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Sugestionabilidade: suas características e correlações com outras variáveis psicológicasLira de Souza Filho, Marcilio January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / A sugestionabilidade vem sendo apontada na literatura como variável fundamental
na explicação da hipnose e de outros fenômenos psicológicos, contudo, ainda é
pouco explorada, sobretudo do ponto de vista empírico. Apesar da relevância de
compreender a sugestionabilidade, e até mesmo a hipnose, no Brasil, poucos
estudos que tratassem explicitamente esses tópicos foram encontrados. Levando em
conta essas observações, a presente dissertação teve como objetivo avaliar o
construto sugestionabilidade como composto por traços ou fatores intra-sujeito, mais
especificamente pelos fatores fantasiosidade, influenciabilidade, absorção e
implicação emocional. Ademais, buscou-se identificar como a sugestionabilidade,
assim definida, estaria relacionada com variáveis como a desejabilidade social, as
estratégias de enfrentamento de problemas, a saúde/doença mental e o sexo.
Participaram da pesquisa 224 estudantes universitários de diversos cursos da
Universidade Federal da Paraíba (João Pessoa). A amostra foi composta,
predominantemente, por participantes do sexo feminino (58%), solteiros (83,9%) e
tinham, em média, 22,9 anos de idade (DP = 5,6). Todos responderam a um
questionário que continha, além de questões sócio-demográficas, as medidas
selecionadas para avaliar os construtos aqui delimitados, inclusive o Inventário de
Sugestionabilidade, composto pelos fatores supramencionados, o qual se pretendia
validar para o contexto brasileiro. A partir das análises dos dados foi possível
verificar que o instrumento usado para mensurar a sugestionabilidade demonstrou
uma estrutura fatorial coerente e com uma configuração próxima àquela
demonstrada na sua versão original. Por meio de uma análise fatorial confirmatória,
comprovou-se a adequação de um modelo com três dos fatores esperados
(fantasiosidade, influenciabilidade e absorção). Os indicadores de adequação de
ajuste foram: 2/g.l = 1,85; GFI = 0,88; AGFI = 0,85; RMSEA = 0,06. Neste sentido,
pode-se afirmar a sua validade. Ademais, o inventário apresentou um indicador de
confiabilidade satisfatório (Alfa de Cronbach = 0,79). Os dados ainda possibilitaram
evidenciar que a sugestionabilidade correlacionou-se negativamente com a
desejabilidade social (r = -0,26, p < 0,001) e a saúde mental (r = -0,23, p < 0,001), e
positivamente com as estratégias de enfrentamento, sobretudo com aquelas
focalizadas na emoção (r = 0,41, p < 0,001). Observou-se também que o nível médio
de sugestionabilidade foi maior nas mulheres (M = 2,13; DP = 0,55) em comparação
com os homens (M = 1,97; DP = 0,56), F(1) = 4,41; p < 0,05. Esses achados são
discutidos em termos do embasamento cognitivo que a sugestionabilidade, tal como
foi definida, pode oferecer para a manifestação dos construtos considerados
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