Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-07-11T12:44:56Z No. of bitstreams: 1 Marina Agustoni.pdf: 3560641 bytes, checksum: f9d879711397a5fec9888720278ec3e3 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-11T12:44:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marina Agustoni.pdf: 3560641 bytes, checksum: f9d879711397a5fec9888720278ec3e3 (MD5) Previous issue date: 2017-06-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The object of study of this thesis is the cyborg; Being analyzed in two aspects, the representations of cyborg in the media products, and the reflexes of these representations in the understanding of the human relation with the technology. Working with an expanded notion of technology, not necessarily related to devices characteristic of the contemporary world, we assume that we have always been cyborgs, as cognitive scientist Andy Clark and researcher Donna Haraway have argued. We propose that it is through the mediatic representations realized in the world cultural transit, in the contaminations between different cultures that this characteristic becomes more and more explicit, since in the Asian cultures the cyborguization has always been admitted as a natural process. In methodological terms we will simply construct a chronology of the cyborg, going through Haraway's ideas and ending with Clark, we will approach such concepts with some authors who have analyzed body-technology relations and their representations in Asian cultures like Thomas Lamarre. The research corpus involves animations, comics and films from different countries. The expected result is a reflection that collaborates with the destabilization of the dichotomies between nature and culture that still haunt most of the bibliographies that discuss the role of technology in the contemporary world / O objeto de estudo dessa tese é o ciborgue, analisado sob dois aspectos: as representações de ciborgue nos produtos midiáticos, e os reflexos dessas representações no entendimento da relação humana com a tecnologia. Trabalhando com uma noção ampliada de tecnologia, não necessariamente relacionada com dispositivos característicos do mundo contemporâneo, partimos da hipótese de que sempre fomos ciborgues, como vem argumentando o cientista cognitivo Andy Clark e a pesquisadora Donna Haraway. Propomos que é através das representações midiáticas realizadas no trânsito cultural mundial, nas contaminações entre diferentes culturas que esta característica se torna cada vez mais explícita, uma vez que, nas culturas asiáticas, a ciborguização sempre foi admitida como um processo natural. Em termos metodológicos, construiremos de maneira simples uma cronologia do ciborgue, passando pelas ideias de Haraway e terminando em Clark, faremos uma aproximação de tais conceitos com alguns autores que têm analisado as relações corpo-tecnologia e suas representações nas culturas asiáticas, como Thomas Lamarre. O corpus da pesquisa envolve animações, histórias em quadrinhos e filmes de diferentes países. A partir disso, busca-se uma reflexão que colabore com a desestabilização das dicotomias entre natureza e cultura que ainda assombram grande parte das bibliografias que discutem o papel da tecnologia no mundo contemporâneo

[pt] A questão que move esta estudo gira em torno de indagações teóricas acerca do papel das novas mídias na formação política atual. Parto da ideia de que a internet desempenha, hoje, papel central no desenho da esfera pública. Faz- se necessário, entretanto, transcender o conceito, tal como pontuado por Jurgen Habermas, visto que este defende que o agir nesta esfera resume-se a expor e ouvir ideias em sua forma discursiva verbal. É intrínseco, portanto, que atuando na esfera pública podemos formar nossas opiniões, compartilhá-las e transformá-las, configurando-a, por princípio, como um espaço formativo. Normalmente, autores da área da educação relacionam o pensamento de Habermas à formação política em, pelo menos, duas vertentes: a construção de um público apto a argumentar utilizando a linguagem verbal; e sua relação com a formação dos indivíduos, no tocante a sua capacidade de construir opiniões de forma crítica e reflexiva. Ela é, então, caracterizada pelo autor como um espaço racional e mediado pela linguagem verbal. Acredito, contudo, que algo foge a essas interpretações, especialmente, quando observamos a interação na web. Defendo a tese de que é preciso considerar a esfera pública virtual uma tecnologia cognitiva, ampliando sua conhecida vertente discursiva verbal. O intuito da pesquisa é unir uma série de aspectos que, em detrimento da valorização do discurso racional, acabam excluídas da análise habermasiana e da pedagogia crítica. Isso não significa abandonar a ideia de que a esfera pública seja um espaço de atos de fala, de discussão de ideias ou mesmo de emancipação social ou criação de consciência política, mas procurar ir além. Interessa-me englobar, a esse vasto repertório, uma concepção de funcionamento da mente/racionalidade que incorpore também aspectos corporais, emocionais e tecnológicos ao uso dos artefatos conectados à internet como tecnologias cognitivas, extensões de nossa mente e objetos materiais que produzem e/ ou alteram o sentido empregadona construção de significados e visões de mundo. Isso implica compreender esses objetos como constitutivos e transformadores e, não apenas, instrumentos procedimentais ou mediadores na construção de nossas opiniões e ideologias políticas. / [en] The question that moves this thesis includes theoretical inquiries about the role of new media in the current political formation. I start from the idea that the internet plays, nowadays, a central position in the design of the public sphere, because it has been presented as the great deliberative arena today. It is necessary, however, to transcend the concept, as designed by Jurgen Habermas. He argues that acting in this sphere means to expose and listen to ideas in the verbal discursive form. It is, therefore, acting in the public sphere that we can form our opinions, share them and also transform them. Because it has these configurations the public space is by principle a formative space. Usually, authors of Education area relate Habermas s thinking to political formation in at least two strands: the construction of a public apt to argue using verbal language; and to form individuals capable of constructing their opinions in a critical and reflexive way. It means that public sphere is then a rational space mediated by verbal language. I believe, however, that something escapes these interpretations, especially when we observe the interaction on the web. I defend the thesis that it is necessary to consider the virtual public sphere as a cognitive technology, amplifying its wellknown verbal discourse. The aim of the research is to unite a series of aspects that, to the detriment of the valorization of the rational discourse, are excluded from the habermasian analysis and the critical pedagogy. It doesn t mean I m rejecting the idea that the public sphere is a space of speech acts, discussion of ideas or social emancipation, but go further. I am interested in including in this vision a conception of mind / rationality that also incorporates corporal, emotional and technological aspects to the use of internet connected artifacts as cognitive technologies, extensions of our mind and material objects that produce and / or altering construction of meanings and visions of the world. This implies understanding these objects as constitutive and transformative, not merely procedimental instruments or mediators in the construction of our political opinions and ideologies.