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Modelo ecotrófico do baixo Rio Tapajós : análise da teia trófica e dos impactos associados à pesca e desmatamento

Capitani, Leonardo January 2017 (has links)
rio Tapajós é o quinto maior afluente do rio Amazonas e apresenta uma das faunas de peixes mais diversas do mundo. Esses peixes realizam funções ao longo de toda a bacia hidrográfica da Amazônia, como a dispersão de sementes, a ciclagem de nutrientes e o transporte de biomassa entre rios pobres e ricos em nutrientes. Porém, a pesca e o desmatamento podem afetar esses serviços ecossistêmicos. Para o baixo rio Tapajós ainda não se conhece os efeitos da pesca e do desmatamento nas dinâmicas populacionais das principais espécies de peixes consumidos pelas populações ribeirinhas. Definir e quantificar a estrutura da teia trófica do baixo rio Tapajós é fundamental para a compreensão da sua capacidade produtiva, e da transferência de energia para sustentar os níveis tróficos superiores. O presente estudo teve como principais objetivos analisar a estrutura da teia trófica do baixo Rio Tapajós, e avaliar a dinâmica populacional de algumas espécies de peixes simulando o incremento da pesca e do desmatamento. Para modelar a teia trófica foi utilizado o programa Ecopath com dados de desembarques pesqueiros e analise de conteúdo estomacal de peixes. Os resultados mostraram que a transferência de energia na teia trófica do Rio Tapajós se dá igualmente entre as cadeias de herbivoría e detritivoría. As espécies-chave são piscívoras- insetívoras: Acaronia nassa, Cichla spp., Pellona castelnaeana e também predadores de topo, como os botos (Inia geoffrensis, Sotalia fluviatilis). As simulações para os próximos 30 anos indicaram que: o desmatamento é o maior fator de estresse para a teia trófica, reduzindo entre 10% e 100% a biomassa dos principais grupos biológicos; o aumento da pesca incidiu negativamente na dinâmica populacional de quelônios, pirarucu, dourada e pescada levando uma diminuição de biomassa entre 40% e 100%. Os resultados deste estudo quantificam com maior precisão a função da pesca e desmatamento na dinâmica populacional dos principais peixes de importância alimentar e comercial das populações ribeirinhas do baixo Rio Tapajós, sendo relevantes para iniciativas de manejo desse ecossistema.
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Influência de áreas protegidas e da variação ambiental na assembléia de peixes em um rio de água clara na Amazônia

Keppeler, Friedrich Wolfgang January 2015 (has links)
Unidades de conservação (UC) tem sido a principal estratégia para conservação biológica ao longo de todo o planeta. Entretanto, nos últimos anos as UC tem sido desacreditadas, diminuidas e desoficializadas. Neste estudo, o papel das UC em relação a proteção da fauna ictica da pesca é investigada no Rio Tapajós. Parâmetros ambientais foram quantificados para distinguir entre as influências relativas dessas variáveis e da pressão pesca. Três hipóteses foram testadas: 1) UC sofrem menor pressão de pesca do que áreas não protegidas; 2) Pescadores de UC têm captura por unidade de esforço (CPUE) de peixes maior que os pescadores de áreas desprotegidas; 3) Assembléia de peixes de lagos de planície de inundação localizados em áreas não protegidas tem menor biomassa, abundância, presença de peixes de interesse, riqueza, tamanho médio e nível trófico do que lagos localizados em UC. Doze comunidades ribeirinhas de duas UCs de uso sustentável e uma área não protegida foram amostradas. A pressão pesqueira de cada área foi estimada usando o registro de 2013 desembarques pesqueros de 51 pescadores durante 12 meses. Além disso, duas coletas (período de águas altas e baixas) foram realizadas em 4 lagos em cada uma das áreas para amostrar a assembléia de peixes e 11 variáveis ambientas ligadas a físico-quimica da água, estrutura e morfologia dos lagos. O CPUE dos pescadores foi menor na área não protegida do que nas UCs e a biomassa total de peixes capturados foi maior na área não protegida. Estes resultados são a primeira evidência que UCs voltadas principalmente para conservação terrestre (florestal) podem atuar sinergicamente para reduzir os níveis da pesca e aumentar a densidade de peixes alvo na bacia amazônica. Por outro lado, diferenças consistentes nos descritores biológicos entre as UCs e a área protegida não foram encontrados nos lagos de planície de inundação. Este resultado é corroborado quando os desembarques pesqueiros oriundos dos lagos são analisados seperadamente, os quais mostram valores de CPUE de pescadores similares entre as UCs (áreas protegidas) e a área desprotegida. Estes descritores biológicos estiveram mais relacionados com parâmetros ambientais, como profundidade, cobertura de habitat e tamanho e morfologia dos lagos. Diferença na pressão pesqueira entre os lagos e o rio e também relacionadas ao co-manejo local podem estar influenciando a ausência de relação entre a assembleia de peixe de lagos e as UCs. Os resultados obtidos nesse trabalho indicam que a variação ambiental entre os lagos cria diferentes associações de espécies de peixe no espaço e no tempo e portanto essas variáveis devem ser levadas em conta em qualquer plano de manejo na Amazônia. 6 Palavras-chave: pesca de pequena escala, conservação, heterogeneidade espacial, Rio Tapajós, manejo pesqueiro, impactos ambientais
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Modelo ecotrófico do baixo Rio Tapajós : análise da teia trófica e dos impactos associados à pesca e desmatamento

Capitani, Leonardo January 2017 (has links)
rio Tapajós é o quinto maior afluente do rio Amazonas e apresenta uma das faunas de peixes mais diversas do mundo. Esses peixes realizam funções ao longo de toda a bacia hidrográfica da Amazônia, como a dispersão de sementes, a ciclagem de nutrientes e o transporte de biomassa entre rios pobres e ricos em nutrientes. Porém, a pesca e o desmatamento podem afetar esses serviços ecossistêmicos. Para o baixo rio Tapajós ainda não se conhece os efeitos da pesca e do desmatamento nas dinâmicas populacionais das principais espécies de peixes consumidos pelas populações ribeirinhas. Definir e quantificar a estrutura da teia trófica do baixo rio Tapajós é fundamental para a compreensão da sua capacidade produtiva, e da transferência de energia para sustentar os níveis tróficos superiores. O presente estudo teve como principais objetivos analisar a estrutura da teia trófica do baixo Rio Tapajós, e avaliar a dinâmica populacional de algumas espécies de peixes simulando o incremento da pesca e do desmatamento. Para modelar a teia trófica foi utilizado o programa Ecopath com dados de desembarques pesqueiros e analise de conteúdo estomacal de peixes. Os resultados mostraram que a transferência de energia na teia trófica do Rio Tapajós se dá igualmente entre as cadeias de herbivoría e detritivoría. As espécies-chave são piscívoras- insetívoras: Acaronia nassa, Cichla spp., Pellona castelnaeana e também predadores de topo, como os botos (Inia geoffrensis, Sotalia fluviatilis). As simulações para os próximos 30 anos indicaram que: o desmatamento é o maior fator de estresse para a teia trófica, reduzindo entre 10% e 100% a biomassa dos principais grupos biológicos; o aumento da pesca incidiu negativamente na dinâmica populacional de quelônios, pirarucu, dourada e pescada levando uma diminuição de biomassa entre 40% e 100%. Os resultados deste estudo quantificam com maior precisão a função da pesca e desmatamento na dinâmica populacional dos principais peixes de importância alimentar e comercial das populações ribeirinhas do baixo Rio Tapajós, sendo relevantes para iniciativas de manejo desse ecossistema.
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Modelo ecotrófico do baixo Rio Tapajós : análise da teia trófica e dos impactos associados à pesca e desmatamento

Capitani, Leonardo January 2017 (has links)
rio Tapajós é o quinto maior afluente do rio Amazonas e apresenta uma das faunas de peixes mais diversas do mundo. Esses peixes realizam funções ao longo de toda a bacia hidrográfica da Amazônia, como a dispersão de sementes, a ciclagem de nutrientes e o transporte de biomassa entre rios pobres e ricos em nutrientes. Porém, a pesca e o desmatamento podem afetar esses serviços ecossistêmicos. Para o baixo rio Tapajós ainda não se conhece os efeitos da pesca e do desmatamento nas dinâmicas populacionais das principais espécies de peixes consumidos pelas populações ribeirinhas. Definir e quantificar a estrutura da teia trófica do baixo rio Tapajós é fundamental para a compreensão da sua capacidade produtiva, e da transferência de energia para sustentar os níveis tróficos superiores. O presente estudo teve como principais objetivos analisar a estrutura da teia trófica do baixo Rio Tapajós, e avaliar a dinâmica populacional de algumas espécies de peixes simulando o incremento da pesca e do desmatamento. Para modelar a teia trófica foi utilizado o programa Ecopath com dados de desembarques pesqueiros e analise de conteúdo estomacal de peixes. Os resultados mostraram que a transferência de energia na teia trófica do Rio Tapajós se dá igualmente entre as cadeias de herbivoría e detritivoría. As espécies-chave são piscívoras- insetívoras: Acaronia nassa, Cichla spp., Pellona castelnaeana e também predadores de topo, como os botos (Inia geoffrensis, Sotalia fluviatilis). As simulações para os próximos 30 anos indicaram que: o desmatamento é o maior fator de estresse para a teia trófica, reduzindo entre 10% e 100% a biomassa dos principais grupos biológicos; o aumento da pesca incidiu negativamente na dinâmica populacional de quelônios, pirarucu, dourada e pescada levando uma diminuição de biomassa entre 40% e 100%. Os resultados deste estudo quantificam com maior precisão a função da pesca e desmatamento na dinâmica populacional dos principais peixes de importância alimentar e comercial das populações ribeirinhas do baixo Rio Tapajós, sendo relevantes para iniciativas de manejo desse ecossistema.
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Influência de áreas protegidas e da variação ambiental na assembléia de peixes em um rio de água clara na Amazônia

Keppeler, Friedrich Wolfgang January 2015 (has links)
Unidades de conservação (UC) tem sido a principal estratégia para conservação biológica ao longo de todo o planeta. Entretanto, nos últimos anos as UC tem sido desacreditadas, diminuidas e desoficializadas. Neste estudo, o papel das UC em relação a proteção da fauna ictica da pesca é investigada no Rio Tapajós. Parâmetros ambientais foram quantificados para distinguir entre as influências relativas dessas variáveis e da pressão pesca. Três hipóteses foram testadas: 1) UC sofrem menor pressão de pesca do que áreas não protegidas; 2) Pescadores de UC têm captura por unidade de esforço (CPUE) de peixes maior que os pescadores de áreas desprotegidas; 3) Assembléia de peixes de lagos de planície de inundação localizados em áreas não protegidas tem menor biomassa, abundância, presença de peixes de interesse, riqueza, tamanho médio e nível trófico do que lagos localizados em UC. Doze comunidades ribeirinhas de duas UCs de uso sustentável e uma área não protegida foram amostradas. A pressão pesqueira de cada área foi estimada usando o registro de 2013 desembarques pesqueros de 51 pescadores durante 12 meses. Além disso, duas coletas (período de águas altas e baixas) foram realizadas em 4 lagos em cada uma das áreas para amostrar a assembléia de peixes e 11 variáveis ambientas ligadas a físico-quimica da água, estrutura e morfologia dos lagos. O CPUE dos pescadores foi menor na área não protegida do que nas UCs e a biomassa total de peixes capturados foi maior na área não protegida. Estes resultados são a primeira evidência que UCs voltadas principalmente para conservação terrestre (florestal) podem atuar sinergicamente para reduzir os níveis da pesca e aumentar a densidade de peixes alvo na bacia amazônica. Por outro lado, diferenças consistentes nos descritores biológicos entre as UCs e a área protegida não foram encontrados nos lagos de planície de inundação. Este resultado é corroborado quando os desembarques pesqueiros oriundos dos lagos são analisados seperadamente, os quais mostram valores de CPUE de pescadores similares entre as UCs (áreas protegidas) e a área desprotegida. Estes descritores biológicos estiveram mais relacionados com parâmetros ambientais, como profundidade, cobertura de habitat e tamanho e morfologia dos lagos. Diferença na pressão pesqueira entre os lagos e o rio e também relacionadas ao co-manejo local podem estar influenciando a ausência de relação entre a assembleia de peixe de lagos e as UCs. Os resultados obtidos nesse trabalho indicam que a variação ambiental entre os lagos cria diferentes associações de espécies de peixe no espaço e no tempo e portanto essas variáveis devem ser levadas em conta em qualquer plano de manejo na Amazônia. 6 Palavras-chave: pesca de pequena escala, conservação, heterogeneidade espacial, Rio Tapajós, manejo pesqueiro, impactos ambientais
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Influência de áreas protegidas e da variação ambiental na assembléia de peixes em um rio de água clara na Amazônia

Keppeler, Friedrich Wolfgang January 2015 (has links)
Unidades de conservação (UC) tem sido a principal estratégia para conservação biológica ao longo de todo o planeta. Entretanto, nos últimos anos as UC tem sido desacreditadas, diminuidas e desoficializadas. Neste estudo, o papel das UC em relação a proteção da fauna ictica da pesca é investigada no Rio Tapajós. Parâmetros ambientais foram quantificados para distinguir entre as influências relativas dessas variáveis e da pressão pesca. Três hipóteses foram testadas: 1) UC sofrem menor pressão de pesca do que áreas não protegidas; 2) Pescadores de UC têm captura por unidade de esforço (CPUE) de peixes maior que os pescadores de áreas desprotegidas; 3) Assembléia de peixes de lagos de planície de inundação localizados em áreas não protegidas tem menor biomassa, abundância, presença de peixes de interesse, riqueza, tamanho médio e nível trófico do que lagos localizados em UC. Doze comunidades ribeirinhas de duas UCs de uso sustentável e uma área não protegida foram amostradas. A pressão pesqueira de cada área foi estimada usando o registro de 2013 desembarques pesqueros de 51 pescadores durante 12 meses. Além disso, duas coletas (período de águas altas e baixas) foram realizadas em 4 lagos em cada uma das áreas para amostrar a assembléia de peixes e 11 variáveis ambientas ligadas a físico-quimica da água, estrutura e morfologia dos lagos. O CPUE dos pescadores foi menor na área não protegida do que nas UCs e a biomassa total de peixes capturados foi maior na área não protegida. Estes resultados são a primeira evidência que UCs voltadas principalmente para conservação terrestre (florestal) podem atuar sinergicamente para reduzir os níveis da pesca e aumentar a densidade de peixes alvo na bacia amazônica. Por outro lado, diferenças consistentes nos descritores biológicos entre as UCs e a área protegida não foram encontrados nos lagos de planície de inundação. Este resultado é corroborado quando os desembarques pesqueiros oriundos dos lagos são analisados seperadamente, os quais mostram valores de CPUE de pescadores similares entre as UCs (áreas protegidas) e a área desprotegida. Estes descritores biológicos estiveram mais relacionados com parâmetros ambientais, como profundidade, cobertura de habitat e tamanho e morfologia dos lagos. Diferença na pressão pesqueira entre os lagos e o rio e também relacionadas ao co-manejo local podem estar influenciando a ausência de relação entre a assembleia de peixe de lagos e as UCs. Os resultados obtidos nesse trabalho indicam que a variação ambiental entre os lagos cria diferentes associações de espécies de peixe no espaço e no tempo e portanto essas variáveis devem ser levadas em conta em qualquer plano de manejo na Amazônia. 6 Palavras-chave: pesca de pequena escala, conservação, heterogeneidade espacial, Rio Tapajós, manejo pesqueiro, impactos ambientais
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Influência de escalas espaciais de manejo e variáveis ambientais na pesca artesanal de um rio neotropical

Santos, Franciele Lausch dos January 2017 (has links)
A pesca artesanal de pequena escala representa a principal fonte de proteína animal e tem um importante papel na atividade econômica das populações que dela dependem. Entretanto, a pesca de pequena escala também pode levar à diminuição dos estoques pesqueiros. Estratégias de manejo da pesca de pequena escala costumam se dar em diferentes níveis de organização: individual, comunitário e regional. Devido à limitação logística e financeira que as instituições de manejo da pesca enfrentam, é necessário direcionar os esforços para aprimorar o manejo. O objetivo deste trabalho é determinar em qual escala espacial de manejo o desembarque pesqueiro no Rio Tapajós (Amazônia brasileira) é mais influenciado. Onze comunidades ribeirinhas pertencentes a diferentes categorias de unidades de conservação de uso sustentável tiveram seus pescadores entrevistados. Os desembarques foram avaliados por meio da biomassa capturada, da captura por unidade de esforço (CPUE) e do rendimento econômico potencial. No total, 2013 desembarques pesqueiros, de 51 pescadores, durante 12 meses foram analisados. As variáveis com mais importância sobre a biomassa de peixes, a CPUE e o rendimento potencial foram aquelas correspondentes a escala espacial de manejo individual ligadas ao comportamento do pescador, juntamente com variáveis ambientais. Portanto, os resultados obtidos neste trabalho indicam que o manejo da pesca deve priorizar regras que influenciam o comportamento do pescador em face das características ambientais locais. / Small-scale artisanal fisheries represent the main source of animal protein and play an important role in the economic activity of the populations that depend on it. However, small-scale fisheries can also lead to decline of fish stocks. Small-scale fisheries management strategies tend to occur at different levels of organization: individual, communitarian and regional (groups of interest). Due to the logistical and financial limitations of fisheries management institutions, it is necessary to direct the efforts to improve management. The objective of this research is to determine in which spatial scale of management influence most the fish landings in the Tapajós River (Brazilian Amazon). Eleven riverine communities belonging to different categories of conservation units were sampled. Landings were assessed using the biomass of fish caught, catch per unit effort (CPUE) and potential economic yield. In total, 2013 fish landings of 51 fishermen during 12 months were analyzed. The variables with more importance on fish biomass, CPUE and potential yield were those corresponding to the spatial scale of individual linked to the fisherman’s behavior and environmental variables. Therefore, the results obtained in this study indicate that fisheries management should prioritize rules that influence the fisher’s behavior related to the local environmental characteristics.
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Small-scalle fisheries of frugovorous fish in clear and black water rivers of the brazilian amazon

Nagl, Paula January 2017 (has links)
Nas florestas sazonalmente inundadas de terras baixas da Amazônia, os peixes frugívoros desempenham diferentes serviços ecossistêmicos: possuem um papel importante na dispersão de sementes (regulação), além de serem um recurso (provisão) para pescadores artesanais. O uso extensivo de recursos limitados pode gerar conflitos de interesse entre os objetivos conservacionistas e as necessidades dos habitantes locais. O co-manejo tenta integrar a segurança alimentar e a conservação dos ecossistemas na forma de reservas extrativistas (RESEX), onde os habitantes locais podem retirar recursos florestais seguindo regras de manejo. Neste trabalho testamos a influência do co-manejo sobre os peixes frugívoros do rio Tapajós (águas claras) e Negro (águas pretas) na Amazônia brasileira. Foram testadas as seguintes hipóteses: 1)Peixes frugívoros são importantes para os pescadores e são seletivamente escolhidos pela pesca; 2) A abundância, tamanho e a produtividade pesqueira dos peixes frugívoros são maior dentro da RESEX. Durante quatro meses, pescadores locais registraram 1.457 desembarques pesqueiros em oito comunidades em cada rio. Além disso, foram amostrados 12.730 peixes em 208 pontos de malhadeira em 32 sitios em lagos e no canal do rio nas comunidades estudadas. Peixes frugívoros estão entre as dez espécies mais pescadas nos dois rios, indicando a sua importância para as comunidades locais. Nos dois rios a porcentagem de peixes frugívoros era maior no registro dos desembarques pesqueiros (22% de 7.342 kg no rio Tapajós e 14% of 4.609 kg no rio Negro) que vii nas amostragens científicas (5,9% de 349,2 kg no rio Tapajós e 6% of 458,3 kg no rio Negro), indicando uma seletividade dos pescadores para os frugívoros. / In seasonally flooded forests of lowland Amazonia, frugivorous fish provide different ecosystem services (ESS): They play an important role in seed dispersal (regulating ESS), but they are also an essential resource for artisanal fisheries (provisioning ESS). Extensive use of limited resources can generate conflicts of interest between conservation goals and the needs of local livelihoods. Co-management schemes try to integrate local food security and ecosystem conservation in the form of extractive reserves (RESEX), where inhabitants are exclusively allowed to extract forest resources while following management rules. Here, we assess the influence of co-management on frugivorous fish and local fisheries of Tapajos (clear water) and Negro (black water) River in the Brazilian Amazon. To this end, we test the following hypotheses: 1) Frugivorous fish are important for fisheries and selectively extracted; 2) Frugivorous fish abundance, size and fisheries productivity is higher inside the RESEX than outside. Fish landings from 1457 fishing trips were registered over four months by local fishermen in eight fishing communities of each river. Further, 12,730 fish were sampled through 208 gillnet placements, in 32 sites in the floodplain lakes and river channels of the communities. Frugivorous fish are among the ten most fished species in both rivers, reflecting their importance for local communities. In both rivers, landing records show a higher percentage of frugivorous fish biomass (22% of 7,342 kg in Tapajós and 14% of 4,609 kg in Negro River) than samplings (5.9% of 349.2 kg in Tapajós and 6% of 458.3 kg in Negro River), indicating a selectivity of fisheries towards frugivores. A pressão pesqueira (medida como demanda por pescado) nos frugívoros se mostrou mais elevada fora de cada RESEX (8 ± 5,4 kg no Rio Tapajós e 5,6 ± 3,1 kg no Rio Negro) que dentro (0,7 ± 0,3 kg no Rio Tapajós e 0,8 ± 0,1 kg no rio Negro). A produtividade da pesca, medida em Captura por Unidade de Esforço (CPUE), e a proporção de peixes frugívoros na captura total foram maiores fora da RESEX no rio Tapajós (CPUE: t=-3,7; dF = 4,2; p = 0,02; proporçao: t = -6,7; dF = 5; p = 0,001) e não variaram no rio Negro (CPUE: t = -1,9; dF = 5,6; p = 0,1; proporçao: t = -0,9; dF = 4,6; p = 0,4). No geral, o tamanho dos peixes frugívoros foi maior dentro da RESEX no rio Negro, mas não no rio Tapajós. Os pescadores capturaram pacus de maior tamanho (Myleus spp., Mylossoma spp., Myloplus spp., Metynnis spp.) dentro da RESEX no rio Negro (D=0,42; p<0,001). No rio Tapajós não foi possível detectar efeitos da RESEX nos parâmetros medidos para os peixes frugívoros. A reserva do rio Negro parece favorecer o tamanho e a disponibilidade de peixes frugívoros, apesar de eles serem selecionados pela pesca local. Apesar de uma pressão pesqueira possivelmente elevada, peixes frugívoros foram abundantes dentro e fora da RESEX em ambos os rios, possivelmente devido a demandas do mercado, efeitos de spillover ou baixa conformidade às regras de de manejo dentro da RESEX. Contudo, os frugívoros parecem estar cumprindo seu papel de recurso alimentar e de dispersores de sementes. Nosso estudo evidencia que o monitoramento participativo baseado na comunidade é uma ferramenta economicamente eficiente para a caracterização da pesca local. No entanto, para se atingir os objetivos de conservação e assegurar o recurso alimentar, é necessário que haja um controle do acesso de pessoas de fora das áreas de conservação e um reforço do cumprimento das regras de manejo. Portanto, continua sendo possível manter os dois serviços ecossistêmicos fornecidos por esses peixes nos rios de águas claras e negras estudadas na Amazônia brasileira.
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Influência de escalas espaciais de manejo e variáveis ambientais na pesca artesanal de um rio neotropical

Santos, Franciele Lausch dos January 2017 (has links)
A pesca artesanal de pequena escala representa a principal fonte de proteína animal e tem um importante papel na atividade econômica das populações que dela dependem. Entretanto, a pesca de pequena escala também pode levar à diminuição dos estoques pesqueiros. Estratégias de manejo da pesca de pequena escala costumam se dar em diferentes níveis de organização: individual, comunitário e regional. Devido à limitação logística e financeira que as instituições de manejo da pesca enfrentam, é necessário direcionar os esforços para aprimorar o manejo. O objetivo deste trabalho é determinar em qual escala espacial de manejo o desembarque pesqueiro no Rio Tapajós (Amazônia brasileira) é mais influenciado. Onze comunidades ribeirinhas pertencentes a diferentes categorias de unidades de conservação de uso sustentável tiveram seus pescadores entrevistados. Os desembarques foram avaliados por meio da biomassa capturada, da captura por unidade de esforço (CPUE) e do rendimento econômico potencial. No total, 2013 desembarques pesqueiros, de 51 pescadores, durante 12 meses foram analisados. As variáveis com mais importância sobre a biomassa de peixes, a CPUE e o rendimento potencial foram aquelas correspondentes a escala espacial de manejo individual ligadas ao comportamento do pescador, juntamente com variáveis ambientais. Portanto, os resultados obtidos neste trabalho indicam que o manejo da pesca deve priorizar regras que influenciam o comportamento do pescador em face das características ambientais locais. / Small-scale artisanal fisheries represent the main source of animal protein and play an important role in the economic activity of the populations that depend on it. However, small-scale fisheries can also lead to decline of fish stocks. Small-scale fisheries management strategies tend to occur at different levels of organization: individual, communitarian and regional (groups of interest). Due to the logistical and financial limitations of fisheries management institutions, it is necessary to direct the efforts to improve management. The objective of this research is to determine in which spatial scale of management influence most the fish landings in the Tapajós River (Brazilian Amazon). Eleven riverine communities belonging to different categories of conservation units were sampled. Landings were assessed using the biomass of fish caught, catch per unit effort (CPUE) and potential economic yield. In total, 2013 fish landings of 51 fishermen during 12 months were analyzed. The variables with more importance on fish biomass, CPUE and potential yield were those corresponding to the spatial scale of individual linked to the fisherman’s behavior and environmental variables. Therefore, the results obtained in this study indicate that fisheries management should prioritize rules that influence the fisher’s behavior related to the local environmental characteristics.
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Small-scalle fisheries of frugovorous fish in clear and black water rivers of the brazilian amazon

Nagl, Paula January 2017 (has links)
Nas florestas sazonalmente inundadas de terras baixas da Amazônia, os peixes frugívoros desempenham diferentes serviços ecossistêmicos: possuem um papel importante na dispersão de sementes (regulação), além de serem um recurso (provisão) para pescadores artesanais. O uso extensivo de recursos limitados pode gerar conflitos de interesse entre os objetivos conservacionistas e as necessidades dos habitantes locais. O co-manejo tenta integrar a segurança alimentar e a conservação dos ecossistemas na forma de reservas extrativistas (RESEX), onde os habitantes locais podem retirar recursos florestais seguindo regras de manejo. Neste trabalho testamos a influência do co-manejo sobre os peixes frugívoros do rio Tapajós (águas claras) e Negro (águas pretas) na Amazônia brasileira. Foram testadas as seguintes hipóteses: 1)Peixes frugívoros são importantes para os pescadores e são seletivamente escolhidos pela pesca; 2) A abundância, tamanho e a produtividade pesqueira dos peixes frugívoros são maior dentro da RESEX. Durante quatro meses, pescadores locais registraram 1.457 desembarques pesqueiros em oito comunidades em cada rio. Além disso, foram amostrados 12.730 peixes em 208 pontos de malhadeira em 32 sitios em lagos e no canal do rio nas comunidades estudadas. Peixes frugívoros estão entre as dez espécies mais pescadas nos dois rios, indicando a sua importância para as comunidades locais. Nos dois rios a porcentagem de peixes frugívoros era maior no registro dos desembarques pesqueiros (22% de 7.342 kg no rio Tapajós e 14% of 4.609 kg no rio Negro) que vii nas amostragens científicas (5,9% de 349,2 kg no rio Tapajós e 6% of 458,3 kg no rio Negro), indicando uma seletividade dos pescadores para os frugívoros. / In seasonally flooded forests of lowland Amazonia, frugivorous fish provide different ecosystem services (ESS): They play an important role in seed dispersal (regulating ESS), but they are also an essential resource for artisanal fisheries (provisioning ESS). Extensive use of limited resources can generate conflicts of interest between conservation goals and the needs of local livelihoods. Co-management schemes try to integrate local food security and ecosystem conservation in the form of extractive reserves (RESEX), where inhabitants are exclusively allowed to extract forest resources while following management rules. Here, we assess the influence of co-management on frugivorous fish and local fisheries of Tapajos (clear water) and Negro (black water) River in the Brazilian Amazon. To this end, we test the following hypotheses: 1) Frugivorous fish are important for fisheries and selectively extracted; 2) Frugivorous fish abundance, size and fisheries productivity is higher inside the RESEX than outside. Fish landings from 1457 fishing trips were registered over four months by local fishermen in eight fishing communities of each river. Further, 12,730 fish were sampled through 208 gillnet placements, in 32 sites in the floodplain lakes and river channels of the communities. Frugivorous fish are among the ten most fished species in both rivers, reflecting their importance for local communities. In both rivers, landing records show a higher percentage of frugivorous fish biomass (22% of 7,342 kg in Tapajós and 14% of 4,609 kg in Negro River) than samplings (5.9% of 349.2 kg in Tapajós and 6% of 458.3 kg in Negro River), indicating a selectivity of fisheries towards frugivores. A pressão pesqueira (medida como demanda por pescado) nos frugívoros se mostrou mais elevada fora de cada RESEX (8 ± 5,4 kg no Rio Tapajós e 5,6 ± 3,1 kg no Rio Negro) que dentro (0,7 ± 0,3 kg no Rio Tapajós e 0,8 ± 0,1 kg no rio Negro). A produtividade da pesca, medida em Captura por Unidade de Esforço (CPUE), e a proporção de peixes frugívoros na captura total foram maiores fora da RESEX no rio Tapajós (CPUE: t=-3,7; dF = 4,2; p = 0,02; proporçao: t = -6,7; dF = 5; p = 0,001) e não variaram no rio Negro (CPUE: t = -1,9; dF = 5,6; p = 0,1; proporçao: t = -0,9; dF = 4,6; p = 0,4). No geral, o tamanho dos peixes frugívoros foi maior dentro da RESEX no rio Negro, mas não no rio Tapajós. Os pescadores capturaram pacus de maior tamanho (Myleus spp., Mylossoma spp., Myloplus spp., Metynnis spp.) dentro da RESEX no rio Negro (D=0,42; p<0,001). No rio Tapajós não foi possível detectar efeitos da RESEX nos parâmetros medidos para os peixes frugívoros. A reserva do rio Negro parece favorecer o tamanho e a disponibilidade de peixes frugívoros, apesar de eles serem selecionados pela pesca local. Apesar de uma pressão pesqueira possivelmente elevada, peixes frugívoros foram abundantes dentro e fora da RESEX em ambos os rios, possivelmente devido a demandas do mercado, efeitos de spillover ou baixa conformidade às regras de de manejo dentro da RESEX. Contudo, os frugívoros parecem estar cumprindo seu papel de recurso alimentar e de dispersores de sementes. Nosso estudo evidencia que o monitoramento participativo baseado na comunidade é uma ferramenta economicamente eficiente para a caracterização da pesca local. No entanto, para se atingir os objetivos de conservação e assegurar o recurso alimentar, é necessário que haja um controle do acesso de pessoas de fora das áreas de conservação e um reforço do cumprimento das regras de manejo. Portanto, continua sendo possível manter os dois serviços ecossistêmicos fornecidos por esses peixes nos rios de águas claras e negras estudadas na Amazônia brasileira.

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