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Deficiência intelectual: por uma perspectiva da linguagem em interaçãoHaag, Cassiano Ricardo 30 April 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-04-30 / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos / Genericamente, a deficiência intelectual é tomada como uma condição de limitação no funcionamento intelectual. A constatação sobre essa limitação é realizada mediante a observação atenta daquilo que o indivíduo manifesta por meio da linguagem. Entre a manifestação, a observação e a constatação, portanto, a concepção de linguagem do avaliador é um aspecto nevrálgico para o processo de interpretação dos dados. Em geral, no entanto, esta não parece ser uma preocupação no estudo da deficiência intelectual, área em que comumente as diferentes concepções sobre a linguagem se intercalam. Este trabalho defende que, numa perspectiva socioecológica (cf. SCHALOCK et al., 2010), a conceituação da deficiência intelectual depende de uma concepção interacionista de linguagem. Sendo assim, busca apresentar uma proposta de compreensão de dados de linguagem que indique elementos que contribuam para o estudo desse fenômeno. As reflexões apresentadas orientam-se desde as principais teses do interacionismo sociodiscursivo (ISD), em razão de ser esta uma abordagem que toma a linguagem como o principal instrumento de desenvolvimento humano (BRONCKART, 2006). Em uma sala de recursos multifuncionais, foram realizadas interações com um jovem com síndrome de Down, utilizando um jogo digital. Esses dados foram gravados e transcritos, a fim de serem discutidos a partir dos modelos de análise de ação de linguagem e da arquitetura textual, propostos pelo programa do ISD (BRONCKART, 1999[1997]). A análise sugere que, juntamente com os dados que registram aquilo que é manifestado pelo indivíduo, devem ser considerados os parâmetros do contexto em que ocorrem, bem como a atividade conjunta do mediador. Observando a construção dos textos orais do jovem participante da pesquisa, verificou-se a manifestação de um domínio insatisfatório das capacidades de linguagem, em relação ao manuseio dos mecanismos de composição textuais. Porém, simultaneamente, foi percebido que a atividade conjunta do mediador, utilizando estratégias interacionais (GRÀCIA; VILASECA, 2008) por meio da linguagem, ampliou as capacidades manifestadas pelo jovem, promovendo o desenvolvimento. Essas constatações apontam para a importância de se considerar a linguagem no centro do desenvolvimento humano, sobretudo, ao se investigar a problemática da deficiência intelectual. / En general, la discapacidad intelectual es apoderada como una condición de limitación en el funcionamiento intelectual. La averiguación sobre esa limitación es realizada mediante la observación atenta de aquello que la persona manifiesta por medio del lenguaje. Entre la manifestación, la observación y la averiguación, conque, la concepción del lenguaje de quien evalua es un aspecto neurálgico para el processo de interpretación de los datos. En general, sin embargo, esta no parece ser una preocupación en el estudio de la discapacidad intelectual, area en la cual es común las distintas concepciones sobre el lenguaje se interponen. Este trabajo defiende que, en una perspectiva socioecológica (cf. SCHALOCK et al., 2010), la concepción de la discapacidad intelectual depende de una concepción interaccionista de lenguaje. Así, se busca presentar una propuesta de comprensión de datos del lenguaje que apunte elementos que contribuyan para el estudio de ese fenómeno. Las reflexiones presentadas se orientan desde las principales tesis del interaccionismo sociodiscursivo (ISD), en razón de ser este un abordaje que toma el lenguaje como el principal instrumento de desarrollo humano (BRONCKART, 2006). En una sala de recursos multifuncionales, fueron realizadas interacciones con un joven con Síndrome de Down, utilizando un juego digital. Esos datos fueron grabados y transcriptos, a fin de que sean discutidos a partir de los modelos de análisis de acción de lenguaje y de la arquitetura textual, propuestos por el programa de ISD (BRONCKART, 1999[1997]. El análisis sugiere que, juntos con los datos que inscriban aquello que es expressado por la persona, deben ser considerados los parámetros del contexto en que ocurren, como también la actividad articulada del mediador. Observando la construcción de los textos orales del joven participante de la investigación, se averiguó la manifestación de un domínio insatisfactorio de las capacidades del lenguaje, en relación al manejo de los mecanismos de composición textuales. Sin embargo, simultaneamente, fue percibida que la actividad conjunta del mediador, utilizando estratégias interaccionales (GRÀCIA; VILASECA, 2008) por intermedio del lenguaje, amplió las capacidades expressadas por el joven, promoviendo el desarrollo. Esas conprobaciones apuntan para la importancia de considerarse el lenguaje en el centro del desarrollo humano, especialmente, al averiguar la problemática de la discapacidad intelectual.
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