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A ética skinneriana e a tensão entre descrição e prescrição no Behaviorismo Radical.

Castro, Marina Souto Lopes Bezerra de 23 May 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:13:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissMSLBC.pdf: 585802 bytes, checksum: 299f21e0740108054789501031ceb460 (MD5) Previous issue date: 2007-05-23 / Universidade Federal de Minas Gerais / From the description of Skinner's theory since its beginning, we can understand the course which falls into ethical questions. Skinner asserts that the science of behavior can also be the science of values, that is, it can explain, it can describe, what we mean by values and what is being ethical, act in a way called ethical. Furthermore, the author argues that, from the radical behaviorism and its selection by consequences theory in the three levels, it is possible to elect a primary value, which can be the guide for somebody who engages in the project of cultural practices in a deliberated fashion. In this way, Skinner assumes a prescriptive attitude, as well as tries to reduce it to a descriptive scope. There it is a kind of tension in the Skinner's texts, because, besides describing the good of the culture, the author elects this value as the primary value. He tries to justify this election appeling to descriptive arguments, but, finally, he cannot find any "good reason". We assume that it is possible to originate ethical precepts from radical behaviorism, nevertheless radical behaviorism is not suficient to justify the choice of one or another precept. We cannot choose, only from its premises, the good of the culture, or the good of others, or the personal goods as the main value, since there are not enough arguments within the theory itself. If we want to explain why we choose this or that precept, on the point of view of the behavior analysis, we must look at the who-makes-the-choice history of contingencies. / A partir da descrição da teoria skinneriana desde seus primórdios, podemos entender o percurso que desemboca em questões éticas. Skinner afirma que a ciência do comportamento também pode ser uma ciência dos valores, isto é, pode explicar, pode descrever, o que significam os valores e o que é ser ético, agir de um modo considerado ético. Além disso, o autor argumenta que, a partir do Behaviorismo Radical e de sua teoria da seleção por conseqüência nos três níveis, é possível eleger um valor primordial que possa ser o guia para alguém que se ponha a elaborar práticas culturais de forma deliberada. Nesse sentido, Skinner assume uma postura prescritiva, ao mesmo tempo em que tenta reduzi-la ao âmbito descritivo. Aí reside uma certa tensão no texto skinneriano, pois, ao mesmo tempo em que descreve o bem da cultura, o autor elege esse bem como o valor primordial. Tenta justificar essa eleição utilizando argumentos descritivos, mas, ao fim, não encontra nenhuma "boa razão". Assumimos que é possível derivar preceitos éticos a partir do Behaviorismo Radical, entretanto, o Behaviorismo Radical não é suficiente para justificar a escolha de um ou outro preceito. Não podemos, a partir apenas de seus pressupostos, escolher o bem da cultura, ou o bem dos outros, ou os bens pessoais como o principal valor, pois não há argumentos suficientes dentro da própria teoria. Se quisermos explicar por que escolhemos este ou aquele preceito, sob o ponto de vista da própria análise do comportamento, devemos olhar para a história de contingências de quem faz a escolha.

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