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Escaladas da contracultura: Natal, d?cada de 1980Lima, Artemilson Alves de 06 November 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-11-06 / A contracultura ? conhecida como um fen?meno da segunda metade do s?culo XX. Suas origens remontam ao final da d?cada de 1940, com os ?uivos? da gera??o beat, cuja visibilidade come?a na d?cada de 1950. Todavia, o que se considera como sendo o estouro desse fen?meno acontece, de fato, durante os anos de 1960, tendo, como principal vitrine, o Maio de 1968 na Fran?a, com desdobramentos na segunda metade da d?cada de 1960 e durante a d?cada de 1970, em alguns pa?ses da Europa e nos EUA, com a explos?o do rock?in roll e do movimento hippie, influenciando gera??es de jovens no mundo inteiro. No Brasil, alcan?a seu auge na d?cada de 1970, com repercuss?es na d?cada de 1980. Em ambos os contextos, a contracultura valeu-se da arte e da literatura, nas quais encontrou o ambiente mais f?rtil de express?o. Esta tese versa sobre alguns aspectos do ativismo intelectual e art?stico em Natal, na d?cada de 1980, como um fen?meno que se insere no contexto da express?o contracultural. Na constru??o de seu arcabou?o te?rico, toma-se como principal refer?ncia o conceito de contracultura em Roszack (1972), para quem a contracultura foi uma forma de contestar a racionaliza??o da sociedade tecnocrata que se consolida depois da Segunda Guerra Mundial, apresentando como tra?o mais marcante a excessiva racionalidade das rela??es econ?micas e socioculturais, em todos os ?mbitos da vida, nas Sociedades Ocidentais. Tamb?m se ancora, teoricamente, nos postulados de Goffman e Joy (2007), que reconhecem o per?odo acima referenciado como o mais significativo, embora optem por analisar a contracultura como um fen?meno pr?prio da cultura, independentemente do tempo e do espa?o e deem prefer?ncia ao uso do termo ?contraculturas? para designar as in?meras experi?ncias de contesta??o e de nega??o ?s estruturas do establishment, em diversas experi?ncias hist?ricas, chegando mesmo a consider?-las como uma tradi??o de ruptura. A narrativa das express?es contraculturais na cidade de Natal, na d?cada de 1980, procura trazer ? luz algumas manifesta??es da contracultura, quem eram os sujeitos que as protagonizaram, como estes se expressavam e interagiam, enfim quais os grupos de artistas que fizeram parte dessas manifesta??es na cidade de Natal durante a d?cada de 1980. Para isso, recorreu-se ? pesquisa ivestigativa, fazendo ancoragem em parte significativa da produ??o art?stica e liter?ria de alguns desses sujeitos, tanto aqueles de representa??o individual quanto aqueles que compunham/representavam um coletivo, situados, todos eles, no circuito contracultural da cidade, no per?odo em destaque. Numa complementa??o necess?ria, ainda se apoia na concep??o moriniana de acontecimento-de-car?ter-modificador (MORIN, 2005), para narrar como essa experi?ncia da contracultura constituiu-se em um fen?meno que incorpora a busca de express?o de uma cultura-revolta (KRISTEVA, 2000). Al?m do mais, tamb?m adota, como centralidade te?rica, a no??o sloterdjikiana da antropot?cnica, a partir da met?fora da escalada do monte improv?vel da cultura pelo estabelecimento das tens?es verticais (SLOTERDJIK, 2013). Tomando-se, em particular, a narrativa da experi?ncia contracultural natalense, no per?odo focalizado, conclui-se, em car?ter provis?rio, que tal experi?ncia pode, com legitimidade, ser considerada como uma manifesta??o contracultural e, n?o obstante ? como tantas outras em diferentes lugares ?, faz parte de um movimento de transforma??o da cultura, que se pode situar nos marcos das teses defendidas pelos autores, isto ?, como acontecimento-de-car?ter-modificador, vez que constitui parte de uma cultura-revolta que pode ser compreendida ? luz do processo de ressubjetiva??o dos sujeitos em seu exerc?cio de ascese individual, que acaba por determinar as transforma??es na cultura. / The counterculture is known as a phenomenon of the second half of the twentieth century. Its origins date back to the late 1940s, with the "howls" of the beat generation, whose visibility began in the 1950s. But what is considered to be the overflow of this phenomenon, which takes place during the 1960s, the main showcase, the May 1968 in France, unfolding in the second half of the 1960s in the 1970s in some countries of Europe and the USA, with the explosion of rock'in roll and hippie movement, influencing generations of young people In the whole world. In Brazil, the counterculture had its culmination in the 1970s, with repercussions in the 1980s. In both contexts, the counterculture made use of art and literature, where it found the most fertile environment of expression. This thesis deals with some aspects of intellectual and artistic activism in Natal, in the 1980s, as a phenomenon that is inserted in the context of countercultural expression. I took as a main reference the concept of counterculture in Roszack (1972), for whom the counterculture was the form of contestation to the rationalization of the technocratic society that consolidates after the Second World War, whose main feature is the excessive rationality of economic and socio-cultural relations in all spheres of life in Western societies, and also in Goffman and Joy (2007), who recognize the period referred to above as the most significant; However, they choose to analyze counterculture as a culture-specific phenomenon, regardless of time and space, and use the term "countercultures" to denote the innumerable experiences of contestation and denial of establishment structures in various historical experiences. consider it a tradition of rupture. The narrative of countercultural expressions in the city of Natal in the 1980s seeks to bring to light some manifestations of the counterculture, who were the subjects, as expressed and interacted with the groups of artists who were part of the counterculture in the city of Natal during the decade 1980. To this end, research is used, making an anchorage in a significant part of the artistic and literary production of some subjects represented by the individual, as well as by the collective, located in the countercultural circuit of the city in the period in focus. It is based on Morin's conception of a character-event-modifier (Morin, 2005), to narrate how this experience of the counterculture constitutes a phenomenon that incorporates the search for expression of a culture-revolt (KRISTEVA, 2000). Also adopts as theoretical centrality the sloterdjikian notion of anthropotechnician, from the metaphor of improbable mountain climbing of the culture by the establishment of vertical tensions Sloterdjik (2013). As a narrative of the countercultural experience in the Focal Period, he tentatively concludes that such an experience can legitimately be regarded as a counter-cultural manifestation, and yet, like so many others in different places, it is part of a movement of transformation of culture, which we can situate within the framework of the theses defended by the authors, that is, as a character-event-modifier, is part of a culture-revolt that can be understood in the light of the resubjectivation process of the subjects in their exercise of individual asceticism, which ultimately determines the transformations in culture.
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