis efeitos desse processo sobre as condições de acesso e utilização de serviços de saúde pela população. Os dados baseiam-se em survey realizado na cidade do Rio de Janeiro a partir de amostra domiciliar estratificada por condições de vida e por três traçadores distintos: Hipertensão, Diarréia e Gravidez. Com eles, procura-se
conhecer e comparar condições de acesso e utilização de serviços de saúde pelos indivíduos e suas famílias a partir da categoria cobertura, dividida aqui como: cobertura exclusiva pelo SUS (identificada como Cobertura SUS) e cobertura Extra-SUS (acesso a algum tipo de serviço de assistência à saúde, público ou privado, cuja titularidade depende de pagamento e/ou da vinculação direta ou indireta a um segmento ocupacional e/ou instituição específica). Para identificar as transformações no Sistema de Saúde e sua relação com as mudanças ocorridas no acesso e utilização de serviços, são descritas e analisadas as condições de implementação da reforma sanitária e da universalização do acesso, assim como as mudanças ocorridas no Sistema de Saúde. Conclui-se que a reforma sanitária brasileira alcançou de forma efetiva redistribuir os recursos materiais destinados à proteção à saúde ao instituir a universalização; assim como alterou de forma significativa a estrutura do
sistema de organização dos serviços responsável por essa proteção. Mas,
apesar disso, a universalização é ainda insuficiente e incompleta, já que o
acesso à saúde mantém-se segmentado, pela permanência de distintas
coberturas para parcelas diferenciadas da população, caracterizadas por
diferenciais sócio-econômicos e com graus distintos de utilização. / This study intends to identify the effects of the so-called Brazilian Sanitary
Reform (the heath care reform) on the organisation of heath service system, as so as on the access to and utililization of health services.
The study is based on a survey carried out in the city of Rio de Janeiro according to a probabilistic sample of households stratified by socio- economic levels and three selected tracer conditions (hypertension, pregnance and diarrhoea). Access and utilisation were investigated and compared according to the two major categories of entitlement existing in Brazil: the SUS coverage (universal public coverage) and the Extra-SUS coverage (voluntary or job related coverage provided by public and/or private companies). In order to identify to which extent the present situation of access to and utilisation of health services are related to the universalization of access, there were described and analysed the implementation of the sanitary reform policy, as so as the changes on provision, financing and management in the health service system.
The main conclusion is that the sanitary reform has successfully improved the distribution of health resources in the society towards equity, as so as deeply changed the health system responsible for health protection of the population. However, the universalization is at present insufficient and incomplete. There is still a segmentation on the access to health services, as for the coexistence of different levels of entitlement, based on socio-economic conditions and which provide unequal leves of utilisation.
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