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Prevalência, gravidade e fatores de risco associados à sibilância recorrente em lactentes nascidos em Ribeirão Preto em 2010 / Prevalence, severity and risk factors associated with recurrent wheezing in infants was born in Ribeirão Preto in 2010

Juliana Cristina Castanheira Guarato 22 November 2016 (has links)
Objetivo: Avaliar a prevalência, a gravidade e os fatores de risco associados à sibilância recorrente em crianças nos primeiros dois anos de vida em uma coorte de nascimentos. Métodos: Estudo de coorte prospectivo de 3167 crianças nascidas em Ribeirão Preto, SP, no ano de 2010 e avaliadas para esse estudo entre 12 e 24 meses. Os responsáveis pelos lactentes participantes responderam a questionários padronizados com questões referentes às características maternas, condições gestacionais, perinatais e pós-natais, antecedentes pessoais e familiares de doenças alérgicas, ocorrência e número de episódios de sibilância, ida a serviços de emergência, uso de medicações, diagnóstico de pneumonia e internações. O estudo das associações entre os desfechos e as variáveis independentes de interesse foi feito por meio de análise univariada e por modelos log-binomiais ajustados, obtendose medidas de risco relativo (RR) e seus intervalos de confiança (IC). Resultados: A prevalência de pelo menos um episódio de sibilância nos dois primeiros anos de vida foi de 56,3% (1785/3167), sendo que 35,8% (1136/3167) lactentes apresentaram sibilância ocasional (até dois episódios) e 20,1% (639/3167) apresentaram sibilância recorrente (três ou mais episódios). Sibilância recorrente grave (mais de 6 episódios) foi relatada em 8,7% lactentes (277/3167). Os fatores de risco independentes para apresentar de 3 a 6 episódios de sibilância foram: prematuridade (RR=1,46), tabagismo passivo (RR= 1,72, se menos de 10 cigarros/dia e RR=2,04. se mais de 10 cigarros/dia), frequentar a creche após os 6 meses (RR= 1,31), diagnóstico médico de rinite alérgica (RR= 1,52) e presença de carpete no domicílio (RR= 1,59). Os principais fatores de risco associados à sibilância grave foram: tabagismo passivo (RR= 2,89 para mais de 10 cigarros/dia), frequentar creche (RR= 2,43, se início até os 6 meses e RR: 1,49, se início após os 6 meses), resfriados nos 3 primeiros meses de vida (RR= 2,17), asma (RR= 1,50) e dermatite atópica na família (RR= 1,49) e diagnóstico de rinite alérgica (RR= 1,93). Lactentes brancos apresentaram prevalência menor de sibilância recorrente não grave (RR=0,68). Não houve associação entre o tempo de aleitamento materno e sibilância recorrente. Conclusões: Crianças nascidas em Ribeirão Preto apresentam alta prevalência de sibilância recorrente nos dois primeiros anos de vida. Nessa fase precoce da vida, medidas ambientais visando a diminuição da exposição à fumaça do cigarro e a prevenção de infeções virais poderiam resultar na redução dos casos de sibilância recorrente grave nesta população. / Objective: To evaluate the prevalence, severity and risk factors associated with recurrent wheezing in children in early years of life. Methods: Prospective cohort study of 3167 children born in Ribeirão Preto, São Paulo, in 2010, and evaluated for this study at 12-24 months of age. A standardized questionnaire with questions regarding maternal characteristics, gestational, perinatal and postnatal conditions, family and children allergy, occurrence of wheezing, number of wheezing episodes, daycare attendance, visits to emergency, medication use, diagnosis of pneumonia and hospitalizations was applied to caregivers . Associations between outcomes and the independent variables of interest were done through univariate analysis and adjusted log-binomial models. Relative risks (RR) and confidence intervals (CI) were calculated. Results: The prevalence of at least one episode of wheezing in the first two years of life was 56.3% (1785/3167), 35.8% (1136/3167) infants had occasional wheezing (up to two episodes) and 20,1% (639/3167) had recurrent wheezing (three or more episodes). Severe recurrent wheeze (more than 6 episodes) was reported in 8.7% infants (277/3167). The independent risk factors for presenting 3 to 6 episodes of wheezing were prematurity (RR = 1.46), passive smoking (RR = 1.72 for less than 10 cigarettes / day, RR = 2.04 for more than 10 cigarettes / day), daycare attendance after 6 months (RR = 1.31), medical diagnosis of allergic rhinitis (RR = 1.52) and the presence of carpet at home (RR = 1.59). The main risk factors associated with severe wheezing were passive smoking (RR = 2.89 for more than 10 cigarettes / day), daycare attendance (RR = 2.43 if was started before 6 months and RR=1.49, if started after 6 months), acute upper respiratory infections during the first 3 months of life (RR = 2.17), asthma (RR = 1.50) and atopic dermatitis in the family (RR = 1.49) and diagnosis of allergic rhinitis (RR = 1.93). White infants have a lower prevalence of non-severe recurrent wheezing (RR = 0.68). There was no association between duration of breastfeeding and recurrent wheeze Conclusions: Children born in Ribeirão Preto have a high prevalence of recurrent wheezing in the first two years of life. In this early stage of life, environmental measures to reduce the exposure to cigarette smoke and prevention of viral infections could result in the reduction of severe recurrent wheezing in this population.
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Prevalência, gravidade e fatores de risco associados à sibilância recorrente em lactentes nascidos em Ribeirão Preto em 2010 / Prevalence, severity and risk factors associated with recurrent wheezing in infants was born in Ribeirão Preto in 2010

Guarato, Juliana Cristina Castanheira 22 November 2016 (has links)
Objetivo: Avaliar a prevalência, a gravidade e os fatores de risco associados à sibilância recorrente em crianças nos primeiros dois anos de vida em uma coorte de nascimentos. Métodos: Estudo de coorte prospectivo de 3167 crianças nascidas em Ribeirão Preto, SP, no ano de 2010 e avaliadas para esse estudo entre 12 e 24 meses. Os responsáveis pelos lactentes participantes responderam a questionários padronizados com questões referentes às características maternas, condições gestacionais, perinatais e pós-natais, antecedentes pessoais e familiares de doenças alérgicas, ocorrência e número de episódios de sibilância, ida a serviços de emergência, uso de medicações, diagnóstico de pneumonia e internações. O estudo das associações entre os desfechos e as variáveis independentes de interesse foi feito por meio de análise univariada e por modelos log-binomiais ajustados, obtendose medidas de risco relativo (RR) e seus intervalos de confiança (IC). Resultados: A prevalência de pelo menos um episódio de sibilância nos dois primeiros anos de vida foi de 56,3% (1785/3167), sendo que 35,8% (1136/3167) lactentes apresentaram sibilância ocasional (até dois episódios) e 20,1% (639/3167) apresentaram sibilância recorrente (três ou mais episódios). Sibilância recorrente grave (mais de 6 episódios) foi relatada em 8,7% lactentes (277/3167). Os fatores de risco independentes para apresentar de 3 a 6 episódios de sibilância foram: prematuridade (RR=1,46), tabagismo passivo (RR= 1,72, se menos de 10 cigarros/dia e RR=2,04. se mais de 10 cigarros/dia), frequentar a creche após os 6 meses (RR= 1,31), diagnóstico médico de rinite alérgica (RR= 1,52) e presença de carpete no domicílio (RR= 1,59). Os principais fatores de risco associados à sibilância grave foram: tabagismo passivo (RR= 2,89 para mais de 10 cigarros/dia), frequentar creche (RR= 2,43, se início até os 6 meses e RR: 1,49, se início após os 6 meses), resfriados nos 3 primeiros meses de vida (RR= 2,17), asma (RR= 1,50) e dermatite atópica na família (RR= 1,49) e diagnóstico de rinite alérgica (RR= 1,93). Lactentes brancos apresentaram prevalência menor de sibilância recorrente não grave (RR=0,68). Não houve associação entre o tempo de aleitamento materno e sibilância recorrente. Conclusões: Crianças nascidas em Ribeirão Preto apresentam alta prevalência de sibilância recorrente nos dois primeiros anos de vida. Nessa fase precoce da vida, medidas ambientais visando a diminuição da exposição à fumaça do cigarro e a prevenção de infeções virais poderiam resultar na redução dos casos de sibilância recorrente grave nesta população. / Objective: To evaluate the prevalence, severity and risk factors associated with recurrent wheezing in children in early years of life. Methods: Prospective cohort study of 3167 children born in Ribeirão Preto, São Paulo, in 2010, and evaluated for this study at 12-24 months of age. A standardized questionnaire with questions regarding maternal characteristics, gestational, perinatal and postnatal conditions, family and children allergy, occurrence of wheezing, number of wheezing episodes, daycare attendance, visits to emergency, medication use, diagnosis of pneumonia and hospitalizations was applied to caregivers . Associations between outcomes and the independent variables of interest were done through univariate analysis and adjusted log-binomial models. Relative risks (RR) and confidence intervals (CI) were calculated. Results: The prevalence of at least one episode of wheezing in the first two years of life was 56.3% (1785/3167), 35.8% (1136/3167) infants had occasional wheezing (up to two episodes) and 20,1% (639/3167) had recurrent wheezing (three or more episodes). Severe recurrent wheeze (more than 6 episodes) was reported in 8.7% infants (277/3167). The independent risk factors for presenting 3 to 6 episodes of wheezing were prematurity (RR = 1.46), passive smoking (RR = 1.72 for less than 10 cigarettes / day, RR = 2.04 for more than 10 cigarettes / day), daycare attendance after 6 months (RR = 1.31), medical diagnosis of allergic rhinitis (RR = 1.52) and the presence of carpet at home (RR = 1.59). The main risk factors associated with severe wheezing were passive smoking (RR = 2.89 for more than 10 cigarettes / day), daycare attendance (RR = 2.43 if was started before 6 months and RR=1.49, if started after 6 months), acute upper respiratory infections during the first 3 months of life (RR = 2.17), asthma (RR = 1.50) and atopic dermatitis in the family (RR = 1.49) and diagnosis of allergic rhinitis (RR = 1.93). White infants have a lower prevalence of non-severe recurrent wheezing (RR = 0.68). There was no association between duration of breastfeeding and recurrent wheeze Conclusions: Children born in Ribeirão Preto have a high prevalence of recurrent wheezing in the first two years of life. In this early stage of life, environmental measures to reduce the exposure to cigarette smoke and prevention of viral infections could result in the reduction of severe recurrent wheezing in this population.
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SIBILÂNCIA RECORRENTE EM CRIANÇAS DE 13 A 35 MESES E FATORES ASSOCIADOS. / RECURRENT WHEEZING IN CHILDREN AGED 13 TO 35 MONTHS AND ASSOCIATED FACTORS.

LIMA, Elisângela Veruska Nóbrega Crispim Leite 29 September 2017 (has links)
Submitted by Maria Aparecida (cidazen@gmail.com) on 2017-12-04T13:59:30Z No. of bitstreams: 1 Elisângela Veruska.pdf: 9962603 bytes, checksum: d714b3ef5ef96281322806f3185e4720 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-12-04T13:59:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Elisângela Veruska.pdf: 9962603 bytes, checksum: d714b3ef5ef96281322806f3185e4720 (MD5) Previous issue date: 2017-09-29 / Wheezing is considered the most common respiratory symptom in childhood, causing an important role in infant morbimortality and being responsible for the great demand of outpatient medical appointments, in emergency services and presenting high rates of hospitalization. In this thesis, two studies were carried out. The first study aimed to determine the prevalence and associated factors for recurrent wheezing in children aged 13 to 35 months. The second study aimed to verify the prevalence of anemia in pregnancy and its association with respiratory problems. For the first cross-sectional study, a sample of 2,780 children with 13 to 35 months of age, living in the city of São Luís-MA participating in the BRISA cohort, was considered. In the second study, a cross-sectional study was conducted involving a sample of 3,279 children who participated in the BRISA cohort and the follow-up of this cohort, aged 13 to 35 months. To evaluate the factors associated with recurrent wheezing, a multivariate logistic regression model was adjusted, with the inclusion of variables in a hierarchical fashion using the theoretical model. The outcome of interest was the presence of recurrent wheezing. The independent variables evaluated were maternal age and her education, smoking, anemia in pregnancy, type of delivery, gender, birth weight, family history of asthma, rhinitis and dermatitis, exclusive breastfeeding, presence of mold, domestic animal and carpet at home, a history of respiratory problems and hospitalization. To verify the relation of presence of anemia in pregnancy and respiratory problems, the chi-square test was performed. In the first study, the prevalence of recurrent wheezing was 9%, with associated factors: age of the mother equal to or greater than 35 years (PR = 0.49, CI = 0.24 - 0.99, p = 0.049), male (PR = 1.62, CI = 1.23 - 2.14, p = 0.001), family history of asthma (PR = 1.55, CI = 1.09 - 2.19, p = 0.013), family history of rhinitis (PR = 1.71 CI = 1.26 - 2.30, p = 0.000), anemia during pregnancy (PR = 1.33, CI = 1.02 - 1.75, p = 0.034), exclusive breastfeeding (PR = 0.75, CI = 0.56 - 0.99, p = 0.044), presence of mold in the home (PR = 1.56, CI = 1.11 - 2.18, p = 0.009 ) and respiratory problems (PR = 3.90, CI = 2.53 - 0.99, p <0.001) .In the second study, the prevalence of anemic pregnant women was 47% and the problems related to anemia were maternal age lower than 20 years (p <0.001), inadequate maternal schooling (P <0.001), smoking in pregnancy (p=0.014), alcohol in pregnancy (p <0.001), normal labor (p <0.001), and in children, recurrent wheezing (p = 0.013), pneumonia (p = 0.040), and cough (p <0.001). The results obtained in this study have great relevance, as evidenced the prevalence of recurrent wheezing among children in São Luís and the associated factors, as well as, anemia prevalence and its relationship with respiratory problems in the child. / A sibilância é considerado o sintoma respiratório mais comum na infância, causando importante papel na morbimortalidade infantil e sendo responsável por grande demanda de consultas médicas ambulatoriais, em serviços de prontoatendimento e apresentando altas taxas de hospitalização. Nesta tese, foram realizados dois estudos. O primeiro estudo teve como objetivo determinar a prevalência e fatores associados para sibilância recorrente em crianças com 13 até 35 meses de idade. O segundo estudo teve como objetivo verificar a prevalência de anemia na gestação e sua associação com problemas respiratórios. Para o primeiro estudo, tipo transversal, foi considerado uma amostra de 2.780 crianças com 13 até 35 meses de idade, residentes no município de São Luís-MA participantes da coorte BRISA. No segundo estudo, foi realizado um estudo transversal, envolvendo amostra de 3.279 crianças que participaram da coorte BRISA e do seguimento dessa coorte, com idade de 13 a 35 meses. Para avaliação dos fatores associados à sibilância recorrente foi ajustado modelo de regressão logística multivariado, com inclusão das variáveis de modo hierarquizado a partir do modelo teórico. O desfecho de interesse foi a presença de sibilância recorrente. As variáveis independentes avaliadas foram: idade e escolaridade da mãe, fumo, anemia na gestação, tipo de parto, sexo da criança, peso ao nascer, história familiar de asma, rinite e dermatite, aleitamento exclusivo, presença de mofo, animal doméstico e carpete no domicílio, antecedentes de problema respiratório e internação. Para verificar a relação de presença de anemia na gestação e problemas respiratórios foi realizado o teste qui-quadrado. No primeiro estudo, a prevalência de sibilância recorrente foi de 9%, tendo como fatores associados: idade da mãe igual ou superior a 35 anos (RP=0,49; IC = 0,24 – 0,99; p=0,049), sexo masculino (RP=1,62; IC = 1,23 – 2,14; p=0,001), história familiar de asma (RP=1,55; IC = 1,09 – 2,19; p=0,013), história familiar de rinite (RP=1,71 IC = 1,26 – 2,30; p=0,000), anemia na gestação (RP=1,33; IC = 1,02 – 1,75; p=0,034), aleitamento materno exclusivo (RP=0,75; IC = 0,56 – 0,99; p=0,044), presença de mofo na residência (RP=1,56; IC = 1,11 – 2,18; p=0,009) e problemas respiratórios (RP=3,90; IC = 2,53 – 0,99; p<0,001). No segundo estudo, a prevalência de gestantes anêmicas foi de 47 % e os problemas relacionados a anemia foram idade materna menor que 20 anos (p<0,001), escolaridade materna inadequada (p<0,001), fumo na gestação (p=0,014), álcool na gestação (p<0,001), parto normal (p<0,001) e nas crianças, sibilância recorrente (p=0,013), pneumonia (p=0,040) e tosse (p<0,001). Os resultados obtidos neste estudo possuem grande relevância, pois evidenciou a prevalência de sibilância recorrente entre crianças em São Luís e os fatores associados, assim como, a prevalência de anemia e sua relação com problemas respiratórios na criança.

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