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Sugestionabilidade: suas características e correlações com outras variáveis psicológicas

Lira de Souza Filho, Marcilio January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:03:21Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8965_1.pdf: 1311685 bytes, checksum: 1cff2bd011e4ff0ec65c7d8457d80403 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 / A sugestionabilidade vem sendo apontada na literatura como variável fundamental na explicação da hipnose e de outros fenômenos psicológicos, contudo, ainda é pouco explorada, sobretudo do ponto de vista empírico. Apesar da relevância de compreender a sugestionabilidade, e até mesmo a hipnose, no Brasil, poucos estudos que tratassem explicitamente esses tópicos foram encontrados. Levando em conta essas observações, a presente dissertação teve como objetivo avaliar o construto sugestionabilidade como composto por traços ou fatores intra-sujeito, mais especificamente pelos fatores fantasiosidade, influenciabilidade, absorção e implicação emocional. Ademais, buscou-se identificar como a sugestionabilidade, assim definida, estaria relacionada com variáveis como a desejabilidade social, as estratégias de enfrentamento de problemas, a saúde/doença mental e o sexo. Participaram da pesquisa 224 estudantes universitários de diversos cursos da Universidade Federal da Paraíba (João Pessoa). A amostra foi composta, predominantemente, por participantes do sexo feminino (58%), solteiros (83,9%) e tinham, em média, 22,9 anos de idade (DP = 5,6). Todos responderam a um questionário que continha, além de questões sócio-demográficas, as medidas selecionadas para avaliar os construtos aqui delimitados, inclusive o Inventário de Sugestionabilidade, composto pelos fatores supramencionados, o qual se pretendia validar para o contexto brasileiro. A partir das análises dos dados foi possível verificar que o instrumento usado para mensurar a sugestionabilidade demonstrou uma estrutura fatorial coerente e com uma configuração próxima àquela demonstrada na sua versão original. Por meio de uma análise fatorial confirmatória, comprovou-se a adequação de um modelo com três dos fatores esperados (fantasiosidade, influenciabilidade e absorção). Os indicadores de adequação de ajuste foram: 2/g.l = 1,85; GFI = 0,88; AGFI = 0,85; RMSEA = 0,06. Neste sentido, pode-se afirmar a sua validade. Ademais, o inventário apresentou um indicador de confiabilidade satisfatório (Alfa de Cronbach = 0,79). Os dados ainda possibilitaram evidenciar que a sugestionabilidade correlacionou-se negativamente com a desejabilidade social (r = -0,26, p < 0,001) e a saúde mental (r = -0,23, p < 0,001), e positivamente com as estratégias de enfrentamento, sobretudo com aquelas focalizadas na emoção (r = 0,41, p < 0,001). Observou-se também que o nível médio de sugestionabilidade foi maior nas mulheres (M = 2,13; DP = 0,55) em comparação com os homens (M = 1,97; DP = 0,56), F(1) = 4,41; p < 0,05. Esses achados são discutidos em termos do embasamento cognitivo que a sugestionabilidade, tal como foi definida, pode oferecer para a manifestação dos construtos considerados

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