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Residentes universitários da UFS : dinâmicas identitárias, esteriótipos e ambivalênciaSantos, Guilherme Fernandes Melo dos 26 September 2012 (has links)
The identities are forged dynamically in daily life amid the socio-psychological and political conditions. In this work, we adopt the theoretical perspective of social psychology, which considers social identity as a part of self-enunciation related to the perception of belonging to social groups, along with emotional meanings associated with that membership. This paper examines the dynamics of content creation and
identity among resident students of UFS University through two studies: the first following a script mixed with questionnaire and interview, and the second through meetings in the form of focus groups. The study I aimed at investigating how university residents processed their identity constructions and specifically to verify the identity dimension which would be more evident - the individual or collective - what is the importance of (being a resident) for said building identity; the level of satisfaction
associated with social belonging; which representations residents have of their social belonging and, finally, what meta-stereotypes in relation to group membership are apprehended by residents in the university context. The results indicated the large capacity of the participants in constructing self-concept meanings for themselves on the individual dimension, rather than consideration of possible dimensions of collective identities. Little emphasis was also noticed on self formulations of survey participants regarding the identity category "resident / university resident", and this, plus low
prevalence, is also little protruding between them. Moreover, for those who associate their identities to the recognition of social belonging, the level of satisfaction regarding their identities is ambivalent. We also verified that there is among the surveyed a representational framework regarding the social belonging that does not favor the production of identity linked to the group of resident students; this frame also includes the seizure of meta-stereotypes toward the group produced in the university context.
The study II aimed to verify whether, in contexts where possibly belonging to the social group of university residents structures political positions, participants turn to the social belonging "university resident" with a higher prevalence in the promotion and projection of their statements. The results indicated that, in specific situations, university residents now use the social category to which they belong in their identity constructions with the goal of legitimizing the demands and garner resources (material and symbolic) for the group. The recognition of social contexts in which the identity
dynamics are processed, the perception of stereotypes and discrimination that arise from the establishment of an undervalued social identity causes individuals not to edit their identity belongings, whereas in times of struggles for better conditions for group membership, the affirmation of social identity is needed in legitimizing the claims related to the well being of the group. / As identidades se forjam dinamicamente no cotidiano dos indivíduos, em meio às condições sociopsicológicas e políticas. Neste trabalho, adotamos a perspectiva teórica da psicologia social, que considera a identidade social como uma parcela da autoenunciação de si relacionada à percepção de pertença aos grupos sociais, juntamente com significados emocionais associados a essa pertença. Este trabalho analisa as dinâmicas de constituição e conteúdos identitários entre estudantes residentes
universitários da Universidade Federal de Sergipe por meio de dois estudos, o primeiro seguindo um roteiro misto de questionário com entrevista e o segundo através de encontros na modalidade de grupo focal. O estudo I teve por objetivo principal investigar como os residentes universitários processavam as suas construções identitárias e especificamente verificar qual a dimensão identitária seria mais
evidenciada - a individual ou a coletiva - qual a importância do (ser residente) para as referidas construções identitárias; qual o nível de satisfação associado à pertença social; quais as representações que os residentes têm de sua pertença social e por fim, quais metaestereótipos em relação ao grupo de pertença são apreendidos pelos residentes no contexto universitário. Os resultados indicaram a grande capacidade dos participantes em significar para si um autoconceito ligado à dimensão individual, em detrimento da possível consideração da dimensão coletiva das identidades. Foi notado também, pouco destaque nas formulações de autoconceito dos participantes da pesquisa relacionado à categoria identitária residente/residente universitário , sendo que a mesma, além de
pouco prevalente é também pouco saliente entre os mesmos. Além do mais, para aqueles que associam suas identidades ao reconhecimento do pertencimento social, o nível de satisfação em relação às suas identidades é ambivalente. Verificamos também que há entre os pesquisados um quadro representacional em relação à pertença social que não favorece a produção identitária vinculada ao grupo dos residentes universitários, esse quadro inclui ainda a apreensão dos metaestereótipos em relação ao grupo produzidos no contexto universitário. O estudo II teve por objetivo verificar se
em contextos onde possivelmente o pertencimento social ao grupo dos residentes universitários estrutura posicionamentos políticos, os participantes recorreriam à pertença social residente universitário com maior prevalência no fomento de suas declarações. Os resultados indicaram que, em situações específicas, os residentes passam a usar a categoria social ao qual fazem parte nas suas construções identitárias com o objetivo de legitimar as demandas e angariar recursos (materiais e simbólicos) para o grupo. O reconhecimento dos contextos sociais, nos quais, as dinâmicas
identitárias se processam, a percepção dos estereótipos e da discriminação que advêm do estabelecimento de uma identidade social pouco valorizada faz com que os indivíduos não editem suas pertenças identitárias, ao passo que nos momentos de disputas por melhores condições para o grupo de pertença, a afirmação da identidade social se faz necessária na legitimação das demandas relacionadas ao bem estar do grupo.
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