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Avaliação dos teores de nicotina e cotinina, por cromatografia em fase gasosa, em urina de crianças fumantes passivas / Evaluation of nicotine and cotinine levels by gas chromatography, in urine passive smokers children

Delfim, Claudia Isabel Guastini 14 April 2004 (has links)
A cotinina, principal produto de biotransformação da nicotina, é considerada um excelente marcador biológico de exposição tanto para fumantes ativos quanto passivos. A cotinina apresenta maior estabilidade química que a nicotina e possui uma meia vida de eliminação de cerca de 40 horas. Assim, um método analítico sensível, preciso e exato foi desenvolvido, para sua determinação, empregando-se a cromatografia em fase gasosa com coluna capilar (HP-Ultra2, 25m x 0.20mm x 0.33µm) e detetor de nitrogênio e fósforo (CGIDNP). A nicotina e a cotinina foram extraídas sob condições alcalinas com diclorometano, de amostras de urina às quais foi adicionado o padrão interno (clorprenalina). Após evaporação do extrato sob fluxo de nitrogênio, o resíduo foi retomado utilizando-se 50 µL de metanol onde 1 µL foi injetado no CG/DNP. O método mostrou-se linear na faixa de 10 a 200 ng/mL com coeficiente de correlação (r) igual a 0,0965 e 0,9966 para a cotinina e nicotina, respectivamente. Os limites de detecção e quantificação foram 5 ng/mL e 10 ng/mL, tanto para a cotinina quanto para a nicotina. A nicotina e a cotinina mantiveram-se estável por 15 e 21 dias a 20°C. A avaliação das amostras de urina de algumas crianças evidenciaram o contato com pais ou parentes fumantes, apresentando resultados de cotinina entre 13,70 a 272,60 ng/mL. O método validado neste trabalho mostrou-se apropriado para a avaliação da presença de cotinina em amostras de urina de fumantes passivos, apresentando as vantagens de fácil execução, curto tempo de análise e baixo custo. / Cotinine, the principal product of biotransformation of nicotine, is considered an excellent biological marker to measure the exposure to cigarette smoke for both the active and passive smokers. Cotinine presents a higher chemical stability than the nicotine and it possesses a half-life of elimination of approximate 40 hours. Therefore, a sensible analytical method, very precise and accurate, was developed using a process of gas chromatography with a nitrogen phosphorous detector (GC/NPD). Nicotine and the cotinine were extracted, under alkaline conditions with dichloromethane, from urine samples which had the internal standard clorprenaline added to them. After evaporation of the extract under nitrogen flux, the residue was retaken using 50 µL of methanol, where 1 µL was injected in the GC/NPD. The method proved to be linear in the range of 10 to 200 ng/mL with a coefficient of correlation (r) equal to 0,0965 and 0,9966 to cotinine and nicotine, respectively. The limits of detection and quantification were 5ng/mL and 10ng/mL for both cotinine and nicotine. Nicotine and cotinine maintained themselves stable for 15 and 21 days at -20 C°. The evaluation of same urine samples taken fron children passively exposured to tobacco throgh there parentes or relatives evidenced cotinine levels fron 13,70 to 272,60 ng/mL. The validated method in this work proved to be appropriate for the evaluation of the cotinine presence in the urine samples taken from.
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Avaliação dos teores de nicotina e cotinina, por cromatografia em fase gasosa, em urina de crianças fumantes passivas / Evaluation of nicotine and cotinine levels by gas chromatography, in urine passive smokers children

Claudia Isabel Guastini Delfim 14 April 2004 (has links)
A cotinina, principal produto de biotransformação da nicotina, é considerada um excelente marcador biológico de exposição tanto para fumantes ativos quanto passivos. A cotinina apresenta maior estabilidade química que a nicotina e possui uma meia vida de eliminação de cerca de 40 horas. Assim, um método analítico sensível, preciso e exato foi desenvolvido, para sua determinação, empregando-se a cromatografia em fase gasosa com coluna capilar (HP-Ultra2, 25m x 0.20mm x 0.33µm) e detetor de nitrogênio e fósforo (CGIDNP). A nicotina e a cotinina foram extraídas sob condições alcalinas com diclorometano, de amostras de urina às quais foi adicionado o padrão interno (clorprenalina). Após evaporação do extrato sob fluxo de nitrogênio, o resíduo foi retomado utilizando-se 50 µL de metanol onde 1 µL foi injetado no CG/DNP. O método mostrou-se linear na faixa de 10 a 200 ng/mL com coeficiente de correlação (r) igual a 0,0965 e 0,9966 para a cotinina e nicotina, respectivamente. Os limites de detecção e quantificação foram 5 ng/mL e 10 ng/mL, tanto para a cotinina quanto para a nicotina. A nicotina e a cotinina mantiveram-se estável por 15 e 21 dias a 20°C. A avaliação das amostras de urina de algumas crianças evidenciaram o contato com pais ou parentes fumantes, apresentando resultados de cotinina entre 13,70 a 272,60 ng/mL. O método validado neste trabalho mostrou-se apropriado para a avaliação da presença de cotinina em amostras de urina de fumantes passivos, apresentando as vantagens de fácil execução, curto tempo de análise e baixo custo. / Cotinine, the principal product of biotransformation of nicotine, is considered an excellent biological marker to measure the exposure to cigarette smoke for both the active and passive smokers. Cotinine presents a higher chemical stability than the nicotine and it possesses a half-life of elimination of approximate 40 hours. Therefore, a sensible analytical method, very precise and accurate, was developed using a process of gas chromatography with a nitrogen phosphorous detector (GC/NPD). Nicotine and the cotinine were extracted, under alkaline conditions with dichloromethane, from urine samples which had the internal standard clorprenaline added to them. After evaporation of the extract under nitrogen flux, the residue was retaken using 50 µL of methanol, where 1 µL was injected in the GC/NPD. The method proved to be linear in the range of 10 to 200 ng/mL with a coefficient of correlation (r) equal to 0,0965 and 0,9966 to cotinine and nicotine, respectively. The limits of detection and quantification were 5ng/mL and 10ng/mL for both cotinine and nicotine. Nicotine and cotinine maintained themselves stable for 15 and 21 days at -20 C°. The evaluation of same urine samples taken fron children passively exposured to tobacco throgh there parentes or relatives evidenced cotinine levels fron 13,70 to 272,60 ng/mL. The validated method in this work proved to be appropriate for the evaluation of the cotinine presence in the urine samples taken from.
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Envolvimento da metilecgonidina, produto de pirólise da cocaína, na farmacodependência / Involvement of methylecgonidine, a cocaine pyrolysis product, in addiction.

Raphael Caio Tamborelli Garcia 25 February 2014 (has links)
O crack é a forma fumada de administração da cocaína com o maior potencial para causar dependência. Até 80% da sua fumaça consiste no produto de pirólise da cocaína, a metilecgonidina (AEME). Apesar do vasto conhecimento acerca dos efeitos e prejuízos causados pela cocaína, nenhum trabalho avaliou os efeitos da AEME na farmacodependência, objetivo deste trabalho. Ratos adultos machos Wistar foram expostos à salina, à AEME 3 mg/kg, à cocaína 15 mg/kg e a associação entre cocaína e AEME, intraperitonealmente, em duas situações: 1) exposição prolongada (administração todos os dias, por 9 dias); 2) sensibilização comportamental dependente de contexto (administração em dias alternados, por 5 dias e 7 dias de abstinência, seguido do desafio). A dose de AEME foi definida pela avaliação da atividade locomotora em teste agudo. A AEME foi capaz de aumentar a atividade locomotora após exposição prolongada e potencializar a expressão da sensibilização comportamental dependente de contexto induzida pela cocaína. A concentração de dopamina e seus metabólitos aumentaram no caudado-putâmen em todos os grupos, sendo observado um sinergismo entre cocaína e AEME no grupo da associação. No núcleo accumbens, foi observado aumento de dopamina apenas nos grupos cocaína e associação. Paralelamente, houve aumento da relação p-CREB/CREB 60 minutos após a administração aguda de AEME 3 mg/kg e cocaína 15 mg/kg, tanto no caudado-putâmen quanto no núcleo accumbens, assim como nos grupos cocaína e associação após a sensibilização comportamental dependente de contexto. Com a finalidade de determinar o mecanismo de ação da AEME, foi realizado um estudo farmacológico detalhado dessa substância em células CHO-K1 de rato expressando heterologamente os receptores colinérgicos muscarínicos subtipos 1 a 5, uma vez que estudos anteriores sugeriram uma interação entre a AEME e os receptores colinérgicos muscarínicos. O ensaio de competição com [3H]NMS mostrou uma pequena preferência da AEME para o subtipo M2. Estudos funcionais (mobilização de cálcio) revelaram um efeito agonista parcial da AEME para os subtipos M1 e M3 e antagonista para os demais subtipos, dando suporte à hipótese colinérgica de ação da AEME. Nossos resultados indicam que a AEME isoladamente não foi capaz de causar sensibilização, mas potencializou a ação da cocaína quando coadministrada. O efeito antagonista da AEME em receptores subtipo M2 e M4 no caudado-putâmen, e M4 e M5 no núcleo accumbens causaram aumento de dopamina nessas regiões encefálicas, onde a atividade colinérgica medeia sua liberação. / Crack cocaine is the smoked form of cocaine with the highest potential for addiction. Up to 80% of crack smoke consists of cocaines pyrolysis product anhydroecgonine methyl ester (AEME). Despite of many studies regarding cocaine effects and its hazardousness, few reports have assessed AEME\'s role in addiction, the aim of this study. Adult male Wistar rats were i.p. dosed with either saline, 3 mg/kg AEME, cocaine 15 mg/kg, or cocaine-AEME combination in two situations: 1) prolonged exposure (drugs administered every day for 9 days); 2) behavioral sensitization context specific (drugs administered in alternating days for 5 days, followed by 7-days abstinence period and a challenge injection). AEME dose was chosen based on locomotor activity after an acute test. AEME increased locomotor activity in the prolonged exposure and it potentiated cocaine-induced behavioral sensitization. Dopamine level and its metabolites were elevated in the caudate-putamen in all non-saline groups with a synergic effect between cocaine and AEME in the cocaine-AEME group. In the nucleus accumbens, dopamine was elevated only in cocaine and cocaine-AEME groups. At the same time, p-CREB/CREB ratio, increased 60 minutes after an acute administration of 3 mg/kg AEME and 15 mg/kg cocaine in both caudate-putamen and nucleus accumbens, the same result observed in both cocaine and cocaine-AEME groups after behavioral sensitization. Once previous studies suggested AEME interacts with muscarinic acetylcholine receptors, a detailed pharmacological analysis of AEME at rat muscarinic acetylcholine receptors subtypes 1-5 heterologously expressed in CHO-K1 cells was performed to determine a mechanism for the novel effects of AEME. [3H]NMS competition binding showed a slight preference for M2 subtype; functional studies (Ca2+ mobilization) revealed partial agonist effects at M1 and M3 and antagonist effects at the remaining subtypes, supporting the cholinergic hypothesis of AEME\'s effects. Our results indicate AEME alone does not elicit behavior sensitization but significantly potentiates cocaine sensitization when co-administered. AEME antagonism effects at M2 and M4 muscarinic acetylcholine receptors subtypes in the caudate-putamen, and M4 and M5 muscarinic acetylcholine receptors subtypes in the nucleus accumbens resulted in dopamine increase in these brain regions, where its release is mediated by cholinergic activity.
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Envolvimento da metilecgonidina, produto de pirólise da cocaína, na farmacodependência / Involvement of methylecgonidine, a cocaine pyrolysis product, in addiction.

Garcia, Raphael Caio Tamborelli 25 February 2014 (has links)
O crack é a forma fumada de administração da cocaína com o maior potencial para causar dependência. Até 80% da sua fumaça consiste no produto de pirólise da cocaína, a metilecgonidina (AEME). Apesar do vasto conhecimento acerca dos efeitos e prejuízos causados pela cocaína, nenhum trabalho avaliou os efeitos da AEME na farmacodependência, objetivo deste trabalho. Ratos adultos machos Wistar foram expostos à salina, à AEME 3 mg/kg, à cocaína 15 mg/kg e a associação entre cocaína e AEME, intraperitonealmente, em duas situações: 1) exposição prolongada (administração todos os dias, por 9 dias); 2) sensibilização comportamental dependente de contexto (administração em dias alternados, por 5 dias e 7 dias de abstinência, seguido do desafio). A dose de AEME foi definida pela avaliação da atividade locomotora em teste agudo. A AEME foi capaz de aumentar a atividade locomotora após exposição prolongada e potencializar a expressão da sensibilização comportamental dependente de contexto induzida pela cocaína. A concentração de dopamina e seus metabólitos aumentaram no caudado-putâmen em todos os grupos, sendo observado um sinergismo entre cocaína e AEME no grupo da associação. No núcleo accumbens, foi observado aumento de dopamina apenas nos grupos cocaína e associação. Paralelamente, houve aumento da relação p-CREB/CREB 60 minutos após a administração aguda de AEME 3 mg/kg e cocaína 15 mg/kg, tanto no caudado-putâmen quanto no núcleo accumbens, assim como nos grupos cocaína e associação após a sensibilização comportamental dependente de contexto. Com a finalidade de determinar o mecanismo de ação da AEME, foi realizado um estudo farmacológico detalhado dessa substância em células CHO-K1 de rato expressando heterologamente os receptores colinérgicos muscarínicos subtipos 1 a 5, uma vez que estudos anteriores sugeriram uma interação entre a AEME e os receptores colinérgicos muscarínicos. O ensaio de competição com [3H]NMS mostrou uma pequena preferência da AEME para o subtipo M2. Estudos funcionais (mobilização de cálcio) revelaram um efeito agonista parcial da AEME para os subtipos M1 e M3 e antagonista para os demais subtipos, dando suporte à hipótese colinérgica de ação da AEME. Nossos resultados indicam que a AEME isoladamente não foi capaz de causar sensibilização, mas potencializou a ação da cocaína quando coadministrada. O efeito antagonista da AEME em receptores subtipo M2 e M4 no caudado-putâmen, e M4 e M5 no núcleo accumbens causaram aumento de dopamina nessas regiões encefálicas, onde a atividade colinérgica medeia sua liberação. / Crack cocaine is the smoked form of cocaine with the highest potential for addiction. Up to 80% of crack smoke consists of cocaines pyrolysis product anhydroecgonine methyl ester (AEME). Despite of many studies regarding cocaine effects and its hazardousness, few reports have assessed AEME\'s role in addiction, the aim of this study. Adult male Wistar rats were i.p. dosed with either saline, 3 mg/kg AEME, cocaine 15 mg/kg, or cocaine-AEME combination in two situations: 1) prolonged exposure (drugs administered every day for 9 days); 2) behavioral sensitization context specific (drugs administered in alternating days for 5 days, followed by 7-days abstinence period and a challenge injection). AEME dose was chosen based on locomotor activity after an acute test. AEME increased locomotor activity in the prolonged exposure and it potentiated cocaine-induced behavioral sensitization. Dopamine level and its metabolites were elevated in the caudate-putamen in all non-saline groups with a synergic effect between cocaine and AEME in the cocaine-AEME group. In the nucleus accumbens, dopamine was elevated only in cocaine and cocaine-AEME groups. At the same time, p-CREB/CREB ratio, increased 60 minutes after an acute administration of 3 mg/kg AEME and 15 mg/kg cocaine in both caudate-putamen and nucleus accumbens, the same result observed in both cocaine and cocaine-AEME groups after behavioral sensitization. Once previous studies suggested AEME interacts with muscarinic acetylcholine receptors, a detailed pharmacological analysis of AEME at rat muscarinic acetylcholine receptors subtypes 1-5 heterologously expressed in CHO-K1 cells was performed to determine a mechanism for the novel effects of AEME. [3H]NMS competition binding showed a slight preference for M2 subtype; functional studies (Ca2+ mobilization) revealed partial agonist effects at M1 and M3 and antagonist effects at the remaining subtypes, supporting the cholinergic hypothesis of AEME\'s effects. Our results indicate AEME alone does not elicit behavior sensitization but significantly potentiates cocaine sensitization when co-administered. AEME antagonism effects at M2 and M4 muscarinic acetylcholine receptors subtypes in the caudate-putamen, and M4 and M5 muscarinic acetylcholine receptors subtypes in the nucleus accumbens resulted in dopamine increase in these brain regions, where its release is mediated by cholinergic activity.
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Efeitos da inalação da fumaça do cigarro no estresse oxidativo do sistema nervoso central de camundongos jovens / Effects of cigarette smoke in oxidative stress in the central nervous system of young mice

Tôrres, Larissa Helena Lôbo 25 August 2009 (has links)
A fumaça do cigarro é composta por mais de 4.700 substâncias, muitas das quais tóxicas. O sistema nervoso central (SNC) possui poucas defesas antioxidantes, além de ser rico em lipídeos facilmente oxidáveis e de conter alto teor de metais de transição envolvidos na formação de radicais livres. Existem evidências de que a fumaça do cigarro causa alterações nas enzimas antioxidantes em roedores adultos, mas pouco se sabe sobre os efeitos do tabaco no SNC ainda em desenvolvimento. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar os possíveis efeitos da fumaça do cigarro no SNC de camundongos jovens. Camundongos BALB/c foram expostos a uma mistura de fumaça central e lateral do cigarro (Souza Cruz - Derby Vermelho) dentro de uma câmara de polipropileno acoplada a um sistema Venturi. Além da exposição aguda, realizada no 18º dia de vida, os animais foram expostos a partir do 5º dia de vida por 13 ou 35 dias, durante 2 horas por dia, 7 dias por semana. Os animais foram então eutanasiados por deslocamento cervical imediatamente ou três horas após a última exposição e foram realizadas as determinações das atividades enzimáticas da glutationa peroxidase, glutationa redutase, glutationa S-transferase, além da quantificação de malonaldeído (MDA) e 3-nitrotirosina no cerebelo, córtex frontal, estriado, hipocampo e hipotálamo. Nossos resultados indicam que o SNC em desenvolvimento é susceptível à fumaça do cigarro. Foram detectadas alterações nas enzimas antioxidantes em diferentes estruturas encefálicas imediatamente após a última exposição sugerindo diferença de sensibilidade das diferentes áreas à fumaça do cigarro. Contudo, essas perturbações não são persistentes, uma vez que a maior parte delas desapareceu três horas após a exposição. O cerebelo parece ser a estrutura mais resistente enquanto o córtex frontal e o estriado, as mais sensíveis. No córtex frontal as alterações enzimáticas são mais persistentes e houve aumento de MDA no grupo agudo e eutanásia 3 horas após a exposição, enquanto no cerebelo, estriado e hipocampo houve aumento de MDA no grupo agudo e eutanásia imediatamente após a exposição. Esses resultados sugerem uma resposta mais tardia do córtex frontal e uma possível adaptação dos tecidos ao xenobiótico. É importante destacar que a eutanásia realizada imediatamente após a exposição crônica à fumaça do cigarro não reflete somente o efeito da última exposição, já que tanto o padrão encontrado na alteração das enzimas quanto na determinação de MDA foi diferente do observado após exposição aguda. / Cigarette\'s smoke is composed of more than 4.700 substances, many of them are toxic. The central nervous system (CNS) has few antioxidant defenses, is rich in easily oxidable lipids and contains high levels of transition metals which are involved in the formation of free radicals. There are evidences that tobacco smoke causes changes in the antioxidant enzymes in adult rodents, but little is known about its effects during CNS development. Thus, the aim of this work was to evaluate the possible effects of cigarettes smoke in the CNS of young mice. BALB/c mice were exposed to a mixture of mainstream and sidestream smoke of cigarette (Souza Cruz Red Derby) in a polypropylene chamber attached to a Venturi system. Besides acute exposure, performed at the 18th day of life, the animals were exposed from the 5th day of life for 13 or 35 days, 2 hours a day, 7 days in a week. The animals were then euthanized by cervical dislocation, immediately or three hours after the last exposure. The determinations of enzymatic activities of glutathione peroxidase, glutathione reductase, glutathione S-transferase, and the quantification of malonaldehyde (MDA) and 3-nitrotyrosine in cerebellum, frontal cortex, striatum, hippocampus and hypothalamus were performed. Our results indicate that the CNS in development is susceptible to cigarettes smoke. Alterations in antioxidant enzymes in different brain structures were detected immediately after the last exposure suggesting differences in sensitivity of different areas to cigarette\'s smoke. However, these disturbances are not persistent, as most of them disappeared three hours after exposure. Cerebellum seems to be the more resistant structure, while frontal cortex and striatum the most sensitive. Enzyme changes in frontal cortex were more persistent and there was an increase of MDA only in the acute group and euthanasia 3 hours after exposure, whereas in cerebellum, striatum and hippocampus, MDA increased only in acute group and immediately euthanasia after exposure. These results suggest a delayed response of the frontal cortex and a possible adaptation of tissues to xenobiotics. It is important to point out that euthanasia performed immediately after chronic exposure to cigarette smoke not only reflect the effect of the last exposure, since the pattern found in the modification of enzymes and in the determination of MDA was different from that observed after acute exposure.
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Efeitos da inalação da fumaça do cigarro no estresse oxidativo do sistema nervoso central de camundongos jovens / Effects of cigarette smoke in oxidative stress in the central nervous system of young mice

Larissa Helena Lôbo Tôrres 25 August 2009 (has links)
A fumaça do cigarro é composta por mais de 4.700 substâncias, muitas das quais tóxicas. O sistema nervoso central (SNC) possui poucas defesas antioxidantes, além de ser rico em lipídeos facilmente oxidáveis e de conter alto teor de metais de transição envolvidos na formação de radicais livres. Existem evidências de que a fumaça do cigarro causa alterações nas enzimas antioxidantes em roedores adultos, mas pouco se sabe sobre os efeitos do tabaco no SNC ainda em desenvolvimento. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar os possíveis efeitos da fumaça do cigarro no SNC de camundongos jovens. Camundongos BALB/c foram expostos a uma mistura de fumaça central e lateral do cigarro (Souza Cruz - Derby Vermelho) dentro de uma câmara de polipropileno acoplada a um sistema Venturi. Além da exposição aguda, realizada no 18º dia de vida, os animais foram expostos a partir do 5º dia de vida por 13 ou 35 dias, durante 2 horas por dia, 7 dias por semana. Os animais foram então eutanasiados por deslocamento cervical imediatamente ou três horas após a última exposição e foram realizadas as determinações das atividades enzimáticas da glutationa peroxidase, glutationa redutase, glutationa S-transferase, além da quantificação de malonaldeído (MDA) e 3-nitrotirosina no cerebelo, córtex frontal, estriado, hipocampo e hipotálamo. Nossos resultados indicam que o SNC em desenvolvimento é susceptível à fumaça do cigarro. Foram detectadas alterações nas enzimas antioxidantes em diferentes estruturas encefálicas imediatamente após a última exposição sugerindo diferença de sensibilidade das diferentes áreas à fumaça do cigarro. Contudo, essas perturbações não são persistentes, uma vez que a maior parte delas desapareceu três horas após a exposição. O cerebelo parece ser a estrutura mais resistente enquanto o córtex frontal e o estriado, as mais sensíveis. No córtex frontal as alterações enzimáticas são mais persistentes e houve aumento de MDA no grupo agudo e eutanásia 3 horas após a exposição, enquanto no cerebelo, estriado e hipocampo houve aumento de MDA no grupo agudo e eutanásia imediatamente após a exposição. Esses resultados sugerem uma resposta mais tardia do córtex frontal e uma possível adaptação dos tecidos ao xenobiótico. É importante destacar que a eutanásia realizada imediatamente após a exposição crônica à fumaça do cigarro não reflete somente o efeito da última exposição, já que tanto o padrão encontrado na alteração das enzimas quanto na determinação de MDA foi diferente do observado após exposição aguda. / Cigarette\'s smoke is composed of more than 4.700 substances, many of them are toxic. The central nervous system (CNS) has few antioxidant defenses, is rich in easily oxidable lipids and contains high levels of transition metals which are involved in the formation of free radicals. There are evidences that tobacco smoke causes changes in the antioxidant enzymes in adult rodents, but little is known about its effects during CNS development. Thus, the aim of this work was to evaluate the possible effects of cigarettes smoke in the CNS of young mice. BALB/c mice were exposed to a mixture of mainstream and sidestream smoke of cigarette (Souza Cruz Red Derby) in a polypropylene chamber attached to a Venturi system. Besides acute exposure, performed at the 18th day of life, the animals were exposed from the 5th day of life for 13 or 35 days, 2 hours a day, 7 days in a week. The animals were then euthanized by cervical dislocation, immediately or three hours after the last exposure. The determinations of enzymatic activities of glutathione peroxidase, glutathione reductase, glutathione S-transferase, and the quantification of malonaldehyde (MDA) and 3-nitrotyrosine in cerebellum, frontal cortex, striatum, hippocampus and hypothalamus were performed. Our results indicate that the CNS in development is susceptible to cigarettes smoke. Alterations in antioxidant enzymes in different brain structures were detected immediately after the last exposure suggesting differences in sensitivity of different areas to cigarette\'s smoke. However, these disturbances are not persistent, as most of them disappeared three hours after exposure. Cerebellum seems to be the more resistant structure, while frontal cortex and striatum the most sensitive. Enzyme changes in frontal cortex were more persistent and there was an increase of MDA only in the acute group and euthanasia 3 hours after exposure, whereas in cerebellum, striatum and hippocampus, MDA increased only in acute group and immediately euthanasia after exposure. These results suggest a delayed response of the frontal cortex and a possible adaptation of tissues to xenobiotics. It is important to point out that euthanasia performed immediately after chronic exposure to cigarette smoke not only reflect the effect of the last exposure, since the pattern found in the modification of enzymes and in the determination of MDA was different from that observed after acute exposure.

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