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Sobrevida livre de doença e fatores associados em pacientes com câncer de mama não metastáticoWolp Diniz, Roberta 12 September 2014 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-01-21T18:23:30Z
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Previous issue date: 2014-09-12 / O câncer de mama é um problema de saúde pública, sendo o segundo mais frequente no mundo e o de maior incidência na população feminina, além de ser uma das principais causas de óbito por câncer em mulheres. O objetivo deste estudo foi analisar a sobrevida livre de doença (SLD) em cinco anos e fatores prognósticos em mulheres com câncer de mama invasivo não metastático diagnosticadas entre 2003 e 2005 e tratadas em centro de assistência oncológica de referência de cidade de porte médio do Sudeste do país. As pacientes foram identificadas através do registro hospitalar de câncer da instituição. O seguimento dos casos foi realizado através de consulta aos prontuários, complementado por busca no banco do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e contato telefônico. As variáveis analisadas foram distribuídas nos seguintes blocos: sociodemográficas (idade ao diagnóstico, cor da pele, grau de escolaridade, história familiar de câncer de mama, etc.), características relativas ao tumor (tamanho tumoral, comprometimento linfonodal, estadiamento, invasão neurovascular, grau tumoral, perfil imunohistoquímico, etc.), características relativas ao tratamento (tipo de cirurgia, realização de quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia, completude do tratamento quimioterápico, tempo entre a cirurgia e terapia complementar, etc.). As funções de sobrevida foram calculadas por meio do método de Kaplan-Meier e o modelo de riscos proporcionais de Cox foi utilizado para avaliação dos fatores prognósticos. O estudo mostrou uma sobrevida livre de doença em cinco anos de 72% (IC95%: 67,6 – 75,9). As principais variáveis associadas à SLD, de forma independente, foram o comprometimento linfonodal, a realização de hormonioterapia e nível de escolaridade. Esse estudo mostrou a importância do diagnóstico precoce na SLD. Reforça-se ainda a relevância dessa pesquisa no país haja vista a escassez de estudos a respeito de SLD na população brasileira. / Breast cancer is a public health problem, being the second most common in the world and the highest incidence in the female population, in addition to being a major cause of death from cancer in this population overall. The aim of this study was to analyze the disease-free survival (DFS) at five years and prognostic factors in women with non metastatic invasive breast cancer diagnosed between 2003 and 2005 and treated at a referencial center of cancer care on a medium sized town of Southeast. Patients were identified using the medical records and data from the cancer registries of the institution. The follow up of the cases were performed using hospital records, supplemented by searching the database of the Mortality Information System (SIM) and telephone contact. The variables analyzed were: sociodemographic (age at diagnosis, race, education level, family history of breast cancer and presence of diagnostic mammography), related to tumor characteristics (size, lymph node involvement, stage, neurovascular invasion, tumor grade, immunohistochemical profile), characteristics related to treatment (type of surgery, use of chemotherapy, radiotherapy and hormone therapy, completion of chemotherapy, time between surgery and adjunctive therapy). Survival functions were calculated using the Kaplan-Meier model while the Cox proportional hazards method was used to evaluate prognostic factors. The study showed a disease-free survival at 60 months 72% (95% CI 67.6 to 75.9). The main variables associated with SLD, independently, were lymph node involvement, use of hormone therapy and degree of schooling. This study showed the importance of early diagnosis in DFS. This research is relevant due the lack of studies regarding the DFS at the Brazilian population.
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Estudo comparativo dos resultados da esofagectomia transhiatal com a transtorácica por toracoscopia no adenocarcinoma da junção esôfago-gástrica / Comparative study of transhiatal and transthoracic thoracoscopic esophagectomy results in adenocarcinoma of the esophagogastric junctionTakeda, Flavio Roberto 09 August 2017 (has links)
O tratamento cirúrgico do adenocarcinoma da junção esofagogástrica (AJEG) ainda é controverso, particularmente, em relação à sobrevida e complicações pós-operatórias. Com o advento da cirurgia minimamente invasiva e toracoscopia, houve um aumento da linfadenectomia e menores complicações, entretanto seu impacto na sobrevida do AEGJ é pouco conhecido. Objetivos: Comparar a esofagectomia por via transtorácica por toracoscopia (grupo A) com esofagectomia por via transhiatal (grupo B) em pacientes com AJEG em relação a ocorrência de complicações e mortalidade; número de linfonodos ressecados, acometidos e relação ressecados e acometidos; sobrevidas global e livre de doença; e sobrevida após recidiva. Métodos: Foram selecionados 147 pacientes entre 2000 e 2016. Cento e trinta (88%) do sexo masculino, média de idade de 64 anos. Os dados epidemiológicos (idade, sexo, índice de massa corpórea, ECOG e antecedentes pessoais) foram avaliados e comparados entre os grupos. As complicações pós-operatórias (fistula cervical, quilotorax, complicações respiratórias, rouquidão e infecções cirúrgicas) foram avaliadas. O estadiamento anátomo-patológico foi avaliado pela 7a. edição AJCC, analisando os linfonodos ressecados, acometidos e a relação de ressecados e acometidos. Foram feitas análises da sobrevivência global, livre de doença, e após recidiva; além de análise multivariada de fatores relacionados à sobrevida. Resultados: Em relação aos dados epidemiológicos, o grupo A apresentava uma média de idade de 61,1 anos e grupo B, de 65,7 anos (p=0,009). Dos 54 pacientes do grupo A, 47 (87,0%) foram submetidos a tratamento neoadjuvante, contra 43 (46,3%) dos 93 pacientes do grupo B (p < 0,001). Em relação às complicações, o grupo A apresentou maior ocorrência de rouquidão e infecções cirúrgicas. Em relação à mortalidade, o grupo A apresentou dois casos (3,7%) e grupo B apresentou quatro (4,3%), sem diferença estatística. Não houve diferença estatística entre os grupos A e B quanto à localização topográfica do tumor, grau histológico, pT, pN, estádio, extensão do tumor, invasão linfática, venosa e perineural. No grupo A, a média de linfonodos ressecados foi 31,88 linfonodos e no grupo B 20,73 linfonodos (p < 0,001); entretanto a média de linfonodos acometidos no grupo A foi 3,96 linfonodos e no grupo B 4,25 linfonodos, sem diferença estatística, bem como a razão ressecados acometidos. A sobrevida global geral foi 42,3%, nos grupo A, 38,9% e no grupo B, 7,6% (p=0,298). Na análise multivariada da sobrevida global somente a invasão linfática (p=0,005), diabetes mellitus (p=0,038) e infecção cirúrgica (p=0,001) foram significantes. A sobrevida livre de doença geral foi 45,6%, no grupo A 40% e grupo B 46% (p=0,77) e, na multivariada, somente a invasão linfática (p=0,01) e o diabetes mellitus (p=0,049) foram significantes. Entretanto nos tumores com estádio até 2B a sobrevida global do grupo A foi 80,4% e do grupo B, 38,5% (p=0,001). A sobrevida após recidiva foi melhor na recidiva pulmonar, seguida pela hepática ou mediastinal e peritoneal (p=0,001). Conclusão: Ambos os métodos são seguros com taxas de morbidade e mortalidade semelhantes. A esofagectomia por toracoscopia permite uma ressecção maior do número de linfonodos. As sobrevidas globais e livres de doença são semelhantes, entretanto até o estádio 2B a esofagectomia por toracoscopia melhora a sobrevida global. Diabetes e invasão linfática interferem na sobrevida global e livre de doença / The surgical treatment of adenocarcinoma of the esophagogastric junction surgical treatment (AGEJ) is still controversial, particularly concerning to survival and postoperative complications. With the advent of minimally invasive surgery and thoracoscopy, there has been an increase in lymphadenectomy and less complications, however its impact on survival of AGEJ is still unknown. Objectives: To compare transthoracic thoracoscopic esophagectomy (group A) with transhiatal esophagectomy (group B) in patients with AGEJ in relation to the occurrence of complications and mortality; number of ressected lymph nodes, the positive and the ratio between the ressected and positive; overall and disease free survival; and survival after relapse. Methods: There was a selection of 147 patients from 2000 to 2016. One hundred and thirty (88%) were male, the average age was 64 years old. Epidemiological data (age, sex, body mass index, ECOG and past medical history) were analyzed and compared between the groups. Postoperative complications (cervical fistulae, chylothorax, respiratory complications, hoarseness and surgical infections) were evaluated. The anatomopathological staging was evaluated by the 7th UICC edition, analyzing the resected lymph nodes, the affected and the ratio between the resected and affected. Analysis of overall survival, disease free survival and survival after relapse were made, besides multivariate analysis of survival related factors. Results: In relation to the epidemiological data, group A presented an average age of 61.1 years, and group B of 65.7 years (p=0.009). 47 (87.0%) of the 54 patients in group A were submitted to neoadjuvant treatments, against 43 (46.3%) of the 93 patients in group B (p < 0.001). In relation to the complications, group A presented greater occurrence of hoarseness and surgical infections. In relation to mortality, group A presented 2 cases (3.7%) and group B presented 4 (4.3%), without statistical difference. There was no statistical difference between groups A and B about topographic location of the tumor, histologic grade, pT, pN, stage, tumor extension, lymphatic, venous or perineural invasion. In group A, the average number of ressected lymph nodes was 31.88 and in group B was 20.73 (p < 0.001), however the average number of affected lymph nodes was 3.96 in group A and 4.25 in group B, without statistical difference, as well as the ratio between ressected and affected lymph nodes. The general overall survival was 42.3%, in group A was 38.9% and in group B was 47.6% (p=0.298). In the multivariate analysis of overall survival only lymphatic invasion (p=0.005), diabetes mellitus (p=0.038) and surgical infection (p- 0.001) were significant. The general disease free survival was 45.6%, in group A was 40% and in group B was 46% (p=0.77) and in multivariate analysis only lymphatic invasion (p=0.01) and diabetes mellitus (p=0.049) were significant. However, in tumors with stage until 2B, group A overall survival was 80.4% and group B was 38.5% (p=0.001). Survival after relapse was better in pulmonary relapse, followed by hepatic or mediastinal and peritoneal (p=0.001). Conclusion: Both methods are safe with similar morbidity and mortality rates. Transthoracic thoracoscopic esophagectomy allows a larger ressection in the number of lymph nodes. Overall survival and disease free survival are similar, however until stage 2B thoracoscopic esophagectomy improves overall survival. Diabetes and lymphatic invasion interfere in overall and disease free survival
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Estudo comparativo dos resultados da esofagectomia transhiatal com a transtorácica por toracoscopia no adenocarcinoma da junção esôfago-gástrica / Comparative study of transhiatal and transthoracic thoracoscopic esophagectomy results in adenocarcinoma of the esophagogastric junctionFlavio Roberto Takeda 09 August 2017 (has links)
O tratamento cirúrgico do adenocarcinoma da junção esofagogástrica (AJEG) ainda é controverso, particularmente, em relação à sobrevida e complicações pós-operatórias. Com o advento da cirurgia minimamente invasiva e toracoscopia, houve um aumento da linfadenectomia e menores complicações, entretanto seu impacto na sobrevida do AEGJ é pouco conhecido. Objetivos: Comparar a esofagectomia por via transtorácica por toracoscopia (grupo A) com esofagectomia por via transhiatal (grupo B) em pacientes com AJEG em relação a ocorrência de complicações e mortalidade; número de linfonodos ressecados, acometidos e relação ressecados e acometidos; sobrevidas global e livre de doença; e sobrevida após recidiva. Métodos: Foram selecionados 147 pacientes entre 2000 e 2016. Cento e trinta (88%) do sexo masculino, média de idade de 64 anos. Os dados epidemiológicos (idade, sexo, índice de massa corpórea, ECOG e antecedentes pessoais) foram avaliados e comparados entre os grupos. As complicações pós-operatórias (fistula cervical, quilotorax, complicações respiratórias, rouquidão e infecções cirúrgicas) foram avaliadas. O estadiamento anátomo-patológico foi avaliado pela 7a. edição AJCC, analisando os linfonodos ressecados, acometidos e a relação de ressecados e acometidos. Foram feitas análises da sobrevivência global, livre de doença, e após recidiva; além de análise multivariada de fatores relacionados à sobrevida. Resultados: Em relação aos dados epidemiológicos, o grupo A apresentava uma média de idade de 61,1 anos e grupo B, de 65,7 anos (p=0,009). Dos 54 pacientes do grupo A, 47 (87,0%) foram submetidos a tratamento neoadjuvante, contra 43 (46,3%) dos 93 pacientes do grupo B (p < 0,001). Em relação às complicações, o grupo A apresentou maior ocorrência de rouquidão e infecções cirúrgicas. Em relação à mortalidade, o grupo A apresentou dois casos (3,7%) e grupo B apresentou quatro (4,3%), sem diferença estatística. Não houve diferença estatística entre os grupos A e B quanto à localização topográfica do tumor, grau histológico, pT, pN, estádio, extensão do tumor, invasão linfática, venosa e perineural. No grupo A, a média de linfonodos ressecados foi 31,88 linfonodos e no grupo B 20,73 linfonodos (p < 0,001); entretanto a média de linfonodos acometidos no grupo A foi 3,96 linfonodos e no grupo B 4,25 linfonodos, sem diferença estatística, bem como a razão ressecados acometidos. A sobrevida global geral foi 42,3%, nos grupo A, 38,9% e no grupo B, 7,6% (p=0,298). Na análise multivariada da sobrevida global somente a invasão linfática (p=0,005), diabetes mellitus (p=0,038) e infecção cirúrgica (p=0,001) foram significantes. A sobrevida livre de doença geral foi 45,6%, no grupo A 40% e grupo B 46% (p=0,77) e, na multivariada, somente a invasão linfática (p=0,01) e o diabetes mellitus (p=0,049) foram significantes. Entretanto nos tumores com estádio até 2B a sobrevida global do grupo A foi 80,4% e do grupo B, 38,5% (p=0,001). A sobrevida após recidiva foi melhor na recidiva pulmonar, seguida pela hepática ou mediastinal e peritoneal (p=0,001). Conclusão: Ambos os métodos são seguros com taxas de morbidade e mortalidade semelhantes. A esofagectomia por toracoscopia permite uma ressecção maior do número de linfonodos. As sobrevidas globais e livres de doença são semelhantes, entretanto até o estádio 2B a esofagectomia por toracoscopia melhora a sobrevida global. Diabetes e invasão linfática interferem na sobrevida global e livre de doença / The surgical treatment of adenocarcinoma of the esophagogastric junction surgical treatment (AGEJ) is still controversial, particularly concerning to survival and postoperative complications. With the advent of minimally invasive surgery and thoracoscopy, there has been an increase in lymphadenectomy and less complications, however its impact on survival of AGEJ is still unknown. Objectives: To compare transthoracic thoracoscopic esophagectomy (group A) with transhiatal esophagectomy (group B) in patients with AGEJ in relation to the occurrence of complications and mortality; number of ressected lymph nodes, the positive and the ratio between the ressected and positive; overall and disease free survival; and survival after relapse. Methods: There was a selection of 147 patients from 2000 to 2016. One hundred and thirty (88%) were male, the average age was 64 years old. Epidemiological data (age, sex, body mass index, ECOG and past medical history) were analyzed and compared between the groups. Postoperative complications (cervical fistulae, chylothorax, respiratory complications, hoarseness and surgical infections) were evaluated. The anatomopathological staging was evaluated by the 7th UICC edition, analyzing the resected lymph nodes, the affected and the ratio between the resected and affected. Analysis of overall survival, disease free survival and survival after relapse were made, besides multivariate analysis of survival related factors. Results: In relation to the epidemiological data, group A presented an average age of 61.1 years, and group B of 65.7 years (p=0.009). 47 (87.0%) of the 54 patients in group A were submitted to neoadjuvant treatments, against 43 (46.3%) of the 93 patients in group B (p < 0.001). In relation to the complications, group A presented greater occurrence of hoarseness and surgical infections. In relation to mortality, group A presented 2 cases (3.7%) and group B presented 4 (4.3%), without statistical difference. There was no statistical difference between groups A and B about topographic location of the tumor, histologic grade, pT, pN, stage, tumor extension, lymphatic, venous or perineural invasion. In group A, the average number of ressected lymph nodes was 31.88 and in group B was 20.73 (p < 0.001), however the average number of affected lymph nodes was 3.96 in group A and 4.25 in group B, without statistical difference, as well as the ratio between ressected and affected lymph nodes. The general overall survival was 42.3%, in group A was 38.9% and in group B was 47.6% (p=0.298). In the multivariate analysis of overall survival only lymphatic invasion (p=0.005), diabetes mellitus (p=0.038) and surgical infection (p- 0.001) were significant. The general disease free survival was 45.6%, in group A was 40% and in group B was 46% (p=0.77) and in multivariate analysis only lymphatic invasion (p=0.01) and diabetes mellitus (p=0.049) were significant. However, in tumors with stage until 2B, group A overall survival was 80.4% and group B was 38.5% (p=0.001). Survival after relapse was better in pulmonary relapse, followed by hepatic or mediastinal and peritoneal (p=0.001). Conclusion: Both methods are safe with similar morbidity and mortality rates. Transthoracic thoracoscopic esophagectomy allows a larger ressection in the number of lymph nodes. Overall survival and disease free survival are similar, however until stage 2B thoracoscopic esophagectomy improves overall survival. Diabetes and lymphatic invasion interfere in overall and disease free survival
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Aspectos clínico-epidemiológicos dos tumores mamários triplo negativos em uma população brasileiraGonçalves Júnior, Homero 06 July 2018 (has links)
Submitted by Geandra Rodrigues (geandrar@gmail.com) on 2018-09-04T15:39:47Z
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Previous issue date: 2018-07-06 / O tratamento do câncer de mama baseia-se na classificação dos casos, em termos de estadiamento e do perfil biomolecular. Os Tumores Triplo Negativos (TTN) representam um grupo especial de neoplasias mamárias que não expressam receptores hormonais e nem o antígeno Her2. São considerados agressivos e de pior evolução, e quando estudados em particular, apresentam muita heterogeneidade. Importa saber se a caracterização dos tumores como Triplo Negativos, é suficiente para delimitar o grupo em termos de prognóstico e terapêutica. Este estudo teve como objetivo comparar os aspectos clínico-epidemiológicos dos Tumores Triplo Negativos em relação aos Não Triplo Negativos, em coorte de mulheres com câncer de mama assistidas em centros oncológicos de referência de Juiz de Fora, Minas Gerais. A sobrevida global e a sobrevida livre de doença foram calculadas pelo método de Kaplan Meier, e as curvas de sobrevida foram avaliadas pelo teste de Log-Rank, nos subgrupos Triplo Negativos e Não Triplo Negativos (NTN). Os fatores prognósticos foram comparados pelo modelo de riscos proporcionais de Cox. Os Tumores Triplo Negativos apresentaram diferenças demográficas em relação aos NTN, com acúmulo de pacientes não brancas e de baixo nível sociocultural; e ainda com aspectos de maior gravidade ao diagnóstico. A evolução também foi pior, tanto em termos de sobrevida global quanto sobrevida livre de doença dentre os TTN. Na análise univariada, os fatores: idade, cor da pele, escolaridade, tamanho do tumor e grau tumoral, estado das axilas e estadiamento, bem como taxas elevadas dos marcadores P53 e Ki 67, se mostraram associados a sobrevida livre de doença nos Tumores Não Triplo Negativos. No cálculo da sobrevida global, essas variáveis se mantiveram, exceto a idade; e foi constatado maior risco para as mulheres oriundas do serviço público de saúde, bem como o surgimento de metástases no decurso do seguimento. Para os Triplo Negativos, a análise univariada mostrou influência do estado axilar e estadiamento na sobrevida livre de doença; e os mesmos fatores acrescidos do surgimento de metástases, para a sobrevida global. Na análise multivariada a escolaridade e o estado axilar representaram risco à sobrevida livre de doença para NTN, enquanto a cor da pele e o estadiamento para a sobrevida global. Quanto aos TTN, sua evolução se mostrou ligada a dois aspectos: o comprometimento axilar para sobrevida livre de doença e global; e também a multicentricidade para a sobrevida global. Os Tumores Triplo Negativos aparentam ter biologia bem diversa dos Não Triplo Negativos, na dependência dos componentes histológicos e moleculares que portam. A classificação molecular por imunoistoquímica se mostrou capaz de identificar os dois grupos tumorais e auxiliar na orientação terapêutica. / Current breast cancer treatment is based on the classification of tumor stage and molecular profile. Triple-negative breast cancer (TNBC) is a specific subset of tumors characterized by the absence of hormone and HER2 receptors. Despite being usually associated with a more aggressive clinical course, there is high heterogeneity within TNBC. Therefore, it has been questioned whether current classification of TNBC is adequate enough to assess its prognosis and make therapeutic decisions. This study thus aimed to investigate to which extent TNBC profile classification was able to efficiently distinguish this tumor subtype from other subtypes of breast cancer. It was performed on a cohort of women with breast cancer treated at referral centers in Juiz de Fora, Southeastern Brazil. Overall and disease-free survival and prognostic factors were assessed and compared for TNBC and non-TNBC. Survival functions were calculated using the Kaplan-Meier method, and the log-rank test was used to compare the survival curves. Prognostic factors were analyzed by the Cox proportional hazards model. TNBC presented demographic differences compared to non-TNBC as it was more prevalent among nonwhite and less educated women. TNBC also presented at diagnosis with clinical parameters of advanced disease and had overall and disease-free survival significantly lower than non-TNBC. In univariate analysis the factors: age, color of the skin, education level, size and degree of tumor, axillary status and staging, as well as high rates of P53 e Ki 67 have been shown to be associated with disease-free survival in non-TNBC. These variables remained the same in the calculation of overall survival except for age; and it was also observed a greater risk for women from the public health service as well as the appearance of metastases during the follow-up. In multivariate analysis education level and axillary lymph node involvement presented a risk for disease-free survival while the color of skin and staging, for overall survival in non-TNBC. Regarding TNBC, its evolution was related to two aspects: axillary impairment for disease-free and global survival and multicentricity for overall survival. TNBC presents distinct biological properties compared to non-TNBC, which seems to be related to its specific histological and molecular components. The molecular classification by immunohistochemistry showed to be able to identify the two tumor groups and to support the therapeutic orientation.
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