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A sivilização-civilização de Huckleberry Finn: uma proposta de tradução / The civilization-sivilization of Huckleberry Finn: a translation proposalRamos, Vera Lúcia 19 February 2009 (has links)
As Aventuras de Huckleberry Finn (1885), obra-prima de Mark Twain, apresenta uma narrativa denunciadora do racismo de sua época e, para tanto, ele dá a suas personagens, e inclusive ao narrador, uma voz até então não comum na literatura norte-americana: os dialetos literários representantes da condição social, étnica e lingüística das personagens. Assim, todas elas de alguma forma usam um dialeto desviado do culto, mostrando uma relação estreita entre nãopadrão e fuga da civilização. A recepção da obra causou muita polêmica tanto na época de sua publicação quanto em outros períodos, sendo o livro por várias vezes proibido de estar nas prateleiras de alguma biblioteca ou de fazer parte do currículo das escolas norte-americanas. As edições em português do Brasil seguem a tradição da tradução de clássicos, isto é, de ignorar os dialetos e usar em seus lugares a língua culta. No entanto, há um explanatório, no corpo do texto, no qual Twain explica o porquê do uso dos sete dialetos criados. Dessa forma, os tradutores têm tomado a posição de ignorar o explanatório juntamente com os dialetos, para não expor aos leitores essa problemática do original, ou ainda a posição de traduzir o explanatório e justificar-se com o leitor a respeito do uso de uma linguagem padrão. Este trabalho visa a refletir acerca das implicações no uso dos dialetos literários no original e na tradução, assim como da supressão deles em três traduções brasileiras. Além disso, propõe-se a não sivilizar Huckleberry apresentando uma possível tradução com dialetos para cinco capítulos. Dessa forma, julgou-se ter respeitado o texto de Twain, assim como um aspecto importante e conhecido de seu pensamento: o repúdio à civilização e seus benefícios. / The Adventures of Huckleberry Finn (1885), Mark Twains masterpiece, presents a narrative that denounces the racism of its era and, to that end, gives its characters including its narrator a voice until then uncommon in North-American literature: a literary dialect representative of the social, ethnic, and linguistic conditions of [each] character. As such, each in some manner uses a dialect that diverges from the cultured norm, showing a close relationship between nonconformity and a distancing from civilization. At the time of its publication and in other eras, the book caused much controversy, often being banned from the library shelves or from being included in North-American school curricula. Brazilian Portuguese editions follow the tradition for classics, i.e., they ignore dialects and use refined language instead. However, the body of the text contains an explanatory in which Twain explains the motive for the use of the seven dialects he created in writing. As such, translators have taken the position of ignoring the explanatory together with the dialects so as not to reveal this difficulty of the original to the reader, or even of translating the explanatory and justifying themselves to the reader for the use of standard language [in the translated version]. The present work seeks to reflect on the use of literary dialects in the original and the translation, as well as on their suppression in three Brazilian translations. Furthermore, it proposes not sivilizing Huckleberry, offering a possible translation with dialects for five chapters. In this manner it proposes to have respected Twains text as well as an important and recognized aspect of his thinking: the repudiation of civilization and its benefits.
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A sivilização-civilização de Huckleberry Finn: uma proposta de tradução / The civilization-sivilization of Huckleberry Finn: a translation proposalVera Lúcia Ramos 19 February 2009 (has links)
As Aventuras de Huckleberry Finn (1885), obra-prima de Mark Twain, apresenta uma narrativa denunciadora do racismo de sua época e, para tanto, ele dá a suas personagens, e inclusive ao narrador, uma voz até então não comum na literatura norte-americana: os dialetos literários representantes da condição social, étnica e lingüística das personagens. Assim, todas elas de alguma forma usam um dialeto desviado do culto, mostrando uma relação estreita entre nãopadrão e fuga da civilização. A recepção da obra causou muita polêmica tanto na época de sua publicação quanto em outros períodos, sendo o livro por várias vezes proibido de estar nas prateleiras de alguma biblioteca ou de fazer parte do currículo das escolas norte-americanas. As edições em português do Brasil seguem a tradição da tradução de clássicos, isto é, de ignorar os dialetos e usar em seus lugares a língua culta. No entanto, há um explanatório, no corpo do texto, no qual Twain explica o porquê do uso dos sete dialetos criados. Dessa forma, os tradutores têm tomado a posição de ignorar o explanatório juntamente com os dialetos, para não expor aos leitores essa problemática do original, ou ainda a posição de traduzir o explanatório e justificar-se com o leitor a respeito do uso de uma linguagem padrão. Este trabalho visa a refletir acerca das implicações no uso dos dialetos literários no original e na tradução, assim como da supressão deles em três traduções brasileiras. Além disso, propõe-se a não sivilizar Huckleberry apresentando uma possível tradução com dialetos para cinco capítulos. Dessa forma, julgou-se ter respeitado o texto de Twain, assim como um aspecto importante e conhecido de seu pensamento: o repúdio à civilização e seus benefícios. / The Adventures of Huckleberry Finn (1885), Mark Twains masterpiece, presents a narrative that denounces the racism of its era and, to that end, gives its characters including its narrator a voice until then uncommon in North-American literature: a literary dialect representative of the social, ethnic, and linguistic conditions of [each] character. As such, each in some manner uses a dialect that diverges from the cultured norm, showing a close relationship between nonconformity and a distancing from civilization. At the time of its publication and in other eras, the book caused much controversy, often being banned from the library shelves or from being included in North-American school curricula. Brazilian Portuguese editions follow the tradition for classics, i.e., they ignore dialects and use refined language instead. However, the body of the text contains an explanatory in which Twain explains the motive for the use of the seven dialects he created in writing. As such, translators have taken the position of ignoring the explanatory together with the dialects so as not to reveal this difficulty of the original to the reader, or even of translating the explanatory and justifying themselves to the reader for the use of standard language [in the translated version]. The present work seeks to reflect on the use of literary dialects in the original and the translation, as well as on their suppression in three Brazilian translations. Furthermore, it proposes not sivilizing Huckleberry, offering a possible translation with dialects for five chapters. In this manner it proposes to have respected Twains text as well as an important and recognized aspect of his thinking: the repudiation of civilization and its benefits.
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